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www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 1 ESPECIAIS FINALIDADE Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em: I - ...; II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica; III - ... AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA 4.320/64 Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei... ABERTURA Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo. NCORPORAÇÃO Incorporam-se ao orçamento mas conservam sua especificidade, demonstrando-se a conta dos mesmos Separadamente. PRORROGAÇÃO Art. 167 - § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. Art. 167 - § 2º ..., salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,... www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 2 Art. 167 - § 2º ..., caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. FONTE 4.320/64 Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer à despesa e será precedida de exposição justificativa. EXTRAORDINÁRIOS FINALIDADE 4.320/64 Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em: I - ... II - ... III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública. FINALIDADE CF/88 ART. 167, § 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62. AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA INDEPENDE DE AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA ABERTURA CF/88 Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 4.320/64 Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo. INCORPORAÇÃO Incorporam-se ao orçamento mas conservam sua especificidade, demonstrando-se a conta dos mesmos Separadamente. PRORROGAÇÃO FONTE INDEPENDE DA INDICAÇÃO DA FONTE DE RECURSOS. FONTE DE RECURSOS 4.320/64 Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer à despesa e será precedida de exposição justificativa. www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 3 SUPERÁVIT FINANCEIRO § 1º Consideram-se recursos, para o fim deste art., desde que não comprometidos: I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; II - ... III - ... § 1º Consideram-se recursos, para o fim deste art., desde que não comprometidos: I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; II - ... III - ... § 1º Consideram-se recursos, para o fim deste art., desde que não comprometidos: I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; II - ... III - ... § 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas. FÓRMULA PARA SF SF = (AF-PF) – (CAR) + (OCV) CÁLCULO EM 2015 SF = (AF-PF) – (CAR) + (OCV) EXCESSO DE ARRECADAÇÃO § 1º Consideram-se recursos, para o fim deste art., desde que não comprometidos: I - ...; II - os provenientes de excesso de arrecadação; III - ... § 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste art., o saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. FÓRMULA PARA EA EA = (RA- RP) - T CÁLCULO EM 2015 EA = (RA- RP) - T § 4º Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício. EA = (RA- RP) – T - CAExt EA = (RA – RP) – T - CAExt EA = 1.000 – 800 – 20 EA = 180 EA = (RA – RP) – T - CAExt EA = 1.000 – 800 – 20 EA = 180 – 10 EA = 170 ANULAÇÃO DE DOTAÇÕES § 1º Consideram-se recursos, para o fim deste art., desde que não comprometidos: I - ... II - ... III - os resultados de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais autorizados em lei; e www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 4 IV - ... § 1º Consideram-se recursos, para o fim deste art., desde que não comprometidos: I - ... II - ... III - os resultados de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais autorizados em lei; e IV - ... OPERAÇÕES DE CRÉDITO § 1º Consideram-se recursos, para o fim deste art., desde que não comprometidos: I - ... II - ... III - ... IV - o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las. FONTE DA CF/88 Art. 166. § 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. 4.320/64 Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do mesmo e a classificação da despesa, até onde for possível. JANELA ORÇAMENTÁRIA LDO/2015 Art. 39. Os projetos de lei relativos a créditos suplementares e especiais serão encaminhados pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional, também em meio magnético, sempre que possível de forma consolidada de acordo com as áreas temáticas definidas no art. 26 da Resolução no 1, de 2006-CN, ajustadas a reformas administrativas supervenientes. § 1o Cada projeto de lei e a respectiva lei deverão restringir-se a um único tipo de crédito adicional, conforme definido nos incisos I e II do art. 41 da Lei no 4.320, de 1964. § 2o O prazo final para o encaminhamento dos projetos referidos no caput é 15 de outubro de 2015. § 10. Os créditos de que trata este artigo, aprovados pelo Congresso Nacional, serão considerados automaticamente abertos com a sanção e publicação da respectiva lei. Art. 47. A reabertura dos créditos especiais e extraordinários, conforme disposto no § 2o do art. 167 da Constituição, será efetivada, se necessária, mediante ato próprio de cada Poder e do Ministério Público da União, até 15 de fevereiro de 2015, observado o disposto no art. 44. 1. Determinado ente público nomeou novos servidores aprovados em concurso público e para atender ao pagamento de despesas com pessoal ativo em razão das nomeaçõesteve que abrir créditos adicionais em que não havia saldo de capacidade de remanejamento mesmo já aprovada previamente na lei orçamentária anual. Diante do exposto, a administração deve: www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 5 (A) solicitar autorização legislativa para abertura de crédito suplementar por decreto do executivo. (B) solicitar autorização legislativa para abertura de crédito especial por decreto do executivo. (C) abrir crédito suplementar por decreto do executivo por já estar autorizado remanejamento por lei. (D) abrir crédito especial por decreto do executivo por já estar autorizado remanejamento por lei. (E) remanejar contabilmente recursos orçamentários de uma rubrica de mesma natureza da despesa para pessoal ativo. 2. Os créditos adicionais, que dependem de autorização legislativa prévia para sua abertura, são denominados: (A) suplementares e extraordinários. (B) especiais e complementares. (C) complementares e suplementares. (D) especiais e extraordinários. (E) suplementares e especiais. 3. Durante um exercício financeiro, um determinado município assinou convênio com o Ministério da Saúde, em que este financiará a construção e o aparelhamento de um hospital para atendimento especializado de mulheres. No entanto, este projeto não possuía dotação orçamentária específica na Lei Orçamentária Anual. Diante da situação, assinale a afirmativa correta. (A) Deve ser aberto crédito adicional extraordinário. (B) Deve ser aberto crédito adicional suplementar. (C) Deve ser aberto crédito adicional especial. (D) Deve ser aberto crédito adicional extraorçamentário . (E) Deve ser aberto licitação amparada no orçamento do Ministério da Saúde. 4. Quanto aos créditos adicionais, analise as afirmativas a seguir. I. A chamada “janela orçamentária” é a inclusão de rubricas de valores pequenos na lei orçamentária anual a fim de, caso necessário, possibilitar a abertura de créditos suplementares. II. Os créditos adicionais são autorizados por lei e abertos por decreto do executivo, podendo nos casos dos créditos especiais e extraordinários apresentar vigência para o ano seguinte de sua abertura. III. A fonte de recurso de operações de créditos utiliza-se do cálculo da taxa de incremento em razão de seu limite de endividamento. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 5. Em relação aos créditos adicionais, é correto afirmar: (A) entendem-se as autorizações de receitas não previstas e despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei orçamentária. (B) os especiais são os destinados a reforço de dotação orçamentária. www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 6 (C) tem vigência até o término do exercício financeiro subsequente em que foram autorizados, independentemente do mês de abertura. (D) a vigência restringe-se ao exercício financeiro em que foram autorizados, exceto os créditos especiais e extraordinários, abertos nos últimos quatro meses do exercício financeiro, que poderão ter seus saldos reabertos por instrumento legal apropriado, situação na qual a vigência fica prorrogada até o término do exercício financeiro subsequente. (E) a vigência restringe-se ao exercício financeiro em que foram autorizados independentemente do mês de sua abertura. 6. Suponha que um ente público apresente a seguinte situação no último mês do exercício: - arrecadação prevista para o exercício: R$ 1.500.000,00; - arrecadação no exercício: R$ 1.750.000,00; - despesas empenhadas e liquidadas: R$ 1.450.000,00 (não há intenção de novos empenhos); - créditos extraordinários abertos no exercício: R$ 70.000,00; Com base nesses dados e tendo em vista a solicitação de novos créditos especiais de R$ 250.000,00, conclui-se que será possível aprovar tal solicitação no limite de: (A) R$ 95.000,00. (B) R$ 145.000,00. (C) R$ 150.000,00. (D) R$ 230.000,00. (E) R$ 250.000,00 FÓRMULA PARA EA EA = (RA- RP) – T - CAExt arrecadação prevista para o exercício: R$ 1.500.000,00; arrecadação prevista para o exercício: R$ 1.500.000,00; arrecadação no exercício: R$ 1.750.000,00; arrecadação prevista para o exercício: R$ 1.500.000,00; créditos extraordinários abertos no exercício: R$ 70.000,00; FÓRMULA PARA EA EA = (RA- RP) – T - CAExt despesas empenhadas e liquidadas: R$ 1.450.000,00 (não há intenção de novos empenhos); despesas empenhadas e liquidadas: R$ 1.450.000,00 (não há intenção de novos empenhos); arrecadação prevista para o exercício: R$ 1.500.000,00; www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 7 7. Em um ente público, diante da necessidade de um crédito especial, verificou-se que: • a arrecadação prevista era de R$ 430 milhões, tendo sido arrecadados R$ 390 milhões; • o superávit financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior fora de R$ 65 milhões; • já haviam sido reabertos créditos não utilizados no exercício anterior, de R$ 33 milhões; • das despesas orçadas, R$ 28 milhões podiam ser cancelados. Nessa situação, nos termos da Lei n.° 4.320/1964, seria possível propor um crédito especial de até: A) R$ 126 milhões. B) R$ 86 milhões. C) R$ 60 milhões. D) R$ 20 milhões. 8. Quando da apuração do superávit financeiro, o balanço patrimonial do exercício anterior indicava para o ativo financeiro o valor de $150 e para o passivo financeiro o de $70. No exercício haviam sido reabertos dois créditos adicionais: um especial pelo saldo de $50, que havia sido aberto com recursos de operação de crédito, do qual deixou de ser arrecadado no exercício anterior o valor de $20; e um extraordinário pelo saldo de $28. Considerados esses dados, o valor máximo do crédito adicional a ser aberto será: DADOS DA QUESTÃO ATIVO FINANCEIRO = 150 PASSIVO FINANCEIRO = 70 CAR: ESPECIAL = 50 EXTRAORDINÁRIO = 28 OCV = 20 FÓRMULA PARA SF SF = (AF-PF) – (CAR) + (OCV) APLICANDO A FÓRMULA SF = (AF-PF) – (CAR) + (OCV) ATIVO FINANCEIRO = 150 PASSIVO FINANCEIRO = 70 CAR: ESPECIAL = 50 EXTRAORDINÁRIO = 28 OCV = 20 SF = (AF-PF) – (CAR) + (OCV) SF = (150 – 70) – 78 + 20 ATIVO FINANCEIRO = 150 PASSIVO FINANCEIRO = 70 CAR: ESPECIAL = 50 EXTRAORDINÁRIO = 28 OCV = 20 SF = (AF-PF) – (CAR) + (OCV) SF = (150 – 70) – 78 + 20 SF = 80 - 78 + 20 ATIVO FINANCEIRO = 150 PASSIVO FINANCEIRO = 70 CAR: ESPECIAL = 50 EXTRAORDINÁRIO = 28 OCV = 20 SF = (AF-PF) – (CAR) + (OCV) SF = (150 – 70) – 78 + 20 SF = 80 - 78 + 20 SF = 22 ATIVO FINANCEIRO = 150 PASSIVO FINANCEIRO = 70 CAR: ESPECIAL = 50 EXTRAORDINÁRIO = 28 OCV = 20 Considerados esses dados, o valor máximo do crédito adicional a ser aberto será: www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 8 (A) $80. (B) $52. (C) $30. (D) $22. (E) $2. DÍVIDA ATIVA Constitui dívida ativa o valor originário de débito, tributário ou não, a favor dos governos em todas as esferas, registrado com essa chancela na Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, no caso da União, e nos Estados e Municípios em suas respectivas seccionais, pelo não pagamento de tributo juridicamente constituído e esgotadas as exigências de prazos e cobranças. A inscrição na dívida ativa se dá, por exemplo, na ocorrência de falta do pagamento do IPTU devido ao município (sujeito ativo da obrigação tributária). A inscrição do contribuinte na dívida ativa gera uma certidão positiva de débito do contribuinte (sujeito passivo da obrigação tributária) demonstrando sua inadimplência e determinando prazos e penalidades previstas na lei . O contribuinte pode solicitar um acordo, conforme as regras da moratória, e obter "certidão positiva com efeito de negativa", comprovando assim que tem uma dívida que foi negociada para quitação. LEI 6.830/80 Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como tributária ou não tributária na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964... § 1º - Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei às entidades de que trata o artigo 1º, será considerado Dívida Ativa da Fazenda Pública. § 2º - A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato. ... abrange atualização monetária, juros e multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato. 4.320/64 Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados como receita DO EXERCÍCIO EM QUE FOREM ARRECADADOS, nas respectivas rubricas orçamentárias. § 1º Os créditos de que trata este Art., exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, E A RESPECTIVA RECEITA SERÁ ESCRITURADA A ESSE TÍTULO. www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 9 DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA Art. 39, § 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, ... DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA ...e a Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação,... ... custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais. VALOR EM MOEDA ESTRANGEIRA § 3º O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será convertido ao correspondente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data da notificação ou intimação do devedor, pela autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida Ativa, incidindo, a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de mora, de acordo com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários. PRESUNÇÃO DE CERTEZA E LIQUIDEZ A Dívida Ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. PRÉ-CONSTITUÍDA CONTRA O DEVEDOR. O ato da inscrição confere legalidade ao crédito como dívida passível de cobrança, facultando ao Ente Público, representado pelos respectivos órgãos competentes, a iniciativa do processo judicial de execução. PRESUNÇÃO RELATIVA A presunção de certeza e liquidez, no entanto, é relativa, pois pode ser derrogada por prova inequívoca, cuja apresentação cabe ao sujeito passivo. CUJA APRESENTAÇÃO CABE AO SUJEITO PASSIVO. COMPETÊNCIA PARA INSCRIÇÃO A inscrição em Dívida Ativa é ato jurídico que visa legitimar a origem do crédito em favor da Fazenda Pública, revestindo o procedimento dos necessários requisitos jurídicos para as ações de cobrança. A Lei 6.830, de 22 de setembro de 1980, em seu artigo 2º, parágrafo 3º, determina que cabe ao órgão competente apurar a liquidez www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 10 e certeza dos créditos, qualificando a inscrição como ato de controle administrativo da legalidade. Depreende-se, portanto, que os Entes Públicos deverão outorgar a um órgão a competência para este procedimento, dissociando, obrigatoriamente, a inscrição do crédito em Dívida Ativa e a origem desse crédito. Para o caso da União, a Constituição Federal, em seu artigo 131, § 3º, atribui expressamente a representação da Dívida Ativa de natureza tributária da União à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional – PGFN. A Lei Complementar nº 73 estabelece uma nova situação quando, além de atribuir competência à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional - PGFN para apuração da liquidez e certeza da dívida ativa tributária e representação da União em sua execução, delega as mesmas atribuições às autarquias e fundações, em seus artigos nº 12 e nº 17: Da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional Art. 12. À Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, órgão administrativamente subordinado ao titular do Ministério da Fazenda, compete especialmente: I - apurar a liquidez e certeza da dívida da União de natureza tributária, inscrevendo-a para fins de cobrança, amigável ou judicial; II - representar privativamente a União, na execução de sua dívida ativa de caráter tributário. Dos Órgãos Vinculados Art. 17. Aos órgãos jurídicos das autarquias e das fundações públicas compete: I - a sua representação judicial e extrajudicial; II - as respectivas atividades de consultoria e assessoramento jurídicos; III - a apuração da liquidez e certeza dos créditos, de qualquer natureza, inerentes às suas atividades, inscrevendo-os em dívida ativa, para fins de cobrança amigável ou judicial.” Assim, como regra geral, no caso da União, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional – PGFN é responsável pela apuração da liquidez e certeza dos créditos da União, tributários ou não, a serem inscritos em Dívida Ativa, e pela representação legal da União. A Lei Complementar nº 73 dá aos órgãos jurídicos das autarquias e fundações públicas a mesma competência para o tratamento da Dívida Ativa respectiva. FORMAS DE RECEBIMENTO O pagamento dos valores inscritos pode ser efetuado em dinheiro ou em bens. Alternativamente ao recebimento, existe ainda a possibilidade de compensação de créditos inscritos em Dívida Ativa com créditos contra a Fazenda Pública. Essa forma de extinção do crédito fiscal é estabelecida pela Lei nº 5. 172, de 25 de Outubro de 1966 – Código Tributário Nacional, e complementada por leis federais, estaduais e municipais. LEI 6.830/80 TERMO DE INSCRIÇÃO Art. 2º § 5º - O Termo de Inscrição de Dívida Ativa deverá conter: I - o nome do devedor, dos co-responsáveis e, sempre que conhecido, o domicílio ou residência de um e de outros; II - o valor originário da dívida, bem como o termoinicial e a forma de calcular os juros de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato; III - a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida; IV - a indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à atualização monetária, bem como o respectivo fundamento legal e o termo inicial para o cálculo; V - a data e o número da inscrição, no Registro de Dívida Ativa; e VI - o número do processo administrativo ou do auto de infração, se neles estiver apurado o valor da dívida. www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 11 § 6º - A Certidão de Dívida Ativa conterá os mesmos elementos do Termo de Inscrição e será autenticada pela autoridade competente. § 7º - O Termo de Inscrição e a Certidão de Dívida Ativa poderão ser preparados e numerados por processo manual, mecânico ou eletrônico. § 8º - Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou substituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos. EXECUÇÃO FISCAL Art. 4º - A execução fiscal poderá ser promovida contra: I - o devedor; II - o fiador; III - o espólio; IV - a massa; V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado; e VI - os sucessores a qualquer título. § 1º - Ressalvado o disposto no artigo 31, o síndico, o comissário, o liquidante, o inventariante e o administrador, nos casos de falência, concordata, liquidação, inventário, insolvência ou concurso de credores, se, antes de garantidos os créditos da Fazenda Pública, alienarem ou derem em garantia quaisquer dos bens administrados, respondem, solidariamente, pelo valor desses bens. PROTESTO LEI Nº 9.492, DE 10 DE SETEMBRO DE 1997. CAPÍTULO I Da Competência e das Atribuições Art. 1º Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida. Parágrafo único. Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de dívida ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas autarquias e fundações públicas. (Incluído pela Lei nº 12.767, de 2012) PRAZO Art. 12. O protesto será registrado dentro de três dias úteis contados da protocolização do título ou documento de dívida. § 1º Na contagem do prazo a que se refere o caput exclui-se o dia da protocolização e inclui-se o do vencimento. § 2º Considera-se não útil o dia em que não houver expediente bancário para o público ou aquele em que este não obedecer ao horário normal. Art. 13. Quando a intimação for efetivada excepcionalmente no último dia do prazo ou além dele, por motivo de força maior, o protesto será tirado no primeiro dia útil subseqüente. Acerca do processo orçamentário e da receita e despesa públicas, julgue os itens seguintes. 1. O valor de um imposto vencido e não pago no prazo legal, apuradas a sua liquidez e certeza, poderá ser inscrito na dívida ativa. O mesmo não ocorrerá com um aluguel devido a determinada entidade pública, vencido e não pago no prazo legal. ( ) Certo ( )Errado 2. A dívida ativa é um crédito da fazenda pública, de natureza tributária ou não, exigível em virtude do transcurso do prazo de pagamento. ( ) Certo ( )Errado 3. O órgão público que disponha de crédito, em moeda estrangeira, que não tenha sido pago depois de transcorrido o prazo contratual deve inscrevê-lo na dívida ativa, convertendo o seu valor em moeda nacional à taxa de câmbio oficial para compra na data da notificação ou da www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 12 intimação do devedor ou, à sua falta, na data da inscrição na dívida ativa. ( ) Certo ( )Errado 4. O Diretor Geral de uma Empresa Pública indaga se os créditos provindos de “Dívida Ativa”, que compõem o balanço patrimonial, poderão ser considerados como Ativo disponível, para fins de amortização da dívida fundada interna e da dívida flutuante que compõem o passivo obrigações em circulação e o passivo exigível a longo prazo, para cumprir o Art. 42 da Lei Complementar nº 101/2000. Nesse caso, a consulta teria resposta positiva, desde que o crédito esteja revestido dos atributos de certeza e liquidez. ( ) Certo ( )Errado 5. Com relação à certidão da dívida ativa, é possível o protesto das certidões de dívida ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas autarquias e fundações públicas. ( ) Certo ( )Errado DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA Art. 39, § 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, ... DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA ...e a Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação,... ... custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais. VALOR EM MOEDA ESTRANGEIRA 4.320/64 Art. 39 § 3º O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será convertido ao correspondente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data da notificação ou intimação do devedor, pela autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida Ativa, incidindo, a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de mora, de acordo com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários. DEA DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES São despesas fixadas, no orçamento vigente, decorrentes de compromissos assumidos em exercícios anteriores àquele em que deva ocorrer o pagamento. Não se confundem com restos a pagar, tendo em vista que sequer foram empenhadas ou, se foram, tiveram seus empenhos anulados ou cancelados. www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 13 São despesas fixadas, no orçamento vigente, decorrentes de compromissos assumidos em exercícios anteriores àquele em que deva ocorrer o pagamento. ENTÃO... DEA = DO DEA ≠ RP Não se confundem com restos a pagar, tendo em vista que sequer foram empenhadas ou, se foram, tiveram seus empenhos anulados ou cancelados. COMPETÊNCIA DEC. 93.872/86 ART. 22, § 1º O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas com exercícios anteriores cabe à autoridade competente para empenhar a despesa. LEI 4.320/64 Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempreque possível, a ordem cronológica. DESTAQUES DO ART. 37 Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las,... ... que não se tenham processado na época própria ... DEC 93.872/86 ART. 22 § 2º Para os efeitos deste artigo, considera-se: a) despesas que não se tenham processado na época própria, aquelas cujo empenho tenha sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação; ... bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida ... DEC 93.872/86 ART. 22 § 2º Para os efeitos deste artigo, considera-se: b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor; ... e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente ... DEC 93.872/86 ART. 22 § 2º Para os efeitos deste artigo, considera-se: c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento criada em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do exercício correspondente. ... poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, ... ... discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica. www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 14 DECRETO 93.872/86 ART. 22 § 1º O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo, cabe à autoridade competente para empenhar a despesa. ATENÇÃO!!! No momento do pagamento de restos a pagar referente à despesa empenhada pelo valor estimado, verifica-se se existe diferença entre o valor da despesa inscrita e o valor real a ser pago; se existir diferença, procede-se da seguinte forma: Se o valor real a ser pago for superior ao valor inscrito, a diferença deverá ser empenhada a conta de despesas de exercícios anteriores; Se o valor real for inferior ao valor inscrito, o saldo existente deverá ser cancelado. QUESTÕES 3 1. Segundo a Lei nº 4.320/64, compromissos decorrentes de obrigação de pagamento criada por lei, e reconhecidos após o encerramento do exercício na entidade pública, compreendem : (A) os ajustes de exercícios anteriores. (B) as novas dotações. (C) as despesas de exercícios anteriores. (D) os créditos especiais. (E) os créditos suplementares. 2. Uma despesa de um exercício nele não processada, embora tivesse saldo suficiente, pode ser atendida no exercício subseqüente por: (A) crédito especial. (B) dotação para isso suplementada no exercício seguinte. (C) despesas de exercícios anteriores, após reconhecida. (D) restos a pagar restabelecidos. (E) dotação dessa mesma despesa, do exercício seguinte. ADIANTAMENTO DE NUMERÁRIO SUPRIMENTO DE FUNDOS O suprimento de fundos é caracterizado por ser um adiantamento de valores a um servidor para futura prestação de contas. ADIANTAMENTO = DO ? ESTÁGIOS SÃO OBRIGATÓRIOS ? O adiantamento constitui despesa orçamentária, ou seja, para conceder o recurso ao suprido é necessário percorrer os três estágios da despesa orçamentária: Empenho, Liquidação e Pagamento. REGULAMENTAÇÃO Cada ente da federação deve regulamentar o seu regime de adiantamento, observando as peculiaridades de seu sistema de controle interno, de forma a garantir a correta aplicação do dinheiro público. Existem dois tipos: - Depósito em conta-corrente aberta para esse fim, por meio do qual o servidor usa os recursos em cheque ou dinheiro, no limite estabelecido, em nome do suprido, com regras previstas para a sua prestação de contas. www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 15 - Cartão de Pagamento: é o cartão magnético, em nome do Portador, indicado/autorizado pela Administração, com limites estabelecidos e regras para a sua prestação de contas. LEI 4.320/64 Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de realizar despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação. DESTAQUES DO ART. 68 Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em lei... ...e consiste na entrega de numerário a servidor, ... ...sempre precedida de empenho na dotação própria, ... ...para o fim de realizar despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação. CASOS QUE JUSTIFICAM O ADIANTAMENTO ART. 45 – DEC. 93.872/86 I - para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento em espécie Il - quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e III - para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda. DAS RESTRIÇÕES AO SUPRIDO: ART. 45, § 3º ART. 45 § 3º Não se concederá suprimento de fundos: a) a responsável por dois suprimentos; b) a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir, salvo quando não houver na repartição outro servidor; c) a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de sua aplicação; e d) a servidor declarado em alcance. IN nº 10/01 – STN A servidor que esteja respondendo a inquérito administrativo. VÁRIAS ND’s Os valores de um suprimento de fundos entregues ao suprido poderão relacionar-se a mais de uma natureza de despesa, desde que precedidos dos empenhos nas dotações respectivas, respeitados os valores de cada natureza. APLICAÇÃO O prazo máximo para aplicação do suprimento de fundos será de até 90 (noventa) dias a contar da data do ato de concessão do suprimento de fundos, e não ultrapassará o término do exercício financeiro. PRESTAÇÃO DE CONTAS Para a prestação de contas do Suprimento de Fundos, o prazo é de até 30 ( trinta) dias, contado a partir do término do prazo de aplicação. Isto é, dispõe de até 90 (noventa) dias para aplicar e mais 30 (trinta) dias para prestar contas, totalizando assim até 120 (cento e vinte) dias. www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 16 CO-RESPONSABILIDADE DEC. 200/67 Art. 84. Quando se verificar que determinada conta não foi prestada, ou que ocorreu desfalque, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo para a Fazenda Pública, as autoridades administrativas, sob pena de co- responsabilidade e sem embargo dos procedimentos disciplinares, deverão tomar imediatas providência para assegurar o respectivo ressarcimento e instaurar a tomada de contas, fazendo-se as comunicações a respeito ao Tribunal de Contas. CONTABILIZAÇÃO DEC. 93.872/86 ART. 45, § 1º O suprimento de fundos será contabilizado e incluído nas contas do ordenador como despesa realizada; ... RESTITUIÇÕES DEC. 93.872/86 ART. 45, § 1º ...as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicaçãoindevida, constituirão anulação de despesa, ... ART. 45, § 1º ......ou receita orçamentária, se recolhidas após o encerramento do exercício. DEVER DE PRESTAR CONTAS DEC. 93.872/86 § 2º O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é obrigado a prestar contas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer no prazo assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das providências administrativas para a apuração das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis. SALDO EM 31/12 DEC. 93.872/86 Art . 46. Cabe aos detentores de suprimentos de fundos fornecer indicação precisa dos saldos em seu poder em 31 de dezembro, para efeito de contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade pela sua aplicação em data posterior, observados os prazos assinalados pelo ordenador da despesa . Parágrafo único. A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro seguinte. ATESTO A comprovação das despesas realizadas deverá estar devidamente atestada por outro servidor que tenha conhecimento das condições em que estas foram efetuadas, em comprovante original. DOCUMENTOS EMITIDOS EM NOME... Em nome do órgão emissor do empenho. DATA DE EMISSÃO DOS DOCUMENTOS Todos os documentos deverão ter a data de emissão igual ou posterior a da entrega do numerário, e deverão estar compreendidos dentro do período fixado para aplicação dos recursos. LIMITES Obras e Serviços de Engenharia R$ 7.500,00 (que corresponde a 5% do valor máximo para obras e serviços de engenharia na modalidade de licitação convite que é R$ 150.000,00). Outros Serviços e Compras em geral R$ 4.000,00 (que corresponde a 5% do valor máximo para outros serviços e compras em geral na modalidade de licitação convite que é R$ 80.000,00). ATENÇÃO Valores superiores aos limites De acordo com a Portaria nº 95/2000 – MF, excepcionalmente, a critério da autoridade Ministerial, poderá ser concedido suprimento de fundos em valores superiores aos limites fixados. www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 17 ATENÇÃO Aquisição de Material Permanente É vedada a aquisição de material permanente por suprimento de fundos, ressalvados os casos excepcionais devidamente reconhecidos pelo OD e em consonância com as normas que disciplinam a matéria. O Que é? O Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) é um meio de pagamento que proporciona à Administração Pública mais agilidade, controle e modernidade na gestão de recursos. O CPGF é emitido em nome da Unidade Gestora, com identificação do portador. Quais as despesas que podem ser feitas com o CPGF? Somente aquelas passíveis de enquadramento como Suprimento de Fundos. Entretanto, outros tipos de despesas poderão ser autorizados mediante ato conjunto do Ministro da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, nos termos do parágrafo único do art. 10 do Decreto nº 5.355/2005. Objetivos Redução de custos. Transparência no processo de compras, quando por dispensa de licitação (Suprimento de Fundos). Desburocratização no processo de controle dos gastos da União. QUEM PODE UTILIZAR O Cartão de Pagamento é utilizado exclusivamente no âmbito da Administração Pública Federal. Ele pode ser concedido a qualquer servidor público de órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional no exercício de serviço público. Os responsáveis, nos órgãos e entidades, pela sua utilização são: - ordenadores de despesa; - servidores indicados e autorizados pelo ordenador de despesa; - autoridade competente. Características Contém a denominação da Unidade Gestora e o nome do Portador. Quantidade ilimitada de cartões por Unidade Gestora. Limite de crédito definido pelo Ordenador de Despesa respeitada a Legislação vigente. Anuidade: Isento. Pagamento da Fatura não parcelado. Vencimento sempre no dia 10. OPERACIONALIZAÇÃO As contas-correntes bancárias dos Órgãos e Entidades da Administração Pública Federal que integram os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social serão abertas e mantidas no Banco do Brasil S.A. PROIBIÇÃO Nenhuma autoridade governamental ou servidor público pode realizar despesas pessoais com o Cartão de Pagamento ou utilizá-lo nos casos em que a compra deve ser feita por meio de licitação pública. www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 18 1. O regime de adiantamento denominado suprimento de fundos, uma vez que se destina à realização de despesas que não podem seguir o trâmite normal, prescinde de nota de empenho. ( ) Certo ( ) Errado 2. Ao conceder o suprimento de fundos, a autoridade competente determinará a emissão do empenho ou fará referência ao empenho estimativo, solicitando que uma cópia da nota de empenho seja anexada à proposta de concessão de suprimento. ( ) Certo ( ) Errado 3. O prazo máximo para aplicação do suprimento de fundos será de até sessenta dias, a contar da data do ato de concessão do suprimento de fundos, e não ultrapassará, em hipótese alguma, o término do exercício financeiro. ( ) Certo ( ) Errado APLICAÇÃO O prazo máximo para aplicação do suprimento de fundos será de até 90 (noventa) dias a contar da data do ato de concessão do suprimento de fundos, e não ultrapassará o término do exercício financeiro. PRESTAÇÃO DE CONTAS Para a prestação de contas do Suprimento de Fundos, o prazo é de até 30 ( trinta) dias, contado a partir do término do prazo de aplicação. Isto é, dispõe de até 90 (noventa) dias para aplicar e mais 30 (trinta) dias para prestar contas, totalizando assim até 120 (cento e vinte) dias. SALDO EM 31/12 DEC. 93.872/86 Art . 46. Cabe aos detentores de suprimentos de fundos fornecer indicação precisa dos saldos em seu poder em 31 de dezembro, para efeito de contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade pela sua aplicação em data posterior, observados os prazos assinalados pelo ordenador da despesa . Parágrafo único. A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro seguinte. 4. No ato em que autorizar a concessão de suprimento, a autoridade ordenadora fixará o prazo da prestação de contas, que deverá ser apresentada dentro dos trinta dias subsequentes do término do período de aplicação. ( ) Certo ( ) Errado Caso, em uma repartição pública, haja um único servidor, que tenha sob sua guarda o material de expediente de toda a repartição, e esse servidor tenha recebido suprimento de fundos destinado à aquisição de material de expediente, é correto afirmar que : 5. o servidor não poderia ter recebido o suprimento de fundos, uma vez que tem sob sua guarda o material que deve ser adquirido. ( ) Certo ( ) Errado DAS RESTRIÇÕES AO SUPRIDO / DEC 93.872/86 / ART. 45, § 3º ART. 45 § 3º Não se concederá suprimento de fundos: a) a responsável por dois suprimentos; b) a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir, salvo quando não houver na repartição outro servidor; c) a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de sua aplicação; e www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária -Aula 9 Wilson Araújo 19 d) a servidor declarado em alcance. IN nº 10/01 – STN 6. o servidor, se fosse declarado em alcance, teria prioridade no recebimento e na gestão de suprimento de fundos para aquisição de material de expediente, na forma de adiantamento. ( ) Certo ( ) Errado www.cers.com.br TRIBUNAIS DE CONTAS - 2015 Administração Financeira e Orçamentária - Aula 9 Wilson Araújo 20 G A B A R I T O QUESTÕES 1 1. A 2. E 3. C 4. A 5. D 6. D 7. C 8. D QUESTÕES 2 1. ERRADO 2. CERTO 3. CERTO 4. ERRADO 5. CERTO QUESTÕES 3 1. E 2. E QUESTÕES 4 1. ERRADO 2. CERTO 3. ERRADO 4. CERTO 5. ERRADO 6. ERRADO
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