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Direito Eleit_Alistamento Eleit_Weslei Machado

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2
DIREITO ELEITORAL
Prof. Weslei Machado
www.grancursosonline.com.br
SUMÁRIO
1ª PARTE
1. ALISTAMENTO ELEITORAL ....................................................................................................... 4
1.1 CONCEITO ............................................................................................................................. 4
1.2. OBRIGATORIEDADE, FACULTATIVIDADE E IMPEDIMENTO ............................... 4
1.2.1 OBRIGATORIEDADE DO ALISTAMENTO ......................................................... 4
1.2.2 FACULTATIVIDADE DO ALISTAMENTO ............................................................ 5
1.2.3 IMPEDIMENTO DO ALISTAMENTO ................................................................... 7
2. QUALIFICAÇÃO E INSCRIÇÃO ................................................................................................ 9
3. PROCEDIMENTO DO ALISTAMENTO ................................................................................... 9
4. DOMICÍLIO ELEITORAL ...........................................................................................................14
5. TRANSFERÊNCIA ELEITORAL ................................................................................................15
5.1 REQUISITOS .......................................................................................................................16
6. CANCELAMENTO E EXCLUSÃO ELEITORAL ....................................................................18
RESUMO DA AULA ........................................................................................................................22
TEXTO LEGAL:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ART. 14 ...................................................................................23
RESOLUÇÃO TSE N. 21.538/2003 ......................................................................................23
CÓDIGO ELEITORAL – DO CANCELAMENTO E DA EXCLUSÃO .............................29
EXERCÍCIOS PROPOSTOS ..........................................................................................................32
GABARITO ........................................................................................................................................34
GABARITO COMENTADO ............................................................................................................35
3
 DIREITO ELEITORAL
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2ª PARTE
1. TÍTULO ELEITORAL ....................................................................................................................38
2. CADASTRO ELEITORAL ...........................................................................................................41
3. JUSTIFICATIVA ELEITORAL .....................................................................................................43
3.1 PRAZOS PARA JUSTIFICAÇÃO ....................................................................................44
3.2 DEIXAR DE VOTAR EM TRÊS ELEIÇÕES CONSECUTIVAS ...................................45
4. REVISÃO DE ELEITORADO .....................................................................................................46
4.1 REVISÃO DE ELEITORADO DE OFÍCIO .....................................................................46
4.2 REVISÃO DE ELEITORADO MEDIANTE PROVOCAÇÃO .....................................47
4.3 PROCEDIMENTO DA REVISÃO DE ELEITORADO .................................................48
5. HIPÓTESE DO ILÍCITO PENAL ...............................................................................................50
RESUMO DA AULA ........................................................................................................................52
TEXTO LEGAL:
RESOLUÇÃO TSE N. 21.538/2003 ......................................................................................53
EXERCÍCIOS PROPOSTOS ..........................................................................................................63
GABARITO .........................................................................................................................................65
GABARITO COMENTADO ............................................................................................................66
4
DIREITO ELEITORAL
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1ª PARTE
1. ALISTAMENTO ELEITORAL
Olá, amigos! Vamos iniciar, então, mais uma aula!
A presente aula tem como texto base a Res. TSE n. 21.538/2003. Essa reso-
lução é importantíssima para o seu estudo, em face da recorrente cobrança do 
seu conteúdo nas provas de concurso público na seara Eleitoral. 
É claro que o assunto não se limita apenas ao texto da Res. TSE n. 21.538/2003, 
pois a matéria tem cunho constitucional, ou seja, o estudo da Constituição é um 
pré-requisito para adentrarmos com toda a força na matéria. 
1.1 Conceito
Alistamento eleitoral é o ato pelo qual o eleitor se credencia perante a Justiça 
Eleitoral, de modo a ser reconhecido seu direito de votar, desde que preenchidos 
os requisitos legais e constitucionais.
Por meio do alistamento, a pessoa passa a fazer parte do cadastro Nacional 
de Eleitores da Justiça Eleitoral e adquire, na acepção jurídica, a qualidade de 
cidadão. A partir daí pode participar ativamente da condução do destino de seu 
País, quer votando, quer sendo votado.
1.2 Obrigatoriedade, Facultatividade e Impedimento
Apesar de o alistamento eleitoral ser obrigatório para a maioria das pessoas, 
para algumas se trata de um procedimento facultativo, enquanto outras se encon-
tram impedidas de se alistar.
Vamos estudar então os casos em que a lei impõe, faculta e impede o alista-
mento eleitoral.
1.2.1 Obrigatoriedade do Alistamento
No Brasil, o alistamento é obrigatório para os maiores de dezoito anos (art. 
14, § 1º, I, CF). Essa obrigatoriedade é válida tanto para o brasileiro nato quanto 
para o brasileiro naturalizado.
O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos, ou o naturalizado que 
não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira, ficará 
sujeito a multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição (art. 8º, 
CE; art. 15 da Res. TSE n. 21.538/2003).
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Todavia, não se aplica a referida multa àquele que requerer sua inscrição 
eleitoral até o centésimo quinquagésimo primeiro dia (151º dia) anterior à 
eleição subsequente à data em que completar 19 anos (art. 8º c/c art. 91, Lei 
n. 9.504/1997, art. 15, parágrafo único, da Res. TSE n. 21.538/2003).
Vamos a uma hipótese didática, que trata da não aplicação da multa àqueles 
que se inscrevem após completarem 19 anos.
Hipótese didática
Imagine que Antônio, brasileiro nato, morador do Distrito Federal, comple-
tou 19 anos em 01/02/2007, vindo a solicitar sua inscrição eleitoral somente 
em 01/02/2010. Pela regra do art. 8º do CE, o brasileiro nato deve se alistar 
até os 19 anos, sob pena de multa. Porém, nesse caso, a Antônio não foi comi-
nada nenhuma multa, visto que ele solicitou sua inscrição antes do centésimo 
quinquagésimo primeiro dia anterior à eleição presidencial de 2010, que é sub-
sequente ao seu aniversário, já que no DF não houve eleições em 2008 por se 
tratar de uma eleição para cargos municipais. 
Se Antônio morasse em qualquer outra unidade da Federação, ele poderia 
se alistar, sem o pagamento de multa, somente até o centésimo quinquagé-
simo primeiro dia anterior à eleição de 2008, pois diferente do DF, nesses luga-
res há eleições municipais.
Conhecidas as hipóteses de obrigatoriedade, a penalidade pelo seu descum-
primento e a possibilidade de postergação do prazo de inscrição eleitoral, vamos 
estudar aquelas em que o alistamento é facultativo.
1.2.2 Facultatividadedo Alistamento
É facultativo o alistamento para os analfabetos (art. 14, § 1º, II, a, CF). 
Se o analfabeto deixar de sê-lo, deverá requerer sua inscrição eleitoral, não se 
sujeitando à multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição (art. 
8º, CE; art. 15 da Res. TSE n. 21.538/2003).
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DIREITO ELEITORAL
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Esse caso de alfabetização e requerimento de inscrição eleitoral já foi objeto 
de questão de concurso. Veja:
Direto do concurso
(CESPE/TSE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2006) José, 
com 43 anos de idade, nunca havia frequentado uma escola, não sabendo ler 
nem escrever. Em outubro de 2006, matriculou-se em uma escola pública. Se 
José, por seus estudos, deixar de ser analfabeto, deverá requerer seu alistamento 
eleitoral, no prazo máximo de 1 ano, sob pena de pagamento de multa.
Gabarito: a assertiva está incorreta. O analfabeto que deixar de sê-lo não se 
sujeita à multa aplicada àqueles que não observam o prazo de alistamento 
eleitoral.
Do mesmo modo, é facultativo o alistamento também para os maiores de 
dezesseis e menores de dezoito anos (art. 14, § 1º, II, c, CF), bem como para 
os maiores de 70 anos (art. 14, § 1º, II, b, CF).
No que se refere à idade, o art. 14 da Res. TSE n. 21.538/2003 traz uma 
hipótese em que o alistamento eleitoral pode facultativamente ser realizado por 
quem ainda não completou 16 anos. 
Segundo o referido artigo da resolução, é facultado o alistamento, no ano em 
que se realizarem as eleições, do menor que completar 16 anos até a data do 
pleito, inclusive. No entanto, o título emitido nessas condições somente surtirá 
efeitos com o implemento da idade de 16 anos.
Hipótese didática
Suponha que Maria completará 16 anos no mesmo dia das eleições presi-
denciais de 2014. Desse modo, poderá ela requerer seu alistamento eleitoral, 
no ano de realização das eleições (2014), mesmo que não tenha ainda com-
pletado 16 anos. Todavia, os efeitos da aquisição do título eleitoral, entre os 
quais o de se tornar juridicamente cidadã, somente surtirão efeitos a partir do 
dia em que completar 16 anos. 
Nesta hipótese, a data de início dos efeitos da aquisição do título – o dia 
em que Maria completa 16 anos – coincide com a realização das eleições. Mas 
não confunda: os efeitos da aquisição do título ocorrem no momento em que 
se completa 16 anos, e não na data da realização da eleição.
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Veja a seguir um quadro resumo da obrigatoriedade e facultatividade do alis-
tamento eleitoral.
ALISTAMENTO ELEITORAL
(obrigatoriedade e facultatividade)
CONDIÇÃO DO ALISTAMENTO REQUISITO
OBRIGATÓRIO • Maior de 18 anos.
FACULTATIVO
• No ano das eleições, o menor que 
completar 16 anos até data das elei-
ções, inclusive;
• Maior de 16 e menor de 18 anos;
• Maior de 70 anos;
• Analfabeto.
1.2.3 Impedimento do Alistamento
Além de casos de alistamento obrigatório e facultativo, há também aqueles 
nos quais incide um impedimento legal que inviabiliza o alistamento eleitoral.
O primeiro impedimento se aplica aos estrangeiros, os quais não podem se 
alistar como eleitores (art. 14, § 2º, CF). 
No entanto, há uma exceção. Havendo reciprocidade em Portugal, aos portu-
gueses com residência habitual no Brasil há mais de três anos é permitido o alis-
tamento eleitoral, mesmo sem naturalização. Cabe aqui lembrar que o gozo de 
direitos políticos no Estado de residência importa na suspensão do exercício dos 
mesmos direitos no Estado da nacionalidade. Assim, o português que se alistar 
no Brasil não pode exercer, enquanto se beneficiar da reciprocidade, o mesmo 
direito em Portugal (art. 14, § 2º, CF).
São também impedidos de se alistar como eleitores, durante o período militar 
obrigatório, os conscritos. Mas, professor, quem são esses tais de conscritos? 
Meu amigo, para fins de impedimento de alistamento eleitoral, conscritos são:
a) Brasileiro que, no ano em que completa dezoito anos, é selecionado para 
prestar o serviço militar obrigatório, seja ele no Exército, na Marinha ou na Aero-
náutica;
b) Os médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários que não prestaram o 
serviço militar obrigatório em virtude de adiamento de incorporação para a reali-
zação dos respectivos cursos superiores e, uma vez concluídos os seus cursos 
de graduação, venham a prestar o serviço militar obrigatório;
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DIREITO ELEITORAL
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c) Alunos dos órgãos de formação de reserva, tais como o Centro de Prepa-
ração de Oficiais da Reserva (CPOR) e o Núcleo de Preparação de Oficiais da 
Reserva(NPOR).
O alcance da expressão conscritos, definida nas alíneas b e c, é jurispru-
dencial. Nesse sentido:
Direto do TSE
Jurisprudência do TSE: a palavra “conscrito” constante deste dispositivo 
alcança também aqueles matriculados nos órgãos de formação de reserva e 
os médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários que prestam serviço militar 
inicial obrigatório (Res. TSE n. 15.850/1989).
De outro modo, são excluídos da abrangência da expressão “conscritos” e, 
portanto, podem se alistar: os engajados no serviço militar, ou seja, aqueles que, 
uma vez cumprido o período militar obrigatório, decidiram continuar no serviço 
militar; além dos oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou 
suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para 
formação de oficiais.
Além desses dois casos de impedimento, a jurisprudência do TSE é pacífica 
ao afirmar a vedação ao alistamento que se impõe em face da incapacidade 
absoluta nos termos da lei civil. 
Direto do TSE
Jurisprudência do TSE: consoante o § 2º do art. 14 da CF, a não alistabi-
lidade como eleitores somente é imputada aos estrangeiros e, durante o perí-
odo do serviço militar obrigatório, aos conscritos, observada, naturalmente, a 
vedação que se impõe em face da incapacidade absoluta nos termos da lei 
civil. (TSE, PA n. 19.840/2010).
Cumpre-nos ainda informar que, em 2010, o TSE decidiu que a vedação ao 
alistamento para os que não saibam exprimir-se na língua nacional, contida no 
art. 5º, II, CE, não foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988. Segundo 
o TSE:
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 DIREITO ELEITORAL
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Direto do TSE
Jurisprudência do TSE: é vedado impor qualquer empecilho ao alista-
mento eleitoral que não esteja previsto na Lei Maior, por caracterizar restrição 
indevida a direito político, há que afirmar a inexigibilidade de fluência da língua 
pátria para que o indígena ainda sob tutela e o brasileiro possam alistar-se elei-
tores. Declarada a não recepção do art. 5º, inciso II, do Código Eleitoral pela 
Constituição Federal de 1988. (TSE, PA n. 19.840/2010).
Agora que já sabemos os casos de obrigatoriedade, facultatividade e impe-
dimento, vamos estudar um interessante caso, apreciado pelo TSE, e que pode 
ser objeto de questionamento nos próximos concursos.
Um jovem entre os 16 e 18 anos requereu com sucesso seu alistamento elei-
toral. Passados dois anos, o jovem completou 18 anos e foi selecionado para 
cumprir o serviço militar obrigatório, ou seja, tornou-se um conscrito. Durante 
esse período de serviço militar, se sobrevier uma eleição, pode o conscrito, que 
já havia sido inscrito no cadastro geral de eleitores, por meio do alistamento 
eleitoral, exercer o direito de votar na eleição? O TSE decidiu que não pode o 
conscrito, mesmo que já tenha inscrição eleitoral, exercer o direito do voto (PA n. 
16.337, DJ de 14/05/1998). 
Portanto, encerramos os casos de obrigatoriedade, facultatividade e impedi-
mento. Vamos estudar agora como os obrigados e os facultados, se estes assim 
desejarem, realizam efetivamente seu alistamento eleitoral. 
2. QUALIFICAÇÃO E INSCRIÇÃOO alistamento se faz por meio da qualificação e inscrição do eleitor. 
Somente com a realização dessas duas etapas ter-se-á sua consumação (art. 
42, CE).
A qualificação se consubstancia na demonstração, perante a Justiça Eleito-
ral, dos dados que habilitam o eleitor a integrar o corpo eleitoral
A inscrição, por sua vez, é a introdução do nome do eleitor no corpo de elei-
tores, por meio de decisão do juiz eleitoral, após a verificação do preenchimento 
dos requisitos.
3. PROCEDIMENTO DO ALISTAMENTO
Vamos entender como se concretiza, na prática, as duas etapas do alista-
mento eleitoral: a qualificação e a inscrição.
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DIREITO ELEITORAL
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Para realizar o alistamento, basta o pretenso eleitor dirigir-se ao cartório elei-
toral ou posto de alistamento de seu domicílio eleitoral, no prazo de até 150 dias 
anteriores à data da eleição (art. 91, Lei n. 9.504/1997), com um dos seguin-
tes documentos (art. 13, Res. TSE n. 21.538/2003):
a) Carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos criados por lei fede-
ral, controladores do exercício profissional;
b) Certificado de quitação do serviço militar;
c) Certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil;
d) Instrumento público do qual se infira, por direito, ter o requerente a idade 
mínima de 16 anos e do qual constem, também, os demais elementos necessá-
rios à sua qualificação.
A regra é que basta apenas um dos documentos listados acima. Entretanto, 
para os maiores de 18 anos do sexo masculino, é obrigatória a apresentação do 
certificado de quitação do serviço militar. Essa exceção foi recentemente objeto 
de concurso público e poderá vir a ser novamente cobrada nos próximos.
Direto do concurso
(CESPE/TRE-MA/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2009) 
Para que um cidadão do sexo masculino, maior de 18 anos de idade, casado, 
possa se alistar como eleitor, é suficiente à identificação mediante certidão de 
casamento extraída do registro civil.
Gabarito: a assertiva está incorreta. Para os maiores de 18 do sexo masculino, 
sempre deve estar presente a certidão de quitação do serviço militar. Seria 
suficiente a certidão de casamento se se tratasse de um maior de 16 e menor 
de 18 anos ou uma pessoa do sexo feminino. 
As informações pessoais trazidas pelo pretenso eleitor serão processadas 
eletronicamente por um sistema de alistamento desenvolvido pelo Tribunal 
Superior Eleitoral (art. 1º, Res. TSE n. 21.538/2003). Para tanto, deve o servidor 
da Justiça Eleitoral, com base na documentação trazida pelo solicitante, preen-
cher o Requerimento de Alistamento Eleitoral – RAE e imprimi-lo na presença do 
requerente.
Após o preenchimento do RAE e juntados os documentos, encaminha-se o 
requerimento para apreciação do juiz eleitoral.
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Esquematicamente:
SOLICITANTE APRESENTA JUNTO AO CARTÓRIO ELEITORAL O 
REQUERIMENTO DE INCRIÇÃO ACOMPANHADO DA 
DOCUMENTAÇÃO
O SERVIDOR DA JUSTIÇA ELEITORAL PREENCHE O RAE COM BASE 
NA DOCUMENTAÇÃO APRESENTADA PELO SOLICITANTE
ENCAMINHA-SE AO JUIZ ELEITORAL PARA APRECIAÇAO DO PEDIDO 
O RAE JUNTO COM A DOCUMENTAÇÃO APRESENTADA
Bom, amigo, a partir daqui há duas possibilidades: o juiz poderá deferir ou 
indeferir pedido. Portanto, vamos estudar primeiro o caso de deferimento.
Deferimento do requerimento de alistamento eleitoral
Ao apreciar o requerimento, o juiz poderá, se tiver dúvida quanto à identidade 
do requerente ou sobre qualquer outro requisito para o alistamento, converter o 
requerimento em diligência para que o solicitante esclareça ou complete a prova, 
fixando prazo razoável para tanto.
Cumprida a diligência, se houver, e deferido o requerimento de inscrição elei-
toral, o juiz eleitoral viabilizará a publicidade dessa decisão por meio de edital 
publicado quinzenalmente (dias 1º e 15º de cada mês). No edital constam, além 
dos pedidos deferidos, os indeferidos e os convertidos em diligência. Da decisão 
de deferimento, poderá recorrer ao TRE qualquer delegado de partido político no 
prazo de 10 dias, contados da publicação do referido edital.
12
DIREITO ELEITORAL
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Vamos a um esquema didático para visualizar todo o procedimento:
10 dias
ENCAMINHA-SE AO JUIZ ELEITORAL PARA APRECIAÇAO DO PEDIDO O 
RAE JUNTO COM A DOCUMENTAÇÃO APRESENTADA
 
CONVERSÃO DO PEDIDO 
EM DELIGÊNCIA
 
DILIGÊNCIA CUMPRIDA
 
DEFERIMENTO DO PEDIDO DE INSCRIÇÃO ELEITORAL PELO JUIZ 
ELEITORAL
PUBLICAÇÃO DO EDITAL CONTENDO ALÉM DAS INSCRIÇÕES 
DEFERIDAS, AS EM DILIGÊNCIA E AS INDEFERIDAS
 
RECURSO DE QUALQUER DELEGADO DE PARTIDO
 
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL, QUE JULGARÁ O 
RECURSO EM 5 DIAS
Indeferimento do requerimento de alistamento eleitoral
Ao apreciar o requerimento, o juiz poderá, se tiver dúvida quanto à identidade 
do requerente ou sobre qualquer outro requisito para o alistamento, converter o 
requerimento em diligência para que o solicitante esclareça ou complete a prova, 
fixando prazo razoável para tanto.
Em se tratando de omissão ou irregularidade insanável, deverá o juiz eleitoral 
indeferir o alistamento.
As decisões de indeferimento da inscrição eleitoral, juntamente com as defe-
ridas e as em diligências, são publicadas por meio de edital nos dias 1º e 15º de 
cada mês.
13
 DIREITO ELEITORAL
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A partir da publicação do edital, o eleitor poderá, no prazo de 5 dias, recorrer 
ao TRE da decisão de indeferimento de sua inscrição.
Vamos a um esquema didático para visualizar todo o procedimento.
05 dias
ENCAMINHA-SE AO JUIZ ELEITORAL PARA APRECIAÇAO DO PEDIDO O 
RAE JUNTO COM A DOCUMENTAÇÃO APRESENTADA
 
CONVERSÃO DO PEDIDO 
EM DELIGÊNCIA
 
IRREGULARIDADE 
INSANÁVEL
 
INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE INSCRIÇÃO ELEITORAL PELO JUIZ 
ELEITORAL
PUBLICAÇÃO DO EDITAL CONTENDO ALÉM DAS INSCRIÇÕES 
INDEFERIDAS, AS EM DILIGÊNCIA E AS INDEFERIDAS
 
RECURSO DO ALISTANDO
 
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL JULGARÁ O 
RECURSO DENTRO DE 5 DIAS
Para encerrar esse assunto, vale salientar ainda a permissão legal dada aos 
partidos políticos de participar ativamente do processo de inscrição eleitoral de 
eleitores (art. 66, CE). 
Além da possibilidade de apresentar recurso aos pedidos deferidos de alis-
tamento eleitoral, os partidos políticos, por meio dos seus delegados, podem 
atuar ainda no início do processo de alistamento. Isso em face da permissão 
dada a eles de acompanhar todos os processos de inscrição e examinar, sem 
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perturbação, os documentos relativos ao alistamento eleitoral, podendo deles 
tirar cópias. Esse acesso aos dados do solicitante permite aos partidos políticos 
comunicar irregularidades e omissões, no momento em que se procede ao alis-
tamento, solicitando seu indeferimento, de plano ou após realização de diligên-
cia que venha a confirmar o alegado. Trata-se aqui de uma autêntica impugna-
ção ao pedido de alistamento eleitoral.
A participação dos partidos políticos no processo de inscrição eleitoral não se 
restringe a tentar impedir a inscrição do alistando por meio de recursos ou impug-
nações. Há ainda a possibilidade de os partidos políticos, por meio dos seus dele-
gados, assumirem a defesa do eleitor, cuja inscrição esteja sendo questionada.
Agora que sabemos como é realizada a inscrição eleitoral, vamos estudar 
como se dá a sua transferência, mas, antes, é imprescindível conhecer o con-
ceito de domicílio eleitoral. 
4.DOMICÍLIO ELEITORAL
O Código Eleitoral define domicílio eleitoral, para efeito de inscrição, o lugar 
de residência ou moradia do requerente e, verificado ter o alistando mais de 
uma, considerar-se-á domicílio qualquer uma delas (art. 42, CE).
Apesar desse conceito já ter evoluído bastante, não é incomum a sua literali-
dade ser cobrada em provas de concursos, por isso fique atento.
Direto do concurso
(ESAG/TRE-ES/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2005) 1 O alistamento eleitoral se faz 
mediante a qualificação e a inscrição do eleitor. Para efeito da inscrição, é domi-
cílio eleitoral o lugar de residência ou moradia do requerente, e, verificado ter o 
alistando mais de uma, deverá comprovar qual é efetivamente o seu endereço, 
sob pena de indeferimento.
Gabarito: a primeira parte da questão está correta. O alistamento eleitoral se 
faz mediante a qualificação e a inscrição do eleitor. Na 2ª parte da questão, 
a afirmação de que “é domicílio eleitoral o lugar de residência ou moradia 
do requerente” está correta, com base na literalidade do art. 42. No entanto, 
verificado ter o alistando mais de uma residência, a situação se resolve 
considerando como seu domicílio qualquer uma delas.
1 Apesar de a questão apresentada ser do ano de 2005, esse assunto também foi objeto de prova nos concursos do TRE-MA em 2006 para 
Analisa Judiciário, área administrativa; e do TRE/GO para Analista Judiciário, área judiciária, sendo ambas as provas realizadas pelo 
CESPE.
15
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Esse conceito, um tanto restrito, foi, no entanto, elastecido pela jurisprudên-
cia dos Tribunais, os quais passaram a admitir como prova de domicílio não só a 
moradia, mas também outros vínculos, tais como negócios, propriedades, ativi-
dades políticas, atividades sociais, vínculos de afetividade etc. Essa orientação 
jurisprudencial veio a confirmar a ideia de que o domicílio eleitoral não se con-
funde com o domicílio civil. Veja a jurisprudência do TSE nesse sentido:
Direto do TSE
Jurisprudência do TSE: o conceito de domicílio eleitoral não se confunde 
com o de domicílio do direito comum, regido pelo Código Civil. Mais flexível e 
elástico, identifica-se com a residência e o lugar onde o interessado tem víncu-
los políticos e sociais (Ac. 16.937, DJ de 29/08/2000).
Jurisprudência do TSE: o domicílio eleitoral não se confunde, necessaria-
mente, com o domicílio civil. A circunstância de o eleitor residir em determinado 
município não constitui obstáculo a que se candidate em outra localidade onde 
é inscrito e com a qual mantém vínculos (negócios, propriedades, atividades 
políticas) (Ac. 18.124, DJ de 16/11/2000).
Ao requerer sua inscrição eleitoral, o alistando deve fazê-la no seu domicílio 
eleitoral. Isso é intuitivo, pois são as pessoas ali domiciliadas, as quais possuem 
interesse na melhoria do local, que devem escolher os seus mandatários. Não 
é razoável que pessoas estranhas ao local e que com ele não possua nenhum 
vínculo participem desse processo. 
Desse modo, pode-se afirmar que o domicílio na circunscrição é condição 
imprescindível para o deferimento do pedido de inscrição eleitoral pelo juiz.
Na verdade, a comprovação do domicílio no local da inscrição é imprescin-
dível não somente no momento da primeira inscrição, mas também no procedi-
mento de transferência dessa inscrição para outra zona eleitoral. Aliás, esse é o 
nosso próximo assunto.
5. TRANSFERÊNCIA ELEITORAL
A transferência consiste na mudança de domicílio eleitoral do eleitor. Na prá-
tica, ocorre a transferência do seu nome para colégio eleitoral diferente daquele 
do qual fazia parte.
A transferência pode ocorrer nas seguintes hipóteses:
• De um local de votação para outro, em Município diverso do seu, mesmo 
que dentro da mesma zona eleitoral;
• De um Município para outro dentro do mesmo Estado;
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• De um Estado para outro dentro do País;
• Do exterior para o Brasil;
• Do Brasil para o exterior (sob a responsabilidade da 1ª Zona do Distrito 
Federal);
• De uma zona do exterior para outra também no exterior (sob a responsabi-
lidade da 1ª Zona do Distrito Federal).
5.1 Requisitos 
Para o deferimento do pedido de transferência, deve-se observar os seguin-
tes requisitos:
REQUISITOS DO PEDIDO DE TRANSFERÊNCIA ELEITORAL
TRE
Pedido até 150 dias antes da data da eleição.
Residência mínima de 3 meses no novo domicílio.
Prova da quitação eleitoral com a Justiça Eleitoral.
Decurso de prazo de pelo menos 1 ano do 
alistamento ou da última transferência.
O primeiro requisito é a entrada do pedido de transferência no prazo estabe-
lecido pela legislação vigente, que é de até 150 dias antes da data da eleição 
(art. 91, Lei n. 9.504/1997), estando revogado o prazo de até 100 dias, constante 
no art. 55, § 1º, I, CE. Esse prazo é bastante cobrado em provas de concursos.
Direto do concurso
(CESPE/TRE-BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2010) Em 
caso de mudança de domicílio, configura exigência para transferência de inscrição 
de eleitor a observância do prazo de entrada do requerimento no cartório eleitoral 
do novo domicílio no prazo de até cem dias antes da data da eleição.
Gabarito: a assertiva está incorreta. O prazo fatal é de até 150 dias antes da 
data da eleição (art. 91, Lei n. 9.504/1997). O prazo de até 100 dias antes da 
data da eleição (art. 55, § 1º, I, CE) não se aplica mais. 
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Outro requisito exigido é a residência mínima de 3 meses do eleitor no novo 
domicílio. Desse modo, não basta somente a fixação do domicílio eleitoral no 
novo local. Faz-se necessário, ainda, que ela seja duradoura (no mínimo de 3 
meses).
Esse requisito, no entanto, não se aplica à transferência de título eleitoral de 
servidor público civil, militar, autárquico ou de membro de sua família, por motivo 
de remoção ou transferência.
Hipótese didática
Imagine que Antônio, servidor público federal, seja removido no interesse 
da Administração da cidade de Brasília para a cidade de Belo Horizonte. Em 
razão disso, Antônio e sua esposa, Maria, providenciam sua mudança para a 
nova cidade. Logo após se instalarem na cidade, mais precisamente 1 mês 
depois, Maria se dirige ao cartório eleitoral e solicita a transferência do seu 
título eleitoral de Brasília para Belo Horizonte. Mesmo Maria não sendo servi-
dora pública, o juiz eleitoral deverá deferir seu pedido, haja vista sua mudança 
de domicílio ter sido ocasionada pela remoção de seu marido, que é servidor 
público.
Para o deferimento de transferência eleitoral, deve ainda ser observado o 
decurso de prazo de pelo menos 1 ano do alistamento ou da última transferência 
do solicitante. No último concurso do TSE, para técnico, esse assunto foi objeto 
de questionamento.
Direto do concurso
(CESPE/TSE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2007) 
Tenório requereu, em janeiro de 2006, a transferência de seu domicílio eleitoral 
de Brasília/DF para João Pessoa/PB. Em 28 de novembro de 2006, requereu 
novamente a transferência de seu domicílio eleitoral, agora para Florianopólis/
SC, município onde reside desde setembro de 2006. A transferência do 
domicílio de Tenório para Florianopólis/SC não será deferida, em virtude de ter 
transcorrido menos de 1 ano da última transferência.
Gabarito: a assertiva está correta. É necessário que seja observado o prazo 
de pelo menos 1 ano da última transferência do solicitante, o que não ocorreu 
na hipótese trazida pela questão.
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Assim como a exigência mínima de 3 meses no novo domicílio, o requisito 
da observância de pelo menos 1 ano da última transferência não se aplica ao 
servidorpúblico civil, militar, autárquico ou de membro de sua família, por 
motivo de remoção ou transferência.
O último requisito se revela na necessidade de comprovação da quitação 
eleitoral com a Justiça Eleitoral. Ao requerer a transferência, o eleitor entre-
gará ao servidor do cartório o título eleitoral e a prova de quitação com a 
Justiça Eleitoral.
A certidão de quitação eleitoral abrangerá exclusivamente a plenitude do gozo 
dos direitos políticos; o regular exercício do voto; o atendimento a convocações 
da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito; a inexistência de 
multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral, e não remitidas; e 
a apresentação de contas de campanha eleitoral (Incluído pela Lei n. 12.034, de 
2009).
6. CANCELAMENTO E EXCLUSÃO ELEITORAL
As inscrições eleitorais têm caráter de definitividade. Não obstante, existem 
algumas situações que podem ensejar o cancelamento da inscrição do eleitor. 
Essas hipóteses estão previstas no art. 71 do Código Eleitoral.
HIPÓTESES DE CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO ELEITORAL
Hipóteses de
Cancelamento
Infração dos artigos 5º e 42 do CE;
A suspensão ou perda dos direitos políticos;
Pluralidade de inscrições;
Falecimento do eleitor;
Deixar de votar em 3 eleições consecutivas.
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A primeira hipótese de cancelamento da inscrição eleitoral, que se refere 
à infração dos artigos 5º e 42 do Código Eleitoral, alcança apenas o eleitor 
que infringir o disposto no art. 5º, III, CE, ou seja, aquele que tenha insistido no 
alistamento mesmo privado temporária ou definitivamente dos direitos políticos 
– conscritos e estrangeiros –, bem assim aquele se alistou fora do seu domicílio 
(art. 42, CE). 
HIPÓTESES DOS ARTS. 5º E 42
Privado temporária 
ou definitivamente 
dos direitos políticos
Alistamento fora do 
domicílio eleitoral
A segunda hipótese de cancelamento de inscrição eleitoral se relaciona 
com os casos de perda ou suspensão dos direitos políticos, elencadas no 
art. 15 da CF, tais como a incapacidade civil absoluta (art. 15, II, CF); a conde-
nação criminal transitada em julgado (art. 15, III, CF); a recusa em cumprir obri-
gação a todos imposta ou prestação alternativa (art. 15, IV, CF); e a condenação 
por ato de improbidade administrativa (art. 15, V, CF). Havendo perda ou sus-
pensão de direitos políticos, tem-se como consequência jurídica o cancelamento 
da inscrição (art. 71, CE).
Nesse ponto, é oportuna uma observação. A doutrina majoritária e até mesmo 
a Res. TSE n. 21.538/2003, no seu art. 51, entendem que, nos casos de sus-
pensão de direitos, opera-se a suspensão da inscrição eleitoral e não o seu can-
celamento. Todavia, as bancas de concurso, como CESPE, FCC e outras, vêm 
cobrando a literalidade do art. 71 do Código Eleitoral. Assim, nesses casos, para 
fins de concurso público, opera-se o cancelamento da inscrição eleitoral.
Outra hipótese de cancelamento da inscrição do eleitor ocorre quando 
se verifica que este possui mais de uma inscrição eleitoral. A verifica-
ção dessa irregularidade, com o objetivo de expurgar possíveis duplicidades 
ou pluralidades de inscrição, dá-se por meio do procedimento de batimento 
ou cruzamento das informações cadastrais, realizado pelo TSE, em âmbito 
nacional (art. 33, Res. TSE n. 21.538/2003).
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DIREITO ELEITORAL
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Uma vez detectada a duplicidade/pluralidade de inscrições em uma mesma 
zona eleitoral, a competência para solucionar a pendência na esfera adminis-
trativa é do juiz eleitoral da respectiva Zona. Quando essa irregularidade admi-
nistrativa se verificar em inscrições de zonas eleitorais diversas de uma mesma 
circunscrição, a competência desloca-se para a Corregedoria-Regional Eleitoral; 
e quando a pluralidade se verificar em zonas eleitorais de circunscrições diver-
sas, a competência é da Corregedoria-Geral Eleitoral.
No procedimento de regularização de duplicidades/pluralidades de inscrição 
eleitoral, a autoridade competente realizará o cancelamento de uma ou mais 
delas, na seguinte ordem de preferência:
 
Na inscrição mais recente, efetuada contrariamente às instruções em vigor
Na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral do eleitor
Naquela cujo título não tenha sido entregue ao eleitor
Naquela cujo título não tenha sido utilizado para o exercício do voto na 
última eleição
Na mais antiga
A inscrição mais recente é a realizada por último
Da decisão da autoridade competente acerca das duplicidades/pluralidades 
de inscrição eleitoral caberá, no prazo de 3 dias, recurso para:
DECISÃO RECURSO
JUIZ ELEITORAL DE SUA CIRCUNSCRIÇÃO AO CORREGEDOR REGIONAL 
CORREGEDOR REGIONAL ELEITORAL AO CORREGEDOR-GERAL
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Resolvida a duplicidade ou pluralidade na esfera administrativa e verificando 
ter sido atribuída duas ou mais inscrições a um mesmo eleitor, excetuados os 
casos de evidente falha dos serviços eleitorais, autos deverão ser remetidos pela 
autoridade judiciária competente ao Ministério Público Eleitoral, para averigua-
ção de ilícito na esfera penal.
Não sendo cogitada a ocorrência de ilícito penal eleitoral a ser apurado, os autos 
deverão ser arquivados na zona eleitoral onde o eleitor possui inscrição regular.
Manifestando-se o Ministério Público Eleitoral pela existência de indício de 
ilícito penal eleitoral a ser apurado, o processo deverá ser remetido à Polícia 
Federal para instauração de inquérito policial.
Concluído o inquérito policial, este deverá ser encaminhado pela autoridade 
policial que o presidir ao juiz eleitoral da zona eleitoral onde foi efetuada a 
inscrição mais recente, que é a autoridade competente para decidir o caso 
(art. 44 c/c art. 48, § 3º, Res. TSE n. 21.538/2003).
Além da responsabilidade administrativa e penal por inscrição fraudulenta, 
outras punições poderão advir, alcançando o eleitor, o servidor da Justiça Eleito-
ral ou até mesmo terceiros que tenham se beneficiado. Esse assunto foi objeto 
da última prova do TSE.
Direto do concurso
(CESPE/TSE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2007) 
Proferida decisão acerca de pluralidade de inscrição eleitoral, verificou-se 
que duas inscrições foram atribuídas a Fernando, eleitor do Estado de Goiás. 
O servidor da justiça eleitoral envolvido no caso de inscrição irregular será, 
juntamente com o eleitor, responsabilizado civil, penal e administrativamente, 
conforme o caso.
Gabarito: a assertiva está correta. A responsabilização alcança as esferas 
administrativa, penal e civil, e alcança não somente o eleitor, mas também os 
servidores da Justiça Eleitoral e terceiros beneficiados.
Ainda sobre as hipóteses de cancelamento da inscrição eleitoral, temos 
o falecimento do eleitor, cuja ocorrência importa, obviamente, no cancela-
mento da sua inscrição eleitoral. 
Na prática, os oficiais de Registro Civil, sob pena de cometer o crime de per-
turbar ou impedir de qualquer forma o alistamento (detenção de 15 dias a seis 
meses ou pagamento de 30 a 60 dias-multa), enviarão, até o dia 15 de cada 
mês, ao juiz eleitoral da zona em que oficiarem, comunicação dos óbitos de cida-
dãos alistáveis, ocorridos no mês anterior, para cancelamento das inscrições.
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A depuração do cadastro, com a finalidade de excluir inscrições atribuídas a 
pessoas falecidas, deverá ser promovida em procedimentos específicos a partir 
das comunicações mensais de óbitos a que estão obrigados os cartórios de 
registro civil ou deflagrada de ofício pela Corregedoria-Geral, observados, em 
qualquer caso, o contraditório e a ampla defesa. (TSE, Rp n. 649/2005).
Por fim, para encerrarmosesse assunto, trazemos a hipótese de cancela-
mento de deixar de votar em três eleições consecutivas. No que se refere a 
essa causa de cancelamento, o TSE possui o seguinte entendimento: “Assegu-
rado pela Constituição ao eleitor maior de 70 anos o exercício facultativo do voto, 
não se pode impor, por resolução, ao eleitor com idade superior a 80 anos obri-
gação visando preservar a regularidade de sua inscrição eleitoral.” (RP n. 649; 
Rel. Min. Francisco Peçanha Martins).
RESUMO DA AULA
• Alistamento eleitoral é o ato pelo qual o eleitor se credencia perante a Jus-
tiça Eleitoral, de modo a ser reconhecido seu direito de votar, desde que 
preenchidos os requisitos legais e constitucionais;
• No Brasil, o alistamento é obrigatório para os maiores de dezoito anos (art. 
14, § 1º, I, CF);
• É facultativo o alistamento para os analfabetos (art. 14, § 1º, II, a, CF); os 
maiores de dezesseis e menores de dezoito anos (art. 14, § 1º, II, c, CF); 
bem como para os maiores de 70 anos (art. 14, § 1º, II, b, CF);
• Os estrangeiros, os conscritos e os incapazes absolutamente (jurisprudên-
cia do TSE) estão impedidos de se alistar;
• O alistamento se faz por meio da qualificação e inscrição do eleitor. Somente 
com a realização dessas duas etapas ter-se-á sua consumação (art. 42, CE).
• A qualificação se consubstancia na demonstração, perante a Justiça Eleito-
ral, dos dados que habilitam o eleitor a integrar o corpo eleitoral;
• A inscrição é a introdução do nome do eleitor no corpo de eleitores, por 
meio de decisão do juiz eleitoral após a verificação do preenchimento dos 
requisitos;
• O Código Eleitoral define domicílio eleitoral, para efeito de inscrição, o lugar 
de residência ou moradia do requerente e, verificado ter o alistando mais 
de uma, considerar-se-á domicílio qualquer uma delas (art. 42, CE);
• O domicílio eleitoral não se confunde com o domicílio civil;
• O conceito de domicílio foi elastecido pela jurisprudência dos Tribunais, os 
quais passaram a admitir, como prova de domicílio, não só a moradia, mas 
também outros vínculos, tais como negócios, propriedades, atividades polí-
ticas, atividades sociais, vínculos de afetividade etc.;
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• A transferência eleitoral consiste na mudança de domicílio eleitoral do elei-
tor. Na prática, ocorre a transferência do seu nome para colégio eleitoral 
diferente daquele do qual fazia parte;
• Os requisitos do pedido de transferência são: pedido realizado antes da 
data da eleição; residência mínima de 3 meses no novo domicílio; prova da 
quitação eleitoral com a Justiça Eleitoral; decurso de prazo de pelo menos 
1 ano do alistamento ou da última transferência;
• As hipóteses de cancelamento da inscrição eleitoral são: infração dos arts. 5º 
e 42 do CE; a suspensão ou perda dos direitos políticos; pluralidade de ins-
crições; falecimento do eleitor; deixar de votar em 3 eleições consecutivas.
Apresentado o resumo da matéria, vamos trazer a você o texto normativo 
aplicável a nossa aula.
TEXTO LEGAL
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 14 omissis
§1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II – facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o perí-
odo do serviço militar obrigatório, os conscritos.
RESOLUÇÃO TSE N. 21.538/2003
DO REQUERIMENTO DE ALISTAMENTO ELEITORAL – RAE
Art. 2º O Requerimento de Alistamento Eleitoral – RAE (Anexo I) servirá como 
documento de entrada de dados e será processado eletronicamente. 
Parágrafo único. O sistema de alistamento de que trata o parágrafo único do 
art. 1º conterá os campos correspondentes ao formulário RAE, de modo a viabi-
lizar a impressão do requerimento, com as informações pertinentes, para apre-
ciação do juiz eleitoral. 
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Art. 3º Para preenchimento do RAE, devem ser observados os procedimen-
tos especificados nesta resolução e nas orientações pertinentes. 
Art. 4º Deve ser consignada OPERAÇÃO 1 – ALISTAMENTO quando o alis-
tando requerer inscrição e quando em seu nome não for identificada inscrição 
em nenhuma zona eleitoral do país ou exterior, ou a única inscrição localizada 
estiver cancelada por determinação de autoridade judiciária (FASE 450). 
Art. 5º Deve ser consignada OPERAÇÃO 3 – TRANSFERÊNCIA sempre que 
o eleitor desejar alterar seu domicílio e for encontrado em seu nome número de 
inscrição em qualquer município ou zona, unidade da Federação ou país, em 
conjunto ou não com eventual retificação de dados. 
§ 1º Na hipótese do caput, o eleitor permanecerá com o número originário da 
inscrição e deverá ser, obrigatoriamente, consignada no campo próprio a sigla 
da UF anterior. 
§ 2º É vedada a transferência de número de inscrição envolvida em coinci-
dência, suspensa, cancelada automaticamente pelo sistema quando envolver 
situação de perda e suspensão de direitos políticos, cancelada por perda de 
direitos políticos (FASE 329) e por decisão de autoridade judiciária (FASE 450). 
§ 3º Será admitida transferência com reutilização do número de inscrição 
cancelada pelos códigos FASE 019 – falecimento, 027 – duplicidade/pluralidade, 
035 – deixou de votar em três eleições consecutivas e 469 – revisão de eleito-
rado, desde que comprovada a inexistência de outra inscrição liberada, não libe-
rada, regular ou suspensa para o eleitor. 
§ 4º Existindo mais de uma inscrição cancelada para o eleitor no cadastro, 
nas condições previstas no § 3º, deverá ser promovida, preferencialmente, a 
transferência daquela: 
I – que tenha sido utilizada para o exercício do voto no último pleito; 
II – que seja mais antiga. 
Art. 6º Deve ser consignada OPERAÇÃO 5 – REVISÃO quando o eleitor 
necessitar alterar local de votação no mesmo município, ainda que haja mudança 
de zona eleitoral, retificar dados pessoais ou regularizar situação de inscrição 
cancelada nas mesmas condições previstas para a transferência a que se refere 
o § 3º do art. 5º. 
Art. 7º Deve ser consignada OPERAÇÃO 7 – SEGUNDA VIA quando o elei-
tor estiver inscrito e em situação regular na zona por ele procurada e desejar 
apenas a segunda via do seu título eleitoral, sem nenhuma alteração. 
Art. 8º Nas hipóteses de REVISÃO ou de SEGUNDA VIA, o título eleitoral 
será expedido automaticamente e a data de domicílio do eleitor não será alte-
rada. 
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DO ALISTAMENTO
Art. 9º No cartório eleitoral ou no posto de alistamento, o servidor da Justiça 
Eleitoral preencherá o RAE ou digitará as informações no sistema de acordo 
com os dados constantes do documento apresentado pelo eleitor, complemen-
tados com suas informações pessoais, de conformidade com as exigências do 
processamento de dados, destas instruções e das orientações específicas. 
§ 1º O RAE deverá ser preenchido ou digitado e impresso na presença do 
requerente. 
§ 2º No momento da formalização do pedido, o requerente manifestará sua 
preferência sobre local de votação, entre os estabelecidos para a zona eleitoral. 
§ 3º Para os fins do § 2º deste artigo, será colocada à disposição, no cartório 
ou posto de alistamento, a relação de todos os locais de votação da zona, com 
os respectivos endereços. 
§ 4º A assinatura do requerimento ou a aposição da impressão digital do pole-
gar será feita na presença do servidor da Justiça Eleitoral, que deverá atestar, de 
imediato, a satisfação dessa exigência. 
Art. 10. Antes de submeter o pedido a despacho do juiz eleitoral, o servidor 
providenciará o preenchimento ou a digitação no sistema dos espaços que lhe 
são reservados no RAE.Parágrafo único. Para efeito de preenchimento do requerimento ou de digita-
ção no sistema, será mantida em cada zona eleitoral relação de servidores, iden-
tificados pelo número do título eleitoral, habilitados a praticar os atos reservados 
ao cartório. 
Art. 11. Atribuído número de inscrição, o servidor, após assinar o formulário, 
destacará o protocolo de solicitação, numerado de idêntica forma, e o entregará 
ao requerente, caso a emissão do título não seja imediata. 
Art. 12. Os tribunais regionais eleitorais farão distribuir, observada a sequ-
ência numérica fornecida pela Secretaria de Informática, às zonas eleitorais da 
respectiva circunscrição, séries de números de inscrição eleitoral, a serem utili-
zados na forma deste artigo. 
Parágrafo único. O número de inscrição compor-se-á de até 12 algarismos, 
por unidade da Federação, assim discriminados: 
a) os oito primeiros algarismos serão sequenciados, desprezando-se, na 
emissão, os zeros à esquerda; 
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b) os dois algarismos seguintes serão representativos da unidade da Fede-
ração de origem da inscrição, conforme códigos constantes da seguinte tabela: 
01 – São Paulo 
02 – Minas Gerais 
03 – Rio de Janeiro 
04 – Rio Grande do Sul 
05 – Bahia 
06 – Paraná 
07 – Ceará 
08 – Pernambuco 
09 – Santa Catarina 
10 – Goiás 
11 – Maranhão 
12 – Paraíba 
13 – Pará 
14 – Espírito Santo 
15 – Piauí 
16 – Rio Grande do Norte 
17 – Alagoas 
18 – Mato Grosso 
19 – Mato Grosso do Sul 
20 – Distrito Federal 
21 – Sergipe 
22 – Amazonas 
23 – Rondônia 
24 – Acre 
25 – Amapá 
26 – Roraima 
27 – Tocantins 
28 – Exterior (ZZ) 
c) os dois últimos algarismos constituirão dígitos verificadores, determinados 
com base no módulo 11, sendo o primeiro calculado sobre o número sequencial 
e o último sobre o código da unidade da Federação seguido do primeiro dígito 
verificador. 
Art. 13. Para o alistamento, o requerente apresentará um dos seguintes docu-
mentos do qual se infira a nacionalidade brasileira (Lei n. 7.444/1985, art. 5º, § 2º): 
a) carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos criados por lei fede-
ral, controladores do exercício profissional; 
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b) certificado de quitação do serviço militar; 
c) certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil; 
d) instrumento público do qual se infira, por direito, ter o requerente a idade 
mínima de 16 anos e do qual constem, também, os demais elementos necessá-
rios à sua qualificação. 
Parágrafo único. A apresentação do documento a que se refere a alínea b é 
obrigatória para maiores de 18 anos, do sexo masculino. 
Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem eleições, do 
menor que completar 16 anos até a data do pleito, inclusive. 
§ 1º O alistamento de que trata o caput poderá ser solicitado até o encerra-
mento do prazo fixado para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência. 
§ 2º O título emitido nas condições deste artigo somente surtirá efeitos com o 
implemento da idade de 16 anos (Res./TSE n. 19.465, de 12/03/1996). 
Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado 
que não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira 
incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição. 
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não-alistado que requerer sua 
inscrição eleitoral até o centésimo quinquagésimo primeiro dia anterior à eleição 
subsequente à data em que completar 19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. a Lei 
n. 9.504/1997, art. 91). 
Art. 16. O alistamento eleitoral do analfabeto é facultativo (Constituição Fede-
ral, art. 14, § 1º, II, a). 
Parágrafo único. Se o analfabeto deixar de sê-lo, deverá requerer sua inscrição 
eleitoral, não ficando sujeito à multa prevista no art. 15 (Código Eleitoral, art. 8º). 
Art. 17. Despachado o requerimento de inscrição pelo juiz eleitoral e proces-
sado pelo cartório, o setor da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral respon-
sável pelos serviços de processamento eletrônico de dados enviará ao cartório 
eleitoral, que as colocará à disposição dos partidos políticos, relações de inscri-
ções incluídas no cadastro, com os respectivos endereços. 
§ 1º Do despacho que indeferir o requerimento de inscrição, caberá recurso 
interposto pelo alistando no prazo de cinco dias e, do que o deferir, poderá recor-
rer qualquer delegado de partido político no prazo de dez dias, contados da colo-
cação da respectiva listagem à disposição dos partidos, o que deverá ocorrer 
nos dias 1º e 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham 
sido exibidas ao alistando antes dessas datas e mesmo que os partidos não as 
consultem (Lei n. 6.996/1982, art. 7º). 
§ 2º O cartório eleitoral providenciará, para o fim do disposto no § 1º, relações 
contendo os pedidos indeferidos. 
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DA TRANSFERÊNCIA
Art. 18. A transferência do eleitor só será admitida se satisfeitas as seguintes 
exigências: 
I – recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio no prazo 
estabelecido pela legislação vigente; 
II – transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última transfe-
rência; 
III – residência mínima de três meses no novo domicílio, declarada, sob as 
penas da lei, pelo próprio eleitor (Lei n. 6.996/1982, art. 8º); 
IV – prova de quitação com a Justiça Eleitoral. 
§ 1º O disposto nos incisos II e III não se aplica à transferência de título eleito-
ral de servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua família, por 
motivo de remoção ou transferência (Lei n. 6.996/1982, art. 8º, parágrafo único). 
§ 2º Ao requerer a transferência, o eleitor entregará ao servidor do cartório o 
título eleitoral e a prova de quitação com a Justiça Eleitoral. 
§ 3º Não comprovada a condição de eleitor ou a quitação para com a Justiça 
Eleitoral, o juiz eleitoral arbitrará, desde logo, o valor da multa a ser paga. 
§ 4º Despachado o requerimento de transferência pelo juiz eleitoral e proces-
sado pelo cartório, o setor da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral responsá-
vel pelos serviços de processamento de dados enviará ao cartório eleitoral, que 
as colocará à disposição dos partidos políticos, relações de inscrições atualiza-
das no cadastro, com os respectivos endereços. 
§ 5º Do despacho que indeferir o requerimento de transferência, caberá 
recurso interposto pelo eleitor no prazo de cinco dias e, do que o deferir, poderá 
recorrer qualquer delegado de partido político no prazo de dez dias, contados 
da colocação da respectiva listagem à disposição dos partidos, o que deverá 
ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que 
tenham sido exibidas ao requerente antes dessas datas e mesmo que os parti-
dos não as consultem (Lei n. 6.996/1982, art. 8º). 
§ 6º O cartório eleitoral providenciará, para o fim do disposto no § 5º, relações 
contendo os pedidos indeferidos. 
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DA SEGUNDA VIA
Art. 19. No caso de perda ou extravio do título, bem assim de sua inutilização 
ou dilaceração, o eleitor deverá requerer pessoalmente ao juiz de seu domicílio 
eleitoral que lhe expeça segunda via. 
§ 1º Na hipótese de inutilização ou dilaceração, o requerimento será instruído 
com a primeira via do título. 
§ 2º Em qualquer hipótese, no pedido de segunda via, o eleitor deverá apor a 
assinatura ou a impressão digital do polegar, se não souber assinar, na presença 
do servidor da Justiça Eleitoral, que deverá atestar a satisfação dessa exigência, 
após comprovada a identidade do eleitor.[...]
DA FISCALIZAÇÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS
Art. 27. Os partidos políticos, por seus delegados, poderão: 
I – acompanhar os pedidos de alistamento, transferência, revisão, segunda 
via e quaisquer outros, até mesmo emissão e entrega de títulos eleitorais, pre-
vistos nesta resolução; 
II – requerer a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente e assumir a 
defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida; 
III – examinar, sem perturbação dos serviços e na presença dos servidores 
designados, os documentos relativos aos pedidos de alistamento, transferência, 
revisão, segunda via e revisão de eleitorado, deles podendo requerer, de forma 
fundamentada, cópia, sem ônus para a Justiça Eleitoral. 
Parágrafo único. Qualquer irregularidade determinante de cancelamento de 
inscrição deverá ser comunicada por escrito ao juiz eleitoral, que observará o 
procedimento estabelecido nos arts. 77 a 80 do Código Eleitoral. 
CÓDIGO ELEITORAL
DO CANCELAMENTO E DA EXCLUSÃO
Art. 71. São causas de cancelamento:
I – a infração dos artigos 5º e 42;
II – a suspensão ou perda dos direitos políticos;
III – a pluralidade de inscrição;
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IV – o falecimento do eleitor; 
V – deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas. (Redação dada pela Lei 
n. 7.663, de 27/05/1988)
§ 1º A ocorrência de qualquer das causas enumeradas neste artigo acarretará 
a exclusão do eleitor, que poderá ser promovida ex officio, a requerimento de 
delegado de partido ou de qualquer eleitor. 
§ 2º No caso de ser algum cidadão maior de 18 (dezoito) anos privado tem-
porária ou definitivamente dos direitos políticos, a autoridade que impuser essa 
pena providenciará para que o fato seja comunicado ao juiz eleitoral ou ao Tribu-
nal Regional da circunscrição em que residir o réu.
§ 3º Os oficiais de Registro Civil, sob as penas do Art. 293, enviarão, até o dia 
15 (quinze) de cada mês, ao juiz eleitoral da zona em que oficiarem, comunica-
ção dos óbitos de cidadãos alistáveis, ocorridos no mês anterior, para cancela-
mento das inscrições.
§ 4º Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de uma 
zona ou município, o Tribunal Regional poderá determinar a realização de correi-
ção e, provada a fraude em proporção comprometedora, ordenará a revisão do 
eleitorado obedecidas as Instruções do Tribunal Superior e as recomendações 
que, subsidiariamente, baixar, com o cancelamento de ofício das inscrições cor-
respondentes aos títulos que não forem apresentados à revisão. (Incluído pela 
Lei n. 4.961, de 04/05/1966)
Art. 72. Durante o processo e até a exclusão pode o eleitor votar validamente.
Parágrafo único. Tratando-se de inscrições contra as quais hajam sido inter-
postos recursos das decisões que as deferiram, desde que tais recursos venham 
a ser providos pelo Tribunal Regional ou Tribunal Superior, serão nulos os votos 
se o seu número for suficiente para alterar qualquer representação partidária ou 
classificação de candidato eleito pelo princípio maioritário.
Art. 73. No caso de exclusão, a defesa pode ser feita pelo interessado, por 
outro eleitor ou por delegado de partido.
Art. 74. A exclusão será mandada processar ex officio pelo juiz eleitoral, 
sempre que tiver conhecimento de alguma das causas do cancelamento.
Art. 75. O Tribunal Regional, tomando conhecimento através de seu fichário, 
da inscrição do mesmo eleitor em mais de uma zona sob sua jurisdição, comuni-
cará o fato ao juiz competente para o cancelamento, que de preferência deverá 
recair:
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I – na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral;
II – naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor;
III – naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do voto na 
última eleição;
IV – na mais antiga.
Art. 76. Qualquer irregularidade determinante de exclusão será comunicada 
por escrito e por iniciativa de qualquer interessado ao juiz eleitoral, que obser-
vará o processo estabelecido no artigo seguinte.
Art. 77. O juiz eleitoral processará a exclusão pela forma seguinte:
I – mandará autuar a petição ou representação com os documentos que a 
instruírem:
II – fará publicar edital com prazo de 10 [...] dias para ciência dos interessa-
dos, que poderão contestar dentro de 5 (cinco) dias;
III – concederá dilação probatória de 5 (cinco) a 10 [...] dias, se requerida;
IV – decidirá no prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 78. Determinado, por sentença, o cancelamento, o cartório tomará as 
seguintes providências:
I – retirará, da respectiva pasta, a folha de votação, registrará a ocorrência no 
local próprio para "Anotações" e juntá-la-á ao processo de cancelamento;
II – registrará a ocorrência na coluna de "observações" do livro de inscrição;
III – excluirá dos fichários as respectivas fichas, colecionando-as à parte;
IV – anotará, de forma sistemática, os claros abertos na pasta de votação 
para o oportuno preenchimento dos mesmos;
V – comunicará o cancelamento ao Tribunal Regional para anotação no seu 
fichário.
Art. 79. No caso de exclusão por falecimento, tratando-se de caso notório, 
serão dispensadas as formalidades previstas nos n. II e III do artigo 77.
Art. 80. Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso no prazo de 3 (três) dias, 
para o Tribunal Regional, interposto pelo excluendo ou por delegado de partido.
Art. 81. Cessada a causa do cancelamento, poderá o interessado requerer 
novamente a sua qualificação e inscrição.
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS 
Agora é hora de você testar seus conhecimentos com questões de concursos 
públicos extraídos do cargo de técnico judiciário, área administrativa.
1. ( ) (CESPE/TRE-MA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2006) O alistamento faz-se 
mediante a qualificação e a inscrição do eleitor. 
2. ( ) (FCC/TRE-PB/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2007) 
Do despacho do Juiz Eleitoral que indeferir o requerimento de inscrição ca-
berá recurso interposto pelo alistando. 
3. ( ) (CESPE/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATI-
VA/2009) É facultado o alistamento, no ano anterior àquele em que se reali-
zarem as eleições, do menor que completar 16 anos de idade até seis meses 
antes da data do pleito. 
4. ( ) (CESPE/TRE-ES/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATI-
VA/2011) É obrigatório que o requerimento de alistamento eleitoral (RAE) 
seja preenchido ou digitado na presença do requerente, podendo ser impres-
so em sua ausência. 
5. ( ) (CESPE/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATI-
VA/2005) O alistamento eleitoral de brasileiro nato alfabetizado será feito 
sem aplicação de qualquer penalidade, desde que a inscrição seja requerida 
até o último dia do prazo fixado para o alistamento, anterior à eleição subse-
quente à data em que os 19 anos de idade forem completados. 
6. ( ) (CESPE/TRE-BA/TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRA-
TIVA/2010) Mesmo que o alistamento eleitoral se dê por processamento 
eletrônico, o alistando está obrigado a apresentar em cartório, ou local pre-
viamente designado, o requerimento de alistamento acompanhado de três 
fotografias. 
7. ( ) (CESPE/TRE-ES/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATI-
VA/2011) Ao requerer a transferência do título eleitoral, o eleitor deve entre-
gar ao servidor do cartório somente o título eleitoral. 
8. ( ) (CESPE/TSE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2007) 
José, com 43 anos de idade, nunca havia frequentado uma escola, não saben-
do ler nem escrever. Em outubro de 2006, matriculou-se em uma escola públi-
ca. José mora no Distrito Federal com seus dois filhos: Luiz, que completará 
18 anos em fevereiro de 2007, e Flávia, que completará 16 anos no mesmo dia 
em que se realizará o primeiro turno daseleições de 2010. Se Flávia requerer 
seu alistamento eleitoral em 2010, o seu título somente surtirá seus efeitos 
quando ela completar 16 anos e ela poderá votar nas eleições de 2010. 
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9. ( ) (CESPE/TRE-ES/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATI-
VA/2011) O brasileiro nato, não alistado, que requerer sua inscrição eleitoral 
até o centésimo quinquagésimo primeiro dia anterior à eleição subsequente 
à data em que completar dezenove anos fica isento de multa. (v)
10. ( ) (CESPE/TRE-BA/TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRA-
TIVA/2010) Em caso de mudança de domicílio, configura exigência para 
transferência de inscrição de eleitor a observância do prazo de entrada do 
requerimento no cartório eleitoral do novo domicílio no prazo de até cem dias 
antes da data da eleição. 
11. ( ) (CESPE/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATI-
VA/2009) Caso tenha sido removido ou transferido de seu local de trabalho, 
o servidor público civil ou militar pode obter a transferência de domicílio elei-
toral independentemente da prova de quitação com a Justiça Eleitoral. 
12. ( ) (CESPE/TRE-ES/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATI-
VA/2011) A prova de residência mínima de três meses no novo domicílio para 
fim de transferência do eleitor consiste em declaração, sob as penas da lei, 
do próprio interessado. 
13. ( ) (CESPE/TRE-MA/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATI-
VA/2009) Raimundo, servidor público estadual removido para a capital do 
estado, é eleitor alistado em cidade do interior. Ao requerer a transferência do 
título, Raimundo deve comprovar o alistamento eleitoral primário, realizado 
na cidade do interior há mais de um ano. 
14. ( ) (CESPE/TRE-BA/TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRA-
TIVA/2010) É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem eleições, 
do menor que completar dezesseis anos até a data do pleito, inclusive, sendo 
certo que o título eleitoral emitido em tais condições somente surtirá efeitos 
com o implemento da idade de dezesseis anos. 
15. ( ) (CESPE/TRE-ES/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATI-
VA/2011) Para fim de transferência do título eleitoral, a esposa de um servi-
dor público autárquico removido ou transferido não está sujeita à exigência 
de transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última transfe-
rência nem à de residência mínima de três meses no novo domicílio. 
16. ( ) (CESPE/TSE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2007) 
Os requisitos para transferência de domicílio eleitoral são os mesmos para 
todo cidadão brasileiro. 
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17. ( ) (CESPE/TRE-MA/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATI-
VA/2009) Raimundo, servidor público estadual removido para a capital do 
estado, é eleitor alistado em cidade do interior. Ao requerer a transferência 
do título, Raimundo deve apresentar ao cartório eleitoral o título e a prova de 
quitação eleitoral. 
18. ( ) (CESPE/TRE-MA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2006) Qualquer irregularida-
de determinante de exclusão do alistamento deve ser comunicada, por escri-
to e por iniciativa de qualquer interessado, à justiça eleitoral. 
19. ( ) (FCC/TRE-RS/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2010) 
Não se inclui dentre as exigências para que seja admitida a transferência do 
eleitor: Recebimento do pedido no cartório eleitoral no novo domicílio no pra-
zo estabelecido pela legislação vigente. 
GABARITO 
1. C
2. C
3. E
4. E
5. C
6. E
7. E
8. C
9. C
10. E
11. E
12. C
13. E
14. C
15. C
16. E
17. C
18. C
19. E
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GABARITO COMENTADO
Comentários
1. (C) A qualificação e a inscrição são as duas etapas do processo de alistamento 
eleitoral (art. 42, CE).
2. (C) Do despacho que indeferir o requerimento de inscrição pelo juiz 
eleitoral caberá recurso pelo alistando no prazo de 5 dias (art. 17, Res. TSE n. 
21.538/2003).
3. (E) É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem as eleições, do 
menor que completar 16 anos até a data do pleito, inclusive (art. 14, Res. TSE n. 
21.538/2003). Nesse caso, o alistamento poderá ser solicitado até o encerramento 
do prazo fixado para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência, ou seja, 
até, 150 dias antes da data das eleições (art. 91, Lei n. 9.504/1997).
4. (E) O Requerimento de Alistamento Eleitoral deverá ser preenchido ou 
digitado e impresso na presença do requerente (art. 9º, § 1º, Res. TSE n. 
21.538/2003).
5. (C) É certo que o brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos incorrerá 
em multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição. Todavia, essa 
multa não será aplicada para o alistando que requerer sua inscrição eleitoral 
até o centésimo quinquagésimo primeiro dia anterior à eleição, subsequente à 
data em que completar 19 anos (art. 15, Res. TSE n. 21.538/2003).
6. (E) A fotografia não é mais necessária para o alistamento eleitoral feito 
por processo eletrônico, haja vista a nova tecnologia utilizada permitir seja a 
foto tirada no momento do pedido da inscrição eleitoral (art. 13, Res. TSE n. 
21.538/2003).
7. (E) Ao requerer a transferência, o eleitor entregará ao servidor do cartório 
o título eleitoral e a prova da quitação eleitoral (art. 18, § 2º, Res. TSE n. 
21.538/2003). 
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8. (C) Considerando que Flávia completará 16 na data da eleição, a ela é 
facultada, no ano da eleição, realizar sua inscrição eleitoral; mas os efeitos 
dessa inscrição somente surtirão efeitos a partir da data em que a jovem 
completar 16 anos (art. 14, Res. TSE n. 21.538/2003).
9. (C) Em regra, o brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos incorrerá 
em multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição. Entretanto, 
a multa não será aplicada desde que a inscrição seja requerida até o último dia 
do prazo fixado para o alistamento, anterior à eleição subsequente à data em 
que os 19 anos de idade forem completados (art. 15, Res. TSE n. 21.538/2003).
10. (E) O prazo para requerer a transferência de inscrição de eleitor é de até 
150 dias antes da data da eleição (art. 91, Lei n. 9.504/1997).
11. (E) A quitação eleitoral é um requisito a ser observado no procedimento de 
transferência do eleitor e deve ser exigida a todos os brasileiros (art. 18, IV, 
Res. TSE n. 21.538/2003). 
12. (C) A comprovação de residência mínima de três meses no novo domicílio 
pode ser declarada, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor (art. 18, III, Res. 
TSE n. 21.538/2003).
13. (E) O requisito do transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento é 
necessário para validar a transferência de Raimundo (art. 18, II, Res. TSE 
n. 21.538/2003).
14. (C) É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem as eleições, 
do menor que completar 16 anos até a data do pleito, inclusive (art. 14, 
Res. TSE n. 21.538/2003). Nesse caso, o alistamento poderá ser solicitado 
até o encerramento do prazo fixado para requerimento de inscrição eleitoral 
ou transferência, ou seja, até 150 dias antes da data das eleições (art. 91, 
Lei n. 9.504/1997). 
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15. (C) Os requisitos para transferência eleitoral de residência mínima de três 
meses no novo domicílio e transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento 
ou da última transferência não precisam ser observados pelo servidor público 
civil, militar, autárquico, ou de membro de sua família, por motivo de remoção 
ou transferência (art. 18, § 1º, Res. TSE n. 21.538/2003).
16. (E) Para o servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua 
família, não precisam ser observados os requisitos de residência mínima de três 
mesesno novo domicílio e transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento 
ou da última transferência (art. 18, § 1º, Res. TSE n. 21.538/2003).
17. (C) Ao requerer a transferência, o eleitor entregará ao servidor do cartório o 
título eleitoral e a prova de quitação com a Justiça Eleitoral (art. 18, § 2º, Res. 
TSE n. 21.538/2003).
18. (C) Qualquer irregularidade determinante de cancelamento de inscrição 
deverá ser comunicada por escrito ao juiz eleitoral (art. 27, parágrafo único, 
Res. TSE n. 21.538/2003).
19. (E) O recebimento do pedido de inscrição eleitoral no novo domicílio deve 
observar o prazo de até 150 antes da eleição (art. 91, Lei n. 9.504/1997).
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2ª PARTE
1. TÍTULO ELEITORAL
Caro amigo! Na aula passada, acerca do Alistamento Eleitoral – vimos a 
importância desse ato de integração do eleitor ao cadastro eleitoral e algumas 
disposições da Res. TSE n. 21.538/2003. 
Esse assunto que estamos abordando, especialmente as disposições da 
Resolução do Alistamento Eleitoral – Res. TSE n. 21.538/2003, é o tema mais 
cobrado nos últimos 4 anos nos concursos da Justiça Eleitoral. 
Desse modo, preste bastante atenção a essas duas aulas dedicadas à aná-
lise deste importante instituto: o Alistamento Eleitoral. Certamente, os temas tra-
tados nelas definirão seu desempenho e a sua classificação no seu concurso.
Bons estudos e vamos lá!
Pessoal, o título eleitoral é o documento oficial que comprova a cidadania 
brasileira. Todos os cidadãos, após serem inscritos, por determinação do juiz 
eleitoral, receberão esse título eleitoral.
Para a confecção desse documento, exige-se que seja emitido nas dimen-
sões 9,5 x 6,0 cm, em papel com marca d’água e peso de 120g/m². Ele deverá 
ser impresso nas cores preto e verde, em frente e verso, tendo como fundo 
as Armas da República e ser contornado por serrilha (art. 22 da Res. TSE n. 
21.538/2003).
Sabemos que essas informações, aparentemente, não devem merecer maior 
atenção do concursando, certo? Errado! Esse assunto já foi objeto de questão 
de concurso público:
Direto do concurso
(CESPE/TSE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2007) O 
título eleitoral deve ter as dimensões de 10 cm × 5 cm e ser impresso nas cores 
preto, verde e azul, em frente e verso.
Gabarito: a assertiva está incorreta, pois o título possui 9,5 x 6,0 cm e é emitido 
nas cores preto e verde.
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Há uma prescrição legal que exige que o título seja emitido, obrigatoriamente, 
por computador e deverá conter as seguintes informações: nome do eleitor, a 
data de nascimento, a unidade da Federação, o município, a zona e a seção elei-
toral onde vota, o número da inscrição eleitoral, a data de emissão, a assinatura 
do juiz eleitoral e do eleitor e a expressão segunda via, quando for o caso.
Quanto à data da emissão, dispõe a Res. TSE n. 21.538/2003 que esta deverá 
ser a data do preenchimento do Requerimento nos casos de alistamento, trans-
ferência, revisão e segunda via.
Atenção!
A data da emissão do título eleitoral não é a data de sua impressão, mas o dia 
em que o eleitor fez o requerimento, nos casos previstos no art. 23, § 2º, da 
Res. TSE n. 21.538/2003.
Em regra, os títulos eleitorais são emitidos sob a coordenação das zonas elei-
torais e, nessa situação, são assinados pelo juiz eleitoral. Contudo, os Tribunais 
Regionais Eleitorais podem autorizar a emissão on-line de títulos e, em situa-
ções excepcionais (revisão de eleitorado), recadastramento ou rezoneamento, 
desde que haja um rígido controle, com a impressão da assinatura do presidente 
do Tribunal Regional Eleitoral.
Não esqueça! Só é possível a emissão de título eleitoral por computador. 
Essa é uma determinação legal. A esse respeito, trazemos, a título exemplifica-
tivo, a seguinte questão de concurso:
Direto do concurso
(CESPE/TSE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2007) O 
título eleitoral pode ser emitido por computador ou por qualquer outro meio 
eletrônico, desde que conste o nome do eleitor, sua data de nascimento e a 
seção eleitoral onde vota.
Gabarito: a assertiva está incorreta, pois o título deve ser emitido 
obrigatoriamente por computador.
Após a impressão do título, deve-se proceder a sua entrega ao eleitor. Essa 
entrega será sempre pessoal e, ainda, não é admitida a interferência de pessoas 
estranhas à Justiça Eleitoral.
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Para a formalização da entrega, será emitido, juntamente com o título eleito-
ral, o Protocolo de Entrega do Título Eleitoral – PETE. Esse PETE é um canhoto 
que, no ato da entrega, é destacado pelo servidor da Justiça Eleitoral e deve ser 
assinado ou aposto com a digital do eleitor. É composto pelos seguintes dados: 
número de inscrição eleitoral, o nome de eleitor e de sua mãe e a data de nas-
cimento; no verso, há espaços para assinatura do eleitor ou para a aposição da 
digital, número da inscrição eleitoral, e, finalmente, a data do recebimento.
Atenção!
O título eleitoral somente pode ser entregue pessoalmente ao eleitor. No ato 
de entrega, o eleitor assina o PETE – Protocolo de Entrega do Título Eleitoral. 
Sobre o tema, veja a seguinte questão:
Direto do concurso
(CESPE/TSE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2007) O 
servidor da justiça eleitoral pode entregar o título eleitoral diretamente ao eleitor 
ou a qualquer parente consanguíneo ou afim até o segundo grau.
Gabarito: a assertiva está incorreta, pois o título deve ser entregue sempre de 
forma pessoal.
Finalizando o tema Título Eleitoral, dispõe o art. 26, da Res. TSE n. 21.538/2003, 
que ele prova a quitação para com a Justiça Eleitoral até a data de sua emissão. 
Isso quer dizer que o título eleitoral só será emitido ao eleitor que estiver em dia 
com suas obrigações eleitorais. Caso o cidadão não esteja quite, o Juiz Eleito-
ral abrirá a oportunidade para a solução da pendência e, somente após, o título 
eleitoral será emitido.
Você pode nos perguntar, mas o que é quitação eleitoral? Esse conceito 
refere-se à plenitude do gozo dos direitos políticos: o regular exercício do voto, o 
atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relati-
vos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Jus-
tiça Eleitoral e não remitidas, e a apresentação de contas de campanha eleitoral 
(art. 11, § 5º, da Lei n. 9.504/1997).
Inclusive, em 29/06/2012, na Instrução1542-64, o TSE confirmou que, para 
a quitação eleitoral, basta a apresentação de contas de campanha eleitoral, não 
sendo necessária a sua aprovação.
Assim, caros alunos, terminamos a análise desse tópico “Título Eleitoral”. Reve-
jam o assunto, pois temos vários detalhes importantes para o seu concurso público.
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2. CADASTRO ELEITORAL
O cadastro eleitoral reúne os dados de todos os eleitores do Brasil. Em nosso 
País, existe um cadastro nacional mantido pelo Tribunal Superior Eleitoral. As 
informações referentes ao cidadão e ao exercício de sua cidadania estão dispo-
níveis nesse banco de dados da Justiça Eleitoral.
Em razão da natureza das informações constantes no Cadastro Eleitoral 
estarem relacionadas à intimidade e vida privada, existem limites e restrições de 
acesso a esses dados.
Contudo, não são todas as informações do cadastro eleitoral que são reser-
vadas. Na verdade, e aqui você deve estar atento na prova, as informações 
constantes do cadastro eleitoral são acessíveis às instituições públicas e 
privadas e às pessoas físicas.
Você pode estar perplexo, pois acabamos de falar que os dados referentes 
aos eleitores constantes do cadastro eleitoral estão relacionados à sua

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