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AD3-Filosofia e Etica

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
Polo: Volta Redonda 
Matrícula 17113110247 
Nome: Juliana Cristina Ribeiro 
 
Estude o capítulo 3 de Rezende, Antônio. Curso de Filosofia para professores e alunos de 
segundo grau e de graduação, págs. 69 a 87. 
Responda às questões 3, 4 e 5 da pág. 87. 
 
3. Seria possível ou pertinente hoje manter a distinção entre a opinião (doxa) 
e a ciência (episteme)? Em que termos ela se colocaria? 
Segundo o texto “O Realismo Aristotélico”, da autora Maria do Carmo Bettencourt de 
Faria, a distinção entre a doxa e a episteme é pertinente, pois a filosofia distinguiu que varia 
duma opinião “ignorante” que não pode ser comprovada até a busca de um conhecimento 
necessário e universal, sendo assim, toda ciência parte do princípio da ignorância. Hoje, a 
ciência possui papel fundamental na investigação e questionamento da opinião, pois é a partir 
disso que ela – ciência – nasce. 
Aristóteles faz essa distinção como a opinião sendo “um conhecimento sem 
importância, incerto e mutável” e a ciência sendo como “o estado de conhecimento entre a 
ignorância e a informação”. 
A opinião pode ser modificada quando a ciência se torna válida, sendo assim, a ciência 
torna-se real quando a busca por opinião segue o caminho da investigação através do 
raciocínio, chegando até o ponto de ser esclarecida, e por fim, torna-se conhecimento. 
 
4. Quais alterações mais visíveis, para você, no sentido do termo substância 
desde o modo como é definido por Aristóteles até o modo como é compreendido 
hoje pelo senso comum? 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
Segundo a autora Marilena Chauí, em seu livro Convite à Filosofia, Aristóteles afirma 
que “A essência ou ousía é a realidade primeira e última de um ser, aquilo sem o qual um ser 
não poderá existir ou deixará de ser o que é, dessa forma, à essência, entendida dessa 
perspectiva universal, dá-se o nome de substância”. “A substância é o indivíduo uno em si 
mesmo e separado dos demais”. Sendo assim, Aristóteles defini, o sentido do termo 
substância como a busca do ser, a parte de alguma coisa, ou seja, o ponto de partida de cada 
coisa, o seu início em busca da ciência. Este princípio deriva tudo que existe, inclusive o 
conhecimento. Resumidamente, o ser é na sua essência a substância. 
Em comparação, se pegarmos o significado de senso comum, temos como característica 
sendo o que é essencial e importante de alguma coisa. 
Entendo por substância em senso comum como sendo a matéria, qualquer coisa que 
ocupa o espaço, seja a parte principal ou a mais importante da “coisa”, objeto ou ser, por 
exemplo, a parte mais importante de uma cadeira, sua parte principal é a madeira e sua 
finalidade é para se sentar; de um homem é ser humano pensante. Já para filosofia no meu 
ponto de vista, a substância é o todo, um conjunto de propriedades e atributos que forma toda 
uma matéria, aquilo que determina uma diferenciação, as características dos seres, dos objetos 
e da “coisa”, nesse elemento há possibilidade de transformação, isto é, mudanças; por 
exemplo, a cadeira é de madeira, porém também é formada por outros elementos, o seu 
conjunto seria o ferro, os pregos, etc.; o homem além de ser humano tem características que o 
diferenciam dos demais, tais como, a cor dos olhos, sua estatura, sua personalidade. 
 
5. Você alguma vez já refletiu sobre a importância e/ou necessidade de 
separar, numa questão, os aspectos meramente acidentais daquilo que lhe pertence 
substancialmente? No plano do conhecimento? No plano da vida prática? As 
ciências atuais continuam com essa distinção entre atributos acidentais e atributos 
essenciais? Em que sentido? 
Sim, porque sendo o acidente diferente da substância, o acidente não deve interferi no 
sentido da essência do ser, daquilo que é essencial, por exemplo, para uma mulher obesa na 
sociedade atual, o acidente que seria a sua obesidade, a diferença com relação a outras 
 
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Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
mulheres; não interfere na vida cotidiana dela (ou pelo menos não deveria), sendo assim os 
atributos acidentais não interferem nos atributos essenciais do ser dessa mulher. 
No plano do conhecimento, segundo a autora Marilena Chauí, em seu livro “Convite à 
Filosofia”, Aristóteles define que “acidente é uma propriedade ou atributo que uma essência 
pode ter ou deixar de ter sem perder seu ser próprio. Por exemplo, um ser humano é racional 
ou mortal por essência, mas é baixo ou alto, gordo ou magro, negro ou branco, por acidente. 
A humanidade é a essência essencial (animal, mortal, racional, voluntário), enquanto o 
acidente é o que, existindo ou não existindo, nunca afeta o ser da essência (magro, gordo, 
alto, baixo, negro, branco). A essência é o universal; o acidente, o particular”. 
Em todos os planos é possível separar os atributos essenciais dos substanciais, já que o 
acidental não representa, mas auxilia na identificação, na sua definição. A essencial não muda 
com o passar dos tempos já o acidente pode vir a mudar. 
Já na vida prática os atributos acidentais continuam diferentes dos atributos essenciais, 
já que também definimos o acidente da substancia, por exemplo, para uma empresa a essência 
dela não muda, ela sempre será uma empresa no ramo corporativo, porém os seus acidentes 
podem variar de acordo com as possibilidades do mercado. O que muda são os acidentes, suas 
essências sempre serão as mesmas. Para as pessoas, um corte de cabelo, a roupa, uma 
deficiência muda à essência dela de ser “humano”? Não; esses acidentes não mudam a 
essência. 
Segundo o texto “O Realismo Aristotélico”, da autora Maria do Carmo Bettencourt de 
Faria, Aristóteles, a ciência não elimina os acidentes, porém parte do princípio do que é 
essencial “... é visível desde agora que não há ciência do acidente. Toda ciência se propõe 
com efeito [conhecer] o que é sempre ou o mais das vezes. Como, sem isso, se instruir a si 
mesmo, ou ensinar aos outros? é preciso que a coisa seja determinada como acontecendo 
sempre, ou o mais das vezes.” Ou seja ele terá que ser comprovado para deixar de ser 
acidente.

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