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Aula 09

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Aula 09
Noções de Direito Administrativo p/ INSS - Técnico do Seguro Social - Com videoaulas -
2016
Professor: Daniel Mesquita
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Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico do 
Seguro Social. 
Teoria e exercícios comentados. 
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AULA 09: Regimes jurídicos. Deveres. Responsabilidades 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO À AULA 09 2 
2. REGIME DISCIPLINAR 2 
2.1 DOS DEVERES 6 
2.2 DAS PROIBIÇÕES 7 
2.2.1 DA ACUMULAÇÃO 11 
2.3 DAS PENALIDADES 18 
3. DAS RESPONSABILIDADES 42 
3.1 RESPONSABILIDADE CIVIL 42 
3.2 RESPONSABILIDADE PENAL 45 
3.3 RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA 49 
4. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR 50 
4.1. PROCESSO SUMÁRIO 70 
4.2. REVISÃO 73 
5. RESUMO DA AULA 85 
6. QUESTÕES 99 
7. REFERÊNCIAS 109 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Introdução à aula 09 
 
Bem vindos à nossa aula de Direito Administrativo para o INSS ± 
Técnico do Seguro Social. 
Nesta aula 09, abordaremos a matéria ³regime disciplinar; 
responsabilidade civil, criminal e administrativa�´. 
Não se esqueça de que, ao final, você terá um resumo da aula e as 
questões tratadas ao longo dela. Use esses pontos da aula na véspera 
da prova! 
Chega de papo, vamos à luta! 
 
 
2. Regime Disciplinar 
 
Você já sabe que a Administração goza do poder disciplinar. 
O poder disciplinar é um poder-dever que cabe à Administração de 
examinar infrações cometidas por servidores públicos e demais 
pessoas com vínculo jurídico específico, sujeitas à disciplina 
administrativa. Podendo ainda aplicar penalidades se necessário após 
a devida averiguação dos fatos. 
Esse poder disciplinar está intimamente ligado ao poder 
hierárquico. No momento em que a administração exerce o controle 
interno das pessoas a ela vinculadas, exerce o poder disciplinar em uma 
relação decorrente do poder hierárquico. 
 
Se aos agentes superiores competem o comando e o dever de 
fiscalizar, é resultado natural a possibilidade de exigir o cumprimento 
das ordens e regras legais e, caso não ocorra, aplicar a respectiva 
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penalidade. Assim, para os servidores públicos, a possibilidade de 
aplicação de sanção decorre da existência de hierarquia. 
Esse poder não abrange as sanções impostas aos 
particulares, uma vez que eles não estão sujeitos à disciplina interna da 
Administração e, nesse caso, as medidas punitivas fundamentam-se no 
Poder de Polícia do Estado. 
Nos contratos administrativos regidos pela Lei nº 8.666/93 não há 
hierarquia. Apesar das cláusulas exorbitantes nos contratos 
administrativos, a Administração e o particular contratado não se 
situam em uma relação de subordinação. 
Contudo, as bancas vêm adotando cegamente o 
posicionamento doutrinário de Vicente de Paulo e Marcelo Alexandrino 
de que as sanções administrativas a que se sujeitam os contratados 
GHFRUUHP� GR� SRGHU� GLVFLSOLQDU�� XPD� YH]� TXH� HVWH� VHULD� ³XP� YtQFXOR�
MXUtGLFR�HVSHFtILFR´�� 
Por isso, fique atento: para concurso, o poder disciplinar 
fundamenta as sanções aplicadas nos contratos administrativos. 
Normalmente, se diz que o Poder Disciplinar é discricionário. Essa 
afirmação decorre, por exemplo, da margem que o administrador tem 
ao aplicar a pena de suspensão, por exemplo. A lei define que o prazo 
de suspensão é de até 90 dias, assim, fica ao juízo discricionário do 
administrador escolher se aplica 5, 10, 30 ou 90 dias de suspensão ao 
servidor, por exemplo. 
Segundo Fernanda Marinela, contudo, não se pode afirmar que o 
Poder Disciplinar é sempre discricionário. A liberdade e o juízo de valor 
do administrador (= a discricionariedade) estão presentes na amplitude 
da infração funcional (levando em consideração a natureza e a 
gravidade da infração e os danos para o serviço público ± Exemplo 
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clássico: qual a sanção de suspensão será aplicada? 5 dias, 10 ou 90?), 
na definição de seu conteúdo (em razão das expressões imprecisas 
contidas na lei), devendo respeitar sempre os princípios constitucionais. 
Contudo, a instauração do processo, sua construção e a aplicação 
da sanção correspondente estão determinadas na lei, não tendo o 
agente público liberdade sobre eles. Assim, ao se ver diante de uma 
situação que possa se configurar infração funcional, o administrador 
tem o dever de determinar a abertura do processo (não há 
discricionariedade aqui, o ato é vinculado). Noutro giro, se a lei definir 
que o servidor que praticar crime contra a Administração sofrerá a pena 
de demissão, a decisão do administrador só poderá ser a de demitir o 
servidor se o processo demonstrar a ocorrência de crime. 
Assim, nem sempre o Poder Disciplinar é discricionário. 
 Por força dos princípios da proporcionalidade, 
dignidade da pessoa humana e culpabilidade, aplicáveis ao regime 
jurídico disciplinar, não há juízo de discricionariedade no ato 
administrativo que impõe sanção a Servidor Público em razão do 
cometimento de infração disciplinar, de sorte que o controle 
jurisdicional é amplo, não se limitando, portanto, somente aos aspectos 
formais (MS 13.083/DF, STJ ± Terceira Seção, Rel. Min. Napoleão Nunes 
Maia Filho, julgamento: 13.05.2009, DJe: 04.06.2009) (grifo nosso). 
CUIDADO: Quando o assunto é o julgamento pela 
aplicação de pena para crimes e contravenções próprias do Código 
Penal pelo Poder Judiciário, não há manifestação do poder 
disciplinar. Nesse caso, o poder público está exercendo poder punitivo 
do Estado e não o poder disciplinar, objetivando a defesa da ordem 
pública. 
Convém destacar que, diante do fato concreto, é possível a 
tipificação de uma mesma conduta como ilícito civil, administrativo e 
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penal, admitindo-se a instauração dos três processos com competências 
diferentes, os quais se submetem à regra da independência das 
instâncias (possibilidade de decisões diferentes), salvo casos 
excepcionais. 
A principal possibilidade de comunicação/vinculação entre os 
processos decorre da absolvição penal com o reconhecimento de 
inexistência de fato e negativa de autoria.³������ ,,,� ± A independência entre as instâncias penal, civil e 
administrativa, consagrada na doutrina e na jurisprudência, permite à 
Administração impor punição disciplinar ao servidor faltoso à revelia de 
anterior julgamento no âmbito criminal, mesmo que a conduta 
imputada configure crime em tese. Somente em face da negativa de 
autoria ou inexistência do fato, a senetença criminal produzirá 
efeitos na seara administrativa, sendo certo que a eventual extinção 
da punibilidade na esfera criminal ± in casu pela suspensão condicional 
do processo ± não obsta a aplicação da punição na esfera 
administrativa. Precedentes. IV ± A sanção administrativa é aplicada 
para salvaguardar os interesses exclusivamente funcionais da 
Administração Pública, enquanto a sanção criminal destina-se à 
proteção da coletividade. �����´� �RMS 18.188/GO, STJ ± Quinta Turma, 
Rel. Min. Gilson Dipp, julg: 02.05.2006, DJ: 29.05.2006). 
Importante ressaltar, ainda, que o Poder Disciplinar também está 
sujeito ao controle pelo Poder Judiciário, sempre que a conduta do 
administrador contrariar a regra legal. 
 
Embora o Judiciário não possa substituir-se à Administração na 
punição do servidor, pode determinar a esta, em homenagem ao 
princípio da proporcionalidade, a aplicação de pena menos severa, 
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compatível com a falta cometida e a previsão legal (RMS 24.901/DF, 
Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ: 11.06.2004). 
A Lei 8.112/90 dispõe, em linhas gerais, como deve ser exercido 
esse poder disciplinar com relação ao servidor público. 
O regime disciplinar encontra previsão no título IV da Lei 8.112. 
Os seus capítulos dispõem: Capítulo I- Dos Deveres; II- Das Proibições; 
III- Da acumulação; IV- Das Responsabilidades; V- Das Penalidades. 
Veremos a seguir cada um desses capítulos. Além disso, veremos ainda 
o título V da referida lei, que trata do Processo Administrativo 
Disciplinar. 
 
2.1 Dos Deveres 
 
Com relação aos deveres, vale a transcrição do art. 116 da Lei 
8.112/90: 
Art. 116. São deveres do servidor: 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
II - ser leal às instituições a que servir; 
III - observar as normas legais e regulamentares; 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; 
V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as 
protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que 
tiver ciência em razão do cargo; (Vide Lei nº 12.527, de 2011) 
VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; 
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
 
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PRESTE BEM ATENÇAO PARA O DEVER INSERTO 
NO INCISO IV: CUMPRIR AS ORDENS SUPERIORES, EXCETO 
QUANDO MANIFESTAMENTE ILEGAIS. 
E se o servidor receber uma ordem ilegal o que ele deve 
fazer? 
O servidor não deverá cumpri-la e, além disso, neste momento 
também aparece o dever do servidor de representar contra o superior 
que lhe deu a ordem. 
A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela 
via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a 
qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa. 
Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, 
penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, 
quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade 
competente para apuração de informação concernente à prática de 
crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em 
decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública (art. 126-
A, acrescentado à Lei nº 8.112/90 pela Lei nº 12.527/11). Para vocês 
HQWHQGHUHP��R�REMHWLYR�GHVVH�GLVSRVLWLYR�p�HYLWDU�SRVVtYHO�³YLQJDQoD´�GD�
autoULGDGH�VXSHULRU�HP�UHODomR�D�VHUYLGRU�TXH�D�³GHGXURX´� 
Cada um dos deveres violados terá uma sanção disciplinar, 
observada a previsão legal e o devido processo administrativo. 
 
2.2 Das Proibições 
 
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Além dos deveres, a Lei n. 8.112/90 arrola várias proibições. 
Estas são específicas e a lei comina a sanção que deverá ser aplicada 
caso o agente incorra em cada uma delas. 
Vejamos a classificação das proibições com modelo semelhante ao 
proposto por Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo: 
1. Proibições que acarretam advertência (a numeração foi 
feita de acordo com a posição dos incisos): 
 Art. 117. Ao servidor é proibido: 
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização 
do chefe imediato; 
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer 
documento ou objeto da repartição; 
III - recusar fé a documentos públicos; 
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou 
execução de serviço; 
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, 
o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu 
subordinado; 
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação 
profissional ou sindical, ou a partido político; 
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, 
cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; 
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. 
 
2. Proibições que se infringidas têm por consequência a 
suspensão: 
Art. 117. Ao servidor é proibido: 
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, 
exceto em situações de emergência e transitórias; 
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o 
exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; 
Lembre-se que, nos casos de reincidência em que o servidor já 
foi penalizado com a advertência, a suspenção poderá ser aplicada. 
Além disso, a suspensão é de aplicação residual, ou seja, se não 
houver previsão de outra penalidade, a suspensão deve ser aplicada. 
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Cometer à pessoa estranha à repartição o 
desempenho de atribuições é caso de advertência enquanto 
cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo é caso 
de suspensão. Muito cuidado para não confundir!!! 
 
3. Poderá ocasionar a demissão 
 Art. 117. Ao servidor é proibido: 
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em 
detrimento da dignidade da função pública; 
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na 
qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, 
salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de 
parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; 
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer 
espécie, em razão de suas atribuições; 
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
XV - proceder de forma desidiosa; 
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou 
atividades particulares; 
 
 Perceba que se trata de situações bem mais graves, em que se 
aplica a pena de demissão, extinguindo-se o vínculo entre o servidor e a 
Administração Pública. 
 Existem dois casos em que não se aplica a vedação 
do inciso X: 
1) Participação nos conselhos de administração e fiscal 
de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou 
indiretamente, participação no capital social ou em sociedade 
cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; 
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2) Gozo de licença para o trato de interesses 
particulares, observada a legislação sobre conflito de interesses. 
 
 
 
 
1. (2013/CESPE/MPOG/Analista - Negócios) Tendo como 
referência a Lei n.º 8.112/1990, julgue os itens subsecutivos. O 
funcionário do Ministério do Planejamento deverá manifestar 
claramente, na sua seção, a sua discordância e seu desapreço aos atos 
que julgue equivocados e tenham sido desenvolvidos pelas chefias do 
órgão. 
 RESPOSTA: 
 
Dentre as proibições da Lei 8.112/90 está: Ao servidor é proibido 
promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da 
repartição. 
Gabarito: Errado. 
 
 
2. (2013/CESPE/DEPEN/Especialista) Ao servidor público 
federal é vedado participar de sociedade privada que explore atividade 
econômica. 
RESPOSTA: 
O art. 117. Ao servidor é proibido: 
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, 
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personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na 
qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 
Logo, ele não poderá participar de gerência ou administração, pois, 
provavelmente, afetaria no seu serviço público, pois exige um alto grau 
de dedicação. Mas se for somente acionista, cotista ou comanditário, 
não haverá problema. 
Gabarito: Errado 
 
 
3. (2013/ CESPE/ IBAMA/Analista Administrativo) De acordo 
com o estatuto do servidor público federal, julgue os itens subsecutivos. 
Ao servidor público é vedado promover manifestação de apreço ou 
desapreço no recinto da repartição. 
RESPOSTA: 
A resposta desta questão está expressa na lei 8112/90. Veja: 
³$UW�������$R�VHUYLGRU público é proibido: 
V- promover a manifestação de apreço ou desapreço no recinto da 
UHSDUWLomR�´ 
Gabarito: Correto 
 
 
 
 
2.2.1 Da acumulação 
 
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A regra geral é a vedação à acumulação. Assim, somente nas 
hipóteses expressamente previstas no texto constitucional será ela 
lícita, mesmo assim, quando houver compatibilidade de horários. 
 
1) A compatibilidade de horários é requisito indispensável para 
o reconhecimento da licitude da acumulação de cargos públicos. É ilegal 
a acumulação dos cargos quando ambos estão submetidos ao regime de 
40 horas semanais e um deles exige dedicação exclusiva (MS 
26085/DF, STF ± Tribunal Pleno, Rel.ª Min.ª Cármen Lúcia, julg: 
07.04.2008, DJ: 13.06.2008). 
Entendimento mais recente, mas do STJ: 
2) O art. 37, XVI, da CF, bem como o art. 118, §2º, da Lei nº 
8.112/90, somente condicionam a acumulação lícita de cargos à 
compatibilidade de horários, não havendo qualquer previsão que limite 
a carga horária máxima, diária ou semanal (AgRg no AREsp 
291.919/RJ, STJ ± Primeira Turma, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia 
Filho, julg: 18.04.2013, DJe: 06.05.2013). 
 A vedação só existe quando ambos os cargos, empregos ou 
funções forem remunerados. As exceções somente admitem dois 
cargos, empregos ou funções, inexistindo qualquer hipótese de tríplice 
acumulação, a não ser que uma das funções não seja remunerada. 
 
³,�� 2� DFyUGmR� UHFRUULGR� HQWHQGHX� TXH� R� VHUYLGRU� S~EOLFR� TXH�
exerce três cargos ou empregos públicos de médico ± um no INSS, 
outro na Secretaria Estadual de Saúde e Meio Ambiente e outro junto a 
hospital controlado pela União, incorre em acumulação ilegal de cargos. 
(...) (RMS 23917/DF, STF ± Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo 
Lewandowski, julg: 02.09.2008, DJe: 18.09.2008). 
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 A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e 
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de 
economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou 
indiretamente, pelo poder público. 
 Quando houver compatibilidade de horários, é possível 
acumular, quando o servidor está em atividade nos dois cargos e recebe 
remuneração em ambos ou quando o servidor está aposentado nos dois 
cargos e recebe proventos em ambos: 
1. Dois cargos de PROFESSOR; 
2. Um cargo de PROFESSOR com outro, TÉCNICO OU 
CIENTÍFICO; 
Considera-se como cargo técnico ou científico aquele que 
requer conhecimento técnico específico na área de atuação do 
profissional, com habilitação legal específica de grau 
universitário ou profissionalizante de segundo grau (RMS 23131/BA, 
STJ ± Sexta Turma, Rel.ª Min.ª Maria Thereza de Assis Moura, julg: 
18.11.2008, DJe: 09.12.2008). 
Para analisar a existência do caráter técnico de um cargo, 
exige-se, ainda, a observância da lei infraconstitucional 
pertinente (RE 379060 ED/DF, STF ± Segunda Turma, Rel. Min. 
Eros Grau, julg: 04.11.2008, DJe: 27.11.2008). 
3. Dois cargos ou empregosPRIVATIVOS DE 
PROFISSIONAIS DE SAÚDE, com profissões 
regulamentadas. 
Lembre-se que, nesses casos, a soma das duas remunerações 
não pode ultrapassar o teto remuneratório previsto no art. 37, inciso IX, 
da CF. 
O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, 
exceto no caso de exercício interino em outro cargo de confiança, nem 
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ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva. 
EXCEÇÃO: essa regra não se aplica à remuneração devida pela 
participação em conselhos de administração e fiscal das 
empresas públicas e sociedades de economia mista, suas 
subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou 
entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha 
participação no capital social, observado o que, a respeito, 
dispuser legislação específica. 
O servidor que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando 
investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de 
ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver 
compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, 
declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades 
envolvidos. 
 Importante notar a existência, no texto 
constitucional, de outras hipóteses em que é lícita a acumulação 
remunerada, a saber: 
1. Permissão de acumulação para os VEREADORES, desde 
que haja compatibilidade de horários e condicionada ao 
limite remuneratório do art. 37, XI, CF; 
Lembrando que, no caso de mandato eletivo federal, 
estadual ou distrital, não há acumulação de cargos nem 
direito de optar pela remuneração; já no caso de mandato 
de prefeito, embora também não possa acumular, pode 
optar pela remuneração que quer receber (OBS: aplica-se a 
mesma regra do prefeito para quando o mandato for de 
vereador e inexistir compatibilidade de horários). 
2. Permissão para os JUÍZES exercerem o MAGISTÉRIO; 
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3. Permissão para os MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
exercerem o MAGISTÉRIO. 
A proibição de acumular é a mais ampla possível, abrangendo, 
salvo as exceções constitucionalmente previstas, qualquer agente 
público remunerado em qualquer poder ou esfera da Federação. 
Quanto ao tratamento dado à percepção simultânea de 
remuneração e de proventos de aposentadoria, o art. 37, §10, da 
Constituição Federal, prevê que é vedada a percepção simultânea 
de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos 
arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função 
pública, RESSALVADOS (ou seja, nas hipótese a seguir será possível 
a acumulação de aposentadorias): 
1. os cargos acumuláveis na forma desta Constituição; 
2. os cargos eletivos; e 
3. os cargos em comissão declarados em lei de livre 
nomeação e exoneração. 
Como se vê, um juiz pode ter a aposentadoria de seu cargo de 
juiz e uma de magistério, pois são cargos acumuláveis na atividade. 
Além disso, entende-se que a soma dessas aposentadorias não pode ser 
superior ao TETO. 
ATENÇÃO!!! Não se enquadram na proibição de acumulação 
de proventos com remuneração os proventos recebidos em 
decorrência de aposentadoria obtida pelo regime geral de 
previdência (RGPS), de que trata o art. 201 da Constituição. 
Assim, ressalvadas as exceções analisadas em que a acumulação é 
possível, todas as demais representam conduta ilegal e, tratando-se de 
servidor público federal, regido pela Lei nº 8.112/90, a conduta 
representa uma infração funcional grave, punível com demissão. 
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Para os servidores titulares de cargo no âmbito federal, a Lei nº 
8.112/90 dispõe, em seu art. 132, que a acumulação ilegal de cargos é 
infração funcional punível com demissão. Detectada a qualquer tempo a 
acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a 
autoridade competente notificará o servidor, por intermédio de sua 
chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez 
dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará 
procedimento administrativo disciplinar sumário para a sua apuração e 
regularização imediata, conforme previsão do art. 133, da mesma lei. A 
jurisprudência do STF tem reconhecido a presunção de má-fé do 
servidor que, embora notificado, não faz a opção que lhe compete, 
cabendo, conforme o caso, a pena de demissão (RMS 23917/DF, STF ± 
Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julg: 02.09.2008, DJe: 
18.09.2008). 
Antes de encerrar, vale a pena ler os dispositivos da Lei n. 
8.112/90 relacionados à acumulação. PRESTE ATENÇÃO! 
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a 
acumulação remunerada de cargos públicos. 
§ 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em 
autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia 
mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos 
Municípios. 
§ 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à 
comprovação da compatibilidade de horários. 
§ 3o Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de 
cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo 
quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis 
na atividade. 
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, 
exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 9o, nem ser remunerado 
pela participação em órgão de deliberação coletiva. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração 
devida pela participação em conselhos de administração e fiscal das 
empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e 
controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a União, 
direta ou indiretamente, detenha participação no capital social, observado o 
que, a respeito, dispuser legislação específica. 
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular 
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licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento 
em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese 
em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um 
deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades 
envolvidos. 
 
 
 
4. (CESPE - 2014 - PM-CE - Oficial da Polícia Militar) A 
proibição de acumular cargos públicos alcança todos os órgãos da 
administraçãodireta, autárquica e fundacional, não se estendendo 
apenas aos empregos situados nas empresas públicas, sociedades de 
economia mista e suas subsidiárias, cujo pessoal está submetido a 
regime jurídico de direito privado. 
A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e 
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de 
economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou 
indiretamente, pelo poder público. 
Gabarito: Errado. 
 
5. (CESPE ± 2013 ± TRF2ª região ± Juiz Federal ± questão 
adaptada). É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, 
exceto quando, havendo compatibilidade de horários, caracterizar-se 
uma das seguintes situações: dois cargos ou empregos privativos de 
profissionais de saúde; dois cargos de professor; ou um cargo de 
professor com outro de natureza técnica ou científica. 
Nessa questão o Cespe foi um pouco maldoso! O Erro da questão é 
muito sutil. O Art 37 CF XVI dispõe: é vedada a acumulação 
remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver 
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compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no 
inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de 
saúde, com profissões regulamentadas. 
O item então está incorreto. 
6. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo) 
Servidor público que ocupe cargo de médico na administração direta da 
União e cargo de professor em uma universidade pública federal, ambos 
remunerados, pode, havendo compatibilidade de horários entre as 
atividades, ocupar outro cargo público remunerado de médico, desde 
que esse cargo se situe no âmbito da administração de um estado-
membro, do Distrito Federal ou de um município. 
Em nenhuma das hipóteses que estudamos é possível acumular 
três cargos. Tal hipótese não está prevista na Constituição. Item 
errado. 
 
2.3 Das Penalidades 
 
O servidor estará sujeito às penalidades sempre que descumprir 
suas obrigações e faltar com seus deveres, devendo ser observado o 
devido processo legal. 
Por devido processo legal se entende tanto a necessidade de se 
observar o procedimento previsto em lei para se aplicar a penalidade 
(não pode o superior hierárquico criar um procedimento para punir um 
subordinado, ele deve seguir o rito que a lei prevê) como a necessidade 
de aplicar, tão somente, as infrações previstas na lei de acordo com a 
conduta praticada pelo servidor (devido processo legal substancial). 
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Esses postulados decorrem dos seguintes dispositivos do art. 5º 
da Constituição de 1988: 
Art. 5º 
(...) 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em 
geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e 
recursos a ela inerentes;. 
 
O artigo 127 da Lei n. 8.112/90 prevê as penalidades 
disciplinares: 
Art. 127. São penalidades disciplinares: 
I - advertência; 
II - suspensão; 
III - demissão; 
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
V - destituição de cargo em comissão; 
VI - destituição de função comissionada. 
 
Perceba que o rol traz 6 penas, da mais branda (advertência) até 
a mais grave (demissão e cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade). 
A demissão e a cassação de aposentadoria e da disponibilidade 
são equivalentes, pois não faz sentido aplicar a demissão a um servidor 
que já se aposentou. Nesse caso, o que faz sentido é destituir a 
aposentadoria desse servidor, pois ele já não está trabalhando e vai 
passar a não perceber nenhum valor, interrompendo seu vínculo com o 
serviço público. 
Veja que a remoção de ofício não é uma sanção disciplinar e não 
pode ser utilizada para esse fim, sob pena de se caracterizar num 
desvio de finalidade. Nesse passo, vale destacar que o administrador 
não poderá inovar nas sanções a serem aplicadas no servidor (não pode 
criar uma nova sanção), tal dispositivo é numerus clausus. 
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Você deve ter observado que há uma discricionariedade no grau 
de aplicação da pena, por isso sempre será analisado a natureza e a 
gravidade da infração cometida, bem como o princípio da 
proporcionalidade. 
ATENÇÃO: Também se verifica, ao aplicar a penalidade, o 
tamanho do dano para o serviço público, as circunstâncias 
agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. 
 Veja o seguinte dispositivo da Lei nº 8.112/90: 
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a 
gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço 
público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes 
funcionais. 
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o 
fundamento legal e a causa da sanção disciplinar. 
 
Vamos a cada uma das penalidades? 
 
a) ADVERTÊNCIA: será aplicada nos casos que já citamos, 
em situações em que a repreensão ao servidor deve ser branda, pois o 
fato praticado não é grave. Destacamos ainda que a advertência será 
por escrito e ficará no banco de dados do servidor até ser cancelada 
após 3 anos de efetivo exercício, desde que não praticada nova infração 
disciplinar. O cancelamento, contudo, não tem efeitos retroativos. 
Confira o art. 129 da Lei 8.112/90: 
 Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação 
de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância 
de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que 
não justifique imposição de penalidade mais grave. 
 
Lembre-se das hipóteses de proibições que ensejam a advertência: 
 Art. 117. Ao servidor é proibido: 
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização 
do chefe imediato; 
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer 
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documento ou objeto da repartição; 
III - recusar fé a documentos públicos; 
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou 
execução de serviço; 
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei,o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu 
subordinado; 
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação 
profissional ou sindical, ou a partido político; 
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, 
cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; 
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. 
 
b) SUSPENSÃO: será cabível nos casos de reincidência em 
que a advertência foi aplicada, além das situações já tratadas, não 
puníveis com demissão. O servidor poderá ser suspenso por no 
máximo 90 dias. 
Lembre-se das hipóteses que ensejam a suspensão: 
Art. 117. Ao servidor é proibido: 
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, 
exceto em situações de emergência e transitórias; 
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o 
exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; 
 
A lei nos traz um caso específico de suspensão. Vamos conferir? 
Art. 130 § 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o 
servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção 
médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da 
penalidade uma vez cumprida a determinação. 
 Quando for conveniente ao serviço público, a 
penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 
50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, 
ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço (art. 130, §2º). 
Essa hipótese é menos prejudicial ao servidor, uma vez que no 
período da suspensão ele fica sem receber os seus vencimentos. 
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CUIDADO! Dentre as penalidades expostas no art. 127 da Lei 
���������QmR�H[LVWH�D�³SHQD�GH�PXOWD´��D�PXOWD�VHUi�DSOLFDGD�VRPHQWH�
no caso de conversão da suspensão. 
O cancelamento do registro da suspensão só se dará após 5 anos 
de efetivo exercício, desde que não praticada nova infração disciplinar. 
O cancelamento, contudo, não tem efeitos retroativos. 
Mais uma vez, isso deve ficar claro: o servidor não receberá 
remuneração no período da suspensão tampouco o tempo de suspensão 
será computado como tempo de serviço. 
 
c) DEMISSÃO: Neste caso não há cancelamento do registro da 
pena, o servidor perde o seu vinculo com a Administração e deixa de 
prestar o serviço público. Vimos acima proibições que ensejam a 
demissão, se descumpridas. 
Para que você não esqueça, vamos relembrar as hipóteses: 
 Art. 117. Ao servidor é proibido: 
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em 
detrimento da dignidade da função pública; 
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na 
qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, 
salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de 
parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; 
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer 
espécie, em razão de suas atribuições; 
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
XV - proceder de forma desidiosa; 
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou 
atividades particulares; 
 
Contudo, você deve estar atento ao art. 132 da Lei 8.112/90, que 
prevê diversas outras situações em que será aplicada a pena de 
demissão. Confira: 
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Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 
I - crime contra a administração pública; 
II - abandono de cargo; 
III - inassiduidade habitual; 
IV - improbidade administrativa; 
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; 
VI - insubordinação grave em serviço; 
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em 
legítima defesa própria ou de outrem; 
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; 
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; 
XI - corrupção; 
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; 
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. 
 
Veja que os fatos que ensejam a demissão são fatos graves 
(aplicar irregularmente dinheiro público, corrupção, incontinência 
pública, improbidade administrativa, praticar crime contra a 
administração, bater em um colega de trabalho, revelar segredo do 
cargo etc.). 
 
O que é considerado abandono de cargo, uma das situações que 
geram a aplicação de pena de demissão??? A ausência intencional do 
servidor ao serviço por mais de 30 dias consecutivos (art. 138). 
E a inassiduidade habitual, que também gera demissão??? 
Consiste na falta ao serviço, sem causa justificada, por período igual ou 
superior a 60 dias interpoladamente, durante o período de 12 meses 
(art. 139). 
 
Dessa forma, a demissão está vinculada a uma das situações 
específicas. Isso quer dizer que a pena de demissão é um ato 
vinculado, ou seja, ocorrida uma das hipóteses descritas no quadro, o 
julgador deve aplicar a sanção de demissão ± ele não tem escolha! 
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Nesse sentido, vale a transcrição do entendimento do Superior 
Tribunal de Justiça sobre o tema: 
ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. PROCESSO 
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS CAPAZES 
DE MACULAR A LEGALIDADE DO PROCEDIMENTO. INADEQUAÇÃO DA 
VIA MANDAMENTAL PARA AFERIR A LEGALIDADE DOS ATOS 
ATRIBUÍDOS À CONDUTA DO IMPETRANTE. SEGURANÇA DENEGADA. 
(...) 
9. Compreendida a conduta do impetrante nas disposições dos arts. 
117, IX, e 132, IV e XIII, da Lei n. 8.112/90, inexiste para o 
administrador discricionariedade a autorizar a aplicação de pena 
diversa da demissão. 
10. Segurança denegada, com a revogação da liminar anteriormente 
concedida. Pedido de reconsideração da União prejudicado. 
(MS 12.642/DF, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, TERCEIRA 
SEÇÃO, julgado em 25/02/2015, DJe 05/03/2015) 
 
d) Cassação de aposentadoria ou indisponibilidade: Será 
aplicada no caso do inativo que houver cometido, na atividade, falta 
punível com a demissão. 
 
e) Destituição de cargo em comissão: será aplicada ao não 
ocupante de cargo efetivo nos casos de infração sujeita às penalidades 
de suspensão e de demissão (Art. 135 da Lei 8.112/90). 
Se o servidor tiver sido exonerado do cargo em comissão a pedido 
ou a critério da autoridade competente, na forma do art. 35 da Lei nº 
8.112/90, e constatar-se a ocorrência de infração sujeita às penalidades 
de suspensão ou demissão, será convertida emdestituição de cargo em 
comissão. 
 Por fim, com relação às penalidades, você deve atentar-se para o 
disposto nos arts. 136 e 137 da Lei nº 8.112/90, que revela hipóteses 
em que (I) a pena de demissão ensejará a indisponibilidade de bens e o 
ressarcimento ao erário, (II) o servidor demitido vai estar incompatível 
para outro cargo público federal por 5 anos e (III) o servidor nunca 
poderá retornar ao serviço público federal. 
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(I) a pena de demissão ensejará a indisponibilidade de bens e 
o ressarcimento ao erário: 
x improbidade administrativa; 
x aplicação irregular de dinheiros públicos; 
x lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio 
nacional; 
x corrupção; 
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos 
incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a indisponibilidade dos bens e 
o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível. 
São as seguintes hipóteses: 
IV - improbidade administrativa; 
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; 
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; 
XI - corrupção; 
 
(II) o servidor demitido vai estar incompatível para outro cargo 
público federal por 5 anos: 
x valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em 
detrimento da dignidade da função pública; 
x atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições 
públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou 
assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou 
companheiro; 
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência 
do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova 
investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. 
São as seguintes hipóteses: 
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em 
detrimento da dignidade da função pública; 
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, 
salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de 
parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; 
 
(III) o servidor nunca poderá retornar ao serviço público federal: 
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x crime contra a administração pública; 
x improbidade administrativa; 
x aplicação irregular de dinheiros públicos; 
x lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio 
nacional; 
x corrupção; 
Art. 137. Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público 
federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por 
infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. 
São as seguintes hipóteses: 
I - crime contra a administração pública; 
IV - improbidade administrativa; 
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; 
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; 
XI - corrupção; 
 
Não podemos encerrar este tópico sem mencionar que não é uma 
penalidade, mas encontra previsão da Lei nº 8.112/90 o 
afastamento preliminar. 
Esse afastamento é uma medida cautelar adotada pela 
Administração que afasta o servidor de suas funções, pelo prazo de até 
60 dias (pode ser prorrogado por uma só vez), para que ele não 
influa na apuração da irregularidade cometida por ele. 
ATENÇÃO: Nesse período, o servidor continua recebendo! 
Outra coisa bastante importante refere-se à competência para 
aplicação das penalidades, aplicando-se o disposto no art. 141 da Lei 
nº 8.112/90: 
 Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: 
 I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder 
Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, 
quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade 
de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade; 
 II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente 
inferior àquelas mencionadas no inciso anterior quando se tratar de 
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suspensão superior a 30 (trinta) dias; 
 III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos 
respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de 
suspensão de até 30 (trinta) dias; 
 IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de 
destituição de cargo em comissão. 
 
Ah, já ía me esquecendo da prescrição. Afinal, quando uma 
infração administrativo-disciplinar prescreve? Até quando os servidores 
ficarão sujeitos a uma punição se a Administração se mantiver inerte e 
não instaurar qualquer procedimento? 
Esses questionamentos são respondidos pelo seguinte dispositivo 
da Lei nº 8.112/90: 
 
 Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: 
 I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, 
cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em 
comissão; 
 II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; 
 III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência. 
 
Assim como há uma autoridade julgadora para cada pena prevista, 
há um prazo prescricional para cada sanção, de forma que, quanto mais 
grave a penalidade, maior é o prazo prescricional. Como se viu, para a 
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição 
de cargo em comissão, a Administração deve promover a abertura de 
processo disciplinar em 5 anos. 
Para as infrações sujeitas à suspensão, a prescrição é de 2 anos. 
Para as sujeitas à advertência, a Administração deve promover a 
abertura de processo disciplinar no exíguo prazo de 180 dias. 
Para as infrações disciplinares que também são previstas como 
crime, o prazo prescricional será o da lei penal. 
E qual o termo inicial para a contagem desses prazos, professor? 
A partir de quando começam a contar os 5, 2 anos ou 180 dias? 
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O termo inicial é a data em que o fato tornou-se conhecido 
pela Administração. Não é da data em que a corregedoria tomou 
conhecimento, mas qualquer autoridade administrativa. 
Outro ponto que você deve saber sobre a prescrição é de que, na 
hipótese em que um ilícito administrativo seja também um crime (ex: 
corrupção), a prescrição administrativa segue o prazo da prescrição 
criminal (que costuma ser maior). Contudo, MUITA ATENÇÃO, isso só 
ocorre se já aberto o processo criminal de apuração da conduta do 
servidor. 
Leia com atençãoos seguintes trechos de julgados do Superior 
Tribunal de Justiça: 
MANDADO DE SEGURANÇA. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. 
TERMO INICIAL DO PRAZO PRESCRICIONAL. CONHECIMENTO DOS FATOS 
PELA ADMINISTRAÇÃO, MAS NÃO PELA AUTORIDADE COMPETENTE PARA 
APURAR A INFRAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO PRAZO 
PRESCRICIONAL PREVISTO NO CPB, POR INEXISTÊNCIA DE AÇÃO PENAL E 
CONDENAÇÃO EM DESFAVOR DO IMPETRANTE. APLICAÇÃO DO PRAZO 
QUINQUENAL PREVISTO NA LEGISLAÇÃO ADMINISTRATIVA (ART. 142 DA LEI 
8.112/90). INSTAURAÇÃO DE PAD. INTERRUPÇÃO DO PRAZO 
PRESCRICIONAL. REINÍCIO APÓS 140 DIAS. 
TRANSCURSO DE MAIS DE 5 ANOS. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA. 
ORDEM CONCEDIDA, EM CONSONÂNCIA COM O PARECER MINISTERIAL. 
(...) 
3. A Terceira Seção desta Corte pacificou o entendimento de que o termo 
inicial do prazo prescricional da Ação Disciplinar é a data em que o fato se 
tornou conhecido da Administração, mas não necessariamente por aquela 
autoridade específica competente para a instauração do Processo 
Administrativo Disciplinar (art. 142, § 1o. da Lei 8.112/90). Precedentes. 
4. Qualquer autoridade administrativa que tiver ciência da ocorrência de 
infração no Serviço Público tem o dever de proceder à apuração do ilícito ou 
comunicar imediatamente à autoridade competente para promovê-la, sob 
pena de incidir no delito de condescendência criminosa (art. 143 da Lei 
8.112/90); considera-se autoridade, para os efeitos dessa orientação, 
somente quem estiver investido de poder decisório na estrutura 
administrativa, ou seja, o integrante da hierarquia superior da Administração 
Pública. Ressalva do ponto de vista do relator quanto à essa exigência. 
5. Ainda que a falta administrativa configure ilícito penal, na ausência de 
denúncia em relação ao impetrante, aplica-se o prazo prescricional previsto 
na lei para o exercício da competência punitiva administrativa; a mera 
presença de indícios de crime, sem a devida apuração em Ação Criminal, 
afasta a aplicação da norma penal para o cômputo da prescrição (RMS 
20.337/PR, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJU 07.12.2009), o mesmo ocorrendo em 
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caso de o Servidor ser absolvido na eventual Ação Penal (MS 12.090/DF, Rel. 
Min. ARNALDO ESTEVES LIMA, DJU 21.05.2007); não seria razoável aplicar-
se à prescrição da punibilidade administrativa o prazo prescricional da sanção 
penal, quando sequer se deflagrou a iniciativa criminal. 
(...) 
7. A prescrição tem o condão de eliminar qualquer possibilidade de punição 
do Servidor pelos fatos apurados, inclusive as anotações funcionais em seus 
assentamentos, já que, extinta a punibilidade, não há como subsistir os seus 
efeitos reflexos. 
8. Ordem concedida, em conformidade com o parecer ministerial. 
(MS 14.159/DF, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, TERCEIRA 
SEÇÃO, julgado em 24/08/2011, DJe 10/02/2012) 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. 
INQUÉRITO CIVIL INSTAURADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA 
INVESTIGAR A PRÁTICA DE ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. 
POLICIAL CIVIL DO RIO GRANDE DO SUL. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO 
DO PRAZO PRESCRICIONAL PREVISTO NO CPB, POR INEXISTÊNCIA DE AÇÃO 
PENAL E CONDENAÇÃO EM DESFAVOR DO IMPETRANTE. APLICAÇÃO DO 
PRAZO QUINQUENAL PREVISTO NO ART. 23, II DA LEI 8.429/92. 
OCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA. AGRAVO 
REGIMENTAL DO MPF DESPROVIDO. 
1. O poder-dever de a Administração punir falta cometida por seus 
funcionários não é absoluto, encontrando limite temporal no princípio da 
segurança jurídica, de hierarquia constitucional, pela evidente razão de que 
os administrados não podem ficar indefinidamente sujeitos à instabilidade do 
Poder Disciplinar do Estado. 
(...) 
5. Segundo entendimento pacífico desta Corte, a eventual presença de 
indícios de crime, sem a devida apuração em Ação Criminal, afasta a 
aplicação da norma penal para o cômputo da prescrição. Isso porque não 
seria razoável aplicar-se à prescrição da punibilidade administrativa o prazo 
prescricional da sanção penal, se sequer se deflagrou a iniciativa criminal, 
sendo incerto, portanto, o tipo em que o Servidor seria incurso, bem como a 
pena que lhe seria imposta, o que inviabiliza a apuração da respectiva 
prescrição. 
6. Agravo Regimental do Ministério Público Federal desprovido. 
(AgRg no REsp 1196629/RJ, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, 
PRIMEIRA TURMA, julgado em 14/05/2013, DJe 22/05/2013) 
 
A prescrição da ação disciplinar acarreta a extinção da 
punibilidade, restando à Administração Pública apenas o registro do fato 
nos apontamentos do servidor. 
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 Interrompe a prescrição a abertura de sindicância 
ou a instauração de processo disciplinar, até a decisão final proferida 
por autoridade competente. Interrompido o curso da prescrição, o prazo 
começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção, do zero. 
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: 
(...) 
§ 3o A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar 
interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade 
competente. 
§ 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir 
do dia em que cessar a interrupção. 
 
 ³������ ��� e� FDEtYHO� D� LQWHUUXSomR� GD� SUHVFULomR��
em face da instauração de sindicância, somente quando este 
procedimento sumário tiver caráter punitivo e não meramente 
investigatório ou preparatório de um processo disciplinar, pois, neste 
caso, dar-se-á a interrupção somente com a instauração do processo 
administrativo disciplinar, apto a culminar na aplicação de uma 
penalidade ao servidor. 2. A Terceira Seção desta Corte tem 
entendimento no sentido de que o anterior processo administrativo 
disciplinar declarado nulo, por importar em sua exclusão do mundo 
jurídico e consequente perda de eficácia de todos os seus atos, não tem 
o condão de interromper o prazo prescricional da pretensão punitiva 
estatal, que deverá ter como termo inicial, portanto, a data que a 
$GPLQLVWUDomR�WRPRX�FLrQFLD�GRV�IDWRV������´��06��������')��67-��5HO��
Min.ª Maria Thereza de Assis Moura, julg: 24.03.2010, DJe: 
07.04.2010). 
No Direito Administrativo, a prescrição é 
matéria de ordem pública, portanto deve ser declarada pela 
Administração de ofício, independentemente de provocação da parte 
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interessada, não podendo ser relevada pela administração. O momento 
adequando é o julgamento. 
 
 
7. (CESPE ± 2015 ± FUB - Assistente em Administração)Com 
referência às disposições do regime jurídico dos servidores públicos civis 
da União (Lei n.º 8.112/1990), julgue o item que se segue. 
Servidor público aposentado poderá ter a sua aposentadoria 
cassada em função de condenação por infração vinculada ao cargo 
públicoanteriormente ocupado. 
Veja como o assunto é tratado no art. 134 da lei 8.112/90: ³Art. 
34. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que 
KRXYHU�SUDWLFDGR��QD�DWLYLGDGH��IDOWD�SXQtYHO�FRP�D�GHPLVVmR´� 
Gabarito ± Certo. 
 
8. (CESPE/2014 ANTAQ - Nível Superior) Julgue o item 
seguinte, com base no disposto na Lei n.º 8.112/1990. Uma das 
penalidades disciplinares aplicáveis ao servidor público é a cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade. 
Só saber o art. 127 da Lei 8112/90 decorado: 
 Art. 127. São penalidades disciplinares: 
 I - advertência; 
 II - suspensão; 
 III - demissão; 
 IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
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 V - destituição de cargo em comissão; 
 VI - destituição de função comissionada. 
Questão correta. 
 
9. (CESPE/2014 ± ANTAQ- Nível Médio) Julgue o item a seguir, 
com base no disposto na Lei n.º 8.112/1990.Os antecedentes funcionais 
não devem ser considerados na aplicação de penalidades ao servidor 
público. 
De acordo com a Lei 8112/90, Art. 128. Na aplicação das 
penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração 
cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as 
circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. 
Então a questão está errada, pois os atenuantes funcionais são 
considerados. 
 
 
10. (CESPE/2014 - ANTAQ Nível Médio) Inassiduidade eventual 
configura motivo para demissão do servidor público. 
RESPOSTA: 
De acordo Lei 8112/90 Art. 132. A demissão será aplicada nos 
seguintes casos: inassiduidade habitual. Questão errada. Preste muita 
atenção a inassiduidade é habitual e não eventual. 
 
 
11. (2014/ CESPE/Câmara dos Deputados/ Técnico Legislativo) 
Considere que determinada autoridade tenha instaurado processo 
disciplinar para apurar denúncia que relata o cometimento de 
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irregularidades por servidor lotado no setor sob sua responsabilidade. 
Nessa situação, como medida cautelar e a fim de evitar que o servidor 
denunciado influa na apuração, a autoridade poderá afastá-lo do 
exercício do cargo durante todo o curso do processo, sem prejuízo de 
sua remuneração. 
RESPOSTA: 
Nesse caso, a Lei também ajuda a responder a questão. O art. 147 
estabelece o prazo para afastamento do exercício. Leia: 
Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a 
influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo 
disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, 
pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração. 
 Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual 
prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o 
processo. 
 
 $VVLP��TXDQGR�D� TXHVWmR�GL]�� ³D� DXWRULGDGH�SRGHUi� DIDVWi-lo do 
H[HUFtFLR� GR� FDUJR� GXUDQWH� WRGR� R� FXUVR� GR� SURFHVVR�´ �� QmR� p� FRUUHWR��
pois o prazo é de 60 dias, prorrogáveis por mais 60. 
 Gabarito: Errado 
 
 
12. (2014/CESPE/PGE-PI/Procurador) Um servidor, vinculado à 
administração pública unicamente por cargo em comissão, cometeu 
infração administrativa e, após regular processo administrativo 
disciplinar, a autoridade julgadora, concordando com o relatório final da 
comissão processante, entendeu que a falta se enquadrava nas 
hipóteses de suspensão. 
Nesse caso, nos termos da Lei n.º 8.112/1990, a penalidade a ser 
aplicada ao servidor será 
a) A exoneração de ofício. 
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b) A destituição do cargo em comissão. 
c) A demissão. 
d) A suspensão. 
e) O desligamento 
 
RESPOSTA: 
O exemplo em questão está na lei 8.112/90, no artigo 135. Veja o que 
ele diz: 
art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante 
de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de 
suspensão e de demissão. 
 
Gabarito: B 
 
 
13. (CESPE - 2014 - MDIC - Agente Administrativo) Considere 
que um servidor vinculado à administração unicamente por cargo em 
comissão cometa uma infração para a qual a Lei n.º 8.112/1990 
preveja a sanção de suspensão. Nesse caso, se comprovadas a autoria 
e a materialidade da irregularidade, o servidor sofrerá a penalidade de 
destituição do cargo em comissão. 
Vimos que a destituição de cargo em comissão será aplicada ao 
não ocupante de cargo efetivo nos casos de infração sujeita às 
penalidades de suspensão e de demissão (Art. 135 da Lei 8.112/90). 
Gabarito: certo. 
 
14. (CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública 
± Organizações) Uma vez instaurado o processo administrativo 
disciplinar para apuração da infração, o servidor poderá ser afastado de 
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suas funções, por até sessenta dias, sem direito à remuneração do 
cargo. 
Como estudamos, a Lei nº 8.112/90 prevê o afastamento 
preliminar. Esse afastamento é uma medida cautelar adotada pela 
Administração que afasta o servidor de suas funções, pelo prazo de até 
60 dias (pode ser prorrogado por uma só vez), para que ele não influa 
na apuração da irregularidade cometida por ele. Porém, o servidor 
continua recebendo! Daí a incorreção da questão. 
Gabarito: Errado 
 
15. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário ± Direito) 
Um servidor do estado de Sergipe, antes de se aposentar, apropriou-se 
indevidamente de bens do estado que estavam sob sua guarda e, após 
a sua aposentadoria, a administração descobriu a infração. Com relação 
a essa situação hipotética, julgue os itens subsecutivos. 
Caso a administração pública tenha tomado ciência do referido fato 
por denúncia anônima, ela não poderá instalar processo administrativo 
disciplinar, ainda que este tenha sido precedido de investigação 
preliminar em que tenham sido coletadas provas da autoria e da 
materialidade da infração. 
Pessoal, a denúncia anônima não pode ser usada como pretexto 
para o sujeito deixar de ser penalizado por prática com a Administração 
Pública. ferir algum direito do indivíduo, para isso, somente com decisão 
judicial. O STJ já teve a oportunidade de entender pelo cabimento de 
denúncia anônima desde que tenha sido precedido de investigação 
preliminar em que tenham sido coletadas provas da autoria e da 
materialidade da infração.Gabarito: Errado 
 
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16. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário ± Direito) 
Um servidor do estado de Sergipe, antes de se aposentar, apropriou-se 
indevidamente de bens do estado que estavam sob sua guarda e, após 
a sua aposentadoria, a administração descobriu a infração. 
Com relação a essa situação hipotética, julgue os itens 
subsecutivos. 
 
Somente será cassada a aposentadoria do servidor se o mesmo 
for condenado pela prática, quando ainda na atividade, de falta que 
teria determinado a sua demissão, ou demissão a bem do serviço 
público. 
Isso mesmo, pessoal! Como vimos, a Cassação de aposentadoria 
ou indisponibilidade será aplicada no caso do inativo que houver 
cometido, na atividade, falta punível com a demissão. 
Gabarito: Certo. 
 
17. (CESPE -2013- TRT - 17ª Região ES - Analista Judiciário - 
Oficial de Justiça Avaliador) Considere que um servidor estável, tendo 
desrespeitado, na presença dos seus colegas de serviço, uma ordem 
direta, pessoal e legítima de seu superior hierárquico, abandone o 
cargo. Com base nessa situação hipotética, julgue os itens 
subsecutivos. Mesmo diante da gravidade da infração e da 
notoriedade da conduta, a exoneração do servidor, de ofício, por 
abandono de cargo viola os princípios da legalidade e da ampla 
defesa, conforme entendimento do STJ. 
Nesse caso o servidor abandonou o cargo. De acordo com o art. 
132 da Lei 8112/90 o certo seria a demissão, Porém vale lembrar que a 
questão quis passar que o servidor foi exonerado de ofício, ou seja um 
ato ilegal da Administração Pública. Como sabemos, essa exoneração de 
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oficio viola sim tais princípios, conforme o entendimento do STJ. No 
caso, o servidor deveria ser demitido, com todo o devido processo legal, 
consoante os artigos 140 e 132 e 133 da lei 8112/90 
Gabarito: Correto. 
 
18. (CESPE- 2010 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo) 
Em processo administrativo disciplinar, a remoção de ofício de um 
servidor pode ser utilizada como forma de punição. 
A Lei 8.112/90 nos fala que são penalidades disciplinares: 
 
Art. 127. São penalidades disciplinares: 
I - advertência; 
II - suspensão; 
III - demissão; 
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
V - destituição de cargo de comissão; 
VI - destituição de função comissionada. 
 
 
Observe que a remoção não está entre as penalidades! 
Gabarito: Errado. 
 
19. (CESPE - 2011 - FUB - Analista de Tecnologia da Informação 
± Básicos) A conversão da penalidade de suspensão em multa, na base 
de 50% por dia de vencimento ou remuneração, poderá ocorrer na 
hipótese de o servidor permanecer obrigatoriamente na repartição e 
quando houver conveniência para a prestação do serviço. 
Vimos acima que a multa não é uma pena prevista na Lei nº 
8.112/90, mas a Administração pode converter a pena de suspensão 
em multa de 50% por dia de vencimento, desde que haja conveniência 
para a prestação do serviço e o servidor deve permanecer trabalhando 
QD� UHSDUWLomR� �DUW�� ����� †� �ž�� ³Quando houver conveniência para o 
serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na 
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base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou 
remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço´�. 
Gabarito: Certo 
 
20. (CESPE - 2011 - STM - Técnico Judiciário - Segurança ± 
Específicos) Aplica-se suspensão em caso de reincidência de falta 
punida com advertência e de violação de proibição que não tipifique 
infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo a suspensão 
exceder a noventa dias. 
Depois de estudar fica fácil. Essa questão cobra o texto literal do 
DUW�� ���� GD� /HL� Qž� ��������� �³A suspensão será aplicada em caso de 
reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das 
demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de 
demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias´�. 
Gabarito: Certo 
 
21. (CESPE - 2007 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário 
- Área Judiciária) Pedro, servidor público federal ocupante de cargo 
efetivo, faltou ao trabalho por mais de 30 dias consecutivos, no período 
de 2/5/2002 a 10/6/2002. Em razão disso, foi aberto contra ele um 
processo administrativo disciplinar, em 15/8/2006. Com base nessa 
situação hipotética, julgue os itens seguintes, considerando o regime 
jurídico dos servidores públicos. 
Se Pedro for punido com a penalidade de suspensão, os seus 
registros serão cancelados com o decurso de prazo de 3 anos de efetivo 
exercício, desde que não pratique, nesse período, nova infração. 
Por favor, meu caro aluno, não caia nesse pega, fique atento ao 
art. 131 da Lei nº 8.112/90: 
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus 
registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo 
exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, 
praticado nova infração disciplinar. 
 
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Veja que a suspensão terá seu registro cancelado em 5 anos e a 
advertência em 3 anos. 
Gabarito: Errado 
 
22. (CESPE - 2011 - FUB - Cargos de Nível Médio - 
Conhecimentos Básicos - Cargo 11 a 14, e 16) Na hipótese de o 
servidor público praticar nepotismo sob sua chefia imediata, a 
penalidade atribuída pelo regime jurídico dos servidores federais, via de 
regra, é a suspensão pelo prazo de trinta dias. 
Vimos acima que está sujeito a pena de advertência o servidor 
TXH� PDQWLYHU� ³sob sua chefia imediata, em cargo ou função de 
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil´��
Assim, o gabarito é errado. 
23. (CESPE ± 2013 ± TRF2ª região ± Juiz Federal ± questão 
adaptada). Segundo a jurisprudência do STF e do STJ, nos casos de 
crimes afiançáveis praticados por servidores públicos, a existência de 
inquérito policial suprirá qualquer nulidade, quando não houver defesa 
preliminar. 
 Segundo a atual jurisprudência do STF, para o caso de crimes 
funcionais típicos afiançáveis, a defesa preliminar é indispensável 
mesmo quando a denúncia é lastreada em inquérito policial. 
O item portanto está incorreto. 
 
24. (2013/CESPE/ PC-DF/ Escrivão de Polícia) Acerca do regime 
jurídico dos servidores públicos, julgue os itens subsecutivos. Caso um 
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