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Gestão Ambiental Portuária Tópico 2

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Gestão Ambiental Portuária 
Aula 01 - Por que Gestão Ambiental?
A autonomia dos sistemas vivos não pode ser confundida com uma independência. Os sistemas vivos não são isolados do ambiente em que vive .O aumento da temperatura média da Terra, por causa do efeito estufa, a elevação na média das marés, e muitos outros fenômenos consequentes que ameaçam a vida no Planeta, exigem mudanças no modo de produzir, distribuir e no destino final do consumo, com respeito à tolerância aos impactos. Essa nova postura também é obrigatória na atividade portuária, por conta do ecossistema no qual ela se insere e por causa dos produtos que são nela movimentados.
Natureza e Progresso
Desde os escritos de Platão, na antiga Grécia, já está presente a ideia de uma degradação ambiental decorrente da desobediência humana aos desígnios divinos. São marcos nesta história a utilização do fogo, o início da metalurgia, a introdução do cultivo agrícola e do pastoril , o aproveitamento da água e do vento como fonte de energia, a invenção da pólvora, da máquina a vapor, da eletricidade, do motor à explosão e da energia nuclear.
Desenvolvimento e Sustentabilidade
Foi com a revolução industrial que houve densidade e generalização da degradação ambiental, facilitada pela ciência e tecnologia . As questões ambientais, no fundo, não são redutíveis a uma química, assim como é inútil tomar como referência para o ideal ambiental um estado original . Na realidade, as questões ambientais devem ser decididas em bases não apenas ecológicas ou mesmo econômicas, mas também políticas e morais.
Tecnologia e questão ambiental
Na antiguidade, quando a natureza se vingava era para punir os pecados dos seres humanos. No início da Era Moderna a crença existente era que a própria natureza iria se encarregar de denunciar e castigar os que agissem mal.
Os avanços tecnológicos ocorridos após a Revolução Industrial fizeram com que ocorressem mudanças importantes nas organizações humanas. Algumas dessas mudanças contribuíram para uma melhora sensível da qualidade de vida, enquanto outras contribuiram de maneira negativa , criando problemas econômicos, sociais, políticos, ambientais e de segurança.
Aonde vamos parar?
Avanços na medicina aumentaram a expectativa de vida do ser humano de 35 anos durante a Revolução Industrial, para 70 anos atualmente em países desenvolvidos.
Com essa melhoria de qualidade de vida, a população humana aumentou de 0,3 bilhões no ano 1 D.C. para 1,1 bilhão em 1850 e para mais de 7 bilhões hoje em dia. Este aumento criou novas necessidades de recursos naturais disponíveis. Gestão dos princípios do meio ambiente . Qualidade, segurança, saúde e meio ambiente constituem-se em matérias comuns a dois ou mais ramos de conhecimento. Numa sociedade altamente tecnológica como a atual, não se pretende que alguém seja especialista em todos os aspectos relacionados com esses assuntos.
Os profissionais das áreas de meio ambiente, atualmente, têm conhecimentos gerais, não especializados, e atuam na coordenação e como facilitadores de outras competências profissionais na aplicação dos princípios do meio ambiente. Sustentabilidade
O futuro que queremos
a - No enceramento da Conferência da Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável ( Rio+20 ), no Rio de Janeiro, Brasil, em 22 junho de 2012, onde participaram 45 mil pessoas; mais de 50 milhões de pessoas acessaram o site da conferência e o hashtag Rio+20 apareceu mais de 1 bilhão de vezes:
190 chefes de Estado assinaram o relatório final do encontro, denominado O futuro que queremos ( http://goo.gl/cX1rs7 ), composto de 49 páginas, dividido em 6 capítulos e 283 itens.
“O documento final da Rio+20 fornece uma base sólida para promoção do desenvolvimento sustentável”.
Bam Ki-moon, secretário-geral da ONU.
“O principal saldo (da Rio+20) foi fazer com que o desenvolvimento sustentável se transforme em paradigma em todos seus aspectos – social, ambiental e econômico”.
André Corrêa do Lago, embaixador, chefe da delegação do Brasil na Rio+20.
Construindo sociedades sustentáveis
Agenda 21: pode ser definida como um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. 
Seguir também as conformidades ambientais estabelecidas na legislação em vigor, aplicadas no processo de licenciamento e instrumento de gestão.
Missão da Gestão Ambiental Portuária
A preservação da vida no seu sentido mais amplo é o primeiro dever da humanidade moderna.
O papel e abrangência do comércio marítimo, que passa pelos portos e engloba o enorme ecossistema dos oceanos, promove a distribuição de bens e alimentos, gera trabalho e riqueza, fomenta desenvolvimento e progresso, e deve também sustentar a vida. Como indústria, comércio, logística , transporte e processo econômico, a atividade portuária é também agente e conexão de impactos. A sustentabilidade, no entanto, não implica uma imutabilidade das coisas. E o comércio marítimo pede passagem...
Missão da Gestão Ambiental Portuária: equilibrar o papel produtivo e distributivo da atividade portuária com as necessidade ambientais, econômicas e sociais, ou seja, promover a sustentabilidade.
Ver: O Porto Verde – Modelo Ambiental Portuário – ANTAQ
Trânsito de carga nos portos
Muito da nossa vida é uma imensa variedade de cargas que atravessam os sete mares
Em que navios navegam as cargas. Os principais tipos de navio que atracam nos portos e por especialidades de carregamento são:
Navio de carga geral , Navio de passageiros ,Navio porta-contêineres ,Navio tanque ,Navio gaseiro, Navio roll-on roll-off, Navio graneleiro , Navio químico ,Navio rebocador, Navio ore-oil ,Navio porta-aviões ,Navios militares.
Em um porto, há diferentes tipos de portos, onde atracam diferentes tipos de navio, por causa da peculiaridade da carga movimentada: o terminal que movimenta contêineres é diferente do que movimenta granel sólido, do que movimenta liquido a granel e do terminal de passageiros. Cada um tem seus riscos inerentes.
Cargas que transitam pelos portos
Porto conecta o modal do transporte marítimo com os modais terrestre, fluvial e aéreo.
A movimentação de cargas, complexa e em um crescendo pelos portos, também requer inúmeras infra-estruturas de atracação, extensas áreas para armazenagem, profundidades elevadas e outras estruturas, um cenário de muito impacto ao meio ambiente.
Pelos portos passa tudo o que se produz e exporta pelos mares do mundo. As cargas movimentadas nos portos, conforme seu acondicionamento, são classificadas em :
Carga geral Heterogênea, solta ou fracionada, podendo ser acondicionada em uma embalagem específica como caixa saco, fardo, cartão, tambor, engradado, amarrado, bobina de papel ou ainda, volumes sem embalagem, como os veículos, maquinários em geral, blocos de pedra, etc.
Carga a granelHomogênea, líquida, gasosa ou sólida e transportada sem acondicionamento. Exemplos: combustível, Gás Liquefeito de Petróleo-GLP , Soja e outros. Unitizada Volumes fracionados em uma única unidade de carga, mantida inviolável ao longo de todo o percurso, de origem ao destino. As formas de unitização podem ser: pré-lingagem (cintas de aço ou material sintético), paletizado, contêiner, big bag, tambor, barril, etc.
Cargas especiais Dentre as classificações anteriores, existem algumas cargas que, devido suas características físico-quimica são consideradas cargas especiais e, portanto, necessitam de tratamento, normas e embalagens diferenciadas. São elas as cargas; vivas, frigoríficas e perigosas.
Cargas vivas Humanos, animais e as plantas. Exemplos: turistas, avestrus vivos e plantas diversas.
Cargas frigoríficas Mantidas sempre a baixa temperatura, em câmara controlada em navios ou contêiner frigorífico. Exemplos: carnes, sucos, etc.
Cargas perigosas: cargas nocivas à saúde, inflamáveis, corrosivas, abrasivas, radioativas entre outras. São controladas por normas internacionaisde armazenagem, estivagem e transporte. 
Exemplos: produtos químicos e equipamento de raio X.
Impacto ambiental
A Resolução CONAMA 001/86 definiu impacto ambiental como:
–“ Art 1º - Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
I. a saúde, a segurança e o bem estar da população;
II. as atividades sociais e econômicas;
III. a biota;
IV. as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V. a qualidade dos recursos ambientais.”
Aspecto e impacto ambiental
Aspecto Ambiental elemento da atividade, produto ou serviço de uma organização que pode interagir com o meio ambiente.Impacto Ambiental qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica (impacto negativo ou positivo), que resulte, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma organização. Breve histórico da avaliação do impacto ambiental no Brasil.
No Brasil a Avaliação de Impacto Ambiental foi introduzida em 1980, pela Lei nº 6.803, que dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição. 
A lei passou a exigir um estudo prévio de impacto ambiental para a aprovação de zonas estritamente industriais (ZEIs), destinadas à localização de pólos petroquímicos, cloroquímicos, carboquímicos e instalações nucleares (Milaré, 1994);
Em 1981, com a aprovação da Lei nº 6.938, que institui a Política Nacional de Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, o estudo de impacto ambiental passou a ser instrumento da política nacional de meio ambiente (Milaré, 1994).
Em 1983, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) recebeu a competência para fixar os critérios para os exigidos Estudos de Impacto Ambiental.
Em 1986, a Resolução CONAMA nº 001/86 estabeleceu as definições, responsabilidades, critérios básicos e diretrizes gerais para o uso e implementação da Avaliação do Impacto Ambiental, como um dos instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente. (MILARÉ 1944). Regulação da metodologia e critério
No Estado de São Paulo, o que regulamenta a metodologia e os critérios de avaliação de impacto ambiental são definidos, principalmente pelas Resoluções da Secretaria Estadual de Meio Ambiente – SMA:
Resolução SMA 42/94 que definiu procedimentos para análise de Estudos de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) no âmbito da SMA.
Resolução SMA 54/04 que definiu procedimentos para o licenciamento no âmbito da SMA.
Parâmetros que avaliam o impacto ambiental
Os componentes ambientais em questão são:
Meio Físico: clima, geologia, geomorfologia, recursos hídricos, solo e ar;
Meio Biótico: vegetação, fauna terrestre e fauna aquática;
Meio Sócio-econômico: qualidade de vida local, economia regional, economia extra-regional, ruído, geração de empregos, patrimônio histórico e arqueológico, dinâmica populacional, uso e ocupação do solo, estrutura produtiva e de serviços, organização social e infra-estrutura
Avaliação do impacto ambiental
A metodologia de análise de impacto ambiental desenvolve-se através de etapas de análise, a saber:
Definição dos fatores geradores de impactos ambientais;
Elaboração de uma matriz de identificação dos potenciais impactos;
Análise, mensuração e avaliação dos impactos.Como utilizar essa metodologia é o principal objeto deste curso
Portos e seus impactos
No caso de Obras Portuárias, as Ações Impactantes são divididas em :Ações decorrentes da Implantação; Ações decorrentes da Operação
Impactos na implantação dos portos
A atividade portuária gera impactos ambientais na instalação de sua estrutura operacional característica. Vejamos quais estruturas são necessárias para o bom funcionamento de um porto:
Áreas abrigadas de ventos e correntes;
Profundidades adequadas dos corpos d’água ( garantir acesso à navegação);
Acessos terrestres e marítimos: canais de acesso, bacias de evolução, vias de circulação etc.;
Faixas de cais para atracação ou estruturas semelhantes;
Áreas para armazenagem horizontal e vertical, como armazéns, silos, galpões, tanques, etc.;
Áreas para pátios e circulação de veículos;
Ligações rodoferroviárias;
Espaço para instalações administrativas, estacionamento de veículos e de controle de saída e entrada
A implantação da estrutura portuária exige obras de porte e intervenções impactantes no meio ambiente. A seguir, destacamos os principais impactos:
Alteração da linha de costa ( ex. altera praias, costões, etc.);
Alteração do padrão hidrológico (ex. altera curso de rios) e da dinâmica sedimentar (ex. destrói praias);
Destruição ou alteração de áreas naturais costeiras (habitats, ecossistemas – ex. será que tubarões atacam gente nas praias do Recife porque foram desalojados do seu habitat pelo porto de Suape?);
Supressão de vegetação (ex. manguezais);
Modificação no regime e alteração no fundo dos corpos d’água (ex. dragagem);
Poluição da água, do solo, do subsolo e do ar (ex. efluentes) Manutenção da infraestrutura marítima e terrestre;
Resíduos das embarcações;
Operações com as embarcações;
Serviços correlatos, como abastecimento de embarcações e outros atendimentos;
Obras de acostagem (muralha de cais, dolfins, etc.);
Serviços de dragagem;Geração de resíduos pela atividade portuária;
Operação de máquinas e veículos portuários;Manuseio de cargas perigosas;
Abastecimento e limpeza de embarcações; Bio-invasão via água de lastro e incrustações no casco das embarcações. Principais impactos (negativos) ambientais na operação portuária
Alteração da qualidade da água, poluição do ar por emissão de gases e partículas sólidas;
Perturbações diversas devido ao trânsito de veículos pesados em ambientes urbanos;
Geração de odores; Alteração da paisagem; Geração de ruídos em ambientes urbanos, distúrbios na fauna e flora ;Interação com outras atividades (pesca, turismo, aquicultura, recreação, etc.);Atração de vetores de doenças (ratos, pombos, etc.);
Introdução de espécies exóticas, entre outros. Objetivos de um estudo ambiental
Delinear precisamente a área a ser impactada, caracterizando detalhadamente o ambiente nela inserido ; Estabelecer precisamente a relação entre os agentes impactantes e os impactos ambientais deles decorrentes;
Determinar os principais instrumentos de controle e mitigação dos impactos ambientais;
Definir os indicadores ambientais a ser objeto de acompanhamento
Critérios na avaliação do impacto ambiental
Na análise dos impactos, os critérios a serem observados são:
Localização Atividade Natureza do Impacto Tipo do Impacto
Duração do Impacto Especialização Reversibilidade Ocorrência Magnitude Relevância Significância
Análise do impacto ambiental
Existem vários tipos de impactos no meio ambiente, como:
Impacto positivo ou benéfico – quando a ação resulta na melhoria da qualidade de um fator ou parâmetro ambiental;
Impacto negativo ou adverso – quando a ação resulta em danos à qualidade de um fator ou parâmetro ambiental;
Impacto direto – quando resulta de uma simples relação de causa e efeito, também chamado impacto primário ou de primeira ordem; 
Impacto indireto – quando é uma reação secundária em relação à ação ou quando é parte de uma cadeia de reações; Impacto local – quando a ação afeta apenas o próprio sítio e suas imediações; Impacto regional – quando o efeito se propaga por uma área e suas imediações;
Impacto estratégico – quando é afetado um componente ou recurso ambiental de importância coletiva ou nacional;
Impacto imediato – quando o efeito surge no instante em que se dá a ação;
Impacto a médio e longo prazo – quando o efeito se manifesta depois de decorrido certo tempo após a ação;
Impacto temporário – quando o efeito permanece por um tempo determinado;
Impacto permanente – quando, uma vez executada a ação, os efeitos não cessam de se manifestar, num horizonte temporal conhecido.
 Natureza do impacto (danos)
 Levemente prejudicial pequenos vazamentos incômodo e irritaçãodanos leves, reparáveis
 Prejudicial danos internos à organização danos maiores (equipamento, instalação, impacto regional) extremamente prejudicial danos externos à organização perda total do sistema
Classificação da probabilidade de impacto
Descrição especificidade
Provável ocorre frequentemente ,já experimentado
Improvável pode ocorrer alguma vez do durante o dia 
Altamente improvável pode ocorrer mas nunca foi experimentado .
Sistema de Gestão ambiental - SGA
Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é a ferramenta de trabalho da Gestão Ambiental Portuária.
 SGA é um arranjo ordenado de componentes que estão inter-relacionados e interagem com outros, para cumprir um determinado objetivo de fazer dentro de padrões ( qualidade), cooperar para qualidade de vida no Planeta (saúde e segurança) e preservar a natureza para as futuras gerações (meio ambiente). Ao medir , comparar e classificar eventos , a SGA estabelece indicadores do seu desempenho:
Matérias inter-disciplinares e indicadores da SGA
• qualidade • saúde • segurança • meio ambiente
Fundamentos da Gestão Ambiental Portuária
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) deve realizar “mobilização de esforços distintos para atingir um determinado objetivo ( Coordenação)” e “construir cenários que motivem, visando aumentar a capacidade de realizar (Facilitadores)”.
Gestão exige: 
coordenação e facilitadores , visão sistêmica do negócio,desenvolvimento do Sistema de Gestão.O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é parte do sistema de gestão global da empresa
Portanto, o SGA compõe a estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental.
Sistema de Gestão Ambiental Portuária( SGAP) constitui-se , dentro da estrutura global de gerenciamento de uma organização, naquilo que se relacionar com o impacto ambiental a curto e longo prazo, causado por seu produtos, processos e serviços. No caso dos portos, na área do porto organizado e os reflexos no seu entorno.
Requisitos de um Sistema de Gestão Ambiental Portuária (SGAP)
Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é parte do sistema de gestão global da empresa Empoderamento da política do meio ambiente
passo 1 – Comprometimento da alta direção da empresa
Passo 2 – Consulta aos organismos Passo 3 - Formulação
Passo 4 – Comunicação Passo 5 – Implantação 6- Revisão contínua
. Aula 03 - O Sistema Integrado de Gestão Ambiental Portuária - SIGAP
O Sistema Integrado de Gestão Ambiental Portuária - SIGAP
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) portuário deve garantir uma resposta imediata às demandas ambientais, principalmente ao combate dos danos ambientais e reparo do ambiente atingido.
Para tanto, pela Portaria SEP nº 104/2009, os portos e terminais marítimos que integram o complexo portuário devem possuir um Setor de Gestão Ambiental e de Segurança e Saúde no Trabalho – SGA e, assim, constituírem um Sistema Integrado de Gestão Ambiental => SIGA.
No âmbito de um porto, o SIGA deve ser dinâmico, aprimorado permanentemente e que seja um instrumento de gestão da Administração do Porto.
Gestão Ambiental Portuária (GAP): condução, direção e controle do uso dos recursos naturais, dos riscos ambientais e das emissões para o meio ambiente, por intermédio da implementação do sistema ambiental. Tem como finalidade garantir a sustentabilidade ambiental no âmbito da atividade dos portos.
Sistema Integrado de Gestão Ambiental Portuária (SIGAP): a parte do sistema de gestão global que inclui estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental da instalação. Podemos dizer que o SIGA é a estratégia da empresa focada na sustentabilidade ambiental.
As definições adotadas na Gestão Ambiental constam da Resolução Conama nº 306/2002, Anexo I
Procedimentos fundamentais no SIGA dos portos
Diagnóstico e inventário ambiental para elaboração do PDZa – Plano de Desenvolvimento e Zoneamento Portuário, levando-se em conta os aspectos ambientais, conforme Portaria SEP nº 414/2009
Estudo ambiental;
Avaliação ambiental estratégica;
Dados de monitoramento ambiental;
Indicadores de desempenho ambiental;
Avaliação de passivos ambientais;
Agendas ambientais local e institucional;
Manual de procedimentos ambientais;
Dados de auditoria ambiental;
Áreas pré-definidas para alijamento de material dragado;
Planos e programas ambientais;
Normas para o transporte e manuseio de produtos perigosos;
Normas de segurança e saúde do trabalhador.
Principais conformidades observadas no SIGA- Meio Ambiente
Estruturas e atitudes (informações e ações):
1 - Núcleo Ambiental
2 - Auditoria Ambiental
3 - Resíduos Sólidos 
3.1 - Gerados no porto
3.2 - Regulamento Técnico de Boas Práticas (RDC nº 56/08 - ANVISA)
3.3 - Coleta Seletiva
3.4 - Gerados pelas Embarcações – GISIS
4 - Mudanças climáticas
4.1 - Emissões Atmosféricas Gases de Efeito Estufa – GHG
4.2 - Alteração nos regimes de ventos, onda, níveis do oceano, etc.
5 - Plano de Emergência Individual – PEI
6 - Controle Ambiental de Apoio Portuário
7 - Passivo Ambiental
8 - Monitoramento e Compensação Ambiental
9 - Dragagem e/ou Derrocagem
10 - Licenciamento Ambiental
Planejamento Ambiental: Objetivo
•Menos conflitos ecos socioambientais;
•Menos impactos;
•Menor custo de gestão;
•Resultados mais imediatos de qualidade ambiental.
Linguagem ambiental
O que é o Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama*? 
“É um Parlamento Ambiental único no mundo. É visto como um exemplo, para todas as Nações, e também para os Estados".
Professor Paulo Nogueira Neto, 81 anos, foi o primeiro titular da Secretaria Especial do Meio Ambiente do extinto Ministério do Interior (1973/1985) e um dos principais articuladores da Política Nacional de Meio Ambiente (lei 6.938, de 1981), que criou o Conama,dando a ele poderes regularmentadores e quem assinou, 1984, a primeira Resolução Conama. ( entrevista em 19 de julho de 2004).
Qual a importância do Conama para a modernização da política ambiental brasileira?
PNN- “A grande importância do Conama para a política ambiental brasileira é o fato das suas decisões serem tomadas após amplo debate e exame, não somente sobre os aspectos técnicos mas também levando em conta as suas conseqüências sociais e sanitárias”.
*CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente ( http://goo.gl/y8HByB ) : é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA
Legislação ambiental básica
Os procedimentos de armazenagem e manuseio de produtos perigosos pelo trabalhador portuário em terra está sujeito à Norma Regulamentadora 29 (NR-29),do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
As normas da Marinha – NORMAM 01 E 02, em seu capítulo 5, tratam do transporte de Produtos Perigosos.
O de produtos perigosos nas embarcações, tanto na navegação em mar aberto quanto na navegação interior. A NORMAM 05, por sua vez, trata dos requisitos de fabricação, testes de avaliação e procedimentos para homologação de material e embalagem para transporte de produtos perigosos, e se aplica aos navios abrangidos pela Convenção sobre a Segurança da Vida Humana no Mar (Regra 3/VII do SOLAS 74/78 e suas emendas), que transportem mercadorias perigosas pelo modal marítimo, todos os navios, independentemente do tipo ou tonelagem, que transportem substâncias, materiais ou artigos identificados pelo código como poluente marinho.
A Resolução ANTT 420/2004 dita as regras de transporte terrestre de produtos perigosos, seja sobre trilhos ou sobre pneus.
IX - Evidência objetiva: informações verificáveis, tais como registros, documentos ou entrevistas.
X - Gestão ambiental: condução, direção e controle do uso dos recursos naturais,dos riscos ambientais e das emissões para o meio ambiente, por intermédio da implementação do sistema de gestão ambiental. 
XI - Impacto ambiental: qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais.
XII - Meio ambiente: conjunto de condições, leis, influência e interações de ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.
XIII - Empreendedor: companhia, corporação, firma, empresa ou instituição, ou parte ou combinação destas, pública ou privada, sociedade anônima, limitada ou com outra forma estatuária, que tem funções e estrutura administrativa próprias. Para organizações com mais de uma unidade operacional, cada unidade isolada pode ser definida como uma instalação.
XIV - Parte interessada: indivíduo ou grupo interessado ou afetado pelo desempenho ambiental de uma instalação.
XV - Plano de emergência: conjunto de medidas que determinam e estabelecem as responsabilidades setoriais e as ações a serem desencadeadas imediatamente após um incidente, bem como definem os recursos humanos, materiais e equipamentos adequados à prevenção, controle e combate à poluição ambiental.
XVI - Plano de emergência individual: é o plano de emergência específico da instalação.
XVII - Plano de emergência de área: é o plano de emergência acordado entre a organização, o poder público e outras organizações situadas na mesma área de influência.
XVIII - Sistema de gestão ambiental: a parte do sistema de gestão global que inclui estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar critica-mente e manter a política ambiental da instalação.
Guia da Gestão Ambiental Portuária
Principais áreas e atores do sistema portuário brasileiro
Porto organizado: bem público construído e aparelhado para atender a necessidades de navegação, de movimentação de passageiros ou de movimentação e armazenagem de mercadorias, e cujo tráfego e operações portuárias estejam sob jurisdição de autoridade portuária.
Autoridade portuária: conforme lei 12.815/2013 é responsável pela administração do Porto Organizado. É de sua competência cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos e os contratos de concessão; assegurar o gozo das vantagens decorrentes do melhoramento e aparelhamento do porto ao comércio e à navegação. Fiscalizar ou executar as obras de construção, reforma, ampliação, melhoramento e conservação das instalações portuárias. Fiscalizar a operação portuária, zelando pela realização das atividades com regularidade, eficiência, segurança e respeito ao meio ambiente. Promover a remoção de embarcações ou cascos de embarcações que possam prejudicar o acesso ao porto;autorizar a entrada e saída, inclusive atracação e desatracação, o fundeio e o tráfego de embarcação na área do porto, ouvidas as demais autoridades do porto; autorizar a movimentação de carga das embarcações. Suspender operações portuárias que prejudiquem o funcionamento do porto.
Principais áreas e atores do sistema portuário brasileiro
Conselho de Autoridade Portuária (CAP): Será instituído em cada porto organizado um conselho de autoridade portuária, órgão consultivo da administração do porto. O regulamento disporá sobre as atribuições, o funcionamento e a composição dos conselhos de autoridade portuária, assegurada a participação de representantes da classe empresarial, dos trabalhadores portuários e do poder público. 
Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO): administra o fornecimento da mão de obra do trabalhador portuário e do trabalhador portuário avulso; mantem, com exclusividade, o cadastro do trabalhador portuário e o registro do trabalhador portuário avulso; treina e habilita profissionalmente o trabalhador portuário.
Operador Portuário: é a pessoa jurídica pré-qualificada pela administração do porto para execução de operação portuária na área do Porto Organizado. Cabe ao Operador Portuário a realização das operações portuárias previstas na lei. 
Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil: ministério responsável pela formulação de políticas e diretrizes para todo o sistema de transporte e logística do Brasil. 
ANTAQ: a Agência Nacional de Transportes Aquaviários é responsável por regular, supervisionar e fiscalizar as atividades de prestação de serviços de transporte aquaviário e de exploração da infraestrutura portuária e aquaviária. Foi criada pela Lei nº 10.233/2001 e instalada em 17 de fevereiro de 2002.
Principais áreas e atores do sistema portuário brasileiro
ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está presente em todo o território nacional por meio das coordenações de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.Tem por finalidade promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.
IBAMA: O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama ) é vinculadao ao Ministério do Meio Ambiente. Tem como missão proteger o meio ambiente e assegurar a sustentabilidade no uso dos recursos naturais, visando promover a qualidade ambiental propícia à vida.
CETESB: no caso do Estado de São Paulo, A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB é a agência do Governo do Estado responsável pelo controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades geradoras de poluição, para preservar e recuperar a qualidade das águas, do ar e do solo. Cada Estado tem suas respectivas agências.
Prefeituras Locais e suas Secretarias de Meio Ambiente: são órgãos diretamente envolvidos com seus portos e seus impactos locais.
Polícia Federal: dentre sua atribuições, destaca-se sua competência em todo território para exercer a superintendência dos serviços de Polícia marítima, aérea e de fronteira, bem como a fiscalização na orla marítima.
Capitania dos Portos: dentre suas missões, contribui para a orientação, coordenação e controle das atividades relativas à Marinha Mercante e organizações correlatas, no que se refere à segurança da navegação, defesa nacional, salvaguarda da vida humana e prevenção da poluição hídrica.
Delegacia do Trabalho: o Ministério do Trabalho está constituído por vários órgãos, dentre eles o Conselho Superior do Trabalho Marítimo (CSTM), órgão colegiado que tem entre suas finalidades expedir instruções regulamentares da aplicação da legislação de proteção ao trabalho nos portos, na navegação e na pesca e de funcionamento dos serviços de inspeção disciplina e policiamento do trabalho. Normas da família ISO 14.000 são um SGA
A série de normas ISO foi criada pela Organização Internacional de Padronização (ISO em inglês), para melhorar a qualidade de produtos e serviços. A s normas da família ISO 14.000 constituem um Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA).
Especifica os requisitos relativos a um sistema de gestão ambiental, de modo a permitir que a organização formule políticas e objetivos que levem em conta as exigências legais e as informações referentes aos impactos ambientais significativos. Assim:
i – Gerenciam atividades de modo a prevenir problemas ambientais.
ii – Organizações melhoram seu desempenho na área ambiental.
iii – Integração da gestão ambiental e desempenho do negócio:
minimização de riscos relacionados ao seus produtos, atividades e serviços para funcionários e terceiros.
melhorao desempenho
construção de uma imagem responsável.
A finalidade desta série de normas é equilibrar a proteção ambiental e a prevenção de poluição com as necessidades sociais e econômicas.
A Série ISO 14000 é composta por várias normas
ISO 14001: 2015 - trata do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), sendo direcionada à certificação por terceiras partes. 
ISO 14004: trata do Sistema de Gestão Ambiental, sendo destinada ao uso interno da Empresa, ou seja, corresponde ao suporte da gestão ambiental.
 ISO 14010: são normas sobre as Auditorias Ambientais. São elas que asseguram credibilidade a todo processo de certificação ambiental, visando as auditorias de terceiras partes, nas quais se verificam os compromissos estabelecidos pela empresa em seu Sistema de Gestão Ambiental. 
ISO 14020: são normas sobre Rotulagem Ambiental, estabelecendo orientações para a expressão das características ambientais dos produtos das empresas, de forma que os rótulos ressaltem as características ambientais do produto. Várias normas da série ISO 14000
ISO 14031: são normas sobre Desempenho Ambiental, que estabelecem as diretrizes para medição, análise e definição do desempenho ambiental de uma organização, a fim de assegurar o SGA
ISO 14040: são normas sobre a Análise do Ciclo de Vida, estabelecendo as interações entre as atividades produtivas e o meio ambiente. Analisa o impacto causado pelos produtos, processos e serviços relacionados desde a extração dos recursos naturais até a disposição final.
Guia ISO 64: corresponde a norma sobre Aspectos Ambientais no Produtos, destinando-se àqueles que elaboram normas técnicas para produtos. Seu objetivo é orientar o projeto de deConvenções internacionais sobre Gestão Ambiental Portuária
 A Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios ( MARPOL) objetiva estabelecer regras para eliminação da poluição internacional do meio ambiente por óleo e outras substâncias danosas oriundas dos navios,e também no ar e no meio ambiente marinho. A Convenção Internacional para a Segurança da Vida no Mar (SOLAS) é o mais importante de todos os tratados internacionais concernentes à segurança do navio mercante.
A primeira versão foi adotada elm 1914, em resposta ao desastre do Titanic. A Convenção Internacional sobre Mobilização de Recursos, Resposta Cooperação contra Poluição por Óleo - OPRC/1990, promulgada pelo Decreto nº 2.870, de 10 dezembro de 1998, tem como principais objetivos: - a cooperação internacional e ajuda mútua em caso de acidentes; - a notificação de incidentes com poluição por óleo que ocorrerem em navios, plataformas, aeronaves, portos e terminais marítimos ao país costeiro mais próximo ou à autoridade competente.terminado produto, a fim de que ele seja menos agressivo ao meio ambiente.
Aula 04 - Estudo e análise do risco
Gestão Ambiental Portuária
É preciso controlar o risco
Estudo de Análise de Riscos
Desde a publicação da Resolução CONAMA nº 001/86, que instituiu a necessidade de realização do EIA e do respectivo RIMA para o licenciamento de atividades substancialmente modificadoras do meio ambiente, o Estudo de Análise de Riscos passou a ser incorporado nesse processo para determinados tipos de empreendimentos, de modo que, além dos aspectos relacionados com a poluição, a prevenção de acidentes operacionais também fosse contemplada no processo de licenciamento.
A Análise de Risco é utilizada para avaliar tanto a implementação quanto a operação de uma atividade ou empreendimento no que se refere aos perigos envolvendo a operação com produtos perigosos (químicos tóxicos, inflamáveis ou explosivos). Em projetos, ela é usada para avaliar modelos de dispersão de poluentes, de manejo de produtos potencialmente perigosos e simular, previamente à implantação da atividade, as possíveis conseqüências de sua futura operação da instalação para a população da sua área de implementação e para a qualidade ambiental.
Em empreendimentos ou atividades em operação, é utilizada para avaliar os perigos envolvendo tanto a emissão de poluentes, resultantes dos processos utilizados pela instalação, quanto o manejo de produtos perigosos e suas conseqüências na ocorrência de eventuais acidentes, seja para o público interno (funcionários) quanto para o público externo ao empreendimento.
A metodologia da Análise de Riscos baseia-se no princípio de que o risco de uma instalação industrial para a comunidade e para o meio ambiente circunvizinho e externo aos limites do empreendimento, está diretamente associado às características das substâncias químicas manipuladas, suas respectivas quantidades e à vulnerabilidade da região onde a instalação está ou será localizada.
Os fatores que influenciam os estudos de Análise de Riscos são: Periculosidade das Substâncias, Quantidade das Substâncias e Vulnerabilidade da Região.
Os estudos, em geral, apresentam o seguinte conteúdo:
 caracterização do empreendimento e da região;
identificação de perigos e consolidação dos cenários acidentais;
estimativa dos efeitos físicos e análise de vulnerabilidade;
estimativa de freqüências;
estimativa e avaliação de riscos;
gerenciamento de riscos;
conclusões.
Vamos minimizar os riscos
Análise Preliminar de Risco – APR: consiste em um estudo antecipado e detalhado de todas as fases da operação a fim de detectar os possíveis problemas que poderão acontecer durante a execução.
Depois de detectado os possíveis acidentes e problemas, devem ser adotadas medidas de controle e neutralização. Essas medidas devem envolver toda equipe, criando um clima de trabalho seguro em conjunto.
Roteiro básico da APR:
definição do sistema a ser estudado
identificação dos produtos perigosos
obtenção dos dados do produto
identificação dos possíveis riscos
quantificação das probabilidades
Para facilitar a APR, dar maior organização no levantamento e avaliação dos riscos, recomendamos a leitura da apostila da Engenharia Ambiental da Universidade Federal de Alagoas.
Aula 05 - Segurança do trabalhador
Gestão Ambiental Portuária
Segurança do trabalhador
Formulário da APR no trabalho
Campos que não podem faltar na APR
Responsáveis: Responsáveis pela aplicação da APR.
Data: Deve ser a data de aplicação da APR.
Nome da empresa: 
Tarefa a ser executada:
Riscos do trabalho: Devem ser listado com riqueza de detalhes, afinal a APR (Análise Preliminar de Risco) existe justamente para listar os riscos e a partir dos riscos começamos a processo de neutralização, eliminação ou atenuação.
EPI’s: Descrição dos EPI’s de uso obrigatório durante a realização dos trabalhos.
Equipamentos usados durante o trabalho: Cada equipamento gera um risco específico, e por menor que pareça, merece atenção e deve ser listado. Quanto mais detalhes, mais eficiente será a APR.
Normas de segurança a serem observadas: É importante relatar, tanto para ciência do funcionário quanto para efeito de documentação.
Campos que não podem faltar na APR do trabalho
Etapas de trabalho: Cada etapa te seu risco específico e deve ser observado e listado.
No campo de descrição das etapas de trabalho cada etapa precisa conter etapa, risco, medidas preventivas a serem observadas, e nível de risco.
Revisão: A cada revisão deve ser alterada a ordem numérica da APR.
Sugerimos que deixe um campo para enumerar as revisões da APR, esse campo pode começar com 0, ou 000. No caso de 000 após a primeira revisão ficaria 001, e depois 002 e assim sucessivamente a cada revisão.
Responsáveis pela APR: A equipe de trabalho deve ser envolvida na APR. Normalmente os integrantes do SESMT são os responsáveis pela implantação e gerenciamento da APR. Isso não impede que outros funcionários como os chefes de setores sejam incluídos.
APR é uma técnica que pode ser aplicada a várias atividades e pode ser usada em conjunto com outras técnicas de avaliação e controle.
Campos que não podem faltar na APR
Validade da Análise Preliminar de Risco – APR: APR não tem vigência definida aocontrário da Permissão de Trabalho; cada empresa pode definir a vigência da APR da forma como preferir. Algumas empresas costuma fazer semanal, outras mensal e por aí vai.
Quem assina a APR: qualquer profissional que tenha conhecimento em Segurança do Trabalho, por exemplo, o líder de setor pode aplicar e assinar, sem problema algum.
Quem aplica a APR: qualquer empregado pode emitir a APR, não existe impedimento legal para isso. Porém, é preciso que o emissor tenha conhecimento na área de segurança do trabalho e que conheça também os riscos do ambientte de trabalho. Somente assim a APR pode realmente cumprir sua missão que é levantar riscos e propor medidas preventivas.
Modelo de APR: não existe e nem as normas definem um modelo de APR. Cada empresa pode criar e determinar o tipo de APR que melhor atenda as suas necessidades de segurança
APR é dinâmica: o processo de melhoria da APR deve ser contínuo, ela deve ser mutável assim como o ambiente de trabalho também muda. Sempre que forem observados novos riscos ou situações perigosas no ambiente, elas devem ser inclusas na APR.
Documentar: na Segurança do Trabalho não basta fazer, é preciso documentar. E com a APR não é diferente. A APR deve ser documentada colhendo a assinatura de todos os envolvidos na atividade. É claro, precisa ser arquivada para consultas posteriores.
Agenda Ambiental dos Portos
Promover o controle ambiental da atividade portuária;
Inserir a atividade portuária no âmbito do gerenciamento costeiro;
Implantar unidades de gerenciamento ambiental nos portos;
Implementar setores de gerenciamento ambiental nas instalações portuárias fora da área dos portos organizados;
Regulamentar os procedimentos da operação portuária adequando-os aos padrões existentes;
Capacitar recursos humanos para a gestão ambiental portuária.
Aula 06 - Licenciamentos e Monitoramentos Ambientais
Gestão Ambiental Portuária
Estudos para o licenciamento ambiental, em 3 níveis
Micro
Seleção de localizações específicas para os empreendimentos;
Desenho de projetos concretos, com especificações técnicas detalhadas;
Avaliação comparativa dos diferentes projetos, incluindo a avaliação de impactos ambientais.
Meso
Geração de propostas alternativas de uso do território;
Avaliação comparativa das diferentes alternativas.
Macro
Análise e diagnóstico do sistema sócio-econômico;
Diagnóstico dos principais problemas de desenvolvimento e de meio ambiente existentes;
Realização de inventário de recursos naturais, financeiros e humanos.
Metodologia de análise de impacto ambiental
A metodologia de análise de impacto ambiental desenvolve-se através de etapas de análise, a saber:
Definição dos fatores geradores de impactos ambientais;}
Elaboração de uma matriz de identificação dos potenciais impactos;
Análise, mensuração e avaliação dos impactos.
Licenciamento Ambiental para projetos portuários
O licenciamento ambiental é um ato administrativo inicial pelo qual o órgão ambiental estabelece as condições, restrições e controle ambiental que deverão ser obedecidos pelo empreendimento a ser instalado e operado. Ele é elemento importante da gestão.
Dois documentos têm destaque nesse processo:
EIA - Estudo de Impacto Ambiental: é o conjunto de estudos realizados por especialistas de diversas áreas, com dados técnicos detalhados. O acesso a ele é restrito, em respeito ao sigilo industrial.
RIMA – Relatório de Impacto Ambiental: refletirá as conclusões do estudo de impacto ambiental (EIA). O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências ambientais de sua implementação.
Caderno de Licenciamento Ambiental (MMA)
Papel valoroso do Estudo de Impacto Ambiental na GAP
Servir como um instrumento de planejamento;
Efetuar uma boa avaliação dos possíveis impactos decorrentes da atividade/instalação;
Concentrar-se nos impactos importantes;
Determinar a melhor opção para a realização do empreendimento, considerando a escolha do local e da tecnologia a ser adotada, e apresentando-a de forma clara e detalhada;
Servir como base para a gestão ambiental.
Como fazer o licenciamento ambiental
Dois manuais úteis para orientar nos procedimentos do licenciamento ambiental:
Cartilha de Licenciamento Ambiental: um trabalho conjunto do Tribunal de Contas da União (TCU) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) 
Manual de Licenciamento Ambiental de Portos - ANTAQ
Pela Resolução CONAMA no 237/97, artigo 3º, parágrafo único, cabe ao órgão ambiental competente verificar o potencial de degradação do meio ambiente, definindo os estudos ambientais pertinentes ao respectivo processo de licenciamento de uma atividade ou empreendimento.
A Resolução CONAMA no 237/97 determina, ainda, que "os estudos necessários ao processo de licenciamento deverão ser realizados por profissionais legalmente habilitados, às expensas do empreendedor", e que "o empreendedor e os profissionais que subscrevem os estudos previstos no caput deste artigo, serão responsáveis pelas informações apresentadas, sujeitando-se às sanções administrativas, civis e penais" (artigo 11 e Parágrafo Único).
Mercadorias Perigosas
Segundo o Código Marítimo Internacional de Produtos Perigosos – IMDG Code - da Organização Marítima Internacional – IMO:
“Carga perigosa é qualquer substância que, em condições normais, tenha alguma instabilidade inerente e que, sozinha ou combinada com outras cargas, possa causar incêndio, explosão, corrosão de outros materiais ou, ainda, que seja suficientemente tóxica para ameaçar a vida ou a saúde pública se não for adequadamente controlada”
Manual de procedimentos com mercadorias perigosas no porto – ANTAQ
Para as Mercadorias Perigosas são estabelecidos critérios de uma ou mais das nove classes de perigos apontados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Devido ao risco gerado por essas substâncias, é fundamental descrever com precisão algumas características específicas de cada produto e configurar os documentos de embarque, assim como as notificações necessárias na embalagens das mercadorias.
Você precisa saber quais materiais não podem ser transportados ao mesmo tempo.
Você precisa saber o que significa cada placa sinalizadora do contêiner ou do veículo transportador da carga perigosa.
Acidentes por Mercadorias Perigosas
Acidentes como estes seriam evitados se as normas de segurança fossem obedecidas:
Incêndio nos tanques de combustível da Ultracargo, no Porto de Santos. 
Incêndio em um contêiner com gás, no terminal da Localfrio no Porto de Santos, em Guarujá.
05 – Monitoramento ambiental das operações portuárias
Sumário do Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC II) 
Por sua especificidade como ponto de transição de modais de transporte, com navios de toda parte do mundo, e variedade de mercadorias movimentadas e armazenadas, as operações portuárias devem ser monitoradas ambientalmente sob os seguintes aspectos: 
a - Gerenciamento de resíduos sólidos.
b - Controle de emissões atmosféricas.
c - Efluentes líquidos.
d - Água de lastro.
e - Vetores de doenças.
 f - Gerenciamento de riscos e emergências químicas.
g - Gerenciamento ambiental da dragagem.
Monitoramento dos recursos hídricos
a.1 - Gerenciamento de resíduos sólidos
Os resíduos sólidos produzidos (provenientes das atividades do porto, dos navios e das cargas), representam um problema de extrema relevância, seja pela quantidade gerada seja pela diversidade de tipologias, o que requer um complexo e integrado conjunto de práticas decorrentes de imposições legais claras e de iniciativas pró-ativas.
Dada a complexidade dos resíduos portuários, e considerando-seos seus locais de origem, podemos definir dois gêneros de resíduo portuário:
 1- Resíduos operacionais de porto: assim compreendidos aqueles gerados em terra, oriundos das atividades administrativa ou da manipulação de cargas;
 2- Resíduos de embarcações: assim compreendidos os resíduos operacionais do navio, os resíduos da tripulação e das cargas.
 3- Reparo e manutenção de navios e equipamentos: assim compreendidos aqueles gerados em terra ou no mar enquanto o navio atracado ou fundeado na área do porto. a.2 - Gerenciamento de resíduos sólidos A disposição inadequada de resíduos sólidos:
1- polui o solo e consequentemente as águas subterrâneas e superficiais, pelo chorume devido a degradação da matéria orgânica presente nesses resíduos; 
2- mau cheiro e poeira; 
3- pode causar danos à saúde pública tanto por produtos perigosos, pela proliferação de reservatórios e vetores de diversas doenças; 
4- problemas sociais ao favorecer a ação de catadores; 
5- no caso do lixo de bordo pode transmitir doenças infecciosas da tripulação ou passageiro doente. Convém destacar a multiplicidade dos tipos gerados, as grandes quantidades geradas, a diversidade de geradores e variedade de fontes de geração.
b.1 - Controle de emissões atmosféricas
Os poluentes atmosféricos são definidos na Resolução Conama nº 03, de 1990, na qual também são estabelecidos padrões de qualidade do ar como segue:
 
Partículas totais em suspensão (PTS)
Fumaça (FMC)
Partículas inaláveis (MP)
Partículas inaláveis Finas (MP)
Dióxido de Enxofre (SO2)
Monóxido de carbono (CO)
Ozônio (O3)
Dióxido de Nitrogênio (NO2)
Chumbo (Pb)
b.2 - Controle de emissões atmosféricas
No âmbito marinho, a padronização, manutenção e controle das regras ambientais é um dos objetivos da Organização Marítima Internacional (IMO), organização especializada, criada em 1948 com sede, atualmente, em Londres e vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU). Seu ordenamento abrange todos os espaços marítimos.
A Convenção Internacional para a Prevenção de Poluição Causada por Navios – MARPOL, traz as diretrizes para o controle das emissões atmosféricas provenientes de embarcações, plataformas e plataformas de perfuração.
Tem por finalidade o controle da emissão de óxidos de nitrogênio (Nox), pela queima de óleo diesel, óxidos de enxofre (SOx) e material sob a forma de partículas pela queima de qualquer óleo combustível, compostos orgânicos voláteis (COVs) provenientes de navios-tanques, incineração a bordo, instalações de recebimento de resíduos em terra e disponibilidade e qualidade do óleo combustível utillizado.
c - Efluentes líquidos
A atividade portuária, como toda atividade produtiva, tem uma significativa e crescente geração dos chamados efluentes, que são os resíduos líquidos oriundos das atividades antrópicas, aquelas que decorrem da ação humana e impactam o ambiente.
Os efluentes, quando atingem os corpos d`água carreiam poluentes que podem contaminar o sistema hídrico.
As fontes de efluentes de origem portuária são diversas em virtude dos diversos produtos movimentados e das múltiplas atividades acessórias:
Doméstico: refeitórios e sanitários situados na área portuária;
Industriais: terminais portuários, laboratórios, oficinas, marinas e terminais pesqueiros;
Drenagem superficial: limpeza de pátios de armazenagem de carga, bacias de contenção, marinas, lavagem de cais, locais com maquinário;
Embarcações: lavagem de convés e demais atividades de manutenção, abastecimento de navios por outro (bunker), vazamentos provenientes de acidentes, refeitórios, banheiros e sanitários, lavagem de tanques, água de lastro. d - Água de lastro
Lastro é qualquer material usado para dar peso e/ou manter a estabilidade de um objeto. Os navios carregaram lastro sólido, na forma de pedras, areia ou metais, por séculos. 
Nos tempos modernos, as embarcações passaram a usar a água como lastro, o que facilita bastante a tarefa de carregar e descarregar um navio, além de ser mais econômico e eficiente do que o lastro sólido. A água de lastro é essencial à segurança e eficiência das operações de navegação modernas. Quando um navio está descarregado, o seu centro de gravidade fica muito alto então é preciso que seus tanques recebam água de lastro para manter sua estabilidade, balanço e integridade estrutural. Quando o navio é carregado, a água é lançada ao mar.
Esse constante movimento de água de lastro potencializa o problema ambiental quando a água de lastro contém vida marinha. Existem milhares de espécies marinhas que podem ser carregadas junto com a água de lastro dos navios; basicamente qualquer organismo pequeno o suficiente para passar através das entradas de água de lastro e bombas. Isso inclui bactérias e outros micróbios, pequenos invertebrados e ovos, cistos e larvas de diversas espécies.
Espécies marinhas têm sido dispersadas por todos os oceanos por meios naturais, levadas pelas correntes ou aderidas a troncos e entulhos flutuantes, alcançando até pontos distantes da costa onde elas foram lançadas.
e - Vetores de doenças
As peculiaridades da atividade portuária, por movimentar alimentos que atraem animais vetores,resíduos transmissores de doenças de diversas partes do mundo, e constituem cenários de diferentes naturezas, exigem planejamento e ações específicas para serem controladas ou combatidas.
 
Principais tipos de vetores presentes na área portuária:
Abelhas
Aedes aegypti
Caramujos
Pombos domésticos
Roedores
f - Gerenciamento de riscos e emergências químicas
Os riscos de acidentes ambientais de origem tecnológica, envolvendo substâncias químicas são inúmeros, mas podem ser resumidos:
Risco de intoxicação por inalação, irritação ou queimadura por contato com a pele ou olhos, se ingerido;
Risco de fogo e explosão por gases inflamáveis ou substâncias oxidantes;
Evidente que a combinação de muitos riscos é sempre possível.
Uma emergência é maior quando ela paralisa todo o sistema e, ou, casa sérios danos, perda de vida e estende os danos para o seu entorno.
Esse tipo de emergência demanda o uso de recursos externos para ser combatida. g - Gerenciamento ambiental da dragagem
Dragagem, objetivando remover sedimentos de um leito de um curso d’água, para regulá-lo e adaptá-lo às necessidades da navegação, remonta a séculos, e geralmente acontece na linha divisória da terra e água.
Ao longo dos anos, grande quantidade de elementos químicos potenciais foram acumulados como sedimentos de rios, lagos, estuários e oceanos.
Quando o material dragado for poluído, as possibilidade do seu aproveitamento são reduzidas.
Dependendo da qualidade do material dragado, ele pode ser disposto:
No mar, ou em outros corpos d’água, sem confinamento;
Em ambiente aquático de forma confinada ou semi-confinada, em cavas submarinas; em diques de contenção aquáticos ou estruturas para despejo confinado em terra;
Disposto em terra, em aterros;
Utilizado de forma benéfica para reuso, separando-se a areia para material de construção, para recomposição de orla de praia e na restauração e melhoramento de habitas aquáticos.
Passivos e sua remediação 
Passivo ambiental é o conjunto de danos ou agressões ambientais praticados contra o ambiente, por ações no passado, mas que ainda permanecem no presente, porque o agente e suas consequências não foram tratados ou o dano ainda não foi reparado.
 A caminho de uma reconciliação
Nesse contexto, relacionamos:
 a – Áreas contaminadas.
 b – Áreas degradadas.
 c – Passivos submersos.
 d - Efluentes.
 e – Resíduos portuários.
Passivos e sua remediação 
case I
a – Áreas contaminadas
Entende-se área contaminada como sendo área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria que contenha quantidades ou concentrações de quaisquer substâncias ou resíduos em condições que causem ou possam causar danos à saúde humano, ao meio ambiente ou a outro bem a proteger, que nela ttenham sido depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltradosde forma planejada, acidental ou até mesmo natural.
Com a evolução dos procedimentos ambientais, o número detectado de áreas contaminadas junto aos portos teve um aumento considerável. Para um completo estudo de avaliação ambiental, é sugerido pelos órgãos ambientais competentes a norma brasileira ABNT-nbr 15.515, que define etapas de uma investigação visando o fornecimento de orientação técnica 
Exemplo de remediação de área contaminada, o caso da Brasil Terminal Portuário –BTP, no Porto de Santos ilustra bem essa questão Passivos e sua remediação 
case II
b – Áreas degradadas
Um exemplo é a área degradada no Saboó, no Porto de Santos, e recuperada.
Situada em uma região de manguezal, foi degradada no início dos anos 1980 pela Codesp, e onde ocorreu um desmatamento e posterior construção de um pátio de guindastes, sem as devidas autorizações ambientais.
Para regularizar a situação, a Codesp produziu um Plano de Recuperação de Área Degradada – PRAD e apresentou ao Ministério Público. Para sua valorização, foi feita uma compensação ambiental do dano, com a doação de 500 mudas de árvores para o Jardim Botânico da cidade de Santos. Atualmente, esse passivo é considerado solucionado.
Passivos e seu remediação
case III
c – Passivos submersos
Em 1974, o navio grego Ais Giorgis, de aproximadamente 4 mil toneladas, incendiou e posteriormente, fundeado junto ao canal de acesso ao Porto de Santos veio a naufragar e apresentar risco à navegação. Seu desmonte e retirada do fundo teve inicio quase dez anos depois do acidente , com muitas interrupções e mudança de contratados para o desmonte da embarcação, cuja quilha estava enterrada no fundo do canal a mais de 10 de profundidade e sua proa lançada no sentido transversal.
O trabalho de retirada de todos os destroços foi finalizada em 2012.
Passivos e seu remediação 
case IV
d – Efluentes
Um caso interessante de remediação de passivo por efluentes, ocorreu no Porto de Santos, na Ilha Barnabé onde se concentram os terminais que movimentam granéis líquidos inflamáveis, acondicionados em tanques . No passado, foi realizada pela Codesp uma transferência de produto químico remanescente em linhas de duto, para três tanques existente no local.
Como o armazenamento do material se deu de maneira inadequada, a quantidade de produto inicial sofreu um grande aumento, pela água de chuva. Assim, formou-se um passivo de 8.500m3 de efluentes armazenados nos tanques. Para fazer a remediação, a Codesp contratou uma empresa que desenvolveu um projeto, visando ao tratamento desses efluentes, para posterior descarte no estuário. Entretanto, depois de várias tentativas, a empresa não conseguiu atingir os níveis para lançamento exigidos pela legislação e pela CETESB. A alternativa, no ano de 2007, a Codesp realizou nova contratação de empresa, que transportou os efluentes até uma Estação de Tratamento de Passivos e sua remediação 
case v
e – Resíduos portuários
Muitos e diversos podem ser os resíduos nos portos:
 Sucatas metálicas;
 Material de construção;
 Pneus e peças de manutenção de máquinas e equipamentos;
 Transformadores, etc.
 
Do mesmo modo que passivos de outras naturezas, esses resíduos também demandam e devem ser tratados em um plano de melhoria e remediação, como segue:Efluentes.
Plano de melhoria e remediação
definição do impacto
descrição dos aspectos/incidente
histórico do impacto/danos
legislação/normas
controles existentes
identificação do aspecto
meio humanos
meios físicos
Plano de melhoria e remediação
objetivo chave
indicadores de resultado
metas
ações a serem desenvolvidas
acompanhamento
A cidade tem um porto e o porto tem uma cidade
Relação Porto-Cidade na Gestão Ambiental
Muitos trabalhos sobre as relações entre os portos e as cidades destacam a dissociação espacial e funcional contemporânea entre eles, desconsiderando a interação secular ou até milenar, em certos casos, entre ambos.
 As causas desse fenômeno desagregador são hoje também bem conhecidas: procurar disponibilidade e produtividade máximas por parte dos operadores de transporte e de logística, de um lado; estratégias urbanas e de crescimento terciário e industrial, de outro. 
A incompatibilidade entre as duas dinâmicas é reforçada pelas exigências ambientais que aceleram o distanciamento entre a cidade e o porto.
Equilibrar a relação Porto e Cidade
Os espaços das cidades portuárias, ocupados ou vazios, são sempre receptivos aos fluxos de modernização e inovação.
Alterações na estrutura operacional do porto pode alterar o sistema de transportes e rede de serviços em torno a ele, a rede de moradia e ocupação urbana.
Gestão Ambiental Portuária é também buscar equilíbrio na relação Porto-Cidade, sob a ótica da sustentabilidade: ambiental, econômica e sociopolítica.
Educação ambiental
O Porto de Los Angeles, nos EUA, condecora com uma bandeira verde os navios que têm cultura da sustentabilidade. Junto à comunidade local, realiza campanhas de conscientização e valorização da sustentabilidade da teia da vida, com programas, distribuição de material didático e motivador.
a – Cultura da sustentabilidade
As interfaces Porto/Cidade são territórios complexos onde competição (negócios e produtividade) e complementariedade (estrutura,economia e bem estar) ocorrem no limite das possibilidades espaciais. Sustentabilidade é a mediação desse entrelaçado processo.
 
 b – Campanhas de conscientização
Fritjof Capra finaliza seu livro As conexões ocultas com a frase: “A esperança não é a convicção de que as coisas vão dar certo, mas a certeza de que as coisas têm sentido como quer que venham a terminar”.
Educação ambiental é a melhor maneira para se construir os pilares das nossas futuras instituições sociais, as quais incluem aquelas da atividade portuária.

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