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Uso de pré, pró e simbióticos como coadjuvantes no tratamento do cancer

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http://seer.ufrgs.br/hcpaISSN 2357-9730232
Artigo de Revisão
Clin Biomed Res. 2017;37(3):232-246
http://dx.doi.org/10.4322/2357-9730.72730
Uso de pré, pró e simbióticos como coadjUvantes no 
tratamento do câncer colorretal
Use of pre-, pro- and symbiotics as adjUvants to the 
treatment of colorectal cancer
Jésica Tamara Jacoby1,2,3, Simone Guzzon4, 
 Luiz Fernando Wurdig Roesch5, Roberta Hack Mendes1
1 Universidade Regional Integrada do Alto 
Uruguai e das Missões (URI). Frederico 
Westphalen, RS, Brasil.
2 Hospital Regional de Palmitos. Palmitos, 
SC, Brasil.
3 Hospital Padre João Berthier. São 
Carlos, SC, Brasil.
4 Universidade Comunitária da Região de 
Chapecó (UNOCHAPECÓ). Chapecó, 
SC, Brasil.
5 Centro Interdisciplinar de Pesquisas 
em Biotecnologia (CIP-BIOTEC), 
Universidade Federal do Pampa 
(UNIPAMPA). São Gabriel, RS, Brasil.
 Autor correspondente: 
Roberta Hack Mendes 
betamendeshack@gmail.com 
Universidade Regional Integrada do Alto 
Uruguai e das Missões (URI) 
Rua Assis Brasil, 709, Itapajé. 
98400-000, Frederico Westphalen, RS, 
Brasil.
RESUMO
Introdução: Definido como uma proliferação descontrolada de células malignas, 
o câncer colorretal (CCR) é um dos tumores malignos mais comuns, e a terceira 
causa de mortes relacionadas ao câncer. Várias estratégias têm sido estudadas para 
auxiliar na prevenção e no tratamento coadjuvante dos sintomas do CCR, entre elas 
a ingestão de probióticos, prebióticos ou simbióticos. Probióticos são microrganismos 
vivos, que quando administrados em quantidade adequada afetam beneficamente o 
hospedeiro. Os probióticos são comumente encontrados em alimentos fermentados 
como em iogurtes por exemplo, ou na forma de suplementos que contém culturas 
microbianas vivas. Prebióticos são componentes alimentares não digeríveis que 
afetam beneficamente o hospedeiro, estimulando seletivamente a multiplicação ou 
atividade de populações microbianas desejáveis no cólon. Já, os simbióticos consistem 
na associação de probióticos e prebióticos. O objetivo do presente trabalho foi definir 
a validade do uso dos probióticos, prebióticos ou simbióticos como coadjuvantes no 
tratamento do CCR por meio de uma revisão sistemática da literatura.
Métodos: Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados PUBMED, SCIELO, 
COCHRANE e CLINICAL TRIALS. Os termos de busca foram: “colorectal cancer 
AND probiotics”, “colorectal cancer AND prebiotics”.
Resultados: Dos 68 artigos elegíveis, 14 foram revisados, com publicação entre 2012 
e 2017, escritos no idioma inglês, português ou espanhol. O número amostral variou 
de 38 a 310 pacientes, com idade entre 18 e 75 anos, a duração do tratamento foi de 
3 dias a 3 meses. Em 3 dos estudos foram utilizados simbióticos, em 1 prebióticos, 
e em 10 probióticos. As cepas de probióticos continham entre 1 e 10 substâncias, 
prebióticos 4 substâncias e os simbióticos entre 5 e 8.
Conclusão: O trabalho possibilitou o reconhecimento dos principais microrganismos 
que vem sendo estudados no tratamento concomitante do CCR. A maioria dos 
estudos analisados mostrou efeitos benéficos na diminuição da proteína C reativa, 
da incidência e severidade da diarreia, risco de complicações pós-operatórias como 
sepse, ventilação mecânica e vazamento da anastomose, além de propiciar uma 
recuperação da função intestinal mais rápida. A presente revisão sistemática ressalta 
a importância dos pré e probióticos concomitante aos tratamentos de CCR, porém 
o número limitado de artigos dificulta a generalização dos resultados obtidos, sendo 
necessários futuros estudos de longa duração para elucidar melhor esta relação.
Palavras-chave: Neoplasias colorretais; microbiota; terapias coadjuvantes
Introduction: Defined as an uncontrolled proliferation of malignant cells, colorectal 
cancer (CRC) is one of the most common malignancies and the third leading cause of 
cancer-related deaths. Several strategies have been studied to prevent CRC and/or 
work as an adjuvant treatment for CRC symptoms, including the use of probiotics, 
prebiotics or symbiotics. Probiotics are live microorganisms that when administered 
http://seer.ufrgs.br/hcpa Clin Biomed Res 2017;37(3) 233
Uso de pré, pró e simbióticos como terapia coadjuvante no tratamento do câncer colorretal 
in adequate amounts result in health benefit to the host. They are commonly found 
in fermented foods such as yogurts or in the form of supplements that contain live 
microbial cultures. Prebiotics are nondigestible food components that beneficially 
affect the host by selectively stimulating the multiplication or activity of desirable 
microbial populations in the colon. Symbiotics consist of the association of probiotics 
and prebiotics. The aim of the present study was to define the effectiveness of the 
use of probiotics, prebiotics and symbiotics as adjuvants to the treatment of CRC by 
means of a systematic review of the literature.
Methods: A search was performed on the PubMed, SciELO, Cochrane and Clinical 
Trials databases. The search terms were “colorectal cancer AND probiotics”, “colorectal 
cancer AND prebiotics”.
Results: Of the 68 potentially eligible articles, 14 were revised, published between 2012 
and 2017, and written in English, Portuguese or Spanish. The sample size of these 
studies ranged from 38 to 310 patients, aged between 18 and 75 years. The period 
of treatment ranged from 3 days to 3 months. Symbiotics were used in three studies, 
prebiotics were used in one study, and probiotics were used in 10 studies. Probiotic 
strains contained between one and 10 substances, prebiotics contained four substances, 
and symbiotics contained between five and eight substances.
Conclusions: This study allowed the recognition of the main microorganisms that 
have been studied in the concomitant treatment of CRC. Most of the studies analyzed 
showed beneficial effects on the reduction of C-reactive protein, the incidence and 
severity of diarrhea and the risk of postoperative complications such as sepsis, 
mechanical ventilation and leakage of anastomosis, in addition to providing a faster 
recovery of the intestinal function. The present systematic review emphasizes the 
importance of the use of pre- and probiotics concomitant with CRC treatments, but the 
limited number of articles makes it difficult to generalize the results obtained. Further 
long-term studies are needed to elucidate this relationship.
Keywords: Colorectal neoplasms; microbiota; adjuvant therapies
O câncer é definido como uma proliferação 
descontrolada de células malignas em um hospedeiro 
e considerado uma das principais causas de morte em 
todo o mundo1. Entre os tipos de câncer conhecidos, 
o câncer colorretal (CCR) é um dos tumores malignos 
mais comuns em homens e mulheres. A incidência 
mundial dessa doença é significativa, com cerca 
de um milhão de casos por ano. Além disso, é a 
causa de mais de 500.000 mortes por ano, sendo a 
terceira causa mais comum de mortes relacionadas 
ao câncer2. No Brasil, estima-se uma incidência de 
34.280 novos casos ao ano2 e 15.415 óbitos3.
O CCR possui múltiplas origens, tendo como 
principais fatores de risco hereditariedade, doenças 
inflamatórias, idade, dieta, obesidade e sedentarismo4-6. 
Entre os fatores de risco ambientais, a dieta contribui 
com cerca de 35% dos novos casos. O alto consumo 
de calorias, gorduras e carnes vermelhas associado 
ao baixo consumo de frutas e hortaliças propicia uma 
maior incidência da doença. Acredita-se que uma 
dieta variada e adequada possa prevenir de três a 
quatro milhões de novos casos de câncer por ano6.
Além de os fatores genéticos e ambientais 
desempenharem um papel importante no desenvolvimento 
da doença, o envolvimento de comunidades microbianas 
também tem sido recentemente reconhecido e 
associado ao CCR1. Segundo Gao et al.5, uma das 
característicascomuns dos fatores de risco é que 
todos podem causar alterações na estrutura da 
microbiota intestinal, desencadeando o CCR.
Os tratamentos comuns para o CCR são cirurgias 
como a colostomia, que consiste na criação cirúrgica 
de uma abertura (ostomia) que se insere no cólon 
com a finalidade de eliminar as fezes, podendo ser 
temporária ou permanente. Também pode ter efeitos 
adversos ou complicações como sepse, infecções, 
ventilação mecânica, fuga anastomótica, entre 
outros. Além do tratamento cirúrgico, é realizada 
conjuntamente a quimio ou radioterapia, o que traz 
mais efeitos colaterais, como náuseas, êmese, diarreia 
e mucosite. Todos esses sintomas podem vir a afetar 
a condição nutricional, o equilíbrio hidroeletrolítico 
e a qualidade de vida do paciente7,8.
Várias estratégias para auxiliar na prevenção e 
no tratamento coadjuvante antineoplásico vêm sendo 
estudadas, entre elas a ingestão de probióticos, 
prebióticos ou simbióticos. Alguns estudos vêm 
demonstrando que o consumo de probióticos 
http://seer.ufrgs.br/hcpaClin Biomed Res 2017;37(3)234
Jacoby et al.
e/ou prebióticos pode ter efeito protetor contra o 
câncer, além de diminuir os sintomas da doença9. 
Os probióticos têm efeitos quimiopreventivos contra o 
câncer colorretal, produzindo agentes antitumorais9-12.
Probióticos são microrganismos vivos que, 
quando administrados em quantidade adequada, 
afetam beneficamente o hospedeiro6,13, enquanto 
os prebióticos são componentes alimentares não 
digeríveis que afetam beneficamente o hospedeiro, 
estimulando seletivamente a proliferação ou 
atividade de populações de bactérias desejáveis 
no cólon6. Prebióticos, como aqueles que são fonte 
de fibras, promovem aumento das concentrações 
de ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs), os 
quais são formados através da fermentação por 
bactérias colônicas. Os AGCCs desempenham 
uma importante função no metabolismo intestinal, 
induzindo a diferenciação de linhagens celulares e 
inibindo o crescimento e desenvolvimento do epitélio 
hiperproliferativo, além de possuírem ação celular 
anticarcinogênica. Os AGCCs estão envolvidos no 
processo de controle da promoção e diferenciação 
celular, apoptose e supressão de células neoplásicas 
devido à ação do butirato, que induz esses efeitos 
através da regulação de vários oncogenes e indução 
de hiperacetilação de histonas14,15.
Já os simbióticos consistem na associação de 
probióticos e prebióticos. Alternativamente, esse 
efeito simbiótico pode ser direcionado às diferentes 
“regiões-alvo” do trato gastrintestinal, os intestinos 
delgado e grosso. O consumo de probióticos e de 
prebióticos selecionados apropriadamente pode 
aumentar os efeitos benéficos de cada um deles, 
uma vez que o estímulo de cepas probióticas 
conhecidas leva à escolha dos pares simbióticos 
substrato-microrganismo ideais6.
Segundo Machado et al.9, existe uma relação entre 
indivíduos que utilizam simbióticos e uma proteção 
contra o aparecimento de CCR, porém não existem 
comprovações bem estabelecidas na literatura até o 
momento. Evidências demonstram que alterações 
físico-químicas do cólon e da microbiota intestinal 
causadas pelo consumo de simbióticos, como o aumento 
da produção de AGCC e a elevação de compostos 
antitumorais ou antimutagênicos, podem propiciar 
essa proteção contra o câncer, pois resultam em uma 
melhor resposta imune às alterações da microbiota.
É de extrema importância, portanto, o desenvolvimento 
de terapias coadjuvantes que possam auxiliar na 
diminuição do desconforto no quadro clínico do paciente 
com CCR. O uso de pro e prebióticos pode auxiliar 
os pacientes na diminuição dos sintomas, evitando 
infecções bacterianas, prevenindo e diminuindo a 
incidência e severidade da diarreia, recuperando 
mais rapidamente a função intestinal, evitando 
translocação bacteriana e melhorando a resposta ao 
estresse sistêmico e da imunidade sistêmica, além 
de diminuir complicações pós-cirúrgicas. Assim, o 
objetivo do presente trabalho foi definir a validade 
do uso dos probióticos, prebióticos ou simbióticos 
como coadjuvantes no tratamento do CCR por meio 
de uma revisão sistemática da literatura.
MÉTODOS
Pesquisa da Literatura e Seleção de Estudos
Neste trabalho, utilizou-se a revisão sistemática 
para identificar, selecionar e avaliar criticamente 
as pesquisas consideradas relevantes, resumindo 
evidências associadas à eficácia e segurança das 
intervenções de atenção à saúde. Pode apresentar 
resultados conflitantes e/ou coincidentes, ou, ainda, 
identificar temas que precisam de evidência antes 
de serem aplicados16,17. O protocolo de avaliação 
pré-definido foi registrado no International Prospective 
Register of Systematic Reviews (PROSPERO) 
sob número CRD42017068750. Foi realizada 
uma pesquisa da literatura nos seguintes bancos 
de dados eletrônicos: Scientific Electronic Library 
Online (SciELO), PubMed, Cochrane e Clinical Trials. 
As palavras-chave utilizadas foram “colorectal cancer 
AND probiotics”, “colorectal cancer AND prebiotics”. 
Como “symbiotics” representa a combinação de 
probióticos e prebióticos, esse termo não foi utilizado 
na busca.
A busca dos artigos nas bases de dados foi realizada 
por dois revisores independentes, sendo a revisão 
inicial realizada apenas com base nos títulos dos artigos 
e resumos. Depois disso, os artigos potencialmente 
elegíveis foram avaliados. Como critérios de inclusão 
foram considerados: estudo clínico, aleatorizado ou 
não, realizado com pacientes adultos e/ou idosos de 
ambos os sexos, com idade entre 18 e 75 anos, com 
uso de probióticos e/ou prebióticos, diagnóstico de 
câncer colorretal e em algum tipo de tratamento, com 
artigos disponíveis nas línguas português, inglês e 
espanhol, publicados nos últimos 5 anos, entre 2012 
e 2017. Foram excluídos artigos de revisão, revisões 
sistemáticas, metanálises, resumos de congressos 
e estudos experimentais com animais e crianças. 
O presente estudo baseou-se na Declaração dos 
Relatórios Preferenciais para Revisão Sistemática 
e Metanálise (PRISMA)18.
Qualidade dos Estudos Selecionados
O risco de viés para cada ensaio clínico aleatorizado 
(ECA) incluído no estudo foi avaliado utilizando a 
ferramenta da Cochrane Collaboration19 para determinar 
o risco de viés em um desfecho único, com relação 
a todos os estudos. Para avaliação dos estudos 
longitudinais e caso-controle, foi utilizada o checklist 
ECA conforme apresentado na Tabela 1. O fluxograma 
com a seleção de artigos é apresentado na Figura 1.
http://seer.ufrgs.br/hcpa Clin Biomed Res 2017;37(3) 235
Uso de pré, pró e simbióticos como terapia coadjuvante no tratamento do câncer colorretal 
Tabela 1: Avaliação de risco de viés para ensaios clínicos aleatorizados (ECAs) (Cochrane Collaboration).
Estudo Geração da randomização Alocação
Cegamento de 
participantes/ 
pesquisadores
Cegamento 
de desfecho
Descrição 
de 
perdas e 
exclusões
Intenção 
de tratar
Zhang et al.20 ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
Stephens & Hewett21 ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
Liu et al.22 ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
Lee et al.10 ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
Sadahiro et al.23 ↓ ? ↓ ↓ ↓ ↓
Gao et al.5 ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
Mego et al.24 ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
Kotzampassi et al.25 ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
Kotzampassi et al.26 ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
Scartoni et al.27 ? ? ? ↓ ↓ ↓
Liu et al.28 ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
Krebs29 ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
Yang et al.30 ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
Theodoropoulos et al.8 ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
Legenda: ↓ Sim/Baixo risco | ↑ Não/Alto risco | ? Não é claro.
RESULTADOS
A busca bibliográfica nas bases de dados resultou 
em 68 artigos (33 na PubMed, três no SciELO, 
14 no Clinical Trials e 18 no Cochrane). De acordo 
com os critérios de inclusão, foram selecionados 
14 artigos originais para revisão no presente 
estudo. Conforme pode-se observar na Tabela 2. 
Foram excluídos oito artigos com base no idioma, 
Figura 1: Fluxograma do resultado de busca.http://seer.ufrgs.br/hcpaClin Biomed Res 2017;37(3)236
Jacoby et al.
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Uso de pré, pró e simbióticos como terapia coadjuvante no tratamento do câncer colorretal 
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Uso de pré, pró e simbióticos como terapia coadjuvante no tratamento do câncer colorretal 
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Jacoby et al.
18 pela data de publicação anterior ao ano de 2012, 
20 com base no resumo e oito por não apresentarem 
resultados até o presente momento.
A maioria dos estudos selecionados era do tipo 
ensaio clínico aleatorizado, controlado por placebo, 
duplo-cego e escrito no idioma inglês. O número 
amostral variou de 38 a 310 pacientes em tratamento 
de CCR, com duração de 3 meses a 4 anos de estudo, 
sendo que em dois estudos não fica claro o tempo 
de duração do tratamento de CCR. A variação da 
duração da terapia com pre, pro ou simbióticos nos 
estudos foi de 3 dias até 3 meses.
Em três estudos, foram utilizados simbióticos, 
sendo que um deles também usava prebióticos em 
um dos grupos, e, em 11 estudos, foram utilizados 
probióticos. As cepas de probióticos continham entre 
uma e 10 substâncias; as de prebióticos, quatro 
substâncias; e as de simbióticos, entre cinco e oito 
substâncias.
Como prebióticos (incluindo simbióticos), 
foram utilizados fruto-oligossacarídeos (1), 
galacto-oligossacarídeos (1) e betaglucano, inulina, 
pectina e amido resistente (3), sendo que um dos 
simbióticos também continha suplementação de 
zinco e vitaminas do complexo B.
Dos estudos que fizeram uso de probióticos, 
86,7% (n = 13) utilizaram Lactobacillus, entre eles 
L. Paracasei (4), L. Plantarum (8), L. Acidophilus (11), 
L. Rhamnosus (2), L. brevis (1) e L. delbrueckii (1). 
Bifidobacterium foi utilizado em 60% (n = 9) dos estudos, 
entre eles B. lactis (2), B. longum (7), B. breve (2), 
B. bifidum (2) e B. infantis (2). Também foram 
usados Pediococcus pentosaceus (2), Leuconostoc 
mesenteroides (2), Saccharomyces boulardii (2), 
Enterococcus faecalis (3), Bulgaricus (1) e Streptococcus 
thermophilus (2).
Observou-se que 64,3% (n = 9) das intervenções 
do estudo ocorreram na fase pré-operatória, 14,3% 
(n = 2), na fase pós-operatória, 14,3% (n = 2), na 
fase pré-radioterapia e 7,1% (n = 1), em pacientes 
pós-tratamento não especificado.
Efeitos benéficos, como a diminuição da proteína 
C-reativa (PCR) e da incidência e severidade da 
diarreia e do risco de complicações pós-operatórias 
como sepse, ventilação mecânica e vazamento 
da anastomose, além da recuperação da função 
intestinal mais rápida, foram observados em 78,6% 
(n = 11) dos estudos. Em 21,4% (n = 3), os resultados 
esperados não foram atingidos. Nenhum dos estudos 
apresentou efeitos colaterais pelo uso de probióticos, 
prebióticos ou simbióticos.
DISCUSSÃO
O uso de probióticos e prebióticos diminui o 
risco de complicações pós-operatórias, como 
septicemia22,28, ventilação mecânica, infecções, 
pneumonia e vazamento da anastomose25,26, além 
de trazer benefícios clínicos em curto prazo através 
da recuperação mais rápida da função intestinal, 
com menor incidência de diarreia e alta hospitalar 
mais rápida26,30. Além disso, o uso de probióticos e 
prebióticos auxilia na manutenção da resistência 
à colonização microbiana por microrganismos 
indesejáveis e restringe a translocação bacteriana 
no intestino. Observa-se também o aumento da 
imunidade sistêmica/localizada e da atenuação 
concomitante da resposta ao estresse sistêmico20. 
Suplementos probióticos são confiáveis para 
alterar a composição, a riqueza e a diversidade da 
microbiota intestinal. Além disso, inibem potenciais 
agentes patogênicos e aumentam o número de 
microrganismos benéficos5.
A utilização de probióticos no pós-operatório 
também foi descrita como benéfica por Oliveira12, 
que verificou a redução das concentrações de PCR 
e a manutenção dos níveis de albumina sérica após 
cirurgias de tratamento de CCR. O mecanismo 
exato que causa o aumento das concentrações 
séricas de PCR em pacientes com CCR não está 
claro. Um dos mecanismos propostos é o aumento 
do nível sérico das citocinas interleucina 6 (IL-6) e 
fator de necrose tumoral (TNF) em pacientes com 
câncer, o que estimularia o fígado a sintetizar a PCR. 
Desse modo, a PCR pode ser utilizada como um 
índice da função imune intestinal para o prognóstico 
de pacientes com CCR28.
Os níveis de IL-6 estão sempre relacionados aos 
estudos com pacientes oncológicos, pois a IL-6 é 
uma potente citocina que possui ação imunológica, 
mobilizando a produção de granulócitos e macrófagos 
no organismo31. A IL-6 está relacionada ao combate 
das reações inflamatórias nos pacientes com câncer. 
Dessa forma, uma contagem de IL-6 menor pode ter 
uma ação anti-inflamatória, e, consequentemente, 
o paciente apresentará um melhor prognóstico 
pós-cirúrgico32.
Gamallat et al.33 observaram que os probióticos 
possuem uma atividade de quimioprevenção e 
um possível efeito protetor no desenvolvimento e 
progressão da carcinogênese do cólon. Essa atividade 
anticarcinogênica atribuída aos probióticos é descrita 
pela modificação da composição e alterações na 
atividade metabólica da microbiota intestinal, pela 
ligação e degradação de compostos carcinogênicos 
presentes no lúmen intestinal e pela produção de 
compostos com atividade anticarcinogênica, como 
os AGCCs e o ácido linoleico conjugado, além da 
imunomodulação, melhora da barreira intestinal, 
inibição da proliferação de células cancerosas e 
indução da apoptose34.
http://seer.ufrgs.br/hcpa Clin Biomed Res 2017;37(3) 243
Uso de pré, pró e simbióticos como terapia coadjuvante no tratamento do câncer colorretal 
Assim, a comunidade microbiana intestinal tem 
demonstrado influência no início e na progressão doCCR. A proteção desempenhada pelos probióticos 
baseia-se na hipótese de que a disbiose é a principal 
causa do CCR. Portanto, com a modificação da 
microbiota intestinal, pode-se prevenir o desenvolvimento 
do CCR34,35. 
Com o intuito de avaliar essa proposição, Pala et al.36 
avaliaram a correlação entre o consumo de iogurte 
e o risco de desenvolver CCR, descobrindo que o 
consumo de iogurte estava diretamente relacionado 
a um menor risco de CCR. Em estudo publicado por 
Sah et al.37, foi possível observar que algumas cepas 
probióticas presentes em iogurtes são confiáveis 
para produzir peptídeos antioxidantes, eliminando 
radicais livres, consequentemente reduzindo o 
estresse oxidativo no lúmen intestinal e, dessa 
forma, prevenindo ou retardando o aparecimento 
do CCR. Além de apontar que o tratamento com 
probióticos inibe a inflamação e a angiogênese 
no desenvolvimento do tumor, Gamallat et al.33 
demonstraram, em um estudo experimental em 
modelo animal, que o tratamento com 1 mL ao dia de 
Lactobacillus rhamnosus (109 unidades formadoras 
de colônia) reduziu significativamente a incidência, 
a multiplicidade e o volume do tumor se comparado 
ao grupo controle, que ingeriu placebo. Da mesma 
forma, Kuugbee et al.38 descreveram em seu estudo, 
também experimental em modelo animal, que o 
tratamento com cepas probióticas (Lactobacillus 
acidophilus, Bifidobacteria bifidum e Bifidobacteria 
infantum) alterou a microbiota intestinal, o que foi 
associado a uma diminuição de incidência, volume 
tumoral e multiplicidade/contagem tumoral.
Corroborando os estudos de Kuugbee38 e 
Gamallat et al.33, Li et al.39, em um estudo experimental 
com camundongos, observaram o potencial terapêutico 
dos probióticos, os quais retardaram significativamente 
o crescimento tumoral, reduzindo o tamanho e o 
peso do tumor em 40% em comparação com o grupo 
controle. Os probióticos modificaram o perfil bacteriano 
intestinal para bactérias benéficas, incluindo Prevotella 
e Oscillibacter, que são conhecidos produtores de 
metabólitos anti-inflamatórios, que posteriormente 
reduziram a polarização da Th17 e promoveram a 
diferenciação das células Treg/Tr1 anti-inflamatórias 
no intestino. Li et al.39 também descreveram que 
a ingestão precoce de probiótico pode preparar o 
corpo com uma base anti-inflamatória e limitar a 
geração de excesso de células Th17 no intestino, 
o qual poderia ser recrutado para formação de 
tumores e inflamação em outros tecidos. Também 
foi observado aumento de AGCCs, produzidos por 
comunidades microbianas estimuladas pelo uso 
do probiótico. Os AGCCs têm apresentado efeitos 
anti-inflamatórios no intestino, regulando as citocinas 
pró-inflamatórias, induzindo a diferenciação das células 
T reguladoras e suprimindo a polarização da Th1740. 
Também foi observado um efeito anticancerígeno 
das bactérias ácido-láticas, as quais foram descritas 
como redutoras da incidência e multiplicidade de 
tumores por Leu et al.41 Observou-se também que 
a combinação simbiótica de amido resistente e 
Bifidobacterium lactis protegeu significativamente 
contra o desenvolvimento de CCR em modelo animal.
Segundo Krebs29, Sadahiro et al.23 e Stephens 
& Hewett21, o uso de pre, pro e/ou simbióticos no 
pré-operatório não parece apresentar efeitos benéficos. 
Não demonstra efeitos sobre as concentrações de 
IL-6, PCR e contagem diferencial de leucócitos29, 
sendo ineficaz na prevenção ou redução dos 
sintomas intestinais pós-operatórios associados à 
“síndrome de ressecção anterior” em pacientes que 
sofreram a reversão de uma ileostomia em alça21. 
Os pesquisadores ressaltaram que os antibióticos 
orais foram mais eficazes na prevenção da infecção 
pós-operatória em cirurgias eletivas de câncer de 
cólon do que os probióticos23.
Por outro lado, Gao et al.5 mostraram que a utilização 
de probióticos no pré-operatório aumentou o número 
de microrganismos benéficos, proporcionando uma 
maior diversidade da microbiota intestinal, além de 
inibir potenciais agentes patogênicos. Da mesma 
forma, Liu et al.28 relataram que o tratamento com 
probióticos no pré-operatório poderia reduzir a taxa 
de septicemia pós-operatória e manter a barreira 
hepática em pacientes submetidos à cirurgia de 
tratamento e CCR. Recomendaram, portanto, 
a ingestão oral pré-operatória de probióticos, 
combinada com o tratamento pós-operatório em 
pacientes submetidos à cirurgia de ressecção de 
metástases hepáticas colorretais. Zhang et al.20 
reforçaram que os benefícios do uso de probióticos 
no pré-operatório podem ser causados pelos efeitos 
inibitórios sobre o crescimento excessivo intestinal 
de E. coli, o que evita infecções e translocação 
bacteriana no intestino.
A radio ou quimioterapia, um dos tratamentos 
para CCR, causa vários efeitos colaterais, 
principalmente quando envolve regiões como a 
pelve, sendo a diarreia relatada como a principal 
ocorrência. Para reduzir a severidade e incidência 
dessa complicação, observou-se que o uso dos 
probióticos é seguro24,27. A utilização de probióticos 
antes do início da radioterapia se mostrou benéfica, 
pois auxiliou na prevenção da diarreia, diminuindo 
sua incidência e severidade induzida por toxicidade 
gastrointestinal provocada pela quimioterapia24,27. 
http://seer.ufrgs.br/hcpaClin Biomed Res 2017;37(3)244
Jacoby et al.
Burigo et al.42 também relataram que a taxa de 
PCR foi inferior no grupo que fez uso de prebiótico 
pós-quimioterapia, se comparado ao grupo placebo. 
Isso pode indicar a ocorrência de processos 
inflamatórios e maior demanda metabólica, o 
que sugere que a quantidade de prebiótico pode 
ter favorecido a redução desse quadro no grupo 
suplementado.
CONCLUSÕES
Em resumo, os prebióticos e probióticos são 
eficientes coadjuvantes no tratamento do CCR porque 
auxiliam na diminuição da infecção pós-operatória, 
da incidência e severidade da diarreia e do risco 
de complicações pós-operatórias, como sepse, 
ventilação mecânica e vazamento da anastomose, 
além de propiciarem uma recuperação mais rápida 
da função intestinal. A suplementação de pro, pre 
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e simbióticos como coadjuvantes do tratamento 
de CCR mostrou-se benéfica, diminuindo a 
severidade e incidência de complicações durante 
e após o tratamento, tanto cirúrgico como radio ou 
quimioterápico, além de proporcionar melhora na 
imunidade e redução do desconforto do paciente. 
Porém, observou-se que é importante manter a 
medicação pré-cirúrgica padrão. A substituição 
dessa medicação por apenas probióticos ou 
simbióticos não demonstrou efeitos benéficos no 
pós-operatório, sendo recomendado, portanto, o 
seu uso concomitante na pré-cirurgia.
Finalmente, deve-se destacar que, embora 
resultados positivos obtidos em trabalhos com uso de 
pro e prebióticos tenham sido verificados, o número 
limitado de artigos dificulta a generalização dos 
achados. Dessa forma, destaca-se a necessidade 
de futuros estudos de longa duração para elucidar 
melhor essa relação.
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Recebido: Abr 18, 2017 
Aceito: Ago 08, 2017

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