Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UNIDADE PENEDO GUSTAVO HENRIQUE FERREIRA LIMA JEISIELY DA CRUZ SILVA THAIRES SANTOS ANDRADE THIAGO PEREIRA FERREIRA RELATÓRIO – DIMENSÕES INTEIRAS E FRACIONÁRIAS Penedo-AL, 2017 GUSTAVO HENRIQUE FERREIRA LIMA JEISIELY DA CRUZ SILVA THAIRES SANTOS ANDRADE THIAGO PEREIRA FERREIRA RELATÓRIO – DIMENSÕES INTEIRAS E FRACIONÁRIAS Trabalho apresentado ao curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal de Alagoas, Unidade de Ensino Penedo, como requisito parcial à obtenção de notas, sob a orientação do Prof. Dr. José Pereira Leão Neto. Penedo-AL, 2017 Sumário 1. INTRODUÇÃO.........................................................................................4 2. OBJETIVO.................................................................................................5 3. MATERIAL UTILIZADO.........................................................................5 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.....................................................5 5. RESULTADO E DISCUSSÃO.................................................................6 6. QUESTÕES...............................................................................................8 7. CONCLUSÃO...........................................................................................8 8. ANEXOS...................................................................................................9 9. REFERENCIAS........................................................................................10 4 1. INTRODUÇÃO No dia 25 de agosto de 2017 por volta das 16:30 horas foi realizada uma atividade experimental com a turma de Engenharia de Produção 2016.1 da UFAL (Penedo) no Anexo Manoel Soares, onde os alunos tiveram a oportunidade de aplicar seu conhecimento cientifico sobre a Teoria dos erros e medidas (algarismos significativos). O experimento foi conduzido pelo Professor Neto Leão que auxiliou a turma de como manusear o paquímetro (instrumento utilizado para medir objetos com mais precisão) e de como concluir todas as demais etapas da atividade. O experimento se baseava em encontrar as dimensões fracionarias de sete bolinhas de papel amassadas utilizando um paquímetro. Os corpos foram classificados como M1, M2, M4, M8, M16, M32 e M64, uma vez que essas medidas representam a dimensão de um papel A4 e seus respectivos recortes. Cada bolinha foi medida sete vezes e com isso utilizamos alguns princípios da geometria fractal para obter a média das dimensões de cada bolinha. A imagem abaixo ilustra como foi feita a divisão de cada bolinha. A Geometria fractal é o campo matemático que busca dividir o objeto em partes e medi-lo para assim ter uma ideia de sua dimensão. Geralmente a geometria fractal é usada para o auxílio de medição de corpos complexos, uma vez que a geometria clássica não tem princípios suficientes para obter tão precisamente a dimensão dos objetos como a geometria fractal pode obter. Fractais são estruturas que apresentam a mesma forma qualquer que seja a escala de fragmentação, o termo fractal foi criado por Benoit Mandelbrote é referente da palavra fractus (significa irregular ou quebrado). Simplificando, pode-se dize que um fractal é simplesmente um objeto apto a se divido, por isso o temo fractal lembra-nos ”fração”. O instrumento utilizado para que o procedimento fosse realizado, foi o paquímetro, sendo do tipo universal, que é o mais utilizado. Este equipamento tem como principal meta a medição das dimensões lineares internas, externas e de profundidade de uma peça. “Devido as suas características ela representa, descreve e mede de forma eficiente situações consideradas imprevisíveis e caóticas. Uma característica que chama a atenção é que a geometria fractal admite a possibilidade de existirem dimensões fracionárias. ” Após a medição das bolinhas foi aplicado alguns conceitos de estatística para obter a média do diâmetro de cada bolinha, sendo assim fazendo uma fundamentação teórica de acordo com a geometria euclidiana, sabemos que a dimensão d representa sua dimensionalidade e para formas geométricas d deve ser um número inteiro, dessa forma teremos a formula D=KM^(1/d), onde M 5 é a massa, D é o diâmetro e K é uma constante. Para representar isso em um gráfico, sabendo que a formula está em uma função exponencial e a melhor forma para esboçar um gráfico seria utilizando um papel logaritmo que está de acordo com as seguintes propriedades exponenciais e sabendo que sua função será linear, seria aplicada os dados de forma com que a função se torne linear. 2. OBJETIVO Compreender a priori, através de medições de corpos geométricos com formas irregulares, os parâmetros de erros e incertezas para se chegar a uma conclusão mais precisa dos diâmetros de tais estruturas, aplicando posteriormente no modelamento matemático da dimensão fractal de tais objetos. 3. MATERIAL UTILIZADO Folhas de papel A4 Paquímetro Calculadora Científica Papel log-log 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Com as folhas A4 em mãos, a primeira folha foi amassada e obteve-se uma bola, a segunda folha foi dividida como indicado na figura 1 partindo a mesma em 6 partes com tamanhos diferentes, assim foi construído 7 bolas com forma geométrica de pequenas esferas. A menor bola obtida através da menor fração da folha tem a massa igual a 1 e as seguintes de forma crescente de tamanho, terá as seguintes massas, 2, 4, 8, 16, 32, 64. Com o paquímetro preciso na ordem x, foi realizada as medições dos diâmetros das pequenas esferas, uma a uma, por sete vezes consecutivas, girando-as a cada medida. Anotou-se os valores obtidos por cada medida na tabela 1, calculando a média aritmética das grandezas. Foi calculado as incertezas de cada medida, para obtermos um parâmetro mais preciso, a fim de analisar a dimensão fractal das esferas de papel amassado e inserido na tabela 1. Utilizando a tabela 1, foi construído o gráfico log-log do diâmetro versus a massa. 6 5. RESULTADO E DISCUSSÃO Realizado todos os procedimentos descritos, anotou-se na Tabela 1 os valores obtidos dos diâmetros medidos (D) em pontos diferentes de cada bola de papel, tal como, foram calculados a média (<D>) e o desvio padrão (∆D) referente a cada medição. Média (<D>): ∑ 𝑥𝑖𝑛𝑖=1 𝑛 Desvio padrão (∆D): 𝜎 = √∑(𝐷𝑖−(<𝐷>) 𝑛−1 Sendo, n = número dos diâmetros medidos. Com os resultados da tabela, foi possível a construção do gráfico log-log, (em anexo), assumindo que D = KM1/d, assim em seguida encontra-se K, para isso usa-se as aplicações logarítmicas em ambos os lados da função. D = KM1/d D/M 1 2 4 8 16 32 64 D1 0,58 0,74 0,92 1,33 1,72 2,58 3,28 D2 0,51 0,72 1,05 1,29 1,88 2,59 3,22 D3 0,50 0,79 1,03 1,25 1,71 2,52 3,16 D4 0,55 0,69 0,95 1,27 1,76 2,36 3,05 D5 0,56 0,83 1,05 1,23 1,95 2,54 3,22 D6 0,55 0,77 0,93 1,35 1,79 2,39 3,18 D7 0,52 0,72 1,00 1,27 1,75 2,59 2,90 <D> 0,54 0,75 0,99 1,28 1,79 2,51 3,14 ∆D 0,02 0,04 0,05 0,03 0,07 0,08 0,10 Figura 1: Divisão das folhas 7 LogD = logK + (1/d) logM Sabendo que uma equação linear é 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏, temos então: logD = y, LogK = b e log M, substituindo observa-se que o coeficienteangula da equação é igual a 1/d, ou seja 𝑎 = 1 𝑑 Então, para conclui nosso objetivo que é calcular o coeficiente angula (encontrar o “a” da equação linear) das retas no gráfico anexado neste trabalho. Sabendo que x é a distância paralela ao eixo x do início até o fim da reta e y é a distância paralela ao eixo y do início até o fim da reta, os valores foram obtidos a parti da tabela a cima. Se, 𝑎 = ∆𝑥 ∆𝑦 então, 𝑎 = logx2−𝑙𝑜𝑔𝑥1 logy2−logy1 Com os valões x1 = 5,4; x2 = 31,4; y1 = 1; y2 = 64 encontra-se o coeficiente angular a = 0, 43 e a partir da equação 𝑎 = 1 𝑑 encontramos d = 2,33. Com esse resultado, verifica-se que a dimensão do objeto está dento do esperado, 2 e 3, pois o experimento transformou um copo bidimensional que a a folha de papel, em um copo tridimensional, que é a bola de papel amassado. Assim, a dimensão do objeto é de 2,33. Os valores encontrados para K a pato da fórmula D = KM1/d 1: K = 0,54 2: K = 0,56 4: K = 0,54 8: K = 0, 52 16: K = 0, 54 32: K = 0, 57 64: K = 0,53 8 6. QUESTÕES a) O valor que é esperado de d para uma esfera tridimensional é 3, podemos perceber q o valor é remetido pelo próprio nome, sendo assim o valor de uma esfera bidimensional é 2 e o de uma unidimensional é 1. b) Para uma esfera tridimensional k é expresso da seguinte forma: K = 6 πρ 1 d , sendo ρ = massa/volume. Para uma esfera bidimensional k é expresso da seguinte forma: K = 4 πσ 1 d , sendo σ = massa/área. Para uma esfera unidimensional k é expresso da seguinte forma: K = 1 πλ 1 d , sendo λ = massa/comprimento. c) O resultado de d obtido foi d=2,33, sendo um valor entre 2 e 3, tendo em vista que a bala de papel parte da dimensão 2 para a 3. A partir disso podemos notar que a dimensão do objeto de estudo possui as características da geometria euclidiana (geometria em duas e três dimensões), além disso, as bolas de papel amassadas são bastantes irregulares e é devido a essa irregularidade que o valor encontrado é fracionário. O ∆d é calculado para encontrar o erro presentes nos experimentos físicos. A partir do valor de d encontrado podemos perceber que o objeto de estudo (bola de papel) é um fractal. 7. CONCLUSÃO Através dos resultados obtidos pode-se reafirmar a teoria da existência dos fractais, sabendo que não é possível se obter valores extados em experimento desse tipo, foi comprovado que a partir de um objeto de 2 dimensões é possível transformá-lo em 3 dimensões, porem ficando ente 2 e 3 a sua dimensão real. Sendo este trabalho de grande importância para o aprendizado, pois podemos relaciona a teoria obtida em sala de aula com a prática. 9 8. ANEXOS Gráfico log-log do diâmetro versus a (M) . 10 9. REFERENCIAS 1. M. M. Mendonça, Dimensões fractais – Física experimental 2, Experimento 2, aulas 2. 2. História dos fractais, Origem dos fractais, 2013, disponível em <http://fractaisecategorias.blogspot.com.br/2013/03/sua-origem.html> Acesso 03 de outubro de 2017 3. EBAH, Paquímetro, Disponível em <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAesacAJ/paquimetro > acesso 03 de outubro de 2017
Compartilhar