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Descarte inadequado de lixoUNOPAR Cópia

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RESUMO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................4
DESENVOLVIMENTO.......................................................................................5
DESCARTE INADEQUADO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS..........................5
DESATIVAÇÃO DOS LIXÕES....................................................................6
TÉCNICAS DE REMEDIAÇÃO DA ÁREA...................................................6
CONCLUSÃO....................................................................................................7
REFERÊNCIAS ................................................................................................9
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. Introdução
O crescimento populacional vem causando aumento na produção de resíduos sólidos. A sociedade mundial consome mais do que realmente necessita, gerando resíduos que deveriam ser descartados corretamente, porém são lançados no ambiente, contaminando o ar, a água e o solo a partir dos compostos químicos presentes no lixo gerado, essas substancias são capazes de atingir de várias formas a saúde do ser humano. O intenso processo de urbanização, aliado ao consumo exagerado dos recursos naturais, são a combinação ideal para o desequilíbrio ambiental, fenômeno que caracteriza a era atual, que vem se agravando, diz França e Ruaro.
A produção de lixo é inevitável ainda mais em uma sociedade onde produtos eletrônicos, por exemplo, são fabricados para ser descartados em poucos meses, assim, novos produtos, mais tecnológicos são adquiridos. Apesar deste cenário é possível reduzir a geração de resíduos, reduzindo o gasto, reutilizando e reciclando. Essas ações diminui de forma expressiva a quantidade de resíduos sólidos que seriam jogados no meio ambiente, além de gerar renda para catadores e cooperativas de reciclagem.
A Abrelpe (Associação brasileira de empresas de limpeza pública e resíduos especiais) em publicação do panorama de resíduos sólidos no Brasil referente a 2010 apontou que a geração de resíduos sólidos cresceu seis vezes mais que a população, ou seja, o crescimento populacional não é o único fator desencadeador de produção de mais lixo, mas há também o fato de que o brasileiro está consumindo mais.
De acordo ao cronograma estabelecido pela Política nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) todos os municípios deveriam a partir de 2014 descartar corretamente seus resíduos em aterros sanitários, e realizar o fechamento dos lixões. Porém mesmo depois de um ano do fim do prazo metade dos municípios brasileiros ainda descartam seu lixo a céu aberto.
A lei PNRS busca erradicar os lixões, pois estes tendem a causar muitos impactos ao meio ambiente, os aterros sanitários também tem seus riscos, porém há um controle maior quanto aos gases e chorume produzidos.
Este artigo tem como principais objetivos mostrar os impactos causados por lixões e os possíveis métodos de remediação dos donos causados ao meio ambiente.
DESENVOLVIMENTO 
 Descarte inadequado dos resíduos sólidos
A grande geração de resíduos aliada ao descarte inadequado gera impactos significativos. 
O encaminhamento de resíduos sólidos para locais inadequados configura-se num dos piores impactos que podem ser causados no meio ambiente, pois a decomposição dos materiais gera substâncias altamente tóxicas que contaminam diretamente o solo, as águas, o ar e, pior do que tudo, as pessoas. Trata-se de uma prática ilegal, cujos efeitos danosos não são controláveis e que, com o passar dos anos, apresenta custos cada vez mais elevados para adoção de medidas de controle e remediação. (ABRELPE, 2014)
A contaminação no ar, na água e no solo, é inevitável, os gases produzidos pela queima natural do lixo são levados pelas correntes de ar, afetando as comunidades vizinhas, e o chorume produto resultante da decomposição e substâncias toxicas presentes em alguns resíduos, (como os resíduos eletrônicos) infiltram no solo contaminando-o podendo atingir também os lençóis freáticos, água subterrâneas que muitas vezes é utilizada pela população.
Casos como estes acarretam em mais gastos para cuidar da saúde publica, gostos que poderiam ser evitados com a destinação final adequando dos resíduos sólidos em aterros sanitários. 
O Aterro Sanitário é uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos – RSU no solo, sem causar danos à saúde pública. O processo é realizado através de técnicas de engenharia para confinar o lixo na menor área e volume possíveis, cobrindo-o com solo, minimizando os impactos ambientais negativos. Para tanto, o Aterro Sanitário conta com sistemas de controle de poluição, que reduzem, por exemplo, o risco de contaminação do solo e das águas. (AMARAL, 2013).
Apesar das vantagens de ter um menor custo comparado a outras formas de destinação e não exigir mão de obra especializada os lixões contribui para a deteorização da imagem de uma cidade, desvalorizando imóveis nas redondezas, causa problemas de gestão publica e prejudica a saúde da população. 
Mas há um porém, quando um lixão é desativado, ele deve ser monitorado, e algumas ações de remediações de impacto colocadas em prática, pois a decomposição dos rejeitos se estenderá por muitos anos, ou seja, gases e chorume continuam a ser produzidos. 
Desativação dos lixões
Metodologias de fechamento de lixões são desenvolvidas devido à necessidade de implantação de inertização da massa de lixo. O local deve ser fechado, não receber mais resíduos e ser monitorado por muitos anos. O lixo continuará no depósito em processo de degradação natural e lixiviação, sendo que são imprescindíveis sistemas de captação e tratamento de gases e chorume. 
Uma segunda possibilidade é separar os resíduos, dando-lhes novo uso e destinação. Esse processo, chamado de mineração, consiste na reciclagem, tratamento, compostagem e até mesmo geração de energia, uma vez que o metano, contido no chorume, pode ser utilizado no processo de gás natural (CORREIOS BRAZILIENSE). 
E como terceira opção há a possibilidade de encaminhar todo o resíduo para um aterro sanitário, porém quando há uma grande quantidade de lixo os curtos podem ser muito elevados.
O tempo necessário para se atingir a completa inertização da massa de lixo é variável, dependendo do grau de comprometimento da área, dos recursos financeiros disponíveis e da concepção adotada.
Técnicas de remediação da área
Para a melhor escolha da técnica de remediação deve se levar e, conta o que foi contaminado, solo, água ou ambos; qual o estado físico dos contaminantes, e poder de degradação destes. Processo pode ocorrer por atenuamento natural, confinamento do material, imobilização, tratamento in situ, tratamento on site, tratamento off site.
Em alguns casos podem ser usadas às técnicas de biotecnologia, que consiste no uso organismos vivos:
A Biotecnologia aparece como um instrumento para resíduos orgânicos sólidos ou líquidos, adequando os resíduos as exigências legais e sua adequação as normas de quali​dade ambiental, baseada na utilização de microrganismos e plantas com potencial de degradação de matéria orgânica. A Biorremediação e a Fitorremediação são alternativas ecologicamente adequadas quando comparada aos métodos físicos e químicos existentes (MACEDO, 2000).
A bioremediação Trata-se de uma técnica na qual ocorre a transformação ou destruição dos poluentes orgânicos por decomposição, pela ação de microrganismos naturais no solo, como as bactérias, os fungos e protozoários. Os microoganismos ao biodegradar os poluentes transforma-os em compostos mais simples como carbono, água e alguns gases. Esta técnica pode ser empregada para atacar contaminantes específicos no solo e águas subter​râneas (SILVA et al., 2014).
Já a fitorremediação é o uso de plantas que ajudam na remoção de contaminantes como metaispesados e outras substancias capazes de degradar o local. Uma vez que as plantas removem estes contaminantes do ambiente, elas ajudam para que os mesmos não sejam transportados por vento e chuva, não deixando acontecer à dispersão do poluente para outras áreas (GARCIA).
O isolamento da área do lixão é a primeira medida a ser tomada no processo de tratamento. Murros, cercas, cortina vegetal, barreiras que isolem a área. De imediato um sistema de drenagens superficial deve ser estalado. Um sistema especifico para águas pluviais, prevenindo erosão, e evitando que uma grande quantidade de água se junte ao chorume. 
Quando os resíduos são descartados em áreas de mangues ou áreas alagas ou próximos a curso d’água, o lixão deve ser imediatamente desativado e os resíduos já rejeitados retirado do local.
CONCLUSÃO
 A questão do lixo no Brasil ainda é um problema a ser enfrentado, uma consequência de anos de falta de preocupação ambiental resultou em um país onde mais da metade das cidades ainda descartam seus resíduos em lixões, isso mesmo depois de ter se passado quatro anos da publicação da lei da Política Nacional do Resíduos Sólidos. A população deve repensar seus atos e cobrar mais daqueles que são responsáveis pela implantação do gerenciamento resíduo sólidos.
É de extrema necessidade também que os municípios recebam orientais de como proceder na realização da gestão integral dos resíduos sólidos urbanos. E seja disponibilidade a estes equipes técnicas especializadas. Técnicos responsáveis não só apenas pela construção de aterros sanitários para destinação correta do lixo, mas também técnicos capazes de propor medidas de remediação para as áreas já impactadas com a disposição de rejeitos.
Estudos cada vez mais avançados principalmente na área da biotecnologia e da engenharia vem mostrando que os impactos podem ser minimizado. Sendo de extrema importância para a proteção do meio ambiente. Os lixões são agentes poluidores capazes de gerar danos por muitos anos, faz se assim imprescindível que as técnicas de remediação sejam colocadas em prática, e monitorada até o momento em que a área se torne inerte. 
REFERÊNCIAS 
ABRELPE. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil. 2014. Disponível em < http://www.abrelpe.org.br/panorama_apresentacao.cfm> Acesso em 08 de outubro. 2015.
AMARAL, E. B. Principais diferenças entre Lixão, Aterro Controlado e Aterro Sanitário. Verde Ghaia. Disponível em:< http://www.verdeghaia.com.br/blog/principais-diferencas-entre-lixao-aterro-controlado-e-aterro-sanitario/> Acesso em outubro de 2015.
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CANTO, R. Lixões: ainda muito longe do fim. Carta capital. Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/lixoes-ainda-muito-longe-do-fim> Acesso em outubro de 2015.
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GARCIA, J. H. Fitorrremediação. Infoescola. Disponível em < http://www.infoescola.com/meio-ambiente/fitorremediacao> Acesso 04 de outubro. 2015.
GOVERNO FEDERAL: MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Plano nacional de resíduos sólidos. Brasília. 2012.
LIMA, J. D. Recuperação ambiental de áreas degradadas por resíduos sólidos urbanos e usos futuros da área. Brasília. 2015. 
MACEDO, R. C.; BERBERT, V. H. C. Biorremediação de solos impactados por óleo cru utilizando fungos filamentosos. Trabalho apresentado na X jornada de iniciação científica – Centro de Tecnologia Mineral – CETEM. Em: X jornada de iniciação científica, 2002.
MELLO, S. P. SILVA, L. Lixo urbano, população e saúde: um desafio. Nucleus. São Paulo. 2011.
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Sistema de Ensino Presencial Conectado
superior tecnólogo em gestão ambiental 
descarte inadequado de lixo:
Recuperação de áreas degradas pelo o descarte inadequado de resíduos
SEABRA 
2015
descarte inadequado de lixo:
Recuperação de áreas degradas pelo o descarte inadequado de resíduos
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Trabalho interdiciplinar apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média simestral nas disciplinas de Cartografia e Geoprocessamento ambiental; Fundamentos de Geomorfologia e Geologia; Recuperação de Áreas Degradadas; Estatísticas e Indicadores Ambientais; Seminário Interdisciplinar IV.
Orientador: Igor Fernando Santini Zanatta; Tais Cristina Berbet; Jamile Ruthes Bernardes; Luciana Andréa Pires; Kenia Zanetti Moliari; Tiago Gabim
 
SEABRA
2015

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