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AD4-Filosofia e Etica

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
Nome: Juliana Cristina Ribeiro 
Matrícula 17113110247 
Polo: Darcy Ribeiro – Volta Redonda 
 
 
Leia o texto de Pegoraro, Ética dos maiores mestres através da história, págs. 19-35. 
Atividades: 
1. Explique os temas centrais da ética de Platão. 
No texto Platão: ética da transcendência, apresentado por Pegoraro, vemos que às 
condições sociopolíticas de Atenas estavam em decadência, sendo difícil instaurar uma 
política contínua e duradoura. A democracia ateniense era para poucos cidadãos, e ainda 
assim, essa pequena parcela da população estava mais preocupada com suas particularidades. 
Nesse contexto, após análise dos fatos negativos que via e vivia, nasce o insistente discurso de 
Sócrates, apresentando assim, a necessidade de restaurar a imagem do homem, sendo que esse 
deveria voltar à sua interioridade e recuperar seu valor e dignidade moral, consequentemente, 
este seria o princípio para que Atenas viesse a ter bons cidadãos numa polis justa. Portanto, a 
ética nasce com os temas centrais, nunca esgotados, do bem, da virtude, do valor da pessoa e 
da sociedade justa, nasce então para explicar a prática da justiça e a conduta humana. É esta a 
pregação ética e política que Platão ouviu e aprendeu do mestre Sócrates. 
Mas o pior cenário estava por acontecer, “o homem mais sábio e mais justo” foi 
condenado à morte por causa de suas ideias filosóficas, este acontecimento mostrou de forma 
cruel à dificuldade de se pensar e agir livremente e com sabedoria numa cidade como Atenas. 
Este choque abalou profundamente Platão, porém ele não desistiu de seguir os ideais políticos 
do mestre, apenas mudou de estratégia, decidindo seguir por um caminho mais longo e mais 
seguro: a educação dos cidadãos. Toda filosofia de Platão segue o processo de educação para 
a justiça e para um estado bem ordenado, tese de sua obra central, A República. 
Não há, nos Diálogos, um que seja um tratado sobre a ética, mas em toda sua obra, Platão 
tem um profundo sentido ético. Os três eixos centrais que comandam a ética platônica são: 
primeiro, a justiça na ordem individual e social; segundo, a transcendência do Bem, 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
fundamento seguro e inabalável da conduta humana e da distinção entre o bem e o mal; 
terceiro, as virtudes humanas e a ordem política presidida pela justiça. 
Os filósofos do círculo socrático discutiram os tipos e os modos de vida adequados ao ser 
humano. Duas eram as maneiras de viver mais debatidas: uma propunha que o sentido da vida 
está na busca do prazer e da produção das coisas úteis que alimentam o prazer; a segunda 
coloca o sentido da vida na sabedoria e na prática da virtude. Platão defende um ideal de vida 
centrado na sabedoria, na virtude e na convivência social justa. Porém, este ideal não exclui a 
vida prazerosa, apenas estabelece um equilíbrio racional em todas as inclinações humanas. 
Platão adota uma posição sem condenar os prazeres da vida, apenas fixa uma regra para a 
conduta humana, esta norma está na teoria das ideias, especialmente ideia do bem, supremo e 
absoluto. Portanto a regra da felicidade é o bem transcendente que mede nosso agir moral 
imanente. “Sábio é aquele que pratica a virtude e cultiva a sabedoria.” 
É pela prática da virtude, que o homem sábio se eleva do bem que pratica para o sumo bem 
transcendente. Virtude é uma atividade da alma, e consiste num hábito, um comportamento 
fixo da alma. A virtude nasce dos costumes que são regulados pelas leis. O sábio, pela 
virtude, estabelece ordem, harmonia e equilíbrio em sua conduta subordinando-a a razão. 
 
2. O que significa a Justiça na ética de Platão? 
Segundo o texto Platão: ética da transcendência, de Pegoraro, a justiça na ética de Platão 
é a prática do bem, a virtude da harmonia leva o nome de Justiça, sendo assim, justiça e a 
ideia do bem formam a espinha dorsal da ética e do pensamento de Platão. A justiça rege, 
unifica e hierarquiza a variedade dos constitutivos do homem. A justiça harmoniza a polis, a 
relação entre as classes sociais. A harmonia das pessoas e da polis é uma imitação da 
harmonia cósmica que também é instaurada pela lei universal e divina da justiça. 
Portanto o sistema de Platão só tem uma virtude fundamental: a justiça que rege todas as 
outras, especialmente as virtudes cardeais da prudência, coragem e temperança. A justiça é a 
transcendência do bem, quando se explica o bem se acha o sentido da justiça. 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
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BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
Se você não tiver equilíbrio entre a razão e a sabedoria, você sairá do caminho do bem. A 
justiça harmoniza as relações sociais, conciliando os interesses da coletividade e a busca dos 
prazeres individuais. 
Para Platão, os governantes deveriam ser primeiramente filósofos, pois sendo 
conhecedores do saber, sempre estariam em busca de novos conhecimentos, e ao buscar a 
sabedoria sempre estariam no caminho da justiça, em prol de todos, senão simplesmente 
viveriam sem a ética e em busca apenas de seus próprios interesses. 
 
3. A virtude pode ser ensinada ou é inata? 
Platão segue a mesma linha de seu mestre Sócrates, e reafirma a ideia de que a virtude é 
inata, nasce com o ser, não pode ser ensinada, está dentro de cada um de nós desde que 
nascemos, cada um possui a sua e ninguém consegue incluí-la no próximo, o individuo a leva 
pela sua trajetória, porém cabe a ele, ao longo da sua vida, aprimora-la e desenvolve-la, sendo 
assim, essa intensidade dependeria apenas do ser. A virtude será desenvolvida através dos 
valores, dos costumes e das leis que são transmitidas pelas pessoas da mesma sociedade. 
Segundo o texto Platão: ética da transcendência, de Pegoraro, a virtude não se 
aprende como a matemática; não é assunto de instrução, mas pode ser transmitida pela 
influência das pessoas de bem que sabem o que é bem que da fundamentação às nossas 
condutas.

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