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IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO NA AQUICULTURA

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UFCD 3177 - Nutrição e administração de 
alimento às espécies aquícolas
A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO
 NA AQUICULTURA
 
 
 
Ana Cabete nr1;
Cidália Cireneu nr7;
Emanuel Aldeia nr11;
Marisa Oliveira nr16.
O conhecimento do comportamento alimentar nas diferentes espécies, nas suas diferentes fases da vida é de extrema importância, nos maneios daquelas espécies de maior interesse económico, ou para a propagação das mesmas.
Algumas pós-larvas (de algumas espécies), por exemplo as pós-larvas das trutas, apresentam o trato digestivo bem formado, sendo capazes de aproveitar rações finamente moídas já na sua primeira alimentação externa. No entanto, as pós-larvas da maioria das espécies de peixes nativos, apresentam o trato digestivo rudimentar ou incompleto, não sendo capazes de aproveitar de imediato as rações. Estas pós-larvas têm necessidade de ingerir alimentos vivos como primeiro alimento. 
A alimentação de alguns organismos aquáticos é muito mais completa na sua composição, quando são oferecidos alimentos vivos. Desta forma, em alguns casos, os alimentos vivos são muito importantes e, em muitos outros casos, são indispensáveis.
De entre estes organismos estão, em ordem de tamanho, os protozoários, os rotíferos, os copépodes, as formas jovens de cladóceros, e finalmente, os cladóceros adultos
As enzimas presentes nestes organismos vivos auxiliam na digestão do alimento ingerido e estimulam o desenvolvimento do trato digestivo das pós-larvas. Assim, nas espécies com trato digestivo rudimentar, o alimento natural é imprescindível para o bom desenvolvimento e uma adequada sobrevivência das pós-larvas.
O zooplanctôn é o principal alimento nas primeiras fases de desenvolvimento dos alevinos e pós-larvas; assim sendo, passaremos a explicar parte da constituição do zooplanctôn:
Rotíferos são animais microscópicos aquáticos; o seu nome faz referência à coroa de cílios que rodeia a sua boca. Tem aproximadamente 2.500 espécies descritas, entre indivíduos de água doce, salobra e marinha, constituem um grupo eminentemente límnico (cerca de 50 espécies marinhas apenas). São capazes de suportar condições ambientais extremas, tendo sido observados sobre neve e em águas termais. A maioria das espécies é livre natante e solitária, porém, podem viver associadas às plantas aquáticas ou no sedimento e de modo colonial. Os rotíferos podem ser comuns em muitas comunidades costeiras, contribuindo, em determinadas circunstâncias, com parcela substancial da biomassa. O filo é dividido em três classes: Bdelloidea, Monogononta e Seisonidea e é constituído por alguns dos menores animais que se conhece, medindo entre 0,04 e 2mm de comprimento. São capazes de sobreviver à dessicação, um processo chamado criptobiose (ou anidrobiose), assim como os seus ovos. O valor nutricional dos rotíferos está sujeito aos alimentos oferecidos; são considerados excelentes alimentos para larvas de peixes marinhos e alguns de água doce, graças ao seu pequeno tamanho, movimento constante em l água, ciclo de vida curto para o seu cultivo.
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Artémia ou artêmias , são pequenos crustáceos da ordem Anostraca, têm tamanho e coloração variadas - que vão do rosa pálido ao avermelhado, branco ou esverdeado, dependendo do tipo de alimento que elas consumirem. Vivem em regiões de água salgada concentrada (Salinas) - ambiente extremo no qual poucas espécies se desenvolvem, de forma que há poucos predadores - por serem ricas em proteínas, vitaminas (principalmente a vitamina A e o Caroteno) e sais minerais, é um dos melhores alimentos vivos que pode se fornecer aos peixes. Acelera a recuperação de doenças (artêmia em grego significa: "protegida de Artémis") e seus náuplios são indispensáveis na alimentação de alevinos. Cavalos- marinhos e corais - entre outras espécies - que alimentam-se quase que exclusivamente de náuplios de artêmias.
 
A artémia, quando comparada aos copépodos, sintetiza ou incorpora menos ácidos graxos essenciais (22:6n-3) que os copépodos, além de apresentar uma relação mais baixa de DHA:EPA, mesmo quando alimentadas com DHA.
Os microcrustáceos
Dá-se o nome de microcrustáceos aos representantes diminutos (organismos)e microscópicos de várias ordens e também ás larvas de crustáceos grandes. Existem em grandes quantidades, tanto em águas doces como salgadas ou salobras, formando parte do planctôn, conjunto de animais e vegetais microscópicos que flutuam nas águas, levados pelas correntes.
 
Os microcrustáceos presentes no zooplâncton são representados maioritariamente pelos cladóceros e copépodos, e estão distribuídos nas zonas litorais e pelágica dos ambientes aquáticos.
 
Os Copépodes constituem o grupo mais diversificado de pequenos crustáceos sendo, possivelmente, a classe de crustáceos com maior número de indivíduos na biosfera. Colonizam todos os habitats aquáticos e integram uma fração importante da biomassa zooplanctónica contribuindo com aproximadamente 50% da biomassa total, tanto nas águas oceânicas como nas epicontinentais. A representatividade deste grupo torna-os muito importantes nas cadeias alimentares e nas relações ecológicas. No meio natural, a maioria da dieta das larvas de peixes marinhos e de água doce é constituída por copépodes, que possuem um perfil nutricional adequado às necessidades das larvas; a sua qualidade nutricional é caracterizada por níveis elevados de proteína (44-52%), bom perfil de aminoácidos, e a sua composição de ácidos gordos varia de acordo com a sua alimentação. São versáteis graças a terem tamanhos diferentes, o que permite a sua seleção de acordo com as necessidades das pós-larvas. Os copépodos podem ter, dependendo de sua alimentação, 50% ou mais de seus ácidos gordos representados por HUFA w3 além de 28% destes representados por fosfolipídios. Os copépodes são fontes notáveis de ácidos gordos altamente insaturados (HUFAs) tais como ácido docosahexanóico (DHA), ácido eicosapentanóico (EPA) e ácido araquidónico (ARA), essenciais para o crescimento e sobrevivência larvar. São, também, fontes naturais de, astaxantinas, vitaminas C e E e antioxidantes, podendo estes últimos, proteger os HUFA contra a peroxidação, sendo considerados benéficos para a saúde das larvas de peixe. As características bioquímicas dos copépodes transformam-nos numa boa alternativa, ou suplemento, ao alimento vivo para cultivo larvar. Segundo especialistas, têm um valor nutricional excelente quando comparado aos rotíferos (Brachionus spp.) e Artemia spp., pois os conteúdos em n-3 HUFA destes alimentos são baixos, a não ser que sejam enriquecidos com emulsões. Adicionalmente, devido ao seu local de armazenamento, os lípidos dos copépodes estão biologicamente mais disponíveis para as larvas que se alimentam deles, do que os lípidos constituintes da artémia. Para além do cultivo larvar, os copépodes também podem melhorar a qualidade de peixes juvenis se incorporados na sua dieta de forma adequada e equilibrada com os restantes componentes.
Nos cladóceros, a fonte de energia determina sua qualidade nutricional. Além de poder aumentar seu conteúdo de ácidos gordos com dieta adequada, apresentam enzimas importantes (Proteinases, peptidases, amilases, lipases e celulases) que servem como exoenzimas no intestino das pós-larvas.
 
A composição bioquímica do fitoplâncton e do zooplâncton, é importante para organismos aquáticos, sendo considerada o alimento que contém a maioria dos nutrientes e que serve como base para dietas experimentais. Principalmente, o valor nutricional é baseado no conteúdo de aminoácidos e ácidos gordos essenciais, entre outros elementos que favorecemo crescimento e a sobrevivência de larvas e pós-larvas. 	O plâncton devido ao seu conteúdo de ácidos gordos essenciais é uma boa opção para a nutrição de larvas e pós-larvas, em alimentos gerais.
Os produtos naturais têm altos níveis de proteína de excelente qualidade, sendo uma importante fonte de vitaminas e minerais. O plâncton possui enzimas necessárias para o crescimento e sobrevivência das pós-larvas. O movimento natural desses organismos do zooplâncton, estimula o comportamento predatório das larvas e em quantidades adequadas não compromete a qualidade da água.
O plâncton é composto principalmente de plantas (microalgas), com diatomáceas entre os diferentes grupos e um grande número de pequenos animais, como metazoários (rotíferos) protozoários, crustáceos (cladóceros), moluscos, vermes e larvas de diferentes espécies. O plâncton varia, não apenas na sua composição em relação aos elementos animais e vegetais presentes, mas também em relação ao número de seres no mesmo volume de água (densidade). Logicamente, isso influencia a alimentação dos organismos que a ingerem.
Microalgas
Nannochloropsis é uma pequena microalga verde flutuante. Têm um diâmetro de cerca de 2-4 µm e uma forma esférica. É alimento de presas vivas (rotíferos e artémia), alimentadores filtrantes (larvas de moluscos e crustáceos) e utilizada na técnica de água verde. Proporciona um nível elevado de conversão alimentar, usando comummente nos protocolos padronizados. É fonte de EPA e ARA, ambos cruciais para a sobrevivência e desenvolvimento das larvas, melhorando a resistência ao stress e doenças. É rico em vitaminas críticas: C, E, B12 e B1. Melhoria nas performances de desenvolvimento e crescimento. Ótima fonte de antioxidantes. Diminuição de anormalidades nos peixes. Esta microalga é também uma importante fonte de aminoácidos como arginina, histidina, isoleucina, leucina, valina e metionina, fundamentais para o crescimento das larvas. Tem elevadas concentrações dos seguintes pigmentos: astaxantina, zeaxantina, cantaxantina e clorofila-a. 
 
Outro tipo de microalga é a Isochrysis, que é um fitoflagelado dourado marinho. As suas células são esféricas com um tamanho que varia entre 3 e 6 µm. A Isochrysis é uma ótima fonte de DHA, extremamente importante para as larvas de peixes marinhos, estágios juvenis de moluscos e dietas de crustáceos. Usualmente usada para o enriquecimento de zooplâncton (rotíferos e artémia) nos protocolos de viveiros padronizados. É muito rico em vitaminas essenciais: A, B1, B2, B6, C, E, ácido nicotínico, ácido pantoténico e ácido fólico. Todas estas vitaminas têm um papel importante no desenvolvimento larvar, crescimento e visão dos peixes. É uma ótima fonte de aminoácidos como leucina, lisina, alanina, importantes para a otimização da taxa de crescimento das larvas de peixes e crustáceos.Tem como pigmentos mais abundantes: fucoxantina, luteína, beta-caroteno, zeaxantina, cantaxantina, clorofila-a e clorofila-c2. 
 
A alimentação viva na aquicultura é de grande importância para um grande número de organismos, bem como insubstituível para muitos cuja dieta é composta exclusivamente por este tipo de alimento. Entre as razões para a administração de alimentos vivos é o fato de que eles permitem uma maior variação na dieta; estimular o apetite contribuindo para melhorar sua condição física, crescimento e produção em cultura. Os alimentos ao vivo melhoram a nutrição e os alimentos, proporcionando maior variedade e melhor qualidade de alimentos, tornando-se mais nutritivos e equilibrados.
 Entre as espécies de fitoplâncton e zooplâncton mais utilizadas na aquicultura, algumas são descritas na Tabela 1.
Tabela 1. Espécies de alimento vivo de maior uso em aquicultura.
 
Figura 1 - Perfil dos ácidos gordos importantes para o cultivo de larvas de peixes marinhos.
Devido à artificial, elevada disponibilidade de presas nos tanques, é usual fornecer uma microalga concentrada, cerca de 1 a 2% do volume do tanque, juntamente com as presas ao longo do dia, de modo a manter o valor nutritivo dos rotíferos e a qualidade da água (água verde).
Tabela 2- Valores médios do perfil de ácidos gordos de rotíferos, nemátodes, copépodos e artémia (% do total de ácidos gordos).
Na última década, para atender aos requisitos dos valores nutricionais dos organismos aquáticos em aquicultura,o enriquecimento tornou-se um método importante para transferir todos os tipos de elementos essenciais através de organismos zooplatonicos. 
Entre os diferentes enriquecimentos registados, observamos enriquecimentos com vitamina C e vitamina E, probióticos, antibióticos, fosfolípidos e ácidos gordos. Relativamente ao enriquecimento ácido, refira-se que os enriquecimentos de ácidos gordos, podem ser feitos com emulsões com altos níveis de fosfolípidos contendo ácidos gordos poliinsaturados, especialmente PUFA, ácido eicosapentanoico (EPA, 20: 5 n-3) e docosahexanóico (DHA, 22: 6n-3). A necessidade de ácidos gordos essenciais para a construção e renovação de membranas, é especialmente alta durante o rápido crescimento em estádios larvais, e pós-larvas de peixes que podem exceder a capacidade de síntese endógena.
	Portanto, para atender a esses requisitos, são oferecidos alimentos enriquecidos com ácidos essenciais, aumentando a taxa de crescimento, sobrevivência e resistência ao stresse.
	Entre as vitaminas estudadas, as vitaminas A, D, E e C destacam-se por estarem intimamente associadas ao desempenho do sistema imunológico. A vitamina C recebe mais atenção porque não é sintetizada pela maioria dos espécies. Devido ao seu modo de ação, está envolvido em várias funções fisiológicas, incluindo o crescimento, o desenvolvimento, a reprodução, a cura, e a resposta ao stresse entre outros processos. Os derivados de ácido ascórbico são formados por ésteres de fosfato, monofosfato de ascorbilo (AMP) e ascorbilo; o polifosfato (AP) é o mais utilizado como fonte de vitamina C devido à sua maior estabilidade.
Rações
Os processos mais utilizados na fabricação de rações são a extrusão e a peletização. Ambos os processos resultam em alimentos equilibrados, mas existem diferenças consideráveis entre os produtos.
O processo de extrusão é caracterizado pelo cozimento dos ingredientes sob alta pressão, humidade e temperatura, em um curto espaço de tempo. Este processo proporciona maior digestibilidade do alimento, além de melhorar a palatização da ração. Outra vantagem é a versatilidade em relação ao controle da textura, densidade (grau de expansão) e formato do alimento. Os produtos extrusados podem ser oferecidos em diversas formas e tamanhos, o que traz vantagens também em relação à atratividade. Este conjunto de fatores destaca o processo de extrusão como vantajoso, em relação aos processos mais tradicionais na fabricação de rações. 
A peletização consiste na compactação de ingredientes, formando pequenas unidades chamadas pellets. Para esta transformação, humidade, pressão e temperatura também estão envolvidas, porém em menor intensidade, resultando em grau de cozimento reduzido. Este processo é utilizado na fabricação de aproximadamente dois terços das rações mundiais, devido ao baixo custo de produção e a facilidade no maneio dos equipamentos. Quando confrontada com o processo de extrusão, a peletização apresenta desvantagens em relação a digestibilidade, eliminação de organismos patogonicos e palatabilidade. 
Relativamente às rações para peixes, elas podem ser:
Fontes protéicas não convencionais: NNP, leveduras, bactérias;
Farelo de soja: bom balanço de AAE, proteína de boa digestibilidade;
Farinha de carne e ossos: níveis protéicos variados, 
Farinha de peixe: fonte protéica mais adequada, depende da fonte;
Farinha de sangue: baixa digestibilidade, perfil de aa;
Glútens: não apresenta restrições nutricionais, PB de até 70% -atenção com coloração da carne;
 
As dietas dos peixes devem permanecer estáveis na água, o tempo suficiente para sua localizaçãoe consumo. Os grânulos devem manter sua integridade física, após contacto com a água, no mínimo por dez minutos. 
Na seguinte tabela, observa-se a composição percentual dos ingredientes e caraterísticas de dietas experimentais:
Exigências nutricionais, rações, ingredientes, suplementos alimentares e o ambiente
O crescimento da aquicultura como agroindústria e a intensificação de estratégias de produção condicionaram a busca por ingredientes de alta qualidade que permitam a formulação e o processamento de dietas nutricionalmente completas e economicamente viáveis, maximizando a produção de pescado e minimizando o impacto ambiental de sistemas de produção. Tarefa nada fácil, esta. Como resultado de variação na qualidade da matéria-prima, armazenamento e técnicas de processamento, a composição química de ingredientes para rações, tanto de origem animal como vegetal, varia principalmente com respeito ao conteúdo de aminoácidos.
O uso de farinha de peixe fabricada com matéria-prima deteriorada afeta o crescimento dos peixes, reduz o ritmo de crescimento e o consumo de alimento, e piora na conversão alimentar, em comparação a animais alimentados com farinha de peixe fabricada com matéria-prima fresca.
Subprodutos animais de qualidade normalmente têm conteúdos de aminoácidos essenciais mais altos, e melhor perfil de aminoácidos totais; eles também são boas fontes de energia digestível, ácidos gordos essenciais e vitaminas, e apresentam um efeito atrativo adicional e interessante para os peixes. A farinha de peixe é usualmente utilizada como fonte de proteína - 1,67 a 4,21% P - é considerada o alimento padrão da indústria e nos estudos de nutrição de peixe, em função de seu perfil de aminoácidos e conteúdos de vitaminas lipo e hidrossolúveis adequados. Porém, quando acontece o fenômeno "El Niño", a produção de farinha de peixe diminui 20%, comprovando a íntima relação entre a produção e oferta de farinha de peixe com as captura mundial de pescado. Então, por causa do alto custo e possível escassez temporária no mercado mundial, a procura por um substituto adequado (total ou parcial) para farinha de peixe, tanto por seu valor nutricional como relação custo-benefício.
Fontes vegetais de proteína habitualmente apresentam menor digestibilidade, são deficientes em metionina e lisina, e podem apresentar fatores anti-nutricionais.
fatores que afetam o uso e digestão da proteína, por exemplo, inibidores de protease, taninos e lecitina;
(ii) fatores que afetam o uso de minerais, por exemplo, fitatos (ácido fítico), gossipol, oxalatos e glucosinolatos;
(iii) anti-vitaminas; e 
(iv) outros, como toxinas microbianas (micotoxinas), alcaloides, saponinas, nitrato e fito-estrógenos.
Estes fatores também podem ser classificados de acordo com sua resistência a processos térmicos. O grupo termolábil inclui inibidores de protéase, fitatos, lecitina, tiro-toxinas, e anti vitaminas; os fatores Termo estáveis são representados pelas saponinas, polissacarídeos não-amiláceos, proteínas antigênicas, e compostos fenólicos.
O farelo de soja - 44,8 a 50% proteína e 0,6 a 0,7% P é a fonte de proteína vegetal. Embora não tenha um perfil balanceado de aminoácidos (especialmente aminoácidos sulfurosos), é o substituto mais satisfatório para a farinha de peixe por causa de seu relativamente baixo custo e bom valor nutricional. Deficiências em aminoácidos do farelo de soja podem ser corrigidas pela inclusão de aminoácidos sintéticos nas rações. Porém, porque aminoácidos sintéticos dietéticos estão prontamente disponíveis e rapidamente absorvidos, eles podem alcançar picos de níveis plasmáticos logo após ingestão do alimento e, por conseguinte, aumentar a excreção de nitrogénio (amônio), o uso de aminoácidos sintéticos nas dietas exige parcelamento cuidadoso da ração diária dos peixes (para estabilizar concentração plasmática e otimizar a utilização de aminoácidos).
Substituir ingredientes de origem animal por ingredientes de origem vegetal é uma prática completamente consolidada. Porém, porque os resultados são espécie-específicos, variam com condições ambientais e sistema de produção, e nem sempre a redução de efeitos poluentes (possível resultado da menor excreção de metabolitos) é acompanhada do melhor desempenho, padrões e níveis de substituição ideais ainda não estão bem. Considerando que alguns alimentos (ingredientes) podem apresentar alto conteúdo de nutrientes de baixo valor biológico, o valor nutricional de um determinado ingrediente deve ser representado não somente pela sua composição química, mas também por ser uma boa fonte de nutrientes ou de energia. As várias fontes de proteína disponíveis não têm valor nutricional e conteúdo de aminoácidos essenciais idênticos, tanto quantitativa como qualitativamente. Então, a avaliação de uma determinada fonte de proteína deve ser feita também com base na digestibilidade dos seus aminoácidos.
Fontes de proteína de baixo valor biológico têm muito nitrogênio não-proteico, e quando ingeridas pelos peixes, aumentam a produção e excreção de amônio, deteriorando a qualidade local da água e ameaçando a produtividade dos sistemas de piscicultura. A acumulação de amónio não-ionizada no ambiente está diretamente relacionada com o pH e temperatura da água: quanto mais altos temperatura e pH da água, mais alta a percentagem relativa de amónio não-ionizada no ambiente aquático, e mais alta a incidência de lesões branquiais e toxicidade aguda, uma vez que o sistema circulatório dos peixes absorverá grandes quantidades do metabolito. Também o nitrito (NO2), um composto intermediário no ciclo do nitrogénio, pode trazer danos aos peixes. Quando passivamente absorvido pelos peixes (porque está em alta concentração na água), o nitrito liga-se irreversivelmente à hemoglobina e forma a meta-hemoglobina, uma forma de pigmento circulatório que não transporta oxigênio; nestas condições, os peixes são levados a uma condição de hipoxia, e podem morrer por envenenamento ou sufocação.
SILAGEM DE PEIXE
Podemos concluir que a alimentação é feita a pensar nas necessidades nutricionais de cada espécie. Tenta-se complementar a alimentação viva (zooplâncton) e as algas (fitoplâncton) de modo a dar aos peixes todos os aminoácidos essenciais para um crescimento saudável, sendo a alimentação variável.
Por outro lado os hábitos alimentares e as dietas dos peixes não só influenciam diretamente o seu comportamento, integridade estrutural, saúde, funções fisiológicas, reprodução e crescimento, mas também alteram as condições ambientais do sistema de produção - qualidade da água, portanto a otimização do crescimento dos peixes só pode ser alcançada através do maneio em simulação da qualidade da água, nutrição e alimentação.
WEBGRAFIA
https://repositorio.utad.pt/bitstream/10348/6447/1/msc_scbotelho.pdf;
https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/8187/1/TeseMestrado_Marta%20Santos_n%C2%BA44124.pdf;
https://www.ipma.pt/export/sites/ipma/bin/docs/publicacoes/pescas.mar/Manual_Cadeia__Alimentar_final.pdf;
https://pt.slideshare.net/patriciastierr/moura-produo-de-alimento-vivoaquicultura;
http://www.fao.org/docrep/field/003/ab486p/AB486P03.htm;
http://www.scielo.br/pdf/cr/v34n4/a36v34n4.pdf;
https://www.pinterest.com/pin/435652963934856853/;
https://en.wikipedia.org/wiki/Isochrysis_galbana;
http://www.leadingtec.cn/product/gy-h15;
http://adibfadhil.blogspot.pt/2012/05/nannochloropsis-sp-alginate-beads.html;
https://aguaspatagonicas.com/fotos/fitoplancton;
http://forevergreen.natursolmar.com/1/fitoplancton-marino/;
http://www.bbc.com/mundo/ciencia_tecnologia/2010/02/100205_1700_galeria_fitoplancton_wbm.shtml;
http://cremc.ponce.inter.edu/zooplancton/componentes.htm;
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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-35982010001300009;
http://www.sparos.pt/index.php/en/;
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-764448128-raco-para-coloraco-com-astaxantina-alho-e-espirulina-1-kg-_JM;https://www.cpt.com.br/cursos-criacaodepeixes/artigos/nutricao-de-peixes-outras-fontes-proteicas.
Tabela 3 -
Tabela 4
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