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Assuntos da Rodada IX DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR: 1 Processo Penal Militar e sua aplicação. 2 Polícia judiciária militar. 3 Inquérito policial militar. 4 Ação penal militar e seu exercício. 5 Processo. 6 Juiz, auxiliares e partes do processo (art. 60 ao 68). 7 Denúncia. 8 Competência da Justiça Militar da União. Rodada #9 Direito Processual Penal Militar Professor Bruno Schettini DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 2 a. Teoria 1) Assistente de acusação – é o papel desempenhado pelo ofendido da ação penal, onde, após solicitar e ter aceita sua admissão, passa a atuar ao lado do ministério Público, no polo ativo. Nesse caso, o ofendido coopera com a justiça, tendo interesse na aplicação da pena. 2) Litisconsórcio - quando ocorre pluralidade de autores da ação, ou seja, é a presença de mais de uma pessoa em um dos pólos da relação processual. Sua previsão legal se encontra no art. 46, do Código de Processo Civil: “Art. 46. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: I – entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; II – os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito; III – entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir; IV – ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito”. Atenção! Somente se configura o litisconsórcio se as pessoas atuam conjuntamente (como autor ou réu) no mesmo processo, e não em processos diversos contra diferente pessoas. a) Litisconsórcio ativo - quando possui dois ou mais autores (como no caso do art. 60 do CPPM, onde o ofendido figura como assistente do MP) b) Litisconsórcio passivo – quando possui dois ou mais réus. Atenção! Excepcionalmente, em face da característica da matéria, e em conversa com o prof. Igor, achamos que será mais proveitoso você ler as normas antes de responder as questões. Ou seja, leia as normas logo após estudar a teoria. Posteriormente, o professor Igor vai alocar um dia pra você ler essas normas novamente, a fim de reforçar o conteúdo. DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 3 b. Mapa Mental SE MENOR OU INCAPAZ ASSISTENTE (art. 60 CPPM) REPRESENTANTE LEGAL OFENDIDO SUCESSOR CABE AO JUIZ ADMITIR, OUVIDO O MP NÃO PODE SER CO-RÉU DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 4 c. Revisão 1 QUESTÃO 1 – PROFESSOR – 2017 Com relação ao direito processual penal militar, julgue o item a seguir à luz do Código de Processo Penal Militar (CPPM). O ofendido, seu descendente e seu ascendente podem habilitar-se a intervir no processo como assistentes do Ministério Público Militar. QUESTÃO 2 – PROFESSOR – 2017 Julgue o item a seguir com base no direito processual penal militar. Considerando que o ofendido tenha interesse em atuar como parte da acusação no processo, cabe ao Ministério Público, órgão de acusação no processo penal militar, decidir pela admissão, ou não, de seu assistente. QUESTÃO 3 – PROFESSOR – 2017 Com base no direito processual penal militar, julgue o item que se segue. O ofendido será admitido como assistente enquanto não passar em julgado a sentença. Neste momento, receberá a causa no estado em que se achar. QUESTÃO 4 – PROFESSOR – 2017 Julgue o item a seguir com base no direito processual penal militar e na jurisprudência. O defensor público da União, que tenha funcionado no processo nesta qualidade, não poderá ser, também, admitido como assistente. DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 5 QUESTÃO 5 – PROFESSOR – 2017 Com relação ao direito processual penal militar, julgue o item a seguir à luz do Código de Processo Penal Militar (CPPM). Da assistência não poderá decorrer impedimento do juiz e do membro do Ministério Público. Entretanto, os auxiliares do juiz poderão sim ser impedidos de atuar no processo por conta da assistência. QUESTÃO 6 – PROFESSOR – 2017 Julgue o item a seguir com base no direito processual penal militar. Caso o ofendido esteja também como réu no mesmo processo, não poderá ser admitido como assistente da acusação. QUESTÃO 7 – PROFESSOR – 2017 Com base no direito processual penal militar, julgue o seguinte item. Nos julgamentos perante o Superior Tribunal Militar, se o seu presidente consentir, o assistente poderá falar por tempo não superior a dez minutos. QUESTÃO 8 – PROFESSOR – 2017 Com base no direito processual penal militar, julgue o seguinte item. Ao assistente será permitido, se autorizado pelo Ministério Público, propor meios de prova e confrontar os recursos interpostos pelo próprio MP. QUESTÃO 9 – PROFESSOR – 2017 DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 6 Com relação ao direito processual penal militar, julgue o item a seguir à luz do Código de Processo Penal Militar (CPPM). O processo prosseguirá apenas se emitida notificação para o assistente assistir ao julgamento. QUESTÃO 10 – PROFESSOR – 2017 Julgue o item a seguir com base no direito processual penal militar. Assim como no Processo Penal comum, o CPPM prevê que o juiz poderá cassar a admissão do assistente. d. Revisão 2 QUESTÃO 11 – PROFESSOR – 2017 De acordo com o Código de Processo Penal Militar (CPPM), podem habilitar-se para intervir no processo, na condição de procuradores do Ministério Público, o ofendido, seu representante legal e seu antecessor. QUESTÃO 12 – PROFESSOR – 2017 Assim como no Direito Processual Penal, o CPPM define que cabe ao juiz, ouvido o Ministério Público, decidir pela admissão de assistente de acusação. QUESTÃO 13 – PROFESSOR – 2017 O tenente X foi vítima de uma tentativa de homicídio, quando estava de serviço no quartel. O militar encontra-se em estado de coma desde o dia do crime. Com DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 7 o início da ação penal sobre o caso, o pai do ofendido decidiu apresentar-se como representante legal do mesmo no processo. Após ser admitido, pelo juiz, como assistente, o representante legal poderá solicitar, de acordo com o CPPM, que diligências e perícias de provas sejam refeitas. QUESTÃO 14 – PROFESSOR – 2017 Com relação ao direito processual penal militar, julgue o item a seguir à luz do Código de Processo Penal Militar (CPPM). Assim como o ofendido, seu representante legal e seu sucessor, pode, da mesma forma, ser assistente o advogado da Justiça Militar. QUESTÃO 15 – PROFESSOR – 2017 Com relação ao direito processual penal militar, julgue o item a seguir à luz do Código de Processo Penal Militar (CPPM). Da assistência não poderá decorrer impedimento do juiz, do membro do Ministério Público ou do escrivão, salvo se supervenientes na causa. QUESTÃO 16 – PROFESSOR – 2017 Com base no direito processual penal militar, julgue o seguinte item. O ofendido que for também acusado no mesmo processo, jamais poderá intervir como assistente da acusação. QUESTÃO 17 – PROFESSOR – 2017 Com base no direito processual penal militar, julgue o seguinte item. DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 8 Caso o despacho do juiz indefira o pedido de assistência do ofendido, o mesmo poderá impetrar recurso. Neste caso, devido ao efeito suspensivo, o ofendido poderá iniciar sua assistência ao Ministério Público da situação quese encontra o processo. QUESTÃO 18 – PROFESSOR – 2017 Com relação ao direito processual penal militar, julgue o item a seguir à luz do Código de Processo Penal Militar (CPPM). Ao assistente será permitido, com aquiescência do juiz e ouvido o Ministério Público, contestar quesitos em perícia e propor o refazimento de diligências. QUESTÃO 19 – PROFESSOR – 2017 De acordo com o CPPM, O juiz poderá cassar a admissão do assistente no caso deste tumultuar o processo ou infringir a disciplina judiciária. QUESTÃO 20 – PROFESSOR – 2017 De acordo com o Código de Processo Penal Militar (CPPM), o assistente da acusação não poderá arrolar testemunhas, nem requerer a expedição de precatória. e. Revisão 3 QUESTÃO 21 – PROFESSOR – 2017 Com base no Código de Processo Penal Militar (CPPM), julgue o seguinte item. DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 9 O tenente X foi vítima de uma tentativa de homicídio, quando estava de serviço no quartel. O militar encontra-se em estado de coma desde o dia do crime. Com o início da ação penal sobre o caso, o pai e a esposa do ofendido decidiram apresentar-se como representantes legais do mesmo no processo. Nesse caso, como ambos querem exercer a função de assistentes do Ministério Público, cabe ao juiz decidir se autoriza a dupla assistência ou escolher entre um dos dois. QUESTÃO 22 – PROFESSOR – 2017 Com base no direito processual penal militar, julgue o seguinte item. Ao juiz do processo cabe nomear, ou não, o assistente de acusação, sem necessidade de considerar a posição do membro do MP. QUESTÃO 23 – PROFESSOR – 2017 Julgue o item a seguir com base no direito processual penal militar. Com o trânsito em julgado da sentença, o ofendido poderá solicitar que seja admitido como assistente de acusação e atuar em litisconsórcio com o Ministério Público. A decisão sobre a admissão cabe ao juiz do processo. QUESTÃO 24 – PROFESSOR – 2017 Com base no direito processual penal militar, julgue o seguinte item. Caso não tenha funcionado no processo em nenhuma outra qualidade, o advogado da Justiça Militar poderá atuar como assistente do Ministério Público. QUESTÃO 25 – PROFESSOR – 2017 DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 10 Julgue o item a seguir com base no direito processual penal castrense. O recurso do despacho que indeferir a assistência terá efeito suspensivo, processando-se nos autos do próprio processo. QUESTÃO 26 – PROFESSOR – 2017 Julgue o item a seguir com base no direito processual penal militar. Ao assistente será permitido, com aquiescência do juiz e ouvido o Ministério Público, propor meios de prova e juntar documentos. QUESTÃO 27 – PROFESSOR – 2017 Julgue o item que se segue, relativo a pena, medidas de segurança e extinção da punibilidade no direito processual penal militar. O juiz deverá cassar a admissão do assistente, caso este represente caso de impedimento do próprio juiz, do membro do Ministério Público ou do escrivão. Poderá, nesse caso, admitir outro assistente, que não tenha impedimento, nos casos previstos na lei processual penal militar. QUESTÃO 28 – PROFESSOR – 2017 Com base no direito processual penal militar, julgue o seguinte item. O processo prosseguirá independentemente de qualquer aviso ao assistente, salvo notificação para assistir ao julgamento. QUESTÃO 29 – PROFESSOR – 2017 Com base no direito processual penal militar, julgue o seguinte item. DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 11 O Ministério Público poderá cassar a nomeação do assistente, desde que este tumultue o processo ou infrinja a disciplina judiciária. QUESTÃO 30 – PROFESSOR – 2017 De acordo com o Código de Processo Penal Militar, o ofendido, que vier a ser admitido como assistente, não poderá, em nenhuma hipótese, impetrar recursos no processo. O mesmo não ocorre no Processo Penal comum, onde há previsão de recursos para o assistente da acusação. DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 12 f. Normas comentadas CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR (art. 60 ao 68) SEÇÃO II Do assistente Habilitação do ofendido como assistente Art. 60. O ofendido, seu representante legal e seu sucessor podem habilitar-se a intervir no processo como assistentes do Ministério Público. Importante não confundir o fato de que o ofendido pode assistir o Ministério Público com direito de vingança. O titular da ação penal pública continua sendo o Estado, que detém o direito de punir. Ocorre um litisconsórcio ativo, onde a vítima do crime também integra o polo ativo. Representante e sucessor do ofendido Parágrafo único. Para os efeitos dêste artigo, considera-se representante legal o ascendente ou descendente, tutor ou curador do ofendido, se menor de dezoito anos ou incapaz; e sucessor, o seu ascendente, descendente ou irmão, podendo qualquer dêles, com exclusão dos demais, exercer o encargo, ou constituir advogado para êsse fim, em atenção à ordem estabelecida neste parágrafo, cabendo ao juiz a designação se entre êles não houver acôrdo. Ter especial atenção a quem é considerado: representante legal - o ascendente ou descendente, tutor ou curador do ofendido, se menor de dezoito anos ou incapaz; sucessor - o seu ascendente, descendente ou irmão. Atenção! No CPP, está incluído, também, o cônjuge: “Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão” (c/c art. 268, do CPP). Outro ponto especial é observar que cabe ao juiz designar se entre eles não houver acordo. DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 13 Competência para admissão do assistente Art. 61. Cabe ao juiz do processo, ouvido o Ministério Público, conceder ou negar a admissão de assistente de acusação. A letra da lei não dá ao Ministério Público a última palavra sobre o ingresso, ou não, do ofendido como assistente de acusação. Cabe ao juiz decidir. Previsão similar no CPP: “Art. 272. O Ministério Público será ouvido previamente sobre a admissão do assistente”. Oportunidade da admissão Art. 62. O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a sentença e receberá a causa no estado em que se achar. O assistente pode ser admitido desde o recebimento da denúncia até o trânsito em julgado da decisão, mas o processo continua de onde estava, sem nenhuma regressão na sua instrução. Atenção! O papel de assistente ocorre na ação penal e não no curso do IPM. Previsão idêntica a do CPP, art. 269. Advogado de ofício como assistente Art. 63. Pode ser assistente o advogado da Justiça Militar, desde que não funcione no processo naquela qualidade ou como procurador de qualquer acusado. A função de advogado da Justiça Militar não existe mais. Hoje, é a Defensoria Pública da União que advoga em nome daqueles que não podem arcar com os custos de um advogado. Caso o ofendido esteja nessa situação, um defensor poderá atuar como assistente. Ofendido que fôr também acusado Art. 64. O ofendido que fôr também acusado no mesmo processo não poderá intervir como assistente, salvo se absolvido por sentença passada em julgado, e daí em diante. DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 14 Atenção! Neste caso, o CPP exclui o ofendido de todo o processo, sem exceção: “Art. 270. O co-réu no mesmo processo não poderá intervir como assistente do Ministério Público”. Intervenção do assistente no processo Art. 65. Ao assistenteserá permitido, com aquiescência do juiz e ouvido o Ministério Público: a) propor meios de prova; b) requerer perguntas às testemunhas, fazendo-o depois do procurador; c) apresentar quesitos em perícia determinada pelo juiz ou requerida pelo Ministério Público; Similar ao contido no art. 159, § 3º, do CPP: “Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico”. d) juntar documentos; e) arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público; f) participar do debate oral. No CPP, será permitido ao assistente: “propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público...” (vide art. 271). Arrolamento de testemunhas e interposição de recursos § 1º Não poderá arrolar testemunhas, exceto requerer o depoimento das que forem referidas, nem requerer a expedição de precatória ou rogatória, ou diligência que retarde o curso do processo, salvo, a critério do juiz e com audiência do Ministério Público, em se tratando de apuração de fato do qual DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 15 dependa o esclarecimento do crime. Não poderá, igualmente, impetrar recursos, salvo de despacho que indeferir o pedido de assistência. Atenção! Neste parágrafo observamos diferenças entre CPPM e CPP. Aqui, o CPPM autoriza o recurso que indeferir o pedido de assistência. Mas não há outras previsões de recursos para o assistente. No CPP, é vedado recurso para decisão sobre pedido de admissão de assistente (art. 273). Entretanto, no CPP há previsão de outros recursos para o assistente (Ex - art. 271: “...arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598”). Efeito do recurso § 2º O recurso do despacho que indeferir a assistência não terá efeito suspensivo, processando-se em autos apartados. Se provido, o assistente será admitido ao processo no estado em que êste se encontrar. Atenção ao fato de que a lei não prevê efeito suspensivo para o recurso em tela. Assistente em processo perante o Superior Tribunal Militar § 3º Caberá ao relator do feito, em despacho irrecorrível, após audiência do procurador-geral, admitir ou não o assistente, em processo da competência originária do Superior Tribunal Militar. Nos julgamentos perante êsse Tribunal, se o seu presidente consentir, o assistente poderá falar após o procurador-geral, por tempo não superior a dez minutos. Não poderá opor embargos, mas lhe será consentido impugná-los, se oferecidos pela defesa, e depois de o ter feito o procurador-geral. Notificação do assistente Art. 66. O processo prosseguirá independentemente de qualquer aviso ao assistente, salvo notificação para assistir ao julgamento. Cassação de assistência DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 16 Art. 67. O juiz poderá cassar a admissão do assistente, desde que êste tumultue o processo ou infrinja a disciplina judiciária. Atenção! Não há a mesma previsão de exclusão no CPP. Não decorrência de impedimento Art. 68. Da assistência não poderá decorrer impedimento do juiz, do membro do Ministério Público ou do escrivão, ainda que supervenientes na causa. Neste caso, o juiz cassará a admissão do assistente, sem prejuízo da nomeação de outro, que não tenha impedimento, nos têrmos do art. 60. Observemos que nada se fala no artigo sobre suspeição, apenas impedimento. Esse aspecto pode ser facilmente abordado em questões de concurso. DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 17 g. Gabarito 1 2 3 4 5 C E C C E 6 7 8 9 10 C C E C E 11 12 13 14 15 E C E E E 16 17 18 19 20 E E E C C 21 22 23 24 25 E E E C E 26 27 28 29 30 C C C E C DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 18 h. Breves comentários às questões QUESTÃO 1 – PROFESSOR – 2017 Com relação ao direito processual penal militar, julgue o item a seguir à luz do Código de Processo Penal Militar (CPPM). O ofendido, seu descendente e seu ascendente podem habilitar-se a intervir no processo como assistentes do Ministério Público Militar. Certa. Apesar de não abordar todas as possibilidades previstas no art. 60, caput, do CPPM, a questão não limita a inclusão de outras possibilidades. QUESTÃO 2 – PROFESSOR – 2017 Julgue o item a seguir com base no direito processual penal militar. Considerando que o ofendido tenha interesse em atuar como parte da acusação no processo, cabe ao Ministério Público, órgão de acusação no processo penal militar, decidir pela admissão, ou não, de seu assistente. Errada. De acordo com o art. 61, do CPPM, “Cabe ao juiz do processo, ouvido o Ministério Público, conceder ou negar a admissão...”. QUESTÃO 3 – PROFESSOR – 2017 Com base no direito processual penal militar, julgue o item que se segue. O ofendido será admitido como assistente enquanto não passar em julgado a sentença. Neste momento, receberá a causa no estado em que se achar. Certa. É a previsão do art. 62, do CPPM. DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 19 QUESTÃO 4 – PROFESSOR – 2017 Julgue o item a seguir com base no direito processual penal militar e na jurisprudência. O defensor público da União, que tenha funcionado no processo nesta qualidade, não poderá ser, também, admitido como assistente. Certa. É uma das restrições impostas pelo art. 63, do CPPM, para que o advogado da Justiça Militar (hoje DPU) funcione como assistente. QUESTÃO 5 – PROFESSOR – 2017 Com relação ao direito processual penal militar, julgue o item a seguir à luz do Código de Processo Penal Militar (CPPM). Da assistência não poderá decorrer impedimento do juiz e do membro do Ministério Público. Entretanto, os auxiliares do juiz poderão sim ser impedidos de atuar no processo por conta da assistência. Errada. Dentre os auxiliares do juiz, o art. 68, do CPPM, cita expressamente que o escrivão não ficará impedido. QUESTÃO 6 – PROFESSOR – 2017 Julgue o item a seguir com base no direito processual penal militar. Caso o ofendido esteja também como réu no mesmo processo, não poderá ser admitido como assistente da acusação. Certa. Absurdo imaginar a hipótese de o ofendido pretender a condenação de quem agiu contra ele, quando os dois estão envolvidos na mesma infração penal. É o caso previsto no art. 64, do CPPM. DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 20 QUESTÃO 7 – PROFESSOR – 2017 Com base no direito processual penal militar, julgue o seguinte item. Nos julgamentos perante o Superior Tribunal Militar, se o seu presidente consentir, o assistente poderá falar por tempo não superior a dez minutos. Certa. De acordo com o art. 65, § 3º, do CPPM, o assistente poderá falar após o procurador-geral. QUESTÃO 8 – PROFESSOR – 2017 Com base no direito processual penal militar, julgue o seguinte item. Ao assistente será permitido, se autorizado pelo Ministério Público, propor meios de prova e confrontar os recursos interpostos pelo próprio MP. Errada. De acordo com o art. 65, a aquiescência para a atuação do assistente parte do juiz, ouvido o MP. Com relação aos recursos interpostos pelo MP, cabe ao assistente arrazoar, e não confrontar. QUESTÃO 9 – PROFESSOR – 2017 Com relação ao direito processual penal militar, julgue o item a seguir à luz do Código de Processo Penal Militar (CPPM).O processo prosseguirá apenas se emitida notificação para o assistente assistir ao julgamento. Certa. Nos termos do art. 66, do CPPM. QUESTÃO 10 – PROFESSOR – 2017 Julgue o item a seguir com base no direito processual penal militar. DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 21 Assim como no Processo Penal comum, o CPPM prevê que o juiz poderá cassar a admissão do assistente. Errada. Não há mesma previsão no CPP (no CPPM está no art. 67). QUESTÃO 11 – PROFESSOR – 2017 De acordo com o Código de Processo Penal Militar (CPPM), podem habilitar-se para intervir no processo, na condição de procuradores do Ministério Público, o ofendido, seu representante legal e seu antecessor. Errada. Questão trata das possibilidades para assistente (e não procurador) do MP previstas no art. 60, caput, do CPPM: “o ofendido, seu representante legal e seu sucessor”. QUESTÃO 12 – PROFESSOR – 2017 Assim como no Direito Processual Penal, o CPPM define que cabe ao juiz, ouvido o Ministério Público, decidir pela admissão de assistente de acusação. Certa. Ambas as leis possuem normatização similar. Vide art. 61, do CPPM, e arts. 272 e 273, do CPP. QUESTÃO 13 – PROFESSOR – 2017 O tenente X foi vítima de uma tentativa de homicídio, quando estava de serviço no quartel. O militar encontra-se em estado de coma desde o dia do crime. Com o início da ação penal sobre o caso, o pai do ofendido decidiu apresentar-se como representante legal do mesmo no processo. Após ser admitido, pelo juiz, como assistente, o representante legal poderá solicitar, de acordo com o CPPM, que diligências e perícias de provas sejam refeitas. DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 22 Errada. De acordo com o art. 60, o pai poderá ser admitido como representante legal do ofendido. Entretanto, o processo seguirá de onde estiver, sem retrocessos (vide art. 62, do CPPM). QUESTÃO 14 – PROFESSOR – 2017 Com relação ao direito processual penal militar, julgue o item a seguir à luz do Código de Processo Penal Militar (CPPM). Assim como o ofendido, seu representante legal e seu sucessor, pode, da mesma forma, ser assistente o advogado da Justiça Militar. Errada. Apesar de poder atuar como assistente (assim como os elencados na questão, de acordo com art. 60, do CPPM), o advogado possui limitações para ser admitido (vide art. 63: “desde que não funcione no processo naquela qualidade ou como procurador de qualquer acusado”). Logo, ao dizer “assim como” e “da mesma forma”, a questão colocou ambas as figuras em igualdade de condições, a qual não existe. QUESTÃO 15 – PROFESSOR – 2017 Com relação ao direito processual penal militar, julgue o item a seguir à luz do Código de Processo Penal Militar (CPPM). Da assistência não poderá decorrer impedimento do juiz, do membro do Ministério Público ou do escrivão, salvo se supervenientes na causa. Errada. Mesmo se superveniente, não ocorrerá o impedimento por motivo de assistência. Vide art. 68, do CPPM. QUESTÃO 16 – PROFESSOR – 2017 DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 23 Com base no direito processual penal militar, julgue o seguinte item. O ofendido que for também acusado no mesmo processo, jamais poderá intervir como assistente da acusação. Errada. De acordo com o art. 64, do CPPM, caso o ofendido seja absolvido por sentença passada em julgado (no mesmo processo), poderá ser admitido como assistente daí por diante. Logo, há possibilidade de atuação. QUESTÃO 17 – PROFESSOR – 2017 Com base no direito processual penal militar, julgue o seguinte item. Caso o despacho do juiz indefira o pedido de assistência do ofendido, o mesmo poderá impetrar recurso. Neste caso, devido ao efeito suspensivo, o ofendido poderá iniciar sua assistência ao Ministério Público da situação que se encontra o processo. Errada. Apesar de haver previsão de recurso do despacho que negou a assistência (art. 65, § 1º, do CPPM), o efeito suspensivo não ocorre. Dessa forma, não há que se falar na atuação do ofendido antes do provimento do recurso (art. 65, § 2º). QUESTÃO 18 – PROFESSOR – 2017 Com relação ao direito processual penal militar, julgue o item a seguir à luz do Código de Processo Penal Militar (CPPM). Ao assistente será permitido, com aquiescência do juiz e ouvido o Ministério Público, contestar quesitos em perícia e propor o refazimento de diligências. Errada. O art. 65 define o que será permitido ao assistente. Entretanto, a questão apresenta situações não previstas no referido artigo. Observe, ainda, DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 24 que o art. 62, do CPPM, também veta a situação de regressão do processo (fato indicado com o refazimento de ações passadas). QUESTÃO 19 – PROFESSOR – 2017 De acordo com o CPPM, O juiz poderá cassar a admissão do assistente no caso deste tumultuar o processo ou infringir a disciplina judiciária. Certa. É a previsão contida no art. 67, do CPPM. QUESTÃO 20 – PROFESSOR – 2017 De acordo com o Código de Processo Penal Militar (CPPM), o assistente da acusação não poderá arrolar testemunhas, nem requerer a expedição de precatória. Certa. São restrições impostas pelo art. 65, § 1º, do CPPM, como regra geral (existem exceções: “salvo, a critério do juiz e com audiência do Ministério Público”). QUESTÃO 21 – PROFESSOR – 2017 Com base no Código de Processo Penal Militar (CPPM), julgue o seguinte item. O tenente X foi vítima de uma tentativa de homicídio, quando estava de serviço no quartel. O militar encontra-se em estado de coma desde o dia do crime. Com o início da ação penal sobre o caso, o pai e a esposa do ofendido decidiram apresentar-se como representantes legais do mesmo no processo. Nesse caso, como ambos querem exercer a função de assistentes do Ministério Público, cabe ao juiz decidir se autoriza a dupla assistência ou escolher entre um dos dois. DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 25 Errada. O CPPM, em seu art. 60, parágrafo único, não prevê a possibilidade de cônjuge atuar como representante legal, além de definir que cabe ao juiz decidir entre as opções válidas que se apresentarem (e não por “dupla assistência”). QUESTÃO 22 – PROFESSOR – 2017 Com base no direito processual penal militar, julgue o seguinte item. Ao juiz do processo cabe nomear, ou não, o assistente de acusação, sem necessidade de considerar a posição do membro do MP. Errada. Ao juiz cabe decidir a admissão, não sendo o termo “nomeação” correto para o caso (apesar do mesmo aparecer no art. 68). Entretanto, o juiz o faz após ouvir o MP. Vide art. 61, do CPPM. QUESTÃO 23 – PROFESSOR – 2017 Julgue o item a seguir com base no direito processual penal militar. Com o trânsito em julgado da sentença, o ofendido poderá solicitar que seja admitido como assistente de acusação e atuar em litisconsórcio com o Ministério Público. A decisão sobre a admissão cabe ao juiz do processo. Errada. Após o trânsito em julgado, não cabe mais a admissão de assistente de acusação (vide art. 62, do CPPM). Cabe, realmente, ao juiz decidir sobre a admissão, conforme art. 61. QUESTÃO 24 – PROFESSOR – 2017 Com base no direito processual penal militar, julgue o seguinte item. Caso não tenha funcionado no processo em nenhuma outra qualidade, o advogado da Justiça Militar poderá atuar como assistente do Ministério Público. DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 26 Certa. O art. 63, do CPPM, cita a possibilidade de atuação do advogado da Justiça Militar como assistente, desde que“não funcione no processo naquela qualidade ou como procurador de qualquer acusado”. Conforme posto pela questão, o referido advogado não funcionou em nenhuma função, logo poderá atuar como assistente. QUESTÃO 25 – PROFESSOR – 2017 Julgue o item a seguir com base no direito processual penal castrense. O recurso do despacho que indeferir a assistência terá efeito suspensivo, processando-se nos autos do próprio processo. Errada. Além de não ocorrer o efeito suspensivo, o recurso se processa em autos apartados. Vide art. 65, § 2º, do CPPM. QUESTÃO 26 – PROFESSOR – 2017 Julgue o item a seguir com base no direito processual penal militar. Ao assistente será permitido, com aquiescência do juiz e ouvido o Ministério Público, propor meios de prova e juntar documentos. Certa. Nos termos do art. 65, a) e d), do CPPM. QUESTÃO 27 – PROFESSOR – 2017 Julgue o item que se segue, relativo a pena, medidas de segurança e extinção da punibilidade no direito processual penal militar. O juiz deverá cassar a admissão do assistente, caso este represente caso de impedimento do próprio juiz, do membro do Ministério Público ou do escrivão. DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 27 Poderá, nesse caso, admitir outro assistente, que não tenha impedimento, nos casos previstos na lei processual penal militar. Certa. Caso a admissão aponte para o impedimento de um dos três indicados, o assistente deve ser cassado e indicado outro, conforme art. 68. QUESTÃO 28 – PROFESSOR – 2017 Com base no direito processual penal militar, julgue o seguinte item. O processo prosseguirá independentemente de qualquer aviso ao assistente, salvo notificação para assistir ao julgamento. Certa. Conforme previsto no art. 66, do CPPM. QUESTÃO 29 – PROFESSOR – 2017 Com base no direito processual penal militar, julgue o seguinte item. O Ministério Público poderá cassar a nomeação do assistente, desde que este tumultue o processo ou infrinja a disciplina judiciária. Errada. A cassação da admissão (nomeação não seria o termo correto, apesar da menção no art. 68) ocorre por determinação do juiz e não do MP (vide art. 67, do CPPM). QUESTÃO 30 – PROFESSOR – 2017 De acordo com o Código de Processo Penal Militar, o ofendido, que vier a ser admitido como assistente, não poderá, em nenhuma hipótese, impetrar recursos DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 28 no processo. O mesmo não ocorre no Processo Penal comum, onde há previsão de recursos para o assistente da acusação. Certa. O único recurso previsto para o ofendido no CPPM é o de despacho que indeferir o pedido de assistência (art. 65, § 1º). Entretanto, a questão já afirma que o mesmo figura como assistente, não restando essa possibilidade de recurso. No CPP, o art. 271 prevê situações onde o assistente poderá interpor recurso próprio.
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