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Decadência 
A ordem jurídica exige a estabilidade das relações jurídicos-sociais, daí porque representa autêntica violência a preservação eterna de qualquer pendência. Essa a razão pela qual a ordem jurídica fixa um prazo para que as pessoas exercitem seu direito, sob pena de não mais poderem exercitá-lo, perdendo-o, pois a regra é que a lei ” não socorre a quem dorme” (ou “dormientibus non sucurrit jus”). 
Decadência é a extinção do direito pela inércia de seu titular, quando sua eficácia foi, de origem, subordinada à condição de seu exercício dentro de um prazo prefixado, e este se esgotou sem que esse exercício tivesse se verificado. 
Dois são os institutos, que, baseados no tempo, atingem o direito das pessoas, retirando-lhes a eficácia: a prescrição e a decadência. Enquanto na prescrição, o passar do tempo atinge, diretamente, a exigibilidade de um direito, quer dizer a pessoa não pode agir e, conseqüentemente, o direito não mais será exigível — na decadência, o tempo passado atinge diretamente o próprio direito e, conseqüentemente, a pessoa não poderá agir. 
Desta forma, a decadência é a perda da faculdade (possibilidade) de agir, por não ter sido ela exercitada no prazo legal.
Normalmente, são sujeitos á decadência os direitos chamados potestativos, ou seja, aqueles que conferem certos poderes às pessoas.Exemplo: o direito de se inscrever num concurso. Se a pessoa não se inscreve no prazo marcado, então perde o direito de inscrição. Decaiu do direito. 
Também o direito de promover uma ação penal privada: não promove dentro em 6 meses, o ofendido não mais pode mover; assim o será, também, para o Fisco: desde que alguém praticou o fato gerador, qualificando-se como sujeito passivo da obrigação tributária, que fez nascer — tera a Fazenda Pública de agir, para constituir seu crédito. Se não o fizer num determinado tempo, terá dormido, não mais o poderá .
os prazos de decadência fluem inexoravelmente contra quem quer que seja, não se suspendendo, nem admitindo interrupção.
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Prescrição
A ordem jurídica marca um prazo para que as pessoas exercitem esse seu direito, exigindo que os outros se submetam a ele, exigindo que os outros cumpram sua obrigação.
 Prescrição é a extinção de uma ação judicial possível, em virtude da inércia de seu titular por um certo lapso de tempo
Se a pessoa não exercitar seu direito de ação dentro desse prazo, não mais poderá exercitá-lo, pois a ordem jurídica “não socorre a quem dorme” (ou “dortnientibus non sucurrit jus”). 
Sempre que a pessoa permitir o escoamento de um prazo, deixando de agir a ponto de perder a exigibilidade de um seu direito, terá ocorrido a chamada “Prescrição”. É, portanto, a prescrição a perda da ação de exigir o direito, vale dizer, a exigibilidade atribuída a um direito, e de toda a sua capacidade defensiva, em conseqüência do uso delas, durante determinado espaço de tempo, ou, mais propriamente, a perda da exigibilidade do direito que se tinha (o direito não morreu, pois o devedor, por questões morais, até pode querer cumprir sua parte, e, portanto, não haveria enriquecimento sem causa do credor - o que impediria, por exemplo, que, arrependido, o devedor quisesse seu dinheiro ou bem de volta, alegando enriquecimento ilícito, sem causa: a causa contínua valida ( era o direito que tinha), embora perdido seu de ser exigido. 
Esse tempo, fixado pela lei proporcional à importância do direito conforme o reconheça a ordem jurídica, Por isso, quando se trata de um direito muito importante o prazo de prescrição é grande, mas se o direito é de pequena importância, o prazo será pequeno, variando esse tempo sempre na proporção da importância do direito a que se refere. 
a prescrição atuando, na ação, começa a correr do dia em que a ação poderia ser proposta e não o foi. É o princípio da "actio nata", ou seja, a prescrição começa do dia em que nasce a ação ajuizável. 
Assim, se o marido pretende anular um casamento, por que a mulher não mais era virgem quando do casamento (e ele não foi autor do defloramento) o prazo será de 10 dias a contar do casamento. 0 prazo para cobrar uma Nota Promissória é de 3 anos. O prazo para o Estado cobrar seus impostos é de 5 anos. O prazo para alguém defender sua propriedade contra quem a ocupe, se imóvel, é de 15 anos ou 20, se estiver ausente.
 Há dois tipos de prescrição: a extintiva e a aquisitiva. Na prescrição extintiva, a pessoa perde o direito, enquanto na aquisitiva adquire o direito, Exemplos: prescrição extintiva: o Estado não pode mais desapropriar, se, depois de 5 anos declarada a utilidade pública do imóvel, ainda não fez a desapropriação. Prescrição aquisitiva: 
usucapião, em que a pessoa, que ocupe um imóvel durante 20 anos, torna-se dona dele (se o ocupou na condição de proprietário, é claro, pois se ali ficou como inquilino, será sempre inquilino, pois o proprietário está exercitando sua propriedade). 
DIFERENÇAS ENTRE OS TERMOS:
Portanto, podemos fazer as diferenças entre Prescrição e Decadência da seguinte forma: 
a) A decadência tem por efeito extinguir o direito, e a prescrição extinguir a ação; 
b) A decadência não se suspende, nem se interrompe, e só é impedida pelo exercício do direito a ela sujeito; a prescrição pode ser suspensa ou interrompida por causas preclusivas previstas em lei; 
c) A decadência corre contra todos, não prevalecendo contra ela as isenções criadas pela lei a favor de certas pessoas; a prescrição não corre contra todos, havendo pessoas que por consideração de ordem especial da lei, ficam isentas de seus efeitos; 
d) A decadência resultante de prazo extintivo imposto pela lei não pode ser renunciada pelas partes, nem depois de consumada; a prescrição, depois de consumada, pode ser renunciada pelo prescribente; 
e) A decadência decorrente de prazo legal prefixado pelo legislador pode ser conhecida pelo juiz, de seu ofício, independentemente de alegação das partes; a prescrição das ações patrimoniais não pode ser, "ex officio", decretada pelo juiz.

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