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Artigo cientifico entorse de Tornozelo por mecanismo de Eversão

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Análise dos possíveis tratamentos da entorce de tornozelo por eversão e sua prevenção: Revisão de Literatura
Analysis of the possible treatments of the entorce of ankle by eversion and his prevention: Revision of Literature
Caroline Beserra Salvino¹ 
Orientadora: Mscª. Priscila Helena da Fonseca Lima²
carol.beserra@hotmail.com
Pós-graduação em Fisioterapia Traumato-ortopedia com ênfase em Terapia Manual – Faculdade Einstein	
Resumo
 Hoje em dia com cada vez mais pessoas praticando esportes, é comum o aparecimento de lesões. Tanto em atletas profissionais como os que frequentam apenas clubes entre outras modalidades. Sabendo disso fica claro que a entorse de tornozelo é uma das lesões mais comuns entre os atletas correspondendo a 20% de todas as lesões musculoesqueléticas e mais de 30% de todos os esportes. As entorses são classificas em graus I, II e III, ou leve, moderada e grave. A maioria das entorses de tornozelo ocorre no movimento de inversão. O presente estudo tem por objetivo caracterizar a entorse de tornozelo pelo movimento de eversão. Apesar de haver consenso sobre a importância do treinamento proprioceptivo na abordagem preventiva e conservadora da entorse de tornozelo, mais estudos deveriam ser realizados para se destacar qual treino proprioceptivo e técnica é mais eficaz.
Palavras chaves: Fisioterapia - tornozelo- prevenção - entorse
 
Abstract
Nowadays with more and more people practicing sports, it is common the appearance of injuries. Both in professional athletes as those who attend only clubs among other modalities. Knowing this it is clear that ankle sprain is one of the most common injuries among athletes accounting for 20% of all musculoskeletal injuries and more than 30% of all sports. Sprains are classified in grades I, II and III, or mild, moderate and severe. Most ankle sprains occur in the inversion movement. The present study aims to characterize the ankle sprain by the eversion movement. Although there is consensus about the importance of proprioceptive training in the preventive and conservative approach to ankle sprain, further studies should be conducted to highlight which proprioceptive and technical training is most effective.
Key- words: Physical therapy - ankle - prevention – sprain
Introdução
 Hoje em dia com cada vez mais pessoas praticando esportes, é comum o aparecimento de lesões. Tanto em atletas profissionais como os que frequentam apenas clubes entre outras modalidades. Sabendo disso fica claro que a entorse de tornozelo é uma das lesões mais comuns entre os atletas correspondendo a 20% de todas as lesões musculoesqueléticas e mais de 30% de todos os esportes. A maioria das entorses de tornozelo ocorre no movimento de inversão, particularmente com o pé em flexão plantar, estirando o ligamento talofibular anterior. Apresenta registros maiores que 70% entre os atletas. As lesões de tornozelo podem ser prevenidas; todavia, a prevenção dessas lesões, somente será possível se os fatores de risco forem identificados. (BARBANERA et al.,2012). 
 Meurer et al., (2010) Preconiza que o mecanismo de inversão ocorre sempre em grande velocidade, não permitindo, muitas vezes, que o músculo reaja a tempo de estabilizar a articulação, impondo, assim, sobrecarga lesiva ao complexo ligamentar lateral, atingindo, principalmente, os músculos fibulares curto e longo.
 A Severidade da lesão é comumente classificada em três graus que definem o prognóstico e protocolo de tratamento. Embora alguns casos mais graves possuam uma controversa indicação cirúrgica, (BARONI et al.,2010). 
 O mesmo autor enfatiza ainda, que apesar de a entorse ser comumente relacionada à lesão ligamentar, estruturas capsulares, tendinosas e musculares estão sujeitas a prejuízos tanto pelo trauma agudo de origem mecânica, quanto pelo desuso promovido pela imobilização. 
 O presente estudo se trata de uma revisão da literatura focado nas últimas pesquisas relacionadas ao estudo da entorse do tornozelo. E tem por objetivo geral: caracterizar a entorse de tornozelo pelo movimento de eversão. E os objetivos específicos são: o agente causador mais comum do trauma, expor e distinguir qual a melhor terapêutica para se tratar a lesão; apresentar medidas fisioterápicas preventivas, a fim de evitar futuras recidivas.
O Trabalho é relevante devido ao alto índice destas lesões, e a atuação indispensável dos exercícios fisioterapêuticos tanto no tratamento desta lesão quanto na prevenção.
 Materiais e Métodos 
 Trata-se de uma pesquisa de revisão de literatura, fundamentada em periódicos, revistas científicas, trabalhos monográficos e bancos de dados da área da saúde da internet, tais como: Medline, Pubmed, Lilacs, Scielo. Foram inquiridas referências datadas entre os anos de 2003 a 2014, a duração da pesquisa foi entre 20 de Dezembro de 2015 a 30 de Novembro de 2016. Onde se utilizou como palavras chaves: fisioterapia, tornozelo, prevenção, entorse. 
Resultados e Discussões 
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 O presente estudo se trata de uma revisão da literatura focado nas últimas pesquisas relacionadas ao estudo da entorse do tornozelo. E tem por objetivo geral: caracterizar a entorse de tornozelo pelo movimento de eversão, o agente causador mais comum do trauma, expor e distinguir qual a melhor terapêutica para se tratar a lesão; apresentar medidas fisioterápicas preventivas, a fim de evitar futuras recidivas.
 As entorses em inversão são mais frequentes que as entorses em eversão, devido à posição anatômica do maléolo lateral por ser mais distal e o ligamento talofibular anterior ser mais fraco do que o ligamento deltoide. O diagnóstico diferencial das entorses de tornozelo inclui entorses ligamentares, estiramento de tendões e fraturas do maléolo, 5º metatarso, região proximal da fíbula ou de sua fise distal. O sucesso do tratamento das lesões dos ligamentos laterais depende do diagnóstico preciso, o qual deve descartar qualquer dano associado ou lesões separadas. (ALENCAR, 2003).
 Silva, (2009) Esclarece que a necessidade de exames complementares para entorse de tornozelo, deve ser prescrita nos casos de alguma suspeita de fraturas associadas. E que das radiografias realizadas em doentes com lesão de tornozelo, 85% são normais. Explica ainda, que com intuito de evitar radiografias desnecessárias, existem algumas medidas que podem influenciar no diagnostico certeiro, as chamadas regras de Ottawa para tornozelo, que indicam a realização de radiografias apenas quando houver dor em pontos ósseos específicos ou na impossibilidade do apoio de marcha. Esta regra mostrou bastante sensibilidade de 99,7%, porém com especificidade variável 10% a 70%. 
 Lustosa et al.,(2011) Nos relata que um tornozelo com instabilidade crônica desencadeado após uma lesão ligamentar, é difícil de ser avaliado e a falta de um teste considerado padrão ouro dificulta o diagnóstico, pois alguns indivíduos podem apresentar alterações proprioceptivas do tornozelo, o que influenciaria e facilitaria novas recidivas, com o mesmo mecanismo de lesão.
 O pé e o tornozelo sempre atuam em conjunto nas diversas funções que desempenham assim a existência de algum desequilíbrio postural pode levar a alguma lesão em uma ou ambas as articulações, proporcionando uma alteração biomecânica deste complexo. Quando se refere a tornozelo e pé, é de fundamental importância a análise no posicionamento do calcâneo, na qual se pode encontrar um calcâneo valgo ou calcâneo varo, ambos podendo estar relacionados com a frouxidão ligamentar excessiva. A articulação do tornozelo é muito instável durante o movimento de plantiflexão, pois a articulação não possui em encaixe preciso neste movimento, justificando assim, o maior número de entorses quando o pé está em plantiflexão (SANCHEZ et al.,2012).
 Muitas vezes seu diagnóstico por serem dificultosas, as entorses de tornozelo é classificado segundosua gravidade em três graus distintos. Podendo ser visualizada na tabela 1 abaixo:
	
 Gravidade
	 
 Ligamentos lesionados
	
Grau I ou leve
	
Lesão parcial do ligamento talofibular anterior
	
Grau II ou moderada
	Lesão completa do ligamento talofibular anterior com lesão parcial do ligamento calcâneofibular
	
Grau III ou grave
	Lesão completa dos ligamentos talofibular anterior e calcâneofibular podendo o ligamento talofibular posterior estar envolvido
 Tabela 1 - Classificação das entorses de tornozelo
 Está ciente dos tipos e graus de lesão da entorse tanto por eversão como inversão, fica claro o sucesso da terapêutica, visando sempre intervir de forma mais especifica para cada caso. De um modo geral o tratamento conservador é indicado para as lesões de graus I e II existindo algumas controvérsias em relação ao grau III. A conduta inicial mais utilizada é o RICE que se trata de um protocolo composto por repouso, gelo, compressão e elevação do membro afetado, com o objetivo de prevenir ou reduzir edema e hemorragia ao redor da cápsula do tornozelo que resultará em perda de movimento e, consequentemente, redução da força (ALENCAR, 2003).
 As lesões esportivas são provocadas por métodos inadequados de treinamento, por alterações estruturais que sobrecarregam mais determinadas partes do corpo do que outras e pela fraqueza muscular, tendinosa e ligamentar. O fisioterapeuta deve conhecer e caracterizar o esporte em que vai atuar, além da metodologia do treinamento empregada pelo treinador, devido ao fato de esta ser primordial para o entendimento do mecanismo das lesões e, consequentemente, para uma melhor e mais rápida recuperação dos atletas lesionados (KURATA, 2007).
 
 O protocolo de tratamento funcional está baseado no processo de cicatrização biológica, ficando assim claro, que o tratamento inicial deve ser direcionado para evitar o excesso de edema e lesão; assim, os tecidos estão realmente prontos para iniciar o processo de cicatrização. Durante há primeira semana até a terceira, o tecido responde com crescimento vascular, proliferação fibroblástica e formação de novo colágeno. Proteção para a inversão é necessária durante essa fase de cicatrização para prevenir a formação excessiva de colágeno do tipo III mais fraco, que pode contribuir para um alongamento crônico do ligamento. Ao redor de três semanas após a lesão o tecido colágeno inicia maturação (RENSTÖM, 1999).
 A bandagem elástica é 100% composta de acrílico hipoalérgico, não contendo quaisquer substâncias químicas, e é extensível a até cerca de 140% do seu comprimento inicial. Promove uma tensão constante e permite a função muscular sem limitar o indivíduo em sua mobilidade. O objetivo desse dispositivo é desencadear estímulos sensoriais e mecânicos através dos mecanoreceptores presentes na derme e na epiderme. Existem quatro técnicas de aplicação: muscular, ligamentosa, corretiva e linfática (EMILYN, 2014).
 Seguindo uma fase já profilática para entorses de tornozelo seja em atletas profissionais ou não. Meurer et al., 2010 em seu estudo com uso de bandagem terapêutica, concluiu que quando o tornozelo submetido à inclinação lateral súbita. Percebeu melhora do tempo de reação muscular e que isso se deva ao contato da bandagem com receptores cutâneos do tornozelo, aumentando a ativação do reflexo fibular, com consequentemente ganho proprioceptivo e aumento dos sujeitos em responder a situações súbitas de entorses. Mas frisa que por ser uma técnica que vem sendo bastante usada por fisioterapeutas, merecia mais estudos baseado em evidências. O século XX foi palco de renovado interesse pela terapia manual no campo médico tradicional. Dentre os responsáveis pela introdução da mobilização articular na Comunidade médica destaca-se o inglês James Cyriax, preconizou a manipulação ósseo-articular. Na fisioterapia, os procedimentos de mobilização articular são usados primordialmente para aumentar a mobilidade em áreas restritas do sistema musculoesquelético que podem favorecer a alteração postural (GONZALEZ et al., 2005). 
 Resende et al., (2006) em seu estudo da confiabilidade da força aplicada durante a mobilização articular ântero – posterior do tornozelo, utilizando os graus III e IV de Maitland, que esta fundamentada na regra côncavo-convexa. Onde preconiza a combinação dos movimentos que ocorrem nas articulações sinoviais conforme a sua superfície. Pois a superfície convexa móvel desliza no sentido oposto ao movimento osteocinemático. No caso da articulação talocrural, o tálus é convexo e a tíbia é côncava. Ele esclarece que durante o movimento de dorsiflexão do tornozelo, ocorre um deslizamento posterior do tálus em relação à tíbia. Então ele concluiu que a mobilização articular em deslize posterior do tálus tem como objetivo favorecer o ganho da amplitude do movimento de dorsiflexão que se encontra limitado em diferentes situações como é o caso das entorses laterais do tornozelo. 
 Lustosa et al., (2011) nos apresenta que para uma boa marcha é necessário ter força muscular, e uma boa estabilidade de quadril e consequentemente um bom posicionamento dos pés. E que a colocação inadequada dos pés para realizar o apoio, pode ser corrigida pela articulação subtalar, por meio da pronação e supinação, e também pela ação do quadril, pois ele trabalha em sinergismo com toda a cadeia do membro inferior. Por isso, para garantir uma boa estratégia postural, utiliza-se a percepção inconsciente de posicionamento, que primeiramente é percebido pelo tornozelo. Completa ainda, que pessoas com história de alguma entorse do tornozelo, possuem maior tempo para ativação do glúteo máximo do que outros sem a história de instabilidade.
 Perturbações externas do equilíbrio pode ocasionar um deslocamento lateral excessivo do centro de massa, e estratégias posturais de tornozelo são inicialmente utilizadas para conter os grandes desvios posturais laterais. Quando o tornozelo é incapaz de compensar adequadamente tais desvios, estratégias de quadril são iniciadas, auxiliando na prevenção de um momento inversor excessivo. Se o recrutamento e/ou a força dos músculos do quadril estiverem alterados, em virtude de uma lesão primária no tornozelo, a estabilidade postural ficará comprometida, especialmente no plano frontal, e o risco de recidivas, aumentará significativamente (SILVA et al., 2011).
 Em seu estudo Teodori et al., (2005) avaliou as modificações na distribuição da pressão plantar e do centro de força em indivíduo com história de entorse de tornozelo, submetido a uma sessão de RPG. Concluiu que imediatamente após a realização de uma única sessão de RPG, houve equilíbrio entre o pico de pressão de contato nos calcâneos, permitindo assim afirmar, que houve um efeito das posturas empregadas para o reequilíbrio da distribuição das pressões de contato, o que interferiu positivamente na localização do centro de força (TEODORI et al., 2005).
 Exercícios simples de propriocepção (em treinos e antes dos jogos) e de força resistente realizado regularmente diminuem a incidência de lesões musculares e de tornozelo em futebolistas. Dessa maneira, nossa hipótese inicial é que, portanto, tais atividades devem ser recomendadas para prevenção de lesões em membros inferiores. Logo a incidência de lesões de tornozelo e musculares foi bem menor na temporada que houve intervenção com o protocolo de treinamento proprioceptivo e de força resistente (MOTA et al., 2010). 
 Sena, (2008) Ressalta de forma bem clara que a reeducação proprioceptiva é iniciada quando há: Total cicatrização da lesão, quando observamos a regressão do quadro doloroso; Arco completo de movimento, para que durante os exercícios seja alcançada toda a amplitude da articulação; Mínimo de força muscular para que o paciente desenvolva os exercícios com segurança.
 Alencar (2003) destaca a importância da realização de exercícios isométricos, pois eles têm o objetivo de fortalecera musculatura do pé principalmente eversores e dorsiflexores, da perna, quadril e joelho. Banhos de contraste também são indicados alternando frio e calor produzindo ação alternada de vasoconstrição e vasodilatação, favorecendo a irrigação sanguínea e melhora dos tecidos afetados. 
 Castro et al.,(2008) preconiza a importância da intervenção fisioterapêutica numa equipe de atletas de alto rendimento o quanto antes nas entorses de tornozelo, pois tem a ver com menos tempo de paragem dos atletas e provavelmente a prevenção dessas lesões futuramente. E com isso muitos ganhos. 
 Belangero et al .,(2010) em seu estudo sobre como o ortopedista brasileiro trata a entorse lateral aguda, concluiu que os ortopedistas brasileiros encontravam barreiras no momento de diagnosticar. E que apenas 57% conseguem com segurança, são contraditórios os dados da pesquisa quanto às opções de imobilizações funcional ou rígida. E que 40,5% indicam a cirurgia como meio de tratamento.
 Todos os movimentos estão liberados para serem trabalhados, sendo que os mais fáceis de recuperar são os de flexão plantar e dorsiflexão, pois os de inversão e eversão estão limitados pela aderência cirúrgica e também pelo tálus. Porém esses movimentos devem ser trabalhados constantemente com mobilização localizada para liberação do arco e de todos os movimentos do tornozelo (SENA, 2008). 
É importante saber que os exercícios terapêuticos são diferentes dos exercícios utilizados na educação física, onde os praticantes têm bom estado físico e saúde. Para a utilização de qualquer técnica cinesioterapêutica precisa-se compreender o processo patológico a ser tratado e acima de tudo requer amplo conhecimento de anatomia, para se alcançar os objetivos tanto preventivos como terapêuticos (SENA, 2008). 
Rodrigues, (2009) Considera que não existe evidência na literatura que possa quantificar uma técnica especifica de tratamento cirúrgico para aqueles indivíduos que tem indicação. Porém é demonstrado que quando os pacientes eram submetidos à recuperação funcional com imobilizadores semirrígidos no pós-operatório, tiveram um retorno mais precoce às atividades diárias, quando comparados àqueles que utilizaram imobilização gessada. 
Fisiologicamente, para pacientes em fase aguda e/ou apresentando quadro álgico significante é recomendada a utilização de termoterapia fria ou crioterapia, devido seus efeitos analgésicos e de redução de respostas inflamatórias (FILHO et al., 2016).
Concluiu – se que tanto na prática clinica quanto na área desportiva, exercícios simples de correção postural, propriocepção e técnicas próprias podem trazer grandes benefícios em indivíduos com grandes chances de desenvolver a entorse de tornozelo e assim prevenir futuras recidivas.
Considerações Finais
A entorse de tornozelo é uma lesão frequente na prática fisioterapêutica já que ela é a lesão mais comum nos esportes em geral. Esta lesão está ligada à instabilidade do complexo articular. Sabendo disso, fica claro que apesar de existir contradições na forma de avaliar a entorse. É de suma importância que o fisioterapeuta entenda as particularidades de cada pessoa, e que uma avaliação de toda uma cadeia muscular influenciará no progresso da terapêutica. Pois segundo esse estudo, fica claro que as entorses de tornozelo estão ligadas a alterações biomecânicas da pelve e que se não tratadas essas alterações, não faria sentindo tratar a entorse sem antes reestruturar a causa do problema. E que depois passada a fase aguda da entorse, os exercícios mais indicados seriam os proprioceptivos e um trabalho com cuidados preventivos evitariam futuras recidivas. Apesar de haver consenso sobre a importância do treinamento proprioceptivo na abordagem preventiva e conservadora da entorse de tornozelo, mais estudos deveriam ser realizados para se destacar qual treino proprioceptivo e técnica é mais eficaz. 
Referencias 
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