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1 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Alexandre Nápoles– ECA – Teoria e Exercício 
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
 
 
PROTEÇÃO JUDICIAL DOS INTERESSES INDIVIDUAIS, DIFUSOS E COLETIVOS 
• Inquérito Civil (Art. 223) - O MP poderá instaurar, sob sua presidência, ou requisitar, 
de qualquer pessoa, organismo público ou particular, certidões, informações, exames 
ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 dias úteis. 
O MP poderá arquivar o IC, caso esgotadas todas as diligências, se convencer-se da 
inexistência de fundamento para a propositura da ação cível, fazendo-o fundamentadamente. 
Os autos do IC ou as peças de informação arquivados serão remetidos, sob pena de se 
incorrer em falta grave, no prazo de 03 dias, ao Conselho Superior do Ministério Público. 
 
• Aplicação de Multa (arts. 213 e 214) - O juiz poderá impor multa diária ao réu, 
independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a 
obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito. 
A multa só será exigível do réu após o trânsito em julgado da sentença favorável ao autor, 
mas será devida desde o dia em que se houver configurado o descumprimento. 
Os valores das multas reverterão ao fundo gerido pelo COMDICA. 
As multas não recolhidas até 30 dias após o trânsito em julgado da decisão serão exigidas 
através de execução promovida pelo MP, nos mesmos autos, facultada igual iniciativa aos 
demais legitimados. 
 
• Realização de TAC (art. 211) – Só o MP, a União, os Estados, os Municípios, o DF e os 
Territórios poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua 
conduta às exigências legais, o qual terá eficácia de título executivo extrajudicial. 
 
• Execução da sentença condenatória (art. 217 do ECA) - Decorridos 60 dias do trânsito 
em julgado da sentença condenatória sem que a associação autora lhe promova a 
execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada igual iniciativa aos demais 
legitimados. 
 
 
 
 
(MPE-SP / Promotor de Justiça / 2015) Nos termos da Lei nº 8.069/90: 
I- O compromisso de ajustamento de conduta pode ser tomado por qualquer dos legitimados 
para as ações cíveis fundadas em interesses coletivos ou difusos afetos à infância e 
juventude. 
• R: ERRADA. O rol de legitimados para a propositura de ações cíveis fundadas em 
interesses coletivos ou difusos (art. 210) é mais amplo do que os legitimados para a 
propositura do termo de ajustamento e conduta (TAC só os órgãos públicos). 
II- O compromisso de ajustamento de conduta pode ser tomado apenas pelo Ministério 
Público. 
 
 
2 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
• R: ERRADA. O compromisso de ajustamento e conduta pode ser tomado pelos órgãos 
públicos legitimados para a propositura das ações cíveis (MP e U/E/DF/M e 
Territórios); 
III- Na ação cível ajuizada em defesa de interesse individual indisponível, uma vez 
configurado o descumprimento da obrigação, a multa diária imposta ao réu, liminarmente ou 
na sentença, reverte em favor do autor (menor). 
• R: ERRADA. Os valores das multas reverterão ao fundo gerido pelo COMDICA, 
segundo o art. 214 do ECA. 
IV- As multas não recolhidas até trinta dias após o trânsito em julgado da decisão serão 
exigidas através de execução promovida pelo Ministério Público, em ação própria. 
• R: ERRADA. O MP executa nos mesmos autos, conforme prevê o §1º, do art. 214 do 
ECA. 
 
Está correto apenas o contido em: 
a) II, III e IV. 
b) II e III. 
c) IV. 
d) I e IV. 
e) Todos os itens estão incorretos. 
 
 
(CESPE / Promotor de Justiça PI / 2012) A respeito da proteção judicial dos interesses 
individuais, difusos e coletivos das crianças e dos adolescentes prevista no ECA, assinale a 
opção correta. 
a) As demandas judiciais previstas no ECA deverão ser propostas no foro do local onde 
tenha ocorrido ou deva ocorrer a ação ou omissão, cujo juízo terá competência absoluta para 
processar a causa, sem exceções, em atenção ao princípio da proteção integral. 
· R: ERRADA. O art. 209 do ECA prevê ressalva quanto a competência da Justiça 
Federal e a competência originária dos tribunais superiores. 
b) Na hipótese de a associação autora não promover a execução da sentença condenatória 
no prazo de sessenta dias contados do trânsito em julgado, deverá fazê-lo o MP, facultada 
igual iniciativa à defensoria pública. 
· R: CORRETA. Se a associação autora não promover a execução, além do MP, faculta 
igual iniciativa a DP e aos demais legitimados 
indicados no art. 217 do ECA c/c art. 5º da Lei nº 7.347/1985. 
c) No curso do inquérito civil, se o órgão do MP, esgotadas todas as diligências, se convencer 
da inexistência de fundamento para a propositura da ação cível, ele deverá requerer, em 
petição fundamentada dirigida ao juiz da infância e da juventude, o arquivamento do 
procedimento. 
· R: ERRADA. O MP não precisa pedir arquivamento do IC ao Juiz, ele mesmo 
promoverá o arquivamento dos autos, fazendo-o fundamentadamente (Art. 223, §1º do 
ECA). 
d) O MP não possui legitimidade para propor ACP para obrigar plano de saúde a custear 
tratamento quimioterápico em centro urbano a uma única criança conveniada à empresa 
prestadora do serviço de assistência médica. 
· R: ERRADA. O MP tem legitimidade para propor ACP à luz da dicção final do art. 127 
da CF que o habilita a demandar em prol de interesses indisponíveis. O direito à saúde, 
insculpido na CF e no ECA, é direito indisponível, em função do bem comum, maior a 
 
 
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proteger, derivado da própria força impositiva dos preceitos de ordem pública que 
regulam a matéria (STJ RESP 688052/RS, RESP 822712/RS, RESP 819010/SP). 
e) A proteção judicial coletiva dos interesses individuais, difusos e coletivos das crianças e 
dos adolescentes restringe-se aos direitos taxativamente previstos no ECA. 
• R: ERRADA. Não restringe-se ao ECA. Segundo o art. 208, §1º, do ECA as hipóteses 
previstas neste artigo não excluem da proteção de direitos protegidos pela CF e pela 
Lei. 
 
 
DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE 
• Finalidade da apuração – a proteção integral do adolescente, não simplesmente a 
aplicação de uma sanção estatal (no caso, as medidas sócio-educativas). 
 Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas, 
preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários 
(arts 100 e 113 do ECA). 
• Aplicação subsidiária do CPP e CPC (arts. 152 c/c 198) - na ausência de disposição 
expressa do ECA, e desde que compatíveis com a sistemática e princípios por ele 
estabelecida, aplicam-se as normas gerais previstas no CPP e CPC. A regra é a 
celeridade do procedimento. 
 
FASE POLICIAL 
• Prisão por ordem judicial (art. 171 do ECA) - o adolescente será, desde logo, 
encaminhado à autoridade judiciária. 
• Prisão em flagrante (art. 172 do ECA) – o adolescente que praticou ato infracional 
deverá, desde logo, ser encaminhado à autoridade policial competente. 
 A autoridade policial deverá comunicar INCONTINENTI ao Juiz da Infância e da Juventude 
e sua família ou pessoa por ele indicada (art. 107 do ECA). A falta dessa comunicação 
constitui crime do art. 231 do ECA. 
 
Qual delegacia será competente para apurar ato infracional praticado em co-autoria com 
maior? 
• Havendo repartição policial especializada para atendimento de adolescente, 
prevalecerá a atribuição da repartição especializada, que, após as providências 
necessárias e conforme o caso, encaminhará o adulto à repartição policial própria (§ 
único do art. 172 do ECA). 
 
• Ato infracional praticado com violência ou grave ameaça à pessoa - a autoridade 
policial deverá (art. 173 do ECA): 
 1) lavrar autode apreensão, 
 2) realizar a oitiva de testemunhas e do adolescente, 
 3) apreender o produto e instrumentos da infração, 
 4) requisitar exames ou perícias necessárias à comprovação da materialidade do ato e 
autoria da infração. 
• Ato infracional leve - basta a lavratura de boletim de ocorrência circunstanciado 
(art.173, par. único do ECA). 
 
• Comprovação da autoria e da materialidade da infração – é imprescindível para 
imposição de medidas socioeducativas (art.114 c/c art.189, incisos II e IV, do ECA). 
 
 
4 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Não basta a mera “confissão” do adolescente, sendo necessária a instrução do feito 
e a produção de provas idôneas e suficientes. 
 Súmula nº 342, do STJ: “No procedimento para aplicação de medida 
socioeducativa, é nula a desistência de outras provas em face da confissão do 
adolescente”. 
 
• Internação provisória do adolescente (art.174 do ECA) 
Os requisitos são: 
a) gravidade do ato e repercussão social; b) necessidade de garantia da segurança 
pessoal do adolescente; ou c) manutenção da ordem pública. 
 
• Caso que não comporte internação provisória - Com o comparecimento dos pais ou 
responsável (pode ser o dirigente da entidade de abrigo se o adolescente está em 
atendimento - vide art.92, par. único do ECA) deverá ocorrer a liberação do 
adolescente (independentemente de ordem judicial) com assinatura de termo de 
compromisso de apresentação ao MP (art.174, ECA). 
 
• ATENÇÃO: A regra será a liberação imediata do adolescente, seja qual for o ato 
infracional praticado (ou seja, a apreensão em flagrante, por si só, não autoriza a 
manutenção da privação de liberdade do adolescente), ressalvada a “imperiosa 
necessidade” do decreto de sua internação provisória (arts.107 § único e 108, § único, 
do ECA). 
 
Em caso de não liberação qual o procedimento a ser adotado? 
• Deve ser o adolescente imediatamente encaminhado ao MP, com cópia de auto de 
apreensão ou boletim de ocorrência (art. 175 do ECA). Se não é possível a 
apresentação imediata, encaminha-se o adolescente à entidade de atendimento e, em 
24 horas, apresenta-se o adolescente ao MP (art.175 e §1º do ECA). 
 
E se não houver entidade apropriada de atendimento? 
• O adolescente deverá aguardar a apresentação ao MP nas dependências da DP 
especializada. Se esta não existir, aguardará a apresentação na DP em local separado 
dos adultos (art.175, §2º do ECA), onde em qualquer hipótese não poderá permanecer 
por mais de 24 h, sob pena de responsabilidade (arts.5º e 185, §2º c/c art.235, do ECA). 
• Transporte do adolescente - não poderá ser transportado em compartimento fechado 
de viatura policial (camburão), em condições atentatórias à sua dignidade ou que 
impliquem em risco à sua integridade física ou mental (art.178 do ECA), sob pena de 
responder ao crime previsto no art.232 do ECA. 
• Uso de algemas - não há proibição expressa ao uso de algemas, porém, em especial 
com o advento da S. Vinculante nº 11, do STF: “Só é lícito o uso de algemas em caso 
de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria 
ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por 
escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da 
autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo 
da responsabilidade civil do Estado”. 
Assim, as algemas somente devem ser empregadas quando houver real justificativa para 
tanto, de modo a evitar que o adolescente seja submetido a um constrangimento maior que 
o estritamente necessário (crime previsto no art. 232, do ECA). 
 
 
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• Arbitramento de fiança - Não há que se falar em “ato infracional afiançável” ou “ato 
infracional inafiançável”, já que o instituto da fiança não se aplica ao procedimento 
para apuração de ato infracional. 
• Se não há flagrante, mas há indícios da autoria do adolescente, a autoridade policial 
deverá realizar as diligências necessárias à apuração do fato, encaminhando ao MP o 
relatório das investigações e outras peças informativas (art.177 do ECA). 
 
 
 
 
 
FASE MINISTERIAL 
Essa fase se inicia por meio da provocação da autoridade policial à vista do auto de 
apreensão, boletim de ocorrência ou relatório policial, devidamente autuados pelo cartório 
judicial e com informação sobre os antecedentes do adolescente. 
1) Adolescente apresentado – o MP no mesmo ato procederá à oitiva do adolescente 
imediata e informalmente e, em sendo possível, de seus pais ou responsável, vítima 
e testemunhas (art. 179 do ECA). 
2) Adolescente não apresentado - o MP notificará os pais ou responsável para 
apresentação, podendo requisitar o concurso das polícias civil e militar (art. 179, 
§único do ECA). 
 
 
 
 
 
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Qual é a finalidade dessa oitiva informal do MP? 
• É colher, tanto junto ao adolescente, quanto a seus pais ou responsável, informes 
acerca da conduta pessoal, familiar e social daquele (se estuda, trabalha, é 
obediente, respeitador etc.), elementos que irão influenciar tanto na tomada de 
decisão acerca de que providência deverá o MP adotar no caso (ato que deverá ser 
fundamentado - art.205, do ECA), quanto, ao final do procedimento (se oferecida a 
representação), na indicação da(s) medida(s) a ser(em) aplicada(s).

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