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1. TGP PRINCIPIOS

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PRINCÍPIOS GERAIS
Princípio da Imparcialidade do Juiz: é a ausência de predisposição a favorecer qualquer das partes é a não afetação da esfera pessoal do julgador pela decisão que vai proclamar. Assim, o juiz é equidistante das partes. 
Princípio do Juiz Natural: se volta para proteger o cidadão contra o tribunal de exceção (criado para julgar casos específicos. Ex. tribunal de Nuremberg), esse tipo de tribunal é problemático em relação a justiça, porque já se teria um juízo pré-determinado. Contra isso existem três elementos: Imparcialidade (independência), competência em concreto (vinculação legitima) e investidura (atribuição oficial segundo normas pré-estabelecidas. Ex. ONU, Pacto São José da Costa Rica). 
Princípio da Igualdade das Partes: determina que ambas as partes tenham as mesmas oportunidades e os mesmos instrumentos de fazerem suas alegações e produzirem suas provas. A igualdade que se tem em vista é a igualdade substancial, tratando os iguais como iguais e os desiguais de forma desigual a medida de sua desigualdade (proporcionalidade). Ex. Proteção do consumidor.
Princípio do Contraditório e da Ampla defesa: o contraditório determina a permissão no processo do pleno desenvolvimento das posições contrapostas, dizendo respeito ao autor e o réu. Existe dois critérios que asseguram esse princípio: A ciência (conhecimento dos atos e fatos do processo) e reação (oportunidade de reagir contra ele). Tem-se uma exceção em relação as liminares (cautelar ou antecipação de tutela) que é concedida inaudita altera pars. A ampla defesa só diz respeito ao réu, é a plenitude dos meios e recursos a sua reação frente à postulação do autor.
Princípio da Ação ou Demanda: determina que a jurisdição é inerte, o juiz não atua de oficio, tendo que ser provocado. Essa inercia tem como objetivo preservar a imparcialidade do juiz. Com isso, busca-se evitar os processos inquisitórios, onde o juiz atua de oficio. Tem como exceções: execução trabalhista, habeas corpus de oficio, etc. 
Princípio da Adstrição: é derivado do princípio da ação, onde o juiz está vinculado aos limites do pedido, havendo nulidade da sentença ultra ou extra petita (além ou fora do pedido). 
Princípio da Disponibilidade e Indisponibilidade: a disponibilidade é a liberdade ao titular da pretensão de propor ou não em juízo e de desistir ou não da demanda. Porém a indisponibilidade é a obrigatoriedade de propor a demanda. Ex. Pretensão punitiva do Estado da ação penal pública incondicionada, onde o MP é obrigado a denunciar, onde a denúncia não pode ser retratada. 
Princípio Dispositivo e da Livre Investigação das Provas: dispositivo diz que a iniciativa das alegações e das provas devem ser das partes, sendo um reflexo da imparcialidade. Na livre investigação das provas o juiz tem plena liberdade pra investigar, afim de obter a verdade real. 
Princípio do Impulso oficial: instaurado o processo, cabe ao juiz dar-lhe andamento, fase por fase, até o seu desfecho. 
Princípio da Oralidade: os atos processuais devem ser praticados verbalmente, sempre que possível. Isso é diferente de sua documentação, que pode ser feita de diversas formas. A oralidade tem as seguintes vantagens: Imediação (identidade física do juiz), concentração dos atos processuais (é possível ser feito em apenas uma audiência) e celeridade. 
Princípio do Livre Convencimento: também chamado de persuasão radical do juiz, diz que o juiz forma seu convencimento livremente, mas dentro do que está nos autos e através de uma crítica racional, porém isso não é necessário quando de fato público e notório. Ex. Furacão. É por isso que as partes procuram convencer o juiz das suas razões, elas estão persuadindo. O autor apresenta sua tese e o réu sua antítese. Esse princípio se firmou a partir do princípio do sistema de prova legal e do princípio do julgamento segundo a consciência. 
Princípio da Motivação: completa o livre convencimento, também é chamado de princípio da fundamentação. O juiz deve explicar os fundamentos de sua decisão, mostrando a crítica racional de que resultou. Tido como necessário pois: é uma questão de ordem política (controle popular do Estado) e assegurar as partes o pleno conhecimento das razões da decisão, prevenindo de uma possível arbitrariedade. 
Princípio da Publicidade: todos os atos processuais e todo conteúdo do processo são de acesso irrestrito a todo e qualquer cidadão. A lei destaca que há possibilidade de restrição, onde se mede o prejuízo que a publicidade pode causar. 
Princípio da Lealdade Processual: todos que atuam no processo têm o dever de probidade na apuração da verdade e na celeridade do processo. Existindo um compromisso ético. Ex. Um desvio em relação a isso é o falso testemunho. 
Princípio da Economia Processual: deve-se buscar o máximo de resultado com o mínimo de dispêndio de esforço, tempo e gastos financeiros. 
Princípio da Instrumentalidade das Forças: se o ato processual, em relação a pratica em desconformidade da lei, atingiu sua finalidade e não causou prejuízo, deve ser aproveitado. Sendo uma exceção a relevância das formas. Seguindo um sentido finalístico da formalidade; seu caráter instrumental. Será um nulo eficaz, ou seja, um ato nulo que causará efeitos.
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição: direito da parte, da decisão que lhe é desfavorável, total ou parcialmente, para obter a reforma. No primeiro grau (instancia) é onde a causa vai ser reconhecida originalmente, em relação as instâncias superiores (3º e 4º) só será possível em alguns casos. O duplo grau tem aspectos negativos (procrastinação, não existe uma certeza que a 2º vai ser melhor, mais correta e mais justa e quando o 2º grau muda a decisão isso afeta a credibilidade do Poder Judiciário. 
Como aspectos positivos, temos: pressupõe um maior possibilidade de acerto. O outro grau é, em regra, composto por juízes mais experientes, contribui pra uma uniformização do entendimento da lei (maior eficácia), alivia a necessidade das pessoas a partir de outra oportunidade de discussão. 
É considerado um princípio relativo, pois a CF estabelece algumas competências isoladas. Ex. Competência isolada do STF, do senado no caso de impeachment etc.

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