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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência de Educação Infantil CARLA LINO DO NASCIMENTO FORTALEZA 2014 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência de Educação Infantil Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Estágio Supervisionado em Docência de Anos Iniciais e Ensino Fundamental sob a orientação da professora Adelaide Rezende De Souza. Curso: Pedagogia FORTALEZA 2014 SUMÁRIO 1 – INTRODUÇÃO...................................................................................................................4 2 - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DA TURMA OBSERVADA ...............................5 2.1 – Caracterização da Escola.........................................................................................5 2.2 – Características da Turma e Aspectos Observados ..............................................8 3 – DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBERVADAS E REALIZADAS .........................................................................................................................10 3.1- Desenvolvimento E Análise Das Atividades Observadas E Realizadas...........10 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................16 REFERÊNCIAS......................................................................................................................17 ANEXOS .................................................................................................................................18 Anexo 1 – Projeto Pedagógico ........................................................................................19 Anexo 2 – Ficha de Avaliação..........................................................................................21 Anexo 3 – Ficha de Frequência.......................................................................................23 Anexo 4 – Declaração de Estágio...................................................................................25 Página | 4 1 – INTRODUÇÃO Relatório referente ao Estágio Supervisionado em Docência na Educação Infantil, realizado na escola Centro Educacional Vital Didonet em Fortaleza- CE, entre os dias 02/04 e 13/05 de 2014 cumprindo 68 horas no total. Tem objetivo de relatar experiência pessoal, estando nesta escola como acadêmica do curso de Pedagogia – Estagiária. Os assuntos aqui abordados relacionam-se ao reconhecimento da estrutura e funcionamento de uma escola de educação infantil, observando e analisando aspectos no que se refere às práticas docentes, como Plano de Aula, Metodologia, Avaliação e etc. Tendo como tarefa também, analisar a implementação do Plano Político Pedagógico Nacional de Educação Infantil na rotina da escola confrontando teoria e prática, auxiliar nas atividades propostas em sala de aula, além de buscar a oportunidade de planejar e oferecer uma atividade específica para a turma (Projeto Pedagógico). Este relatório está dividido da seguinte forma: Características da Escola e da Turma; Desenvolvimento e Análise das Atividades Observadas e Realizadas – Com citação de Autores – Considerações Finais; Referências e Anexos, tópicos distribuídos em 03 capítulos. Desenvolvido conforme modelo da Universidade Estácio de Sá, enviado pela professora-tutora através de correio eletrônico no inicio do semestre, para cada aluno matriculado na disciplina, metodologia utilizada na realização deste relatório: Registro das falas e ações dos alunos, professora e funcionários, percepção pessoal prevalecendo o lado estudante, autores- educadores, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), aulas tele transmitidas e conteúdo online, essas duas últimas ferramentas fazem parte do conteúdo da modalidade de Educação á Distância (EaD) da UNESA. Página | 5 2 - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DA TURMA OBSERVADA O Centro Educacional Vital Didonet é dividido em 03 anexos, em cada um funciona separadamente o Berçário, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Tempo Integral. A turma estagiada foi o infantil IV, portando 16 alunos com média de 04 anos de Idade, uma professora regente e uma auxiliar. Na sala os mobiliários e seus componentes são adaptados para as crianças, tem ar condicionado e uma pia. 2.1 – Caracterização da Escola Fundada em novembro de 1997 a escola continua com os mesmos 03 diretores: A psicóloga Míria Spíndola Chagas, o Pedagogo e Administrador de Empresas Stélio Ramalho Bezerra Júnior e a também Pedagoga Cláudia Spindola. Porque a instituição leva esse nome? Há mais de 30 anos, o professor Vital Didonet atua na área de Educação Infantil, procurando aprender sempre e cada vez mais com as crianças, professores e com os que decidem a política educacional. Isso, com o objetivo de abrir sempre mais espaço para a criança e para a Educ. Infantil com a co- responsabilidade da sociedade e dos diversos órgãos para com a criança enquanto cidadã, nessa área, coordenou o Movimento Nacional Criança e Constituinte, que conseguiu incluir na Constituição Federal os direitos da criança, por isso e por muito mais... Seu lema é Educação pela Natureza: e “seu símbolo é o sol, que representa a perspectiva de um novo amanhecer, rico em crescimento e aprendizado para a vida, tendo como referencia a Natureza que está sempre nos ensinando a conviver e melhorar, respeitado o próximo, sem perder nosso brilho natural.”. Localizada na Rua XXX Fortaleza – CE, Brasil. O prédio da Educação Infantil é bem distribuído, na recepção fica também a diretoria, secretaria, coordenação, direção pedagógica, sala de professores com banheiro e um banheiro social, no andar de cima fica a sala do ballet que vez por outra é usada por algum funcionário para repousar. Composta por duas turmas de infantil II com no máximo 13 alunos em cada sala de aula. Página | 6 Duas turmas de infantil IV com no máximo 16 alunos em cada sala e duas turmas de infantil V, também com no máximo 16 alunos em cada sala de aula, onde cada turma tem uma professora regente e uma auxiliar que se reserva entre duas salas. Esses espaços são divididos em alas onde o infantil II e III e o IV e V tem seu próprio banheiro, sala de repouso e parquinho ao ar livre, adaptados para suas idades, necessidades e atividades. No caso das duas turmas de infantil IV, o critério usado para a divisão de crianças foi que, a professora que estivesse com menos alunos na sala, seria aquela que teriam crianças com necessidades especiais e as mais novas, ou seja, aquelas que ainda completarão 04 anos de idade ao longo deste ano. Dispõe também de quadra onde se localiza o bebedouro, um palco, brinquedoteca, sala de música e refeitório. Alunos com necessidades especiais ingressam regularmente nessa escola, são integrados nas salas regulares de acordo com sua faixa etária, nível acadêmico e competência individual. Contam com serviço adicional de estágio que consiste no acompanhamento, por uma estagiaria das atividades do Projeto de Adaptação Curricular, este serviço inclui: Execução e avaliação das atividades planejadas pelo professor e equipe pedagógica; Elaboração de atividades ou tarefas específicas que atendam ao Projeto de Adaptação Curricular; Coordenadora da Educação Inclusiva; Acompanhamento do aluno em todas as atividades nohorário regular de aula; Registros periódicos de observação do trabalho para o uso da equipe pedagógica; Elaboração de Relatórios diagnósticos e de avaliação com o professor; Inserção da estagiária em um programa de formação permanente, incluindo estudos teóricos e análise do desenvolvimento escolar dos alunos acompanhados, sendo de inteira responsabilidade da família os custos da estagiaria. Aulas extras: Teatro, Natação, Hip Hop e Coral. Projetos Permanentes: “Projeto Leitura”, “O brincar e a Consciência Social”, “Projeto Porquinho em Ação”, “Vitalizando Costumes e Tradições”, “Vitalizarte”, “Bazar Vital presente na Vitalizar” Atividades Coletivas: Lanche e Aniversários; Banho de Bica; Excursões e Aulas de Campo; Culinária. Equipe Técnica – Pedagógica: Direção; Coordenação; Nutricionista; Assessoria Pedagógica; Psicologia; Corpo Docente; Recepção; Secretaria; Página | 7 Administrativo / Financeiro; Apoio/Manutenção/Portaria e Apoio ás Coordenações. Situada no sudeste da capital cearense, próxima à avenida principal do bairro que é de classe média alta, predomina na região shoppings, farmácias, postos de gasolina, correios, escolas públicas e particulares. A infraestrutura é avançada, pois além de apresentar os elementos básicos desse item como água encanada, fiação elétrica em perfeito estado de segurança e uso, cozinha, coleta de lixo e tratamento de esgoto adequado, oferece sala de professores climatizada e laboratório de informática. Baseado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, artigos 29 e 30, os professores conhecem e tem acesso ao PPP da escola que prioriza as experiências da vida do aluno; utiliza como instrumento mediador os jogos, ludicidade e a linguagem simbólica; Privilegia da língua falada e escrita; Estimula e utiliza desde o Berçário, função social de leitura e escrita, dentro de um ambiente educativo; Favorece o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático, por meio da busca e construção de soluções para situações-problema de acordo com o nível operacional da criança; Proporciona a investigação e a pesquisa; Incentiva a formação de hábitos e normas de convivência; Realiza oficinas culturais e tecnológicas, inserindo o aluno em um contexto atualizado; Oferece semanalmente aulas de Recreação, Formação Humana, Educação Musical e Inglês; Estimula a cidadania e a ética, por meio de atividades culturais e ecológicas incluídas em seus programas; Promove aulas de campo, incentivando uma expansão dos conhecimentos em construção; Trabalha a partir da ação espontânea da criança utilizando (entre outras) uma pratica psicomotora que contribua para o desenvolvimento harmônico e integral dela, atendendo assim aos interesses da educação infantil, e, sobretudo as necessidades do educando e baseia-se a título postural, na abordagem sócio interacionista- construtivista de aprendizagem. A avaliação se dá através de portfólio individual, e relatório grupal, sendo apresentado um em cada final de semestre. No portfólio individual especifica-se o desenvolvimento das crianças em cada matéria estudada: Como foi esse desenvolvimento, o que aprenderam, se a aprendizagem foi significativa, de que forma se comportaram frente a situações de adversidades, como foi o comportamento diário em sala de aula e etc., no relatório grupal o sistema é Página | 8 o mesmo, sendo que as especificações são em nível geral, para isso, são feitos registros diários sobre as crianças, pela professora. 2.2 – Características da Turma e Aspectos Observados O estágio está sendo realizado numa turma do infantil IV, composta por 16 alunos com idade média de 04 anos, uma professora e uma auxiliar (que também auxilia outras turmas do infantil), poucas vezes estão as 16 crianças em sala de aula, são bastante participativos e geralmente seguem sem problemas maiores os limites impostos pela linha pedagógico- comportamental. O plano de aula é realizado semanalmente, a professora desenvolve e este é revisado pela coordenadora pedagógica, sendo sujeito a alterações, é composto de cabeçalho padrão e dividido em 04 tópicos principais: Objetivo, sondagem e problematização, sistematização, exploração do professor e recurso. Tabela de distribuição do conteúdo semanal: Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Acolhida Relações matemáticas Acolhida Musicalização Acolhida Massa de modelar. Acolhida projeto leitura Linguagem e comunicação Acolhida brinquedo Linguagem e comunicação Relações matemáticas Linguagem comunicação Lanche Lanche Lanche Lanche Lanche Desenvolvimento social e Pessoal Portfólio Relações matemáticas Desenvolvimento pessoal e social. Recreação Aula de Música / Corpo e Movimento Exploração e conhecimento de mundo. Inglês Portfólio Sala de multimídia Oficinas Motricidade Fina Expressão e apreciação artística. Página | 9 Todos os dias em que estive presente a dinâmica das aulas foram diferentes, na maioria das vezes aconteceu como planejado sem necessidade de usar “um plano B”, houve uma vez em que a professora logo partiu pro “plano B”, ela estava preparando essa segunda estratégia para trabalhar o “curto e comprido” com elas, então, as crianças logo se interessaram pelas cobras de papel que ela estava recortando, e assim ela decidiu que naquele dia, seu plano de aula principal sofreria uma mudança. Apenas uma vez foi difícil dar aula, os 16 alunos estavam muito agitados, e a atividade não causou tanto interesse e percebi que não existia “um plano B”. A metodologia usada pela professora oscila entre a construtivista e a tradicional, julguei que ela estava usando a construtivista quando em uma das aulas de matemática, as crianças confeccionaram uma cartela de bingo recortando de uma folha de papel oficio e colando em outra, 06 números da preferencia de cada um aleatoriamente entre 0 e 09, na hora de chamar os números a professora aproveitou e o fez uma vez em inglês, e as crianças souberam que o ‘two’, se tratava de ‘dois’, mesmo não se falando nada sobre isso naquela ocasião, após marcarem o bingo ela os convidou para olharem com atenção suas cartelas, e juntos descobriram que alguns 4, 6 e 9 estavam colados de cabeça para baixo, antes disso, ouviu a quem se manifestou tudo o que sabia em relação ao jogo de bingo. Numas das aulas de português ela colou 05 cartolinas na lousa e em cima de cada uma escreveu as vogais, entregou revistas para cada criança e pediu que elas procurassem por palavras que iniciassem com uma das vogais e colassem em suas respectivas cartolinas, a maioria deles não sabia do que se tratava “a primeira letra”, as que nada perguntavam, simplesmente recortavam palavras com a letra ‘e’, por exemplo, em qualquer posição da palavra encontrada e colava na cartolina ‘e’, após ela disse que quem fez isso, ou colou palavras de cabeça para baixo estavam errados. A postura da professora frente a turma é ótima! Sempre animada e sorrindo, conversa com os alunos, incentiva, os escuta, é carinhosa e atenciosa. Sabe controlar a sala, tem voz altiva e autoridade, mesmo uma vez ou outra sendo dura demais na hora de repreender e podendo aproveitar de melhor maneira os objetos presentes em sala de aula. Página | 10 3 – DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBERVADAS E REALIZADAS Esse capítulo apresenta algumas atividades e acontecimentos que ocorreram em sala de aula, contendo a descrição de atividades específicas, análise crítica e fundamentação teórica das mesmas. Serão citados autores. 3.1- Desenvolvimento E Análise Das Atividades Observadas E Realizadas Situação 01 - Descrição: Na primeira parte da manhã numa aula de Relações Matemáticas, a professora trabalhoucom os alunos a noção de ‘curto e comprido’. Sentamos na rodinha como de costume e após cumprimentos e falas iniciais, a professora com meia folha de cartolina e uma caneta piloto nas mãos, lança a pergunta: “Das meninas, quem tem o cabelo mais comprido?”. Eles observaram, alguns se levantaram dirigindo-se uns aos outro e etc. Enquanto isso, ela fazia um desenho em espiral com os objetos que segurava (confeccionava cobras de papel que usaria como plano B caso fosse necessário). Em meio às respostas e ações de medir, algumas crianças começaram a perguntar do que se tratava aquele desenho e para de não comprometer o andamento da aula, a professora respondeu de forma vaga, e naquele momento elas já tinham dito quem era a menina de cabelo mais comprido e o menino de cabelo mais curto, a professora aproveita: “Quem de vocês tem o estojo mais curto?” Eles logo se aproximaram de suas mochilas e enquanto comparavam, a professora recortava o espiral formando algo parecido com uma cobra. As crianças logo quiseram saber do que se tratava e uma delas falou: “É uma cobra comprida tia?” A professora faria outras perguntas em ralação aos objetos da sala de aula, com o propósito de instigá- las a investigação quanto ao comprimento de tais objetos, porém: “Um por um vai segurar a cobra e quando ela chegar novamente em mim saberemos se é uma cobra comprida ou não...” “A missão do professor não é dar respostas prontas e sim provocar a inteligência, o espanto e a curiosidade no aluno” Rubem Alves. De inicio ela posicionou a cobra nas mãos das primeiras crianças, assim, com uma das mãos elas pressionavam a cabeça e com a Página | 11 outra o rabo, depois elas foram livremente explorando a figura, cobertos pelo respeito do tempo e da forma de olhar da professora: - “Sabia tia que corpo da cobra é gelado?!”. - Falou uma das crianças. - “É mesmo?! E o que tem mais no corpo delas?”. - Respondeu a professora, transferindo seu entusiasmo para as crianças. - “São coloridas com pintinhas!”. – Responderam 02 ou 03 delas empolgadas! - “Mas também tem umas listradas” – Observou outra criança. - “E elas moram na floresta” – Disse uma quarta criança. -”Elas são venenosas”! Alertou um menino. Essa foi a chance que a professora teve de enfatizar mais uma vez, que estávamos manipulando uma figura de cobra e não um réptil de verdade, portanto aquilo era seguro (usando linguagem adequada). Com a cobra cumprida enrolada no pescoço ela os convidou para sentarem em seus lugares, fomos a cada mesa com canetas pilotos de diversas cores, meia folha de cartolina pra cada um e perguntávamos individualmente: “Você quer uma cobra curta ou cumprida?” Essas foram de tamanhos variados... Análise Crítica: A atividade foi adequada para o grupo de crianças, pois foram utilizados elementos que lhes chamam atenção e causam interesse quanto a sua manipulação, fazendo com que a criança sinta-se inserida no contexto da atividade. A professora falhou em não ter avaliado essa atividade junto ao grupo, colar as cobras curtas e cumpridas uma do lado da outra na lousa, a partir do tamanho de cada criança poderia ter sido uma boa alternativa para isso, fiz essa sugestão, mas a professora não seguiu. O segredo para o sucesso dessa atividade foi ela ter demonstrado sua flexibilidade ao adaptar seu plano de aula quando percebeu que essa seria a melhor opção. Fundamentação Teórica: Fazer com que o plano de aula seja flexível e adapta-lo segundo o interesse da turma, é uma característica de um bom plano: “O plano de aula deve satisfazer os interesses e as necessidades dos alunos, sem afastar-se dos pontos essenciais a serem desenvolvidos”. (Cazaux Página | 12 Haydt, p. 105). Situação 2 – Descrição: A atividade consistia em colar palavras em cartolinas fixadas na lousa, eram 05, cada uma nomeada por uma vogal, as crianças tinham que colar palavras que começassem com elas em suas respectivas cartolinas. Nesse momento a professora já começa conversando com a turma sobre o tema, aproveitando curiosidades, novidades e perguntas para dar maior clareza a elas quanto ao desenvolvimento da atividade. Distribuímos tesoura, cola e revistas para cada uma e elas começaram. Primeiro cortando frases aleatórias, depois cortaram somente as vogais, após nova explicação, veio o fato de as palavras que elas estarem cortando não iniciarem com vogal, com isso, a maior parte do tempo se deu na explicação sobre a atividade, especificamente sobre o significado de “primeira letra”, sem que a professora deixasse de perceber as contribuições das crianças. Mesmo assim continuaram ou cortando somente as vogais, ou cortando com vogais em posição qualquer na palavra. Depois de uma explicação do tipo “achei a palavra abacaxi gente, então, eu corto toda a palavra e colo na cartolina A”, “olha só a palavra escova, depois de cortar ela todinha, colo na cartolina E.” “Essa palavra ilha, eu vou cortar completa e colar na cartolina I” Se eu encontrar a palavra ovo, óculos, ovelha... Eu corto e colo em qual cartolina?” “A cartolina U está vazia, se eu encontrar a palavra uva... Urso... Eu corto sem esquecer nenhuma letra e colo nela”, é que as crianças entenderam melhor e começaram a seguir essa linha... Análise Crítica: Essa atividade me remeteu as aulas das disciplinas Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem (2013.1) e Metodologia e Prática da Alfabetização e Letramento (2013.2) com a Professora Taísa Vliese, Psicóloga e Mestre em Educação, nelas aprendi que se até os 04 anos idade a criança não mostrar interesse pela escrita, esta não deve ser incentiva ao ato. Fundamentação Teórica: Essas crianças já escrevem seus nomes, folheiam livros gesticulando a ação de ler, solicitam que façam leituras para elas e sabem diferenciar letras, de números e desenhos, portanto já são letradas (Magda Soares 2000), porém, não possuem maturidade suficiente para serem alfabetizadas, para isso é preciso “Ter um nível suficiente, sob determinados aspectos, para iniciar o processo de função simbólica que é a Página | 13 leitura e sua transposição gráfica que é a escrita” (POPPOVIC, 1966, p. 5). Nem mesmo a ludicidade contida na atividade, foi suficiente para o entendimento e encaminhamento previsto da mesma. Situação 03 - Descrição: Mais uma segunda-feira, hora da rodinha “De todas as atividades da sala de aula, a hora da roda pode ser a mais importante em termos da atmosfera sócio-moral. Para muitos professores, esta também pode ser a hora mais difícil e desafiadora do dia” (Rheta Vries e Betty Zan, 1998, p, 115). Neste dia a turma estava completa (16 crianças), cada uma segurava um livro que haviam escolhido levar para casa na sexta-feira (Projeto Leitura), a escolha foi livre. Naquele momento o intuito era que as suas falas fossem espontâneas, porém, que se tratasse do livro: Qual era o título, o autor, o personagem principal, do que mais gostaram, o que aconteceu na história, quem fez a leitura com eles e etc., em momentos como este há bastante aceitação por parte da professora para com seus alunos, que admite e admira o tempo pensamento-linguagem deles. As crianças estavam agitadas e chorosas, mas tudo começou bem, a professora iniciou as conversações e pediu que a primeira criança ao seu lado falasse sobre o livro que segurava, a atividade corria como o planejado até que uma ou outra criança começou a fazer bagunças entre si ou conversarem, principalmente quando a que falava sobre o livro que escolheu mantinha o tom de voz baixo. Quando as crianças desrespeitam uma regra combinada com o grupo, a professora reage conforme a situação, ás vezes ignora outras é repetitiva ou usa de ameaças como: Deixar sem parquinho, levar a criança pra uma conversa com a coordenadora, comunicado negativo na agendae etc. Quando nenhuma dessas alternativas fez com que a rodinha progredisse conforme planejado, a professora pediu que as crianças que já tinham falado sobre seu livro (a maioria), sentassem em seus lugares sob meus cuidados, que ela continuaria ali numa roda menor com aqueles que ainda falariam. Como o objetivo da atividade também era que os colegas escutassem uns aos outros, se interessassem pelo livro e até fizessem perguntas e/ou comentários sobre eles, essa seria uma boa oportunidade de a professora usar seu poder de conhecer aquelas crianças em suas características individuais, e assim, fazer com que toda a turma tivesse participação ativa e significativa na rodinha. Página | 14 Análise Crítica: É importante incentivar a leitura desde a Educação Infantil. A família deve mais que conhecer e apoiar essa prática, mas sim ser exemplo dela. Outra estratégia que poderia ter levado ao alcance dos objetivos dessa atividade, seria com a professora manuseando o livro enquanto a criança que o escolheu se referisse a ele, ou criando regras específicas para aquela rodinha. Fundamentação Teórica: “O desenvolvimento de interesses de hábitos permanentes de leitura é um processo constante, que principia no lar, aperfeiçoando-se sistematicamente na escola e continua pela vida” (BAMBERG, 1987, p. 92). Obs.: A professora com quem estagiei é formada em Letras desde 2003 e em breve concluirá sua segunda graduação, pois está no 7º período do curso de Pedagogia. Tem treze anos de experiência nesta escola, já atuou como professora substitua em séries do Ensino Fundamental, mas encontrou satisfação profissional como docente da Educação Infantil. Possui vários livros didáticos de várias editoras e épocas, apesar disso, a base forte para a elaboração de seu plano de aula, condiz com o que vem aprendendo em sua vida acadêmica, seu conhecimento de mundo e de sua turma. Surgindo alguma dúvida usa a internet como fonte de pesquisa, mas raramente faz isso, diz que sua turma é de fácil manejo “uma estratégia que ajuda muito é ter mais de duas alternativas para cada conteúdo que será dado em sala de aula”, relata. A relação escola X família contribui positivamente para desenvolvimento do trabalho do educador, prova disso é o Projeto Vitalizart: A magia entra no ar... Onde todos os anos com teatro, música, drama, cores e muito mais, os alunos revelam ás famílias o seu potencial criador “Vitalzinho e Dida no mundo da Cultura” é o tema de 2014. O Bazar Vital: Pais e familiares expõem á venda seus produtos artesanais, (presente no Projeto Vitalizart) na oportunidade, todos os espaços físicos e mobiliários da escola e sala de aula, são favoráveis para o desenvolvimento de brincadeiras livres e dirigidas, onde essas também acontecem no cotidiano dos alunos, professores, pais e funcionários. Nesse bazar acontecem também prestações de serviços a comunidade, na oportunidade são oferecidos serviços como: Massagem, acupuntura e muito Página | 15 mais! Este ano, no mês de maio, a escola se mobilizou com o objetivo de arrecadar itens como: Produtos de limpeza e higiene pessoal, alimentos não perecíveis, lençol, cocha de cama entre outros, foi contemplado com a doação desses itens a cada de idosos, Casa de Nazaré, localizado no bairro da escola. Outro exemplo de prestação de serviços a comunidade é o “Projeto Porquinho em Ação”: Numa certa época do ano, as crianças levam para casa um porquinho onde depositam moedas a vontade, em data previamente estabelecida, levam o porquinho de volta para a escola, entregam na direção, e esta se responsabiliza na compra de doações necessárias para a instituição escolhida. A Semana Pedagógica acontece no inicio do ano, nela realiza-se a primeira reunião com os pais, esta com caráter geral. A segunda é realizada com intuito de entregas de portfólios e relatórios grupais e individuais, esta reunião se desenrola na associação professora de turma – pais dos alunos da turma. Para assegurar uma reunião completa e objetiva, pais e professores comunicam-se via agenda durante uma semana com temas e questionamentos específicos, no sábado, participam da reunião ‘Dialogando com os Pais’, oportunidade também para uma conversa individual. Página | 16 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente Relatório foi realizado com o objetivo de registrar o tempo, pratica e vivencias do aluno do curso de Pedagogia da Universidade Estácio de Sá inserido em um ambiente escolar, mais especificamente em uma sala de aula da Educação Infantil. Sendo importante sua análise, observação, vivencias registros diários e participação nas atividades rotineiras da escola e turma escolhida. Com a obrigatoriedade de cumprir sessenta e seis horas, durante o primeiro semestre de dois mil catorze, nesse trabalho de campo, as experiências vividas foram inigualáveis! Os dias foram de bastantes novidades, portanto, bastante aprendizado! Tive a sorte de estar numa escola muito organizada, limpa, ciente de seu papel na sociedade, entregue ao trabalho e dinâmica, aproveitando para adotar uma postura onde pudesse absorver tudo o de melhor que cada profissional tinha para oferecer, sem deixar de mostrar aquilo que venho aprendendo, procurando adaptar cada teoria aos hábitos e crenças da escola. Fui bem recebida, acomodada e ajudada em todos os momentos em que precisei. A professora com quem eu tive o prazer de realizar os trabalhos, preparativos, esforçar-se junto, tomar atitude e decisões estará sempre em minha lembrança como figura de inspiração, respeito e admiração, auxiliá-la foi aprender e conhecer o que é verdadeiramente a vida de uma professora. Sua turma era a mais numerosa, fazendo com que aumentasse também o grau de carinho, amor e dedicação de ambos. Essa experiência superou toda e qualquer expectativa inicial que me movia! Nessa sala todo dia, se aprendia algo novo, fazendo com que cada ação e esperanças ali depositadas se transformassem hoje em satisfação e certeza! Certeza essa que muitas vezes me faltava quando nessa escola entrei, e agora saio dela com uma nova visão da profissão, consciente de que não é fácil, mas que evidentemente não é impossível. Página | 17 REFERÊNCIAS BAMBERG, Richard. Como Incentivar o Hábito da Leitura. São Paulo: Ática, 1987, p. 92. CAZAUX, Haydt. R. Curso de Didática Geral: O Planejamento da ação Didática. São Paulo, Ática. 2000. p, 105. DE VRIES, Rheta; ZAN, Betty. A ética na educação infantil: o ambiente sócio moral na escola. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998, P. 115. DISCIPLINA: Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, Professora Thaísa Vliese - Psicóloga e Mestre em Educação. UNESA, acessado em todo o primeiro período de 2013.1. DISCIPLINA: Metodologia e Prática da Alfabetização e Letramento, Professora Thaísa Vliese - Psicóloga e Mestre em Educação. UNESA, acessado em todo o primeiro período de 2013.1. POPPOVIC, A.M.; MORAES, G.G. Prontidão para alfabetização. São Paulo: Vetor, 1966, p. 5. Rubem Alves, Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=_OsYdePR1IU> Acessado em: 04/05/2014. ANEXOS Anexo 1 – Projeto Pedagógico Título: Brincando e Aprendendo com o Jogo da Memória. Justificativa: Por ser um jogo lógico, o Jogo da Memória ajuda a desenvolver o raciocínio, estratégias de memorização e a estabelecer relações entre imagens e posição das cartas distribuídas em determinado local. Desenvolvido para um grupo de crianças que apresentam fácil compreensão sobre atividades a serem realizadas e avanços pré-operatórios como também cognitivos relevantes, entretanto, com trabalhos específicos relacionados à concentraçãoe atividades grupais, podem apresentar melhores resultados quanto a esses aspectos. Objetivo: • Brincar. • Incentivar brincadeiras em grupo. • Dar continuidade a prática da contagem mecânica. • Desenvolver a concentração, percepção e paciência. • Incentivar a criatividade. Atividades Desenvolvidas: • Brincar. • Pintura das figuras nas cartas utilizadas no jogo. • Contagem do número de peças do jogo. • Contagem do número de pares do jogo. • Reconhecimento dos pares. • Reconhecimento da importância do tempo de espera. Conclusão: Para a realização concreta desse projeto, confeccionei um Jogo da Memória contendo trinta e duas peças, seguindo a lógica de ser uma peça ou par para cada criança, com papelão, cola, tesoura e figuras diversas colhidas da internet, expostas de modo que as crianças pudessem pintar. Apresentei o material a elas e distribuí para cada uma, 11 crianças no dia, duas peças aleatórias. Curiosas, elas pintaram em suas mesas e quem terminava logo ia pra rodinha onde combinamos que iríamos brincar. Comecei perguntando quantas peças tinham, elas contaram empolgadas colocando peça por peça dentro de um saquinho que levei para que guardassem o jogo. Expliquei o jogo e começamos a brincadeira! Todas as crianças brincaram; a maioria até o final, esperando sua vez pra jogar, terminado o jogo, contaram quantos pares cada um tinha conquistado bastante eufóricas e entusiasmadas, para saberem quem tinham conquistado mais pares, desta maneira, todos os objetivos foram cumpridos com sucesso! Fiquei muita satisfeita com o resultado, ver aquelas crianças se divertindo e aprendendo com um material que eu mesma planejei, confeccionei e coloquei em prática pensando exatamente nelas, foi muito gratificante. O que mais me chamou atenção na hora da atividade, foi fato de elas ficarem dizendo umas para as outras a localização das peças, mesmo eu explicando que individualmente teríamos que tentar memorizar a localização de cada peça, e conseqüentemente conquistar aquele par para si, e eles entendendo que ganhava o jogo, quem tivesse conquistado mais pares, o fato de eles estarem bastante curiosos pra saberem quais eram as figuras que os outros colegas tinham pintado no inicio, e também ansiosas para reafirmar perante a turma, quantos pares cada um tinha conquistado, para ser nomeado campeão, tanto que a vencedora do jogo, foi parabenizada por todos com muita alegria. Anexo 2 – Ficha de Avaliação Anexo 3 – Ficha de Freqüência Anexo 4 – Declaração de Estágio
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