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CUSTOS: TRIBUTOS NAS OPERAÇÕES MERCANTIS

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
Curso de Graduação em Ciências Contábeis 
 
 
 
 
 
 
Raissa de Moraes Pereira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRIBUTOS NAS OPERAÇÕES MERCANTIS: 
Tratamento dos impostos e contribuições 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2017 
 
 
 Raissa de Moraes Pereira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRIBUTOS NAS OPERAÇÕES MERCANTIS: 
Tratamento dos impostos e contribuições 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de pesquisa apresentado à 
disciplina Contabilidade de Custos do Curso 
de Graduação em Ciências Contábeis da 
Pontifícia Universidade Católica de Minas 
Gerais São Gabriel. 
 
Professor: Luciano Carlos Lauria 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2017 
 
 
SUMÁRIO DE SIGLAS 
art. - artigo 
CF - Constituição Federal 
COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade Social 
C.M.V - Custo de Mercadorias Vendidas 
C.P.V - Custo de Produtos Vendidos 
CONFAZ - Conselho Nacional de Política Fazendária. 
CT-e - Conhecimento de Transporte Eletrônico 
CTN - Código Tributário Nacional 
DARF - Documento de arrecadação Federal 
DRE – Demonstração do resultado do exercício 
ECD - Escrituração Contábil Digital 
EFD - Escrituração Fiscal Digital 
GATT - General Agreement on Tariffs and trade 
ICMS - Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços de Transportes 
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. 
IPI - Imposto sobre produtos industrializados 
ISS - Imposto Sobre Serviços 
NF-e - Nota Fiscal Eletrônica 
NFS-e - Nota Fiscal de Serviço Eletrônica 
PASEP - Formação do Patrimônio do Servidor Público 
PIS - Programa de Integração Social 
RICMS - Regulamento do Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de 
Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação 
RFB - Receita Federal do Brasil 
SPED - Sistema Público de Escrituração Digital 
ST - Substituição Tributária 
STF - Supremo Tribunal de Justiça 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
QUADRO 1 - Razonetes ICMS..................................................................................16 
QUADRO 2 - Razonetes IPI.......................................................................................19 
QUADRO 3 - Razonetes ISS.....................................................................................21 
QUADRO 4 - Razonetes PIS e COFINS....................................................................24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO 8 
1.1 Problemática 8 
1.2 Justificativa 8 
1.3 Objetivo 8 
1.3.1 Objetivo geral 8 
1.3.2 Objetivo específico 8 
2 PESQUISA TEÓRICA E PRÁTICA 9 
2.1 Princípios constitucionais da tributação e do orçamento 9 
2.1.1 Princípio da legalidade 9 
2.1.2 Princípio da isonomia 9 
2.1.3 Princípio da irretroatividade 10 
2.1.4 Princípio da anterioridade 10 
2.1.5 Princípio da competência 10 
2.1.6 Princípio da uniformidade geográfica 10 
2.1.7 Princípio da não discriminação tributária 10 
2.1.8 Princípio da capacidade contributiva 11 
2.2 Tributos 11 
2.2.1 Impostos 11 
2.2.2 Taxas 12 
2.2.3 Contribuições de melhoria 12 
2.2.4 Empréstimos compulsórios 12 
2.2.5 Contribuições 12 
2.3 ICMS 12 
2.3.1 Operações internas 13 
2.3.2 Operações interestaduais 14 
2.2.3 Base de cálculo 14 
 
 
2.3.4 Recolhimento do imposto 14 
2.3.5 Substituição tributária 14 
2.3.6 Procedimentos contábeis de registro e conferência 15 
2.4 IPI 16 
2.4.1 Definição legal de industrialização 17 
2.4.1.1 Beneficiamento 17 
2.4.1.2 Montagem 17 
2.4.1.3 Transformação 18 
2.4.1.4 Acondicionamento 18 
2.4.1.5 Renovação 18 
2.4.2 Base de cálculo 18 
2.4.3 Alíquota 18 
2.4.4 Recolhimento do imposto 18 
2.4.5 Procedimentos contábeis de registro e conferência 19 
2.5 ISS 20 
2.5.1 Base de cálculo 20 
2.5.2 Alíquotas 20 
2.5.3 Recolhimento do imposto 20 
2.5.4 Procedimentos contábeis de registro e conferência 21 
2.6 PIS e COFINS 22 
2.6.1 Modalidades de contribuição 22 
2.6.1.1 Sobre o faturamento 22 
2.6.1.1.1 Regime não-cumulativo 22 
2.6.1.1.2 Regime cumulativo 23 
2.6.1.2 Sobre a folha de pagamento 23 
2.6.1.3 Sobre importação 23 
2.6.2 Recolhimento das contribuições 23 
 
 
2.6.3 Procedimento contábeis de registro e apuração 24 
2.8 EXIGÊNCIAS LEGAIS DE APURAÇÃO DE ACORDO COM O CPC 25 
2.9 SPED 25 
2.9.1 EFD 25 
2.9.2 ECD 25 
2.9.3 NF-e 26 
2.9.4 NFS-e 26 
2.9.5 CT-e 26 
3. CONCLUSÃO 27 
REFERÊNCIAS 28 
ANEXO A-TABELA DE ALÍQUOTAS NAS OPERAÇÕES INTERESTADUAIS ICMS
 30 
8 
 
1 INTRODUÇÃO 
O trabalho individual de pesquisa possibilita uma interação do aluno com as 
práticas tributárias, assim como seus respectivos tratamentos contábeis. O 
conhecimento da área tributária é imprescindível para o profissional contábil, pois 
apesar de que o cálculo dos impostos não ser de competência dos contadores, as 
pequenas e médias empresas exigem que o contador seja responsável pelos 
cálculos fiscais. 
1.1 Problemática 
No contexto da necessidade do conhecimento da área tributária perante a 
profissão contábil, quais são os principais tributos a lidar na rotina contábil e como 
realizar suas respectivas contabilizações? 
1.2 Justificativa 
A constante mudança na legislação brasileira, exige dos profissionais 
contábeis a contínua atualização e acompanhamento dos tributos, a fim de 
evidenciar de melhor forma nas demonstrações contábeis, podendo então gerar 
melhores resultados e consequentemente ser uma base na tomada de decisões. 
1.3 Objetivo 
O propósito deste trabalho se resume em duas intensidades, conforme visto 
nos próximos tópicos. 
1.3.1 Objetivo geral 
Evidenciar a legislação tributária brasileira, expondo seus princípios e 
principais tributos, assim como a contabilização e o tratamento legal dado a eles. 
1.3.2 Objetivo específico 
Compreender a legislação tributária tendo em vista a necessidade do 
conhecimento para a prática na profissão contábil. 
 
9 
 
2 PESQUISA TEÓRICA E PRÁTICA 
A pesquisa tem como fundamento livros e sites idôneos, além de consultas a 
Constituição Federal e legislações próprias dos impostos. A compreensão da 
legislação tributária brasileira é de extrema importância para a profissão contábil, da 
criação e manutenção de empresas e sua legalidade perante o fisco. 
2.1 Princípios constitucionais da tributação e do orçamento 
Os princípios constitucionais tributários primam sobre as demais normas 
jurídicas. De acordo com Paulsen (2012, pág. 65), “Princípios indicam valores a 
serem promovidos, de modo que impõem a identificação da conduta devida em cada 
caso concreto, conforme suas circunstâncias peculiares. ” 
Os artigos 145 a 154 da Constituição Federal referem-se à conceituação, 
definição de tributos e a limitação do poder da União, Estados e Municípios em 
relação à criação e manutenção de tributos, assegurando as garantias dos 
contribuintes. 
2.1.1 Princípio da legalidade 
Fica vedado ao poder tributante instituir tributos sem o amparo na legislação. 
Este princípio expressa o princípio constitucional do art. 5°, II da CF “ninguém será 
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Obtém 
seu amparo legal no art. 150, I da CF: 
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; ” 
2.1.2 Princípio da isonomia 
Impede o tratamento diferenciado entre contribuintes que se adequam a 
mesma condição jurídica, sem distinção por ocupação profissional ou função 
exercida.Refere a igualdade jurídica, encontrada no princípio constitucional no art. 
5° da CF “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, 
também estabelecido no art. 150, II: 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
 II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em 
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação 
10 
 
profissional ou função por eles exercida(...). (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 
1988) 
2.1.3 Princípio da irretroatividade 
Estabelece que não haverá a cobrança de tributos onde os fatos geradores 
ocorreram antes do início da vigência da lei que o instituiu. Encontra seu fundamento 
legal no art. 150, III, “a” da CF: 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei 
que os houver instituído ou aumentado. (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988) 
2.1.4 Princípio da anterioridade 
 Impossibilita a cobrança de tributos em que o fato gerador tenha ocorrido no 
exercício financeiro no qual tenha sido publicada a lei que o institui. Amparado pelo 
art. 150, III, “b”: 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os 
instituiu ou aumentou; (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988) 
2.1.5 Princípio da competência 
É o poder para instituição de alteração de tributos atribuído pela Constituição 
Federal aos entes federados, não podendo ser delegada ou prorrogada para outro 
ente que não esteja expressamente previsto na Constituição. 
2.1.6 Princípio da uniformidade geográfica 
Determina que possua uma uniformidade na tributação em todo o território, 
vedando a discriminação pela União entre estados, municípios e o Distrito Federal, 
conforme art. 151, I: 
Art. 151. É vedado à União: 
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que 
implique distinção ou preferência em relação à Estado, ao Distrito Federal 
ou a Município, em detrimento de outro, (...). (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 
1988) 
2.1.7 Princípio da não discriminação tributária 
O art. 152 da CF determina a proibição aos estados e municípios de 
estabelecer diferenciação tributária em razão a sua procedência ou destino. Porém, 
11 
 
a União poderá utilizar da discriminação tributária para fins de diminuição de 
desigualdade sociais e econômicas. 
2.1.8 Princípio da capacidade contributiva 
Confere ao contribuinte a imposição de análise para a possibilidade de 
recolhimento de tributos aos cofres públicos de acordo com sua capacidade 
econômica, através do art. 145 § 1º: 
Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração 
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, 
identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o 
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
(CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988) 
2.2 Tributos 
De acordo com o Código Tributário Nacional, art. 3°: 
É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se 
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e 
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. (CTN, 
2017) 
Em análise ao referido art. do CTN, podemos decompor sua definição para 
melhor entendimento. “Prestação pecuniária compulsória” significa que o fato 
gerador do tributo advém de prestação decorrente de uma relação jurídica, e 
independe da vontade do contribuinte, “em moeda cujo valor se possa exprimir ” é a 
obrigatoriedade de que o tributo seja recolhido apenas em moeda nacional, não 
podendo ser pago com bens, “que não constitua sanção de ato ilícito” o recolhimento 
não é originado de atos que infringem a lei, como multas ou penalidades 
pecuniárias, “instituída em lei” apenas é obrigatório se houver uma norma jurídica 
para determinar essa obrigação. 
No que se refere às espécies de tributos, são cincos estabelecidas pela 
Constituição: 
2.2.1 Impostos 
De acordo com OLIVEIRA (2014, pg. 5), “decorrem de situação geradora 
independente de qualquer contraprestação do estado em favor do contribuinte”. O 
imposto tem como principal critério a capacidade contributiva, logo os fatos 
geradores serão situações vinculadas ao contribuinte e não ao Estado. 
12 
 
Os impostos podem ser subdivididos entre diretos, onde apenas uma pessoa, 
física ou jurídica é responsável pelo cumprimento das obrigações tributárias, não 
havendo compensação ou repasse na mercadoria, e indiretos, caracterizados pelo 
contribuinte apenas recolher o valor exigido. 
2.2.2 Taxas 
Estão diretamente vinculados à utilização efetiva do contribuinte. Cada ente 
federado tem competência para cobrar taxas sobre os serviços que dispõem, não 
sendo possível ter sua base de cálculo própria de imposto. 
2.2.3 Contribuições de melhoria 
Cobradas pelo benefício que o contribuinte adquire através de obras públicas, 
como alargamento, ampliação de parques, abastecimento de água, melhoramentos 
de praças, pavimentação entre outros. 
2.2.4 Empréstimos compulsórios 
Destinados para gerar recursos em situações de calamidade pública, guerras 
ou investimentos nacionais, sendo de competência exclusiva da União. Sua principal 
distinção é a promessa de devolução ao contribuinte. 
2.2.5 Contribuições 
Os recursos obtidos através deste tributo, são destinados a áreas específicas, 
podem ser sociais, econômicas, de interesse de categorias profissionais etc. 
2.3 ICMS 
O ICMS é um imposto de competência Estadual, e um dos mais complexos do 
sistema tributário por sua extensa legislação. É considerado imposto por dentro, pois 
seu valor é incluso no preço final dos produtos e serviços. O ICMS é não-cumulativo, 
ou seja, o valor do imposto pago em uma operação é compensado do valor do 
imposto a pagar na operação subsequente. 
As normas do ICMS estão expressas na lei complementar nº 87/1996 
conhecida como Lei Kandir, no estado de Minas Gerais também vigoram a lei n° 
6.763/1975 e o RICMS-MG aprovado pelo decreto n° 43.080/2002. De acordo com a 
Lei Kandir, art. 2, o ICMS incide sobre as seguintes operações: 
13 
 
● a circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação em 
restaurantes, bares ou similares; 
● a prestação de serviços de transporte intermunicipal e interestadual por 
qualquer via, a prestação de serviços de comunicação por qualquer meio; 
● o fornecimento de mercadorias e prestação de serviços não expressos à 
competência dos municípios; 
● a entrada de mercadoria importada do exterior, ainda quando se tratar de bem 
para consumo ou ativo imobilizado no caso de pessoas jurídicas; 
● a entrada no território do Estado destinatário, de petróleo, lubrificantes; 
● serviços prestados em outro país, ou que tenha seu início no exterior. 
Conforme a Lei Kandir, o contribuinte do ICMS é toda pessoa física ou 
jurídica, que realize operações de circulação de mercadorias e/ou prestação de 
serviço de transporte interestadual ou intermunicipal e de comunicação com volume 
e habitualidade que caracterize fins comerciais, mesmo que as operações e 
prestações iniciem no exterior. 
2.3.1 Operações internas 
O RICMS-MG regulamenta o imposto no estado de Minas Gerais, no Capítulo 
VII a partir do art. 42 determina as alíquotas internas do ICMS, algumas delas são: 
● 25% para operações e prestações com cigarros; bebidas alcoólicas excetocervejas, chopes e aguardentes de cana ou melaço; refrigerantes importados 
de países não membros do GATT; armas e munições, fogos de artifício; entre 
outros. 
● 12% para prestação de serviço de transporte aéreo; operações com arroz, 
feijão, fubá de milho, farinha de milho e farinha de mandioca, quando a 
produção é nacional; carne bovina, bufalina, suína, caprina, ovina, salgada ou 
seca de produção nacional; máquinas, aparelhos e equipamentos industriais, 
entre outros. 
● 30% nas operações de fornecimento de energia elétrica para consumo 
residencial. 
● 7% nas operações com produtos de informática e automação, fabricado por 
estabelecimento industrial; blocos pré-fabricados de ardósia, granito, 
14 
 
mármore, quartzito e outras pedras ornamentais; tijolos cerâmicos, peças 
ocas para teto; mel, própolis, geleia real, entre outros. 
● 18% nas operações não especificadas em alíneas anteriores. 
● 29% nas operações com gasolina para fins carburantes. 
2.3.2 Operações interestaduais 
As operações interestaduais de ICMS são regulamentadas pelo CONFAZ, 
responsável por celebrar convênios com a finalidade de concessão, revogação, 
incentivos e benefícios fiscais entre os entes federados. O CONFAZ é constituído 
por representantes dos estados, do Distrito Federal e um representante do Governo 
Federal. As alíquotas interestaduais estão dispostas conforme o anexo A do 
presente trabalho. 
2.2.3 Base de cálculo 
Segundo PÊGAS (2012), “A base de cálculo do ICMS (...) representa o valor 
da operação com mercadorias, incluindo os gastos acessórios como frete e seguro, 
até o momento da entrada da mercadoria no estabelecimento do contribuinte. ”, é 
importante ressaltar que apesar de taxas, seguros e juros entrarem na base de 
cálculo, o IPI é excluído da operação. 
2.3.4 Recolhimento do imposto 
O recolhimento devido do ICMS é a diferença de entrada e saída do imposto 
pelo contribuinte, salvo algumas operações onde a saída não é tributada, e nos 
casos de operações interestaduais onde o valor do recolhimento é feito sobre a 
diferença da alíquota interna e interestadual, sendo de responsabilidade do 
destinatário caso seja contribuinte do imposto, se o destinatário não for contribuinte 
o imposto é devido pelo remetente. O recolhimento é feito através de guia única, 
onde deve ser especificado o número do documento que o atribui. 
2.3.5 Substituição tributária 
O ICMS é um imposto que incide em todas as fases da cadeia comercial, para 
que o fisco possa ter um maior eficiência e controle no recolhimento do imposto, o 
sistema tributário utiliza o sistema de substituição, a ideia inicial da substituição 
tributária é a antecipação do recolhimento antes da existência do seu fato gerador. 
15 
 
Segundo PÊGAS (2012) ”O substituto tributário desempenha o papel de contribuinte 
com a responsabilidade de calcular, cobrar e recolher o imposto que ainda será 
devido em operações posteriores” 
A substituição foi inserida ao sistema tributário através da Emenda nº 3/93, 
sua principal característica é a retenção do imposto pelo fabricante na venda para o 
mercado atacadista, varejista ou distribuidor. Os produtos caracterizados como ST 
são especificados em convênios, protocolos e legislações estaduais. 
Dentro do sistema há dois tipos de contribuintes, o contribuinte substituto, 
responsável pela retenção e recolhimento do tributo, enquanto o contribuinte 
substituído é aquele que já recebe a mercadoria com o ICMS, este é dispensado da 
retenção na venda de suas mercadorias para não haver bitributação. Sendo assim, a 
indústria representa o contribuinte substituto, a atacado e varejo prestando o papel 
de substituído. O consumidor final não é substituto nem substituído, porém na 
prática assume o encargo do imposto. 
2.3.6 Procedimentos contábeis de registro e conferência 
Para melhor entendimento, será utilizado um exemplo para a compreensão da 
contabilização do ICMS, usando como referência uma alíquota de 12%. 
Exemplo: Suponha-se que a indústria Tecidos Maranhão LTDA tenha 
efetuado no mês de Agosto compras no valor de R$ 100.000,00 sendo destacado na 
nota fiscal o ICMS no valor de R$12.000,00. 
No mesmo mês, a Tecidos Maranhão efetuou vendas 40% de seu estoque no 
valor de R$ 120.000,00 retendo R$ 14.400,00 de ICMS. 
A contabilização seria da seguinte forma: 
1 - Compra: D. Estoque de matéria-prima = R$88.000,00 
 D. ICMS a recuperar = R$12.000,00 
 C. Banco C. Movimento = R$100.000,00 
2 - Venda: D. Banco. C. Movimento = R$120.000,00 
 C. Venda de Mercadoria = R$120.000,00 
 D. C.M.V = R$35.200,00 
 C. Estoque de matéria-prima = R$35.200,00 
3 - ICMS: D. (Despesa) ICMS sobre vendas = R$14.400,00 
 C. ICMS a recolher = R$14.400,00 
 
16 
 
4 - Apuração ICMS : D. ICMS a recolher = R$12.000,00 
 C. ICMS a recuperar = R$12.000,00 
Visualizando a partir de razonetes teríamos: 
QUADRO 1 - Razonetes ICMS 
 
FONTE: ELABORADO PELA AUTORA 
Pode-se apurar através dos razonetes, que o imposto devido no mês de 
Agosto pela Tecidos Maranhão LTDA seria de R$2.400,00. 
A partir do exemplo, pode-se considerar que os valores respectivos aos 
créditos tributários não são utilizados para a Demonstração de Resultado do 
Exercício, apenas usados com fim de registro para posterior compensação. 
2.4 IPI 
A Constituição Federal de 1988, atribui à União em seu art. 153 inciso IV, a 
competência de tributar sobre produtos industrializados, também tem sua incidência 
definida pela CF art. 153, IV, § 3º dispondo características sobre o tributo, sendo 
elas: 
● O imposto será seletivo em função da essencialidade do produto, ou seja, 
quanto mais essencial o produto menor a alíquota de IPI; 
● não-cumulativo, isto é, há a compensação do valor pago nas operações 
subsequentes; 
● não poderá incidir sobre produtos industrializados destinados ao exterior; 
17 
 
● terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo 
contribuinte. 
O IPI não é submetido ao princípio da anterioridade, assim suas alíquotas 
podem ser alteradas no mesmo exercício financeiro, porém apenas pode ser 
cobrado efetivamente decorrido o prazo de 90 dias após a publicação da lei que o 
institua ou aumente. 
O contribuinte de fato do IPI é o consumidor, pois é acrescido ao preço do 
produto, conceituando-o como imposto por fora, diferentemente do ICMS que é 
incluso no preço final, cabendo a indústria ou equiparados a responsabilidade de 
recolhimento 
De acordo com o CTN, em seu art. 46, os fatos geradores do IPI são: 
● O seu desembaraço aduaneiro, sempre que de origem estrangeira; 
● a saída de estabelecimentos industriais ou equiparados; e 
● a arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. 
2.4.1 Definição legal de industrialização 
Conforme o decreto 7.212/10 art. 4 classifica-se industrialização “qualquer 
operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a 
apresentação ou finalidade do produto, ou aperfeiçoe para consumo” e ainda 
descreve os enquadramentos para os produtos industrializados como: 
2.4.1.1 Beneficiamento 
É a modificação, aperfeiçoamento, ou qualquer alteração no funcionamento, 
utilização, acabamento ou aparência do produto, isto é, o produto é apena 
melhorado, permanecendo a classificação fiscal original. Ex: operações como 
ondulação, perfuração, estriagem, gravação de fita virgem, plastificação de 
impressos em geral. 
2.4.1.2 Montagem 
A associação de produtos, peças ou partes que resultam em um novo 
produto, como a reunião de lentes e armação para formas óculos. 
18 
 
2.4.1.3 Transformação 
As operações onde ao final, a classificação fiscal do produto tenha alteração 
em relação ao produtotransformado, como exemplo a obtenção de madeira serrada, 
tijolos, telhas e manilhas a partir da argila. 
2.4.1.4 Acondicionamento 
As operações que alteram a apresentação do produto, inserindo embalagens, 
salvo quando a embalagem se destina ao transporte do produto, é caracterizado 
sempre que houver, engarrafamento, embalagem. O recipiente ou embalagem é 
tributado de acordo com o produto, se o produto for tributado a 
embalagem/recipiente também será. 
2.4.1.5 Renovação 
São as operações exercidas sobre produtos usados ou remanescentes de 
produtos inutilizados ou deteriorados, para que se enquadre em renovação é 
importante que o produto não apenas sofra concertos, mas sim que restitua sua 
condição de funcionamento, tornando-o novo. 
2.4.2 Base de cálculo 
Por regra geral, a base de cálculo do IPI é o valor pelo qual a mercadoria sai 
do estabelecimento industrial, comerciante ou ele equiparado. Em caso de produtos 
importados a base de cálculo é o valor que o produto entra em território nacional 
incluindo encargos cambiais, impostos de importação e taxas relativas à importação. 
2.4.3 Alíquota 
As alíquotas do IPI são variáveis a partir do princípio da seletividade, onde os 
produtos mais imprescindíveis possuem alíquotas mais baixas e são fixadas pela 
TIPI (Tabela de IPI), que constitui a nova Nomenclatura Brasileira de Mercadorias, 
baseado no Sistema Harmonizado. 
2.4.4 Recolhimento do imposto 
Diferentemente do ICMS, o IPI não representa despesas para o 
estabelecimento industrial por ser um imposto considerado “por fora”, assim o valor a 
recolher é o acréscimo feito ao preço do produto. O recolhimento do IPI é feito 
19 
 
através de guia única, sendo o responsável pelo recolhimento as indústrias e 
equiparados. 
2.4.5 Procedimentos contábeis de registro e conferência 
Utilizando de um exemplo prático para melhor entendimento temos: 
Supondo que a empresa Armarinhos LTDA tenha efetuado no mês de 
Setembro uma compra de R$110.000,00 de matérias-primas, sendo 10% de IPI. 
No mesmo mês efetuou vendas à vista de 50% de seu estoque no valor de 
R$140.000,00. Usando como base o IPI a 10%, a contabilização seria da seguinte 
forma: 
1 - Compra: D. Estoque de produtos = R$100.000,00 
 D. IPI a recuperar = R$10.000,00 
 C. Banco C. Movimento = R$110.000,00 
2 - Venda: D. Banco C. Movimento = R$154.000,00 
 C. Receita de vendas = R$140.000,00 
 C. IPI a recolher= R$14.000,00 
 D. C.P.V = R$50.000,00 
 C. Estoque de produtos acabados = R$50.000,00 
3 - Apuração IPI: D. IPI a recolher = R$10.000,00 
 C. IPI recuperar= R$10.000,00 
Utilizando o método de razonetes é possível visualizar de melhor forma: 
QUADRO 2 - Razonetes IPI 
 
FONTE: ELABORADO PELA AUTORA 
Fazendo a análise dos razonetes, é possível observar a apuração do IPI, 
sendo devido o valor de R$2.000,00 de IPI a recolher no mês de Setembro. 
20 
 
2.5 ISS 
Segundo a CF, art. 156, III o ISS é um imposto de competência municipal 
sobre serviços de qualquer natureza, excluídos os serviços previsto no art. 155 
referente aos serviços competentes ao ICMS. Os serviços tributados pelo ISS estão 
relacionados na lista anexa à Lei Complementar 116/03 que regulamenta a 
tributação do ISS nos municípios, estes possuem legislações próprias relativas ao 
ISS. 
O fato gerador do ISS é a prestação dos serviços presentes na lista anexa da 
LC, a prestação de serviço é considerada apenas se for onerosa, ou seja, se houver 
contraprestação, definindo o contribuinte como o prestador de serviço. 
2.5.1 Base de cálculo 
De acordo com a Lei Complementar 116/03 art. 9 a base de cálculo do ISS 
incide sobre o preço da prestação de serviço, de acordo com a alíquota fixada para o 
tipo de prestação por cada município. 
2.5.2 Alíquotas 
As alíquotas mínimas e máximas do ISS são definidas pela LC 116/03, 
cabendo aos municípios fixar suas alíquotas sobre serviços até 5% como determina 
a 116/03. A emenda 37/2002 determinava a alíquota mínima de 2% até que a lei 
complementar fizesse a regulamentação própria, porém a LC 116/03 não fixou 
alíquotas mínimas. 
2.5.3 Recolhimento do imposto 
A lei complementar 116/03 art. 3 define que o recolhimento do imposto é 
devido no local do estabelecimento do prestador, em caso de falta de 
estabelecimento, o local do domicílio; no local da instalação de andaimes, palcos; no 
local da execução de obras, entre outras situações. O contribuinte deste imposto são 
os prestadores de serviços, nos casos onde a legislação municipal não determine a 
retenção na fonte, o tomador será responsável pelo recolhimento. 
Portanto, as prestadoras de serviços devem estar atentas às legislações dos 
diferentes municípios onde oferecem seus serviços, para que se mantenham 
atualizadas em relação a emissão das notas fiscais. 
21 
 
As empresas contratantes também devem se manter atualizadas na 
legislação de seu município, objetivando o conhecimento dos casos em que é 
obrigatória a retenção, para evitar possíveis cobrança de multas e juros relativas a 
atrasos ou não retenção. 
2.5.4 Procedimentos contábeis de registro e conferência 
Conforme os capítulos anteriores, será utilizado um exemplo prático da 
contabilização do imposto. 
Considere que a empresa Rosa do Vento LTDA, tenha prestado no mês de 
Agosto R$200.000,00 em serviços, utilizando uma alíquota de 5%, pode-se 
exemplificar: 
1 - Receita: D. Banco C. Movimento = R$200.000,00 
 C. Receita de serviços prestados = R$200.000,00 
 
2 - ISS: D. (despesa) ISS sobre serviços = R$10.000,00 
 C. ISS a recolher = R$10.000,00 
QUADRO 3 - Razonetes ISS 
 
FONTE: ELABORADO PELA AUTORA 
Conforme exemplificado a ISS a recolher no mês de agosto seria de 
R$10.000,00. 
A prefeitura de Belo Horizonte, disponibiliza um programa chamado DES - 
Declaração Eletrônica de Serviços, onde é possível fazer a conferência de todos os 
serviços tomados e prestados no período e suas respectivas retenções de ISS. 
22 
 
2.6 PIS e COFINS 
São contribuições sociais de competência da União, previstos no art. 9 e art. 
239, possuem como base de cálculo o faturamento, de acordo com PAULSEN (2012 
pg. 300) “Entende o STF que faturamento corresponde ao produto das atividades 
que integram o objeto social da empresa”. 
O PIS/Pasep tem como objetivo o financiamento do programa de seguro-
desemprego e o abono especificado no parágrafo 3º do art. 239 que determina o 
pagamento de um salário mínimo anual para os empregados que receberem até dois 
salários mínimos. A COFINS, possui a finalidade de financiar a seguridade social, 
que abrange a previdência social, a saúde e a assistência social. 
2.6.1 Modalidades de contribuição 
 Sendo contribuições para fins sociais, possuem modalidades diferentes para 
os diversos modelos e regimes tributários existentes na legislação brasileira. 
2.6.1.1 Sobre o faturamento 
A base de cálculo destas contribuições é o faturamento das empresas 
contribuintes e possuem diferentes alíquotas de acordo com o regime tributário. 
2.6.1.1.1 Regime não-cumulativo 
Este regime, assim como no IPI e ICMS, permite a apropriação de créditos de 
operações anteriores provenientes de compras e algumas despesas. O regime é 
utilizado, por regra, apenas por pessoas jurídicas de direito privado que estejam 
enquadradas no regime de Lucro Real, a alíquota incidente sobre o faturamento 
destas empresas é de 1,65% de PIS e 7,6% para a COFINS. Alguns créditos 
permitidos para fins de dedução são: 
● Bens adquiridos para revenda; 
● aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoas jurídicas, 
utilizados nas atividades das empresas; 
● bens e serviços, utilizados como insumo paraa produção e prestação de 
serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes; 
● energia elétrica e energia térmica. 
23 
 
2.6.1.1.2 Regime cumulativo 
A cumulatividade não permite a apropriação de créditos anteriores, ou seja, a 
contribuição incidirá sobre a totalidade dos faturamentos das empresas sem direito a 
deduções de qualquer natureza, neste regime estão as empresas enquadradas no 
Lucro Presumido e Lucro Arbitrado, sob a alíquota de 0,65% de PIS e 3% para 
COFINS. 
2.6.1.2 Sobre a folha de pagamento 
A contribuição sobre a folha de pagamento destina-se a empresas que não 
possuem fins lucrativos, inclusive as fundações definidas como empregadoras pela 
legislação trabalhista como: 
● Templos de qualquer culto; 
● partidos políticos; 
● sindicatos, federações e confederações; 
● fundações de direito privado; 
● conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas; 
● serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei, entre outros. 
Neste modelo de contribuição admite-se uma alíquota de 1% sobre a folha de 
pagamento. 
2.6.1.3 Sobre importação 
Incorrem também sobre produtos e serviços importados, segundo a Lei 
10.865/2004, incide sobre a entrada de bens estrangeiros em território nacional, 
bens nacionais ou nacionalizados que retornem ao país, entre outros. A Lei 
13.317/2015 alterou as alíquotas para produtos e serviços estrangeiros de 1,65% 
para 2,1% para o PIS e de 7,6% para 9,65% para a COFINS. 
2.6.2 Recolhimento das contribuições 
Segundo OLIVEIRA (2014), os contribuintes do PIS e da COFINS são as 
pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe são equiparadas pela legislação do 
Imposto de renda, inclusive empresas prestadoras de serviço, empresas públicas e 
sociedades de economia mista, as empresas optantes pelo Simples Nacional 
recolhem as contribuições através de guia única, as demais empresas optantes por 
24 
 
outros regimes de tributação devem fazer o recolhimento através de DARFS 
mensalmente. 
2.6.3 Procedimento contábeis de registro e apuração 
Para a contabilização e apuração de PIS e da COFINS, será utilizado 
novamente razonetes para exemplificação. 
Admitindo que no mês de Agosto a empresa Marias Atacados LTDA, tenha 
obtido uma receita bruta de R$1.500.000,00, e considerando que seja uma empresa 
enquadrada no regime de Lucro Presumido, logo incluído no regime cumulativo de 
PIS e da COFINS, com alíquotas de 0,65% e 3% respectivamente, e considerando a 
não incidência de outros impostos, a contabilização se daria da seguinte forma: 
 
1 - Receita: D. Receita de vendas = R$1.500.000,00 
 C. Banco C. Movimento = R$1.500.00,00 
 
2 - PIS: D. (Despesa) PIS = R$9.750,00 
 C. PIS a recolher = R$9.750,00 
 
3 - COFINS: D. (Despesa) Cofins = R$45.000,00 
 C. Cofins a recolher = R$45.000,00 
QUADRO 4 - Razonetes PIS e COFINS 
 
FONTE: ELABORADO PELA AUTORA 
25 
 
2.8 EXIGÊNCIAS LEGAIS DE APURAÇÃO DE ACORDO COM O CPC 
Segundo a lei 6.404/76 na Demonstração de Resultado deve ser discriminado 
as receitas brutas, deduções de impostos, abatimentos, a receita líquida, custos, 
despesas, outras receitas, e a provisão para impostos incidentes sobre o lucro. 
Contudo, de acordo com o CPC 26 e CPC-PME, as empresas apenas 
deverão publicar as DRE’s a partir da receita líquida, ou seja, não serão 
apresentados os impostos incidentes nas compras, pois não são considerados 
riquezas da empresa. 
2.9 SPED 
A principal ferramenta de fiscalização, recepção, validação, e autenticação 
dos livros contábeis e fiscais, é o SPED sistema instituído pelo Decreto de Lei 
6.022/2007. Simplificando, o SPED é um portal tecnológico instituído a fim de 
simplificar e oficializar os arquivos digitais de forma padronizada. 
O programa é disponibilizado pela Receita Federal, e possui subprojetos, são 
eles: 
2.9.1 EFD 
Apresenta a escrituração de interesse do fisco, bem como registro de 
entradas, saídas, apuração do ICMS e IPI, registro de inventário e o controle de 
crédito de ICMS sobre ativo imobilizado, obrigatório para contribuintes de ICMS e 
IPI. 
2.9.2 ECD 
Compreende a escrituração do Livro Diário, Livro Razão, Livro Balancetes, 
balanços e fichas de lançamentos, de acordo com art. 3° da Instrução Normativa 
RFB n°1.420/2013 estão sujeitos a seguir a ECD, em relação aos fatos contábeis 
ocorridos a partir de 1° janeiro de 2014: 
I - as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com 
base no lucro real; 
II - as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, que 
distribuírem, a título de lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda 
Retido na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou dividendos superior ao valor 
da base de cálculo do Imposto, diminuída de todos os impostos e 
contribuições a que estiver sujeita; e 
III - As pessoas jurídicas imunes e isentas que, em relação aos fatos 
ocorridos no ano calendário, tenham sido obrigadas à apresentação da 
26 
 
Escrituração Fiscal Digital das Contribuições, nos termos da Instrução 
Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março de 2012. 
IV – As Sociedades em Conta de Participação (SCP), como livros auxiliares 
do sócio ostensivo. (RECEITA FEDERAL, 2017) 
2.9.3 NF-e 
O site Portal tributário, conceitua como “documento emitido e armazenado 
eletronicamente, (...), cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do 
emitente e autorização de uso pela administração tributária da unidade federada do 
contribuinte”. Assim a NF-e é um documento de origem digital com validade de 
jurídica com o objetivo de documentar as prestações e operações. 
A obrigatoriedade se deve aos contribuintes de IPI e/ou ICMS, e apenas 
substitui as notas de modelo 1 e 1a, como exemplo notas fiscais de entrada, 
operações com importação e exportação, simples remessa e operações 
interestaduais. 
2.9.4 NFS-e 
O projeto NFS-e tem como finalidade a viabilização da comunicação entre os 
municípios e os prestadores de serviço, auferindo um menor custo ao contribuinte, 
sendo uma nota inteiramente digital é de competência do município a autenticação e 
validação do documento. 
2.9.5 CT-e 
O projeto tem como objetivo documentar a prestação de serviços de 
transporte, conferindo validade jurídica através da assinatura digital do emitente. 
 
 
 
 
27 
 
3. CONCLUSÃO 
Através da pesquisa foi possível compreender os principais tributos incidentes 
sobre as operações de indústrias, de comércio e prestadoras de serviço, permitindo 
uma interação com a realidade de mercado e a percepção da necessidade do 
conhecimento da área tributária para uma melhor gestão e controle das empresas. 
O conhecimento da área tributária para o atual profissional contábil, inserido 
numa realidade onde a maioria das empresas do país são de médio e pequeno 
porte, traz ao contador a responsabilidade, além da escrituração contábil, da 
manutenção e gestão tributária. A compreensão dos princípios e tributos atribuem ao 
contador um diferencial perante o mercado, permitindo atuar em várias diretrizes da 
gestão empresarial. 
28 
 
REFERÊNCIAS 
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<http://www.boletimcontabil.com.br/tabelas/icms_orig.pdf>. Acesso em: 14 ago. 
2017. 
 
CONTA AZUL. O que é sped? Disponível em: <https://blog.contaazul.com/o-que-e-
sped-fiscal/>. Acesso em: 28 ago. 17. 
 
CONTABILIDADE NO BRASIL. PIS e COFINS. Disponível em: 
<http://www.contabilidadenobrasil.com.br/pis-e-cofins/>. Acesso em: 23 ago. 2017. 
 
NORMAS LEGAIS. Efd. Disponível em: 
<http://www.normaslegais.com.br/trib/tributario090108.htm>. Acesso em: 28 ago. 17. 
 
OLIVEIRA, L. M. de et al. Manual de contabilidade tributária: textos e testes com 
as respostas. 13 ed. São Paulo: Atlas, 2014. 
 
PAULSEN, Leandro. Curso de direito tributário: completo. 4ed. Porto Alegre: 
Livraria do Advogado Editora, 2012. 
 
PAULSEN, Leandro; MELO, José Eduardo Soares De. Impostos: Federais, 
estaduais e municipais. 9. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2015. 
 
PÊGAS, Paulo Henrique. Manual de contabilidade tributária: análise dos impactos 
tributários das leis nº 11.638/07, nº 11941/09 e dos pronunciamentos emitidos pelo 
CPC. 7 ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos Editora, 2012. 
 
PLANALTO. Código tributário nacional. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm>. Acesso em: 14 ago. 
2017. 
 
PLANALTO. Constituição Federal de 1988. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. 
Acesso em: 05 ago. 2017. 
 
PLANALTO. Decreto 7.212/10. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7212.htm>. 
Acesso em: 14 ago. 2017. 
 
PLANALTO. Lei complementar 87/1996. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp87.htm>. Acesso em: 14 ago. 2017. 
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos fácil. 6 ed. São Paulo: Saraiva, 
1999. 
 
PLANALTO. Lei complementar 116/03. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp116.htm>. Acesso em: 20 ago. 2017. 
 
29 
 
PLANALTO. Lei 6.404/76. Disponıv́el em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm>. Acesso em: 07 set. 
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PORTAL DE CONTABILIDADE. Sped - Sistema Público de Escrituração Digital. 
Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/noticias/sped.htm>. Acesso 
em: 28 ago. 17. 
 
PORTAL TRIBUTÁRIO. Convênio icms. Disponível em: 
<http://www.portaltributario.com.br/guia/conveniosicms.htm>. Acesso em: 14 ago. 
2017. 
 
 PORTAL TRIBUTÁRIO. Ecd. Disponível em: 
<http://www.portaltributario.com.br/guia/escrituracaocontabildigital.htm>. Acesso em: 
28 ago. 17. 
 
PORTAL TRIBUTÁRIO. PIS e COFINS - Aspectos gerais. Disponível em: 
<http://www.portaltributario.com.br/guia/pis_cofins.html>. Acesso em: 23 ago. 2017. 
 
PORTAL TRIBUTÁRIO. Recolhimento icms. Disponível em: 
<http://www.portaltributario.com.br/tributario/recolhimento_icms.htm>. Acesso em: 14 
ago. 2017. 
 
PORTAL TRIBUTÁRIO. Responsabilidade tributária e retenção do iss. Disponível 
em: <http://www.portaltributario.com.br/artigos/tomadoriss.htm>. Acesso em: 21 ago. 
2017. 
 
SECRETARIA DA FAZENDA - MG. Ricms-mg. Disponível em: 
<http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/legislacao_tributaria/ricms/partegeral2002.
pdf>. Acesso em: 14 ago. 2017. 
 
SPED-RFB. Ecd. Disponível em: <http://sped.rfb.gov.br/pagina/show/499>. Acesso 
em: 28 ago. 17. 
 
SPED-RFB. Nfs-e. Disponível em: <http://sped.rfb.gov.br/pagina/show/488>. Acesso 
em: 29 ago. 17. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO A-TABELA DE ALÍQUOTAS NAS OPERAÇÕES INTERESTADUAIS ICMS 
 
FONTE: BOLETIM CONTÁBIL,2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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