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11. TGP PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

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TEORIA GERAL DO PROCESSO – PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
1. Pressupostos Processuais 
A doutrina conceitua os pressupostos processuais como “aquelas exigências legais sem cujo atendimento o processo, como relação jurídica, não se estabelece ou não se desenvolve validamente. E, em consequência, não atinge a sentença que deveria apreciar o mérito da causa”.
2. Diferença Entra Pressupostos e Condições Processuais
Tanto as condições da ação como os pressupostos processuais são causas de extinção do processo sem resolução do mérito, dizem respeito a sua idoneidade. Podemos concluir que os pressupostos processuais atuam no plano da validade da relação processual, enquanto as condições da ação, por importarem no cotejo do direito de ação concretamente exercido com a viabilidade abstrata da pretensão de direito material, atuam no campo da eficácia.
3. Classificação Analítica de Moacyr Amaral Santos
Divide-se em duas Vertentes;
3.1. Vertente Subjetiva 
Diz respeito aos sujeitos (Autor, réu e juiz), subdivide-se em:
I – quanto ao juiz: relaciona-se com a investura, competência e imparcialidade. Esses, inclusive, são os três elementos que caracterizam o juiz natural.
II – quanto às partes: o legislador processual tem em aberto os critérios pelos quais há de dizer quem pode titularizar direitos e deveres processuais (capacidade de parte), quem pode comparecer em juízo pessoalmente (capacidade processual) e quem pode atuar diretamente perante o juiz (capacidade postulatória). De regra opere-se a por assimilação do regime traçado no direito material civil.
a) Capacidade de ser parte: quem for, segundo o direito material civil, capaz de direitos e deveres (capacidade de direito); são as pessoas físicas, jurídicas e formais (Ex. massa falida e espolio).
b) Capacidade processual: capacidade de comparecer pessoalmente em juízo (legitimatio ad processum), quem, segundo o direito material, tiver capacidade de exercício (de fato, de agir). O suprimento da incapacidade se dá por representação, em caso de relativamente incapaz se dá por assistência. 
Obs. Não se confundem, a substituição processual (legitimação ad causam extraordinária) com a representação processual (suprimento de incapacidade processual): o substituto é parte (legitimado pela lei para ser autor, embora em favor de direito alheio); o representante não é parte, pois a parte é o próprio representado.
c) Capacidade postulatória: é tipicamente processual, consistindo na prerrogativa de se dirigir diretamente ao juiz na prática dos atos processuais e requerimentos. De regra, as pessoas não têm capacidade postulatória, por isto dependendo da representação por advogado, que é o profissional especificamente admitido ao suprimento dessa incapacidade, mas em vários casos a lei processual outorga a capacidade postulatória à própria parte ou terceiros. Ex. Habeas Corpus. 
3.2. Vertente Objetivos
São impeditivos da formação do processo, em relação ao seu objeto, podendo ser:
I – extrínsecos (externos, exógenos): referem-se a fatores que, embora exteriores ao processo impedem sua constituição válida. Ex. não-litispendência, não-coisa julgada, não-convenção arbitral, não-férias forenses, conciliação prévia trabalhista, pagamento das despesas de processo anterior extinto sem julgamento do mérito – quando o processo foi renovado. 
II – intrínsecos (internos, endógenos): referem-se aos procedimentos do próprio processo, ou seja, à subordinação do procedimento às normas legais. Ex. os exigidos à petição inicial; a citação do réu; a juntada do instrumento de mandato judicial; o depósito preliminar na ação consignatória.
4. Caracteres da Relação Processual
A relação processual é uma relação jurídica, dentro da qual se discute outra relação, que é a relação de direito material. São características essenciais:
Complexidade: é complexa porque envolve uma multiplicidade, implica um verdadeiro feixe de posições jurídicas (poderes, deveres, faculdades, ônus), que se alteram durante o processo. 
Progressividade: é uma relação dinâmica, se dá ao longo do tempo. Sendo uma sucessão de atos conexos e consequentes com um fim determinado, ou seja, cada ato anterior autoriza a pratica de outro.
Unidade: é uma relação una, permanece a mesma apesar das modificações subjetivas e até objetivas; são atos múltiplos, mas implicados (conexos e consequentes) com unidade de desiderato (a solução de uma lide determinada entre pessoas determinadas)
Caráter tríplice: há três polos, autor/juiz/réu, relação entre 3 sujeitos. O juiz (Estado), sujeito imparcial e constante e o autor e réu, sujeitos parciais e variáveis.
Natureza pública: é uma relação jurídica de direito público, porque o Estado está na relação processual no exercício de uma função de Poder; toda relação em que o Estado exerce uma função de Poder (e toda norma que a regula) tem natureza pública (= é de Direito Público). Disso decorre o princípio da inevitabilidade.

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