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A Política de Aristóteles

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A Política de Aristóteles
SUMARIO
Introdução 
2. Conceito 2.1  A Estrutura da obra
2.2  A política
2.3  O regime ideal
2.4  Projeção e crítica
2.5  As formas de governo
2.6  A definição de estado na política aristotélica
Conclusão
Referências bibliográficas
1- INTRODUÇÃO
Percebe-se que na Política, Aristóteles afirma que o homem é por natureza um animal político, e que a vida na cidade consiste num fato natural. Contudo, ainda que seja natural a tendência a viver em tal comunidade, o que leva o homem a realizar efetivamente a sua natureza política, é o bem viver, a felicidade (eudaimonia), que apenas a cidade que tem em vista o bem comum é capaz de proporcionar. A construção da boa vida na cidade é obra da virtude cívica, na medida em que cabe ao bom cidadão escolher deliberadamente uma mediania, que visa ao bem comum, à eudaimonia. Mas o tema da escolha deliberada é tratado por Aristóteles mais profundamente na Ética e não na Política.
Na Ética, escolher deliberadamente com vistas a um meio termo entre extremos é marca da virtude moral, e atributo próprio do homem prudente (phronimos), porque moralmente virtuoso. E esse procedimento é identificado com a realização do bem propriamente humano, a eudaimonia, na medida em que Aristóteles define felicidade como "atividade da alma de acordo com a virtude" Destarte, Ética e Política se encontram interligadas, pois tanto virtude cívica quanto virtude moral tem por objeto a eudaimonia, através do procedimento comum da escolha deliberada do meio termo. Assim, ainda que as virtudes do bom cidadão e do homem bom operem em âmbitos distintos, uma vez que a virtude moral trata do indivíduo e a virtude cívica diz respeito à vida em comum, elas possuem um elemento comum que permite nos questionarmos se elas podem ser completamente separadas. Esta pesquisa pretende investigar de que modo e em que medida podemos dizer que estão relacionadas virtude cívica e virtude moral, na obra de Aristóteles.
 
Conceito
Aristóteles começou a escrever suas teorias políticas quando foi preceptor de Alexandre, “O Grande”. Para Aristóteles a Política é a ciência mais suprema, a qual as outras ciências estão subordinadas e da qual todas as demais se servem numa cidade. A tarefa da Política é investigar qual a melhor forma de governo e instituições capazes de garantir à felicidade coletiva. A política aristotélica é essencialmente unida à moral, porque o fim último do estado é a virtude, isto é, a formação moral dos cidadãos e o conjunto dos meios necessários para isso.
O estado é um organismo moral, condição e complemento da atividade moral individual, e fundamento primeiro da suprema atividade contemplativa. A política, contudo, é distinta da moral, porquanto esta tem como objetivo o indivíduo, aquela a coletividade. A ética é a doutrina moral individual, a política é a doutrina moral social. Desta ciência trata Aristóteles precisamente na Política, de que acima se falou.
O estado, então, é superior ao indivíduo, porquanto a coletividade é superior ao indivíduo, o bem comum superior ao bem particular. Unicamente no estado efetua-se a satisfação de todas as necessidades, pois o homem, sendo naturalmente animal social, político, não pode realizar a sua perfeição sem a sociedade do estado.
Visto que o estado se compõe de uma comunidade de famílias, assim como estas se compõem de muitos indivíduos, antes de tratar propriamente do estado será senhor falar da família, que precede cronologicamente o estado, como as partes precedem o todo. Segundo Aristóteles, a família compõe-se de quatro elementos: os filhos, a mulher, os bens, os escravos; além, naturalmente, do chefe a que pertence à direção da família. Deve fazer frutificar seus bens, porquanto a família, além de um fim educativo, tem também um fim econômico.     Aristóteles não nega a natureza humana ao escravo; mas constata que na sociedade são necessários também os trabalhos materiais, que exigem indivíduos particulares, a que fica assim tirada fatalmente a possibilidade de providenciar a cultura da alma, visto ser necessário, para tanto, tempo e liberdade, bem como aptas qualidades espirituais, excluídas pelas próprias características qualidades materiais de tais indivíduos. Daí a escravidão.
Compreende-se, então, como seja tarefa essencial do estado à educação, que deve desenvolver harmônica e hierarquicamente todas as faculdades: antes de tudo as espirituais, intelectuais e, subordinadamente, as materiais, físicas. No entanto, com o seu profundo realismo, reconhece Aristóteles que a melhor forma de governo não é abstrata, e sim concreta: deve ser relativa, acomodada às situações históricas, às circunstâncias de um determinado povo.
2.1 A Estrutura da Obra                                                                                         
A Política de Aristóteles, embora talvez surpreendentemente, é um dos grandes clássicos da filosofia política, e em que pulsa o gênio aristotélico da apreensão global de uma realidade. Adquiriu esse estatuto apesar de ser um texto incompleto e provisório, com imperfeições, repetições e remissões obscuras, e redigido a partir de uma primeira versão destinada ao ensino oral. Mas foi nesta sua obra genuína que o filósofo verteu o essencial de mais de quarenta anos de investigações que repercutem a sua concepção ampla de ciência política como filosofia das coisas humanas.
2.2 A Política 
Cérebro prodigioso e de saber enciclopédico, Aristóteles compôs dois grandes trabalhos sobre a ciência política: "Política" (Politéia) que provavelmente eram lições dadas no Liceo e registradas por seus alunos, e a "Constituição de Atenas", obra que só se tornou mais conhecida, ainda que em fragmentos, no final do século XIX, mais precisamente em 1880-1, quando foi encontrada no Egito; registra as várias formas e alterações constitucionais que ela passou por obra dos seus grandes legisladores, tais como Drácon, Sólon, Pisístrato, Clístenes e Péricles e que também pode ser lida como uma história política da cidade.
2.3 O Regime Ideal 
Para obter uma sociedade estável, ele considera que o regime mais adequado é o misto, que equilibre a força dos ricos com o número dos pobres. Para ele a sociedade ideal seria aquela baseada na mediania, que, ao mesmo tempo em que, graças presença de uma poderosa classe média, atenua os conflitos entre ricos e pobres, dando estabilidade à organização social. Esse governo, ele definia como timocracia (timé = honra), onde o poder político seria exercido pelos cidadãos proprietários de algum patrimônio e que governariam para o bem comum. Em outros momentos este regime ideal é chamado de política (governo da maioria, mas regido por homens selecionados segundo a sua renda), que ele classifica entre as constituições retas.
2.4 Projeção e Crítica 
A preocupação de Aristóteles caracterizou-se por enfatizar os regimes políticos que existiam que eram concretos, elaborando uma precisa classificação deles, enquanto que Platão reservava seu interesse maior pelo idealizado. O método aristotélico, empírico e detalhista, influenciará a maioria dos grandes teóricos da ciência política, como N. Maquiavel no O Príncipe, 1532; T. Hobbes no Leviatã, 1651; e Montesquieu em O Espírito das Leis, 1748. Critica-se Aristóteles por ele não ter vislumbrado o surgimento, em sua própria época, de uma forma política superior à da polis, a emergência de um estado-imperial, supranacional e multicultural, cujas sementes foram deixadas pelo seu discípulo, Alexandre o Grande.
2.5  As Formas de Governo:
O exame do comportamento político dos homens, não importando a latitude, mostra que eles sempre se organizaram em três formas de governo: a monárquica (governo de um só), a aristocrática (governo dos melhores) e, finalmente, a democrática (o governo da maioria ou do povo). Essas formas, no entanto, estão sujeitas, como vimos, a serem degradadaspelos interesses privados e pessoais dos homens, sofrendo alterações na sua essência. A tirania e a oligarquia, por exemplo, são deformações da monarquia e da aristocracia que terminam por beneficiar interesses particulares, o do tirano e o do grupo que detém o poder, marginalizando o bem público. Quanto à democracia, Aristóteles lhe manifesta maior simpatia do que Platão, mas indica que ela está sujeita à influência dos demagogos, que constantemente incitam o povo contra os possuidores de bens, causando tentativas revolucionárias. Essas são esmagadas por golpes dados em nome da ordem.
2.6 A definição de Estado na Política Aristotélica
A comunidade política, que é a soberana em relação às comunidades reunidas em torno dessa, é a cidade. A cidade é a composição de lares e vilas, sendo um último grau de comunidade. Porém, ela é soberana e visa o bem soberano. Vejamos de que modo se formam as comunidades:
A primeira comunidade é o lar, que é formado por três relações:
1. Casal (homem-mulher) – essa relação é natural e visa à procriação. Trata-se de uma necessidade, onde os dois dependem um do outro para a sua existência e perpetuação da espécie. Porém, este poder difere de sentido de homem para homem. No casal, o poder de governar é permanentemente do homem, pois este é apto para ordenar, enquanto que à mulher cabe apenas obedecer;
2. Pai e filho – é o poder régio, sobre os seres livres e desiguais. Essa desigualdade está baseada na diferença de idade, cabendo ao filho obedecer ao pai;
3. Senhor e escravo – o senhor é apto por natureza a governar e o escravo a obedecer e realizar trabalhos manuais. É o poder despótico sobre seres não livres. A segunda comunidade é a vila. A comunidade, conforme Aristóteles evolui naturalmente como de uma criança para um adulto e deste para um idoso. A vila é a evolução do lar. A terceira e última comunidade é a cidade, fim da evolução natural.
3. CONCLUSÃO
Concluímos que Aristóteles não busca definir sua preferência quanto a uma forma ou outra, mas sim a forma mais propícia à estabilidade e que assegure o bem estar à sociedade, o estado, ou sociedade política, é mesmo o primeiro objeto que a natureza se propôs. O todo é, necessariamente, anterior à parte.
As sociedades domésticas e os indivíduos mais não são do que as partes integrantes e os indivíduos da Cidade, totalmente subordinados ao corpo na sua totalidade, perfeitamente distintas pelas suas capacidades e funções, e completamente inúteis se separados, semelhantes às mãos e aos pés que, uma vez separados do corpo, só conservam o nome e a aparência, sem qualquer realidade, como acontece a uma mão de pedra. O mesmo se passa com os membros de uma Cidade; nenhum se basta a si próprio. Quem quer que seja que não tenha necessidade dos outros homens ou é um deus ou um animal. Desta forma, a própria inclinação natural conduz todos os homens a este gênero de sociedade.
O primeiro que a instituiu trouxe-lhes o maior de todos os bens. “Mas, assim como o homem civilizado é o melhor de todos os animais, também aquele que não conhece nem leis nem justiça é pior de todos”.
 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Educa terra. terra.com. BR/Voltaire/política/aristoteles_politica2.htm, acesso em 23 de março de 2015
www.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/paulosergio/politica.htm, acesso em 23 de março de 2015
felipepimenta.com/2013/.../a-politica-de-aristoteles-e-a-natureza-da-polis, acesso em 24 de março de 2015

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