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DIREITO PENAL I IMPUTABILIDADE PENAL

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ILES/ULBRA- INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR 
DE PORTO VELHO 
Curso: Bacharelado em Direito 
Disciplina: Direito Penal I 
Docente: Ihgor Jean Rego 
Discente: Valéria Rodrigues 
 
A atividade valerá nota somente para aqueles alunos que precisar de nota no final do bimestre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPUTABILIDADE PENAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Porto Velho/RO 
11/2017 
VALÉRIA RODRIGUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPUTABILIDADE PENAL 
 
 
 
Pesquisa apresentada ao curso de bacharelado em 
direito da ILES/ULBRA- Instituto Luterano De 
Ensino Superior de Porto Velho, disciplina: Direito 
Penal I com objetivo de proporcionar intercâmbios 
de conhecimentos entre os graduandos. 
 
 
 
 
 
Porto Velho/RO 
11/2017 
1. Explique em que consiste a imputabilidade penal; em quais situações descritas 
no CP será afastada a imputabilidade penal? 
O artigo 5º da Constituição Federal diz que: ''todos são iguais perante a lei 
sem distinção de qualquer natureza''. Porém, há algumas exceções que são 
devidamente legalizadas, Uma dessas exceções existentes é a imputabilidade é um dos 
elementos da culpabilidade, ela é capaz de isentar a culpa, ou seja, se não há culpa, 
dessa forma também não haverá crime. Os inimputáveis são aqueles incapazes de 
discernir seus atos, que cometem infração penal, porém no momento do crime era 
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato, seja de forma absoluta ou 
relativa. Esses que não entendem no momento do delito a gravidade do seu ato e por 
isso, não podem responder pelo que fizeram e são excluídos penalmente, mas ficam 
sujeitos a medidas de segurança ou às normas estabelecidas na legislação especial. 
Sendo os casos definidos pelo Código Penal entre os artigos 26 a 28. 
Quem são os inimputáveis: 
 Os doentes mentais ou os que possuem o desenvolvimento mental incompleto 
ou retardado, e que no momento do delito, se encontravam em estado incapaz 
de compreender a ilicitude do ato. 
 Os menores de 18 anos. 
 Os que cometeram crime em estado de embriaguez completa, desde que seja 
proveniente de caso fortuito ou força maior. 
 Os maiores de setenta anos, que possuem benefícios para cumprir a pena tendo 
em vista a idade avançada. 
Os menores de 18 anos 
Art. 27 - Os menores de dezoito anos são penalmente inimputáveis, ficando 
sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. 
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) foi criado com a finalidade de 
estipular os direitos e as responsabilidades dos menores, inspirado nas diretrizes 
da Constituição Federal de 1988. E consideram criança, os menores de doze anos, e 
adolescentes, os que têm entre doze e dezoito anos. 
Pelo estatuto, o menor, seja em qualquer situação, não comete crime, e sim 
atos infracionais, e atos infracionais não possuem caráter penal e sim administrativo. 
Sendo assim, um menor que comete delito, não é considerado um criminoso e sim um 
infrator, e as penas a ele estabelecidas são correspondentes. Nos casos dos menores 
infratores, o legislador levará em consideração o critério ou os critérios para a 
aplicação das medidas ao menor. 
Há três possíveis critérios: 
Critério Biológico (cronológico):É aquele que para provar a inimputabilidade, 
basta provar a menoridade do indivíduo, ou seja, ainda que o menor tenha aptidão para 
compreender a natureza da ilicitude do ato, ainda que ele tenha consciência do ato que 
cometeu, ainda que ele tivesse condições de agir de outra maneira, o fato dele ser 
menor de dezoito anos, isso por si só já o torna inimputável. 
Critério Psíquico:É o critério que visa se o menor tinha aptidão para 
compreender seu ato ilícito ou não. 
Critério Biopsíquico:É o critério que congrega os dois primeiros, ou seja, o 
indivíduo é menor de dezoito anos e não possuía aptidão para compreender a natureza 
do delito. 
Fica evidente então que, para a legislação há apenas um critério indispensável 
para que o indivíduo menor de dezoito anos seja considerado inimputável, o critério 
cronológico, ele é o primeiro a ser considerado, é indispensável e independentemente 
dos outros critérios, o sujeito já está livre da culpa mesmo que possua aptidão para 
entender a ilicitude do ato por ser menor de idade. 
Embriaguez 
É o estado de alteração psicológica causado pelo consumo excessivo de 
algumas drogas, sobretudo o álcool. A embriaguez de acordo com a quantidade de 
substância ingerida pode ser completa ou incompleta. 
 Completa: Quando o sujeito perde totalmente a consciência da 
realidade. 
 Incompleta: Quando o sujeito possui mesmo embriagado, alguma 
consciência. 
Classificação da embriaguez 
Não acidental: 
 Voluntária: se dá quando o agente ingerir por vontade própria a 
substância alcoólica que lhe causará a embriaguez, não se utilizando de 
qualquer impedimento para isso. 
 Culposa: o agente por quis ingerir a substância, mas não pretendia 
embriagar-se, neste caso a embriaguez é derivada de culpa, muito 
embora o consumo da bebida tenha se dado por vontade própria e 
consciente. 
 Preordenada: o agente ingere a substância com a intenção de embriaga-
se a fim de cometer uma conduta típica, ou seja, a ingestão de bebidas 
se dá exatamente em razão da finalidade previamente planejada. 
Acidental: 
 Caso Fortuito: acontece quando o agente embriaga-se sem o seu próprio 
consentimento, porém, sem a prever nem desejar. Aqui ocorre o erro e 
o desconhecimento, pois o sujeito ignora os efeitos que tal produto 
pode causar-lhe ou mesmo a sua própria intolerância orgânica. 
 Força Maior: acontece quando o agente é obrigado a ingerir a 
substância que lhe causará a embriaguez, sem que possa esquivar-se. 
Nessa circunstância, é do seu conhecimento o efeito que lhe causará o 
consumo, entretanto, não é possível resistir. 
Patológica ou crônica: 
O agente embriaga-se ininterruptamente, não conseguindo voltar ao estado de 
sobriedade. Seu sistema nervoso é tomado por deformação, não mais sendo capaz de 
voltar ao estado normal. Na medicina, costuma ser equiparada a doença mental. 
Habitual: 
Neste estado o sujeito embriaga-se com habitualidade, mas a interrupção o faz 
voltar ao estado de sobriedade, isto é, os efeitos da intoxicação desaparecem com a 
eliminação do álcool do organismo 
A embriaguez no direito penal 
No Direito Penal a embriaguez tem como base as diferentes classificações já 
apresentadas acima e pode, ou não, eximir a responsabilidade do que cometer um 
delito neste estado de alteração psicológica. 
Se a embriaguez for voluntária ou culposa a perda de noção dos fatos não 
servirá como desculpa para eximir a responsabilidade do indivíduo autor de um ato 
delituoso, ele responderá de forma integral pelas conseqüências. 
Porém, se a embriaguez for acidental, causada por caso fortuito ou força maior, 
a responsabilidade do autor do delito será excluída se houver a ausência total de 
entendimento do ato delituoso, e se a perda for apenas parcial, haverá redução da 
pena. 
Há também um outro lado, que se a embriaguez for preordenada, haverá o 
agravante do artigo 61, II, alínea l, do Código Penal. 
“Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não 
constituem ou qualificam o crime: 
II - ter o agente cometido o crime: 
l) “em estado de embriaguez preordenada.” 
Doentes mentais 
Conceito: 
Não existe um conceito ou teoria a ser seguida sobre loucura, porém, a OMS 
(Organização Mundial de Saúde) define saúde como “um estado de completo bem-
estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças”.Doença Mental, é uma variação mórbida de comportamento considerado 
„‟Normal‟‟, ou seja, o indivíduo não age e nem pensa como a maioria, e assim sente 
dificuldades para se relacionar e se expressar, se isso passa a prejudicar ele ou outras 
pessoas o indivíduo passa a fugir dos padrões, avaliado por um especialista, passa a 
ser observado como um doente mental. 
Atualmente existem duas classificações básicas para as doenças mentais. A 
Neurose e a Psicose. 
Neurose: 
A Neurose de desenvolve em pessoas aparentemente normais, mas que 
possuem dificuldades em se adaptar ao meio em que vive e às situações a elas 
impostas, como passar por dificuldades, sofrimentos e problemas estressantes. 
Ciúmes, ansiedade, angústia, tristeza e traumas, podem desencadear Neurose 
Histérica ou Neurose Obsessiva, podendo deixar o indivíduo incontrolável. 
Pertencem ao grupo das Neuroses: o TOC (transtorno Obsessivo, Síndrome do 
Pânico, Depressão, Fobias, Transtorno de ansiedade e Distúrbio Bipolar. 
As Neuroses podem ser tratadas com a administração de medicamentos como 
calmantes e antidepressivos, e Psicoterapia. Em casos mais graves é necessário a 
internação do paciente. 
Psicose: 
As Psicoses são alterações dos chamados „‟Fenômenos Psíquicos‟‟. 
Consideradas mais graves que as Neuroses, pois neste caso a pessoa não possui um 
comportamento aparentemente normal, o indivíduo perde o contato com a realidade, 
tem alucinações, delírios, sentimento de perseguição, paranóia entre outros sintomas. 
Pertencem ao grupo de Psicoses, a Esquizofrenia e o Transtorno de Afeto 
Bipolar. 
O tratamento além de medicamentos, exige cuidado hospitalar para garantir a 
segurança do paciente. 
O Doente Mental e a Inimputabilidade 
Para a Teoria Finalista da Ação, a conduta é composta de ação/omissão 
somada ao dolo perseguido pelo autor, ou à culpa em que ele tenha incorrido por não 
observar dever objetivo de cuidado. Então, conforme a "Teoria Finalista" de Hans 
Welzel, os elementos formais do delito são o fato típico e a antijuridicidade, ficando a 
culpa excluída, por tratar-se do pressuposto da pena, diferente da doutrina tradicional, 
onde esta integra os elementos formais. 
O fato de o agente não compreender plenamente que sua conduta é criminosa, 
o exclui de sofrer as punições previstas no Código Penal, isto é, mesmo que o ato 
praticado, seja típico e antijurídico, ele não responde por isso. Segundo Tourinho 
Filho, se para o agente "falta discernimento ético para entender o caráter ilícito do fato 
ou de determinar-se com esse entendimento, o juiz proferirá sentença absolutória, com 
fulcro no art. 26 do Código Penal e art. 386, V do Código de Processo Penal, 
impondo-lhe, contudo, medida de segurança, tal como dispõe os arts. 97 do Código 
Penal, e art. 386, parágrafo único, III do Código de Processo Penal". 
“Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da 
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se 
de acordo com esse entendimento.”CP 
“Art. 386 -O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, 
desde que reconheça: 
V - não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal.” CPP 
“Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação. Se, 
todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-
lo a tratamento ambulatorial.”CP 
“Art. 386 – 
Parágrafo único - Na sentença absolutória, o juiz: 
III - aplicará medida de segurança, se cabível.” CPP 
Emoção e Paixão 
Para a melhor compreensão do porquê que a jurisdição inseriu no grupo dos 
inimputáveis a emoção e a paixão, precisaríamos explicar o que são esses sentimentos, 
apesar de todos nós conhecê-los muito bem, talvez nunca paramos para analisarmos 
como esses sentimentos podem influenciar bruscamente no comportamento do 
indivíduo. 
O que é emoção? 
É um processo onipresente nos animais e seres humanos. Nos seres humanos 
possuem um caráter mais extremo, diversificado e complexo, pois na medida em que 
se interligam a valores culturais, ideais e vivência, tomam um sentido diferente de 
pessoa para pessoa. 
As emoções são necessárias para a convivência mais harmoniosa dos seres 
humanos. Elas nos alertam para o perigo, nos fornecem informações sobre o nosso 
estado interno entre inúmeras outras coisas necessárias para a sobrevivência humana. 
René Descartes, no século XII na sua obra „‟As paixões da alma‟‟ seis tipos de 
emoções básicas. 
 Felicidade ou alegria 
 Tristeza 
 Ira 
 Espanto 
 Aversão 
 Medo 
Descartes fazia uma separação entre a Emoção e a Razão, dizendo que um é o 
contrário do outro, e que os dois se conflitam, mas que a razão sendo superior à 
emoção tende a prevalecer, mas não é o que sempre acontece. 
Segundo o médico neurologista e professor de neurociência português António 
Damásio: 
 As emoções são públicas enquanto os sentimentos são privados. 
 Os mecanismos básicos da emoção não requerem, necessariamente 
consciência. 
 Emoções geram sentimentos e sentimentos geram emoções, num ciclo 
contínuo. 
 Os mecanismos subjacentes às emoções e aos sentimentos são distintos. 
O que é paixão? 
A paixão é um misto de sentimento com emoção, como Damásio coloca em 
seus estudos, a paixão e o sentimento são distintos, um gera o outro, e a paixão tende a 
movimentar esse ciclo ao extremo, causando uma patologia dolorosa no indivíduo, por 
ele perder sua individualidade em razão do idealismo que ele tem sobre o outro. 
Quando esse idealismo se rompe por algum motivo, a paixão tende a terminar e o 
individuo volta à sua realidade. 
Segundo os estudiosos, a paixão dura no máximo 4 anos, ela acaba porque o 
cérebro não agüenta viver muito tempo nesse estado desgastante, pois a paixão ativa 
substâncias químicas no cérebro ocupando os neurônios fazendo a pessoa só ter 
pensamentos para o outro. Após esse máximo de 4 anos, o que resta entre o casal é 
afeto. 
Fome, sede e o desejo de consumir drogas. Todos sabem que, quando o 
indivíduo precisa saciar uma dessas necessidades pode haver perigo. 
Pois os estudos comprovam que, a paixão causa impulsos no cérebro iguais os 
que causam a fome à sede e o desejo por drogas. 
Emoção e paixão no Código Penal 
Devido a esses sentimentos causarem no indivíduo alterações de raciocínios, 
o código penal brasileiro lhes deu lugar no grupo dos inimputáveis. 
Fica claro no art. 28 que a Emoção e a Paixão não excluem a imputabilidade, 
mas podem atenuar a pena como está escrito no art. 65 do Código Penal, tudo 
dependerá do caráter quantitativo e neurológico da compreensão dos fatos, e o 
impedimento de discernimento causado no indivíduo. 
"Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena": 
III - ter o agente: 
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral; 
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de 
ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada 
por ato injusto da vítima; 
Como provar a inimputabilidade 
 Menoridade: a apresentação dos documentos de identificação originais 
do agente, basta. 
 Embriaguez: exames toxicológicos, provas e testemunhas. 
 Doença mental: por exame psiquiátrico. 
Nem sempre o agente possui uma doença mental, mas sim uma perturbação 
psicológica, onde o indivíduo tem apenas lapsos de realidade. Muitas vezes não é algo 
rotineiro, dificultando a comprovação, sendo assim, o exame psiquiátrico, pode ser 
solicitado em qualquer momento do procedimento, quantas vezes o magistradoachar 
necessário. Esses indivíduos que não possuem um comprometimento mental total e 
sim parcial são chamados de semi-imputáveis. 
Os laudos de comprovação serão sempre realizados por especialista, muitas 
vezes no intuito de se comprovar se a doença já existia ou se veio ase manifestar 
depois do delito. 
Emoção e paixão: exames psiquiátricos, testemunhas e provas. 
Todas as dúvidas acerca da capacidade e das condições mentais do agente 
devem ser supridas sem deixar vestígios de dúvidas para o juiz, podendo este requerer 
laudos e perícias até achar suficientes ao seu convencimento. 
Esse é o grande desafio do Direito Penal, pois sua comprovação depende de 
inúmeros fatores, e não existem exames que possam comprovar com exatidão o 
discernimento do réu no momento do crime. E os semi-imputáveis por doença mental? 
Como comprovar se no momento do fato o agente sabia o que estava fazendo? Como 
saber, por exemplo, se um criminoso é apenas um criminoso ou um psicopata? 
Relembramos o caso do maníaco do parque, um sujeito que estuprava e matava 
a vítima e no dia seguinte retornava para ter relações com o corpo, atitudes que fogem 
ao extremo da normalidade, mas por ser considerado inteligente, e por ele mesmo 
confessar ter ciência do que estava fazendo, foi então condenado e preso como 
imputável, quando cumprir sua pena terá uma pessoa normal andando por aí? 
Provavelmente teremos um maníaco solto cometendo crimes novamente, assim como 
aconteceu no caso Chico Picadinho, que depois de solto cometeu outro crime com os 
mesmos requintes de crueldade. 
Diversos são os aspectos sobre os quais a lei deve se debruçar antes de 
estabelecer um juízo de valor sobre o indivíduo e considerá-lo culpado ou inocente, 
um destes aspectos que deve ser medido é a capacidade do agente de discernir se a sua 
conduta é correta ou não. 
Um crime comum surgiu no Direito brasileiro, uma forma de “driblar” a lei 
repressora, ao cometer um crime, o indivíduo alega a incapacidade de discernimento, 
por qualquer que seja o motivo e é considerado inimputável perante a lei, porém, tal 
pratica vem sendo combatida com veemência pelas autoridades judiciais competentes. 
 
 
 
 
 
Referência Bibliográfica 
Vitoria, Marjoly Silva da. Quem são os inimputáveis?. < 
https://marjoly.jusbrasil.com.br/artigos/454087924/quem-sao-os-inimputaveis>. 
Acessado 19 Nov 2017 as 17h06min.

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