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CONDIÇÕES DA AÇÃO ILEGITIMIDADE AD CAUSAM

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FICA AQUI EXPRESSO PARA CIÊNCIA: VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAIS É 
CABÍVEL DE PENA CONFORME ART. 184 DO CP – DETENÇÃO DE 3 (TRÊS 
MESES) A 1 (UM) ANO, OU MULTA. 
ESTUDANTE: ANA PAULA SOUSA VIEIRA – RA 3303519 
 
 
CONDIÇÃO DA AÇÃO 
Para que a ação seja, valida, eficaz e existente (primazia de Pontes de Miranda), esta deverá apresentar 
condições de legitimidade. São elas: 
• A legitimidade de ser parte; 
• Interesse de agir e 
• Possibilidade jurídica do pedido. 
No caso de não haver qualquer um desses três requisitos, a demanda deverá ser extinta sem exame de 
mérito (arts. 330 e 485 em seus incisos do CPC/2015). Uma vez que a compreensão da condição da ação deve ser o 
primeiro ponto processual a ser observado pelo magistrado. 
 
 
LEGITIMIDADE AD CAUSAM 
Para que haja condições da ação, devemos observar a legitimidade para ser parte do processo (legitimidades 
ad causam- art. 330, II e III do CPC/2015). 
Logo, é a qualidade dada à parte para estar no processo requerendo o que se julga como sendo de direito. 
Nessa lógica conclui-se que no processo, deve-se observar a legitimidade do autor poder pedir o que julga devido em 
juízo competente, em desfavor da parte contrária qualificada. 
Não devendo assim o juízo permitir que seja ajuizada ação aleatória com pedido indevido (mesmo que 
genérico), em desfavor de uma parte não qualificada para tal, pois implicaria na ilegitimidade AD CAUSAM (art. 485, 
VI do CPC/2015). 
Como exemplo, temos a súmula 226 do STJ, que entende que mesmo que o segurado esteja assistido por 
advogado, o Ministério Público se julgar devido, poderá recorrer na ação de acidente do trabalho, com precedente de 
12 processos para fortalecer o entendimento da Corte Especial. O Ministério Público neste caso é uma parte legítima 
para o ato. 
 
RECURSO DE REVISTA. SINDICATO. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. 
DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS - (TST - RR: 100697620145040871, Relator: Maria de Assis Calsing, Data 
de Julgamento: 27/05/2015, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 29/05/2015. 
“Nos termos da nova jurisprudência da SBDI-1 desta Corte, o art. 8.º, III, da 
Constituição assegura ao Sindicato a possibilidade de substituição processual ampla 
e irrestrita para agir no interesse de toda a categoria. Assim, caracterizada a natureza 
individual homogênea dos direitos postulados, nos termos do art. 81, III, do CDC, dá-
se provimento ao Recurso de Revista para determinar o retorno do processo ao 
Tribunal de origem, a fim de que prossiga na apreciação da controvérsia. Recurso de 
Revista conhecido e provido.” 
 
 
INTERESSE DE AGIR 
 A parte deverá mostrar-se interessada em obter resultado conforme motivação para ajuizamento da ação, de 
boa-fé, capaz e com propósito lícito (art. 485, incisos IV e VI). Por exemplo, temos o art. 187 do CPC/2015 que prevê: 
“O membro da Defensoria Pública será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no 
exercício de suas funções.” 
Conclui-se que o interesse de agir deve existir mediante manifestação de interesse da parte, o processo 
deverá resultar em uma decisão favorável ou não, a depender do julgamento do juízo competente para a demanda. 
DIDIER JR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. vol. I, ed. 11. Ed. Juspodivm. Salvador: 2009, p. 199. 
“O procedimento é a espinha dorsal da relação jurídica processual. O processo, em 
seu aspecto formal, é procedimento. O exame da adequação do procedimento é um 
exame de sua validade. Nada diz respeito ao exercício do direito de ação.” 
Temos uma forte jurisprudência para verificarmos tal explicação. Conforme abaixo: 
 
PUBLICAÇÃO DO DIÁRIO OFICIAL. APELAÇÃO. AÇÃO CAUTELAR DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. 
ADEQUAÇÃO AO ATUAL ENTENDIMENTO DO STJ. FALTA DE INTERESSE DE AGIR RECONHECIDA – (10ª 
CÂMARA CÍVEL – AC 70066684424 RS, Relator Breno Pereira da Costa Vasconcellos, Data de Julgamento 
05/11/2015, 
 
"a propositura da ação cautelar de exibição de documentos bancários (cópias e 
segundas vias de documentos) é cabível como medida preparatória a fim de instruir 
eventual ação principal, bastando a demonstração de relação jurídica entre as partes, 
a comprovação de prévio pedido à instituição financeira não atendido em prazo 
razoável, e o pagamento do custo do serviço conforme previsão contratual e 
normatização da autoridade monetária." (Recurso Especial Repetitivo nº 
1.349.453/MS).” 
 
 
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO 
A possibilidade jurídica do pedido demanda a qualificação para a pretensão em juízo (julgamento da 
admissibilidade e julgamento de mérito). Para que esta seja julgada procedente, deverá ser possível. Por exemplo, se 
houver perda do objeto durante o processo tal pretensão não poderá ser julgada como procedente, mas extinta com 
exame de mérito, mas, se a demandante apresentar um pedido incoerente, e impossível juridicamente, não se trata 
de carência jurídica e sim improcedência do pedido, conforme entendimento do art. 487, I do CPC/2015. 
 
RECURSO DE REVISTA. AGRAVO. ANULAÇÃO DE PEDIDO DE DESISTÊNCIA DE AÇÃO COLETIVA, 
HOMOLOGADO POR SENTENÇA. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. NÃO VERIFICADA. APLICAÇÃO 
DO ARTIGO 486 DO CPC. NÃO PROVIMENTO. (TST - Ag-AIRR 4532920105040027, Relator Guilherme Augusto 
Caputo Bastos, Data de Julgamento: 08/04/2015, 5ª Turma, Data da Publicação DEJT 17/04/2015 
“A pretensão deduzida em juízo pela reclamante não encontra óbice na 
impossibilidade jurídica do pedido, haja vista que a desistência da ação consiste em 
ato judicial da parte que depende de sentença homologatória, não fazendo, pois, 
coisa julgada material, mas apenas formal, de modo que deve ser desconstituída por 
meio de ação anulatória, nos termos do artigo 486 do CPC. Agravo a que se nega 
provimento.”

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