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APS Recursos 7o Semestre

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Prévia do material em texto

- 1 - 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
UNIP 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS 
 
Reforma do Código de Processo Civil 
 
 
Trabalho de Atividades Práticas Supervisionadas – APS 
6º e 7º semestres 
 
 
 
Turma: DRT7VX68 Noturno 
Gisely Rosana Pires B4662B – 6 
Keith Helena dos Santos C29DEE– 4 
Spencer Luiz Silva Pereira de Souza B383FI – 6 
Tatiane Brito da Silva T679EE – 0 
Vanessa Martins B42AAF – 5 
 
 
 
CAMPUS PARAÍSO 
SÃO PAULO - MAIO DE 2015 
 
 
 - 2 - 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... - 3 - 
2. CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DO PROCESSO CIVIL BRASILEIRO ............................... - 4 - 
3. PRINCIPAIS RAZÕES DE UMA REFORMA NO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ..... - 6 - 
3.1. PONTOS DIFERENCIAIS DO NOVO CÓDIGO .......................................................... - 9 - 
3.2. RECURSOS. QUAIS AS MUDANÇAS? ..................................................................... - 19 - 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. - 23 - 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... - 25 - 
 
 
 
 
 - 3 - 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho apresenta um estudo bibliográfico comparativo sobre o tema 
central Reforma do Código Processo Civil, com enfoque em especial no que tange 
ao sistema recursal, e seus desdobramentos. Suas alterações, comparativos, razões 
de ser, etc. 
Além da fase histórica e a construção do processo civil no ordenamento 
jurídico brasileiro, serão verificadas as principais mudanças e o que foi alterado na 
prática para os operadores do direito em suas atividades, prazos, celeridade dentre 
outras nuances de importante enfoque para o sistema processual brasileiro. 
O assunto será abordado de forma simples, singular e direta, visto que se 
trata de um tema atual as referências utilizadas serão em sua maior parte os meios 
virtuais, através sites especializados em tais matérias. 
Tal pesquisa justifica-se por tratar de assunto de imensa relevância no 
contexto atual para a formação acadêmica e construção de pensamento lógico-
jurídico que seguirá conosco ao longo de nossa trajetória acadêmica e profissional. 
Com tal estudo esperamos mergulhar nas nuances do novo código de 
processo civil e entender porque a construção de um novo código tem tamanha 
importância no dia a dia dos operadores de direito, além de verificar a 
operacionalização de todo sistema processual, como disciplina fundamental na 
condução dos estudos de direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 - 4 - 
 
2. CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DO PROCESSO CIVIL BRASILEIRO 
 
O código de processo civil nasceu de um conjunto de normas que o 
legislador compilou matérias relativas ao tema de processo civil, aqueles que fogem 
das competências diversas desta, como por exemplo, código de processo penal, 
ritos do processo trabalhista e etc. 
O primeiro esboço no sentido de se ter um código de processo civil nasceu 
em 1446 quando o rei Afonso promulgou o primeiro código Português, aí nasciam as 
Ordenações do Reino e esta primeira foi chamada de Ordenações Afonsinas, daí em 
diante houve outras ordenações. 
Após este período inicial foi promulgado o código comercial em 1.850 que 
trazia em seus artigos o a formalização de artigos voltados para o processamento de 
causas comerciais, porém analisando historicamente foi o projeto que mais se 
aproximou em ser o primeiro Código de Processo Civil Brasileiro. 
Nesta época quem legislava em matéria de processo civil eram os Estados 
através dos Códigos de processo Estaduais o que na ocasião parecia lógico ao 
longo dos tempos foi se tornando um fardo e uma desordem generalizada, uma vez 
que não existia um padrão fixo de conduzir tais assuntos. 
Verificou-se a importância de existir uma unicidade no papel da justiça em 
matéria de processo civil então em 1.939 é promulgado um código que mistura leis 
contemporâneas e leis antiquadas que não serviram como base para o novo modelo 
brasileiro. Por fim em 1.973 o código de processo civil vigente até hoje foi 
promulgado através de uma reforma no código de 39. 
Tal norma conjuga quais as condutas a ser adotadas pelos operadores de 
direito ao guiar uma demanda judicial na área civil, prazos, formalidades, o Código 
vigente é divido e composto da seguinte forma: Cinco livros dos quais; Do processo 
de conhecimento; Do processo de execução; Do processo cautelar; Dos 
procedimentos especiais e Das disposições gerais e transitórias. 
O código de processo civil ampara à lide em seus requerimentos a justiça de 
forma a clarificar e decidir sobre os conflitos observados de forma justa, eficaz e 
controle dos procedimentos processuais. 
 - 5 - 
 
 O código serve especificamente para balizar, nortear e organizar os ritos a 
serem adotados durante a fase processual civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 6 - 
 
3. PRINCIPAIS RAZÕES DE UMA REFORMA NO CÓDIGO DE PROCESSO 
CIVIL 
 
Em 1964 Alfredo Buzaid1 já trazia um texto que se mostra tão atual ao 
explicar porque se deve promulgar um novo código ao invés de remendar-se o 
existente: 
 
1. Pouco depois de entrar em vigor o Código de Processo Civil vigente, 
ampla revisão buscou corrigir-lhe o texto e suprir-lhe as lacunas. O 
legislador não se contentou, porém, com retocá-lo, julgando necessário 
disciplinar autônomamente alguns institutos processuais, destacou-os do 
Código, quebrando-lhe a unicidade. 
As numerosas leis, promulgadas durante os vinte e três anos da aplicação 
do Código de Processo Civil, podem classificar-se em quatro grupos. O 
primeiro abrange aquelas, que lhe alteraram a redação ou o enunciado dos 
artigos. O segundo contém regras comuns a vários Códigos. O terceiro 
separa do Código alguns institutos. O quarto diz respeito a algumas ações 
especiais, que o legislador, por as não incorporar no Código, andam em leis 
extravagantes.2 
 
Nessa época já era possível observar o qual importante era para o sistema 
realizar uma mudança no código de processo civil fica claro acima o nosso cenário 
atual no qual existe uma bagunça generalizada de leis “vagando” no espaço jurídico 
diluído no sistema processual, não conferindo a unicidade necessária para a correta 
conduta na resolução das lides. 
Extraído ainda deste mesmo texto o legislador explica brilhantemente os 
prós e contras de criar-se um novo sistema ou revisa-lo: 
 
7. Aos estudos iniciais antolharam-se-nos duas soluções: rever o Código 
vigente ou elaborar um Código nôvo. A primeira tinha a vantagem de não 
interromper a continuidade legislativa; o plano de trabalho, bem que 
 
1
 - Ministro da Justiça durante o governo Emílio Garrastazu Médici 
2
 - Fonte: docs.google 
 - 7 - 
 
compreendendo a quase totalidade dos preceitos legais, cingir-se-ia a 
manter tudo quanto estava conforme com os enunciados da ciência, 
emanando o que fôsse necessário, preenchendo lacunas e suprimindo o 
supérfluo, que retarda o andamento dos feitos. 
Mas pouco a pouco nos convencemos que era mais difícil corrigir o Código 
velho que escrever um nôno. a emenda ao Código atual requeria um 
concêrto de opiniões, precisamente nos pontos em que a fidelidade aos 
princípios não tolera transigência. 
E quando a dissenção é insuperável, a tendência é de resolvê-la mediante 
concessões, que não raro sacrificam a verdade científica a meras razões de 
oportunidade. 
O grande mal das reformas é o de transformar o Código em mosaico, comcoloridos diversos que traduzem as mais variadas direções. De diferentes 
reformas parciais tem experiência o país; mas, como observou Lopes da 
Costa, uma foram para melhor; mas em outras saiu a emenda pior que o 
sonêto. 
Depois de demorada reflexão, verificamos que o problema era muito mais 
amplo, grave e profundo, atingindo a substância das instituições, a 
disposição ordenada das matérias e a íntima correlação entre a função do 
processo civil e a estrutura orgânica do Poder Judiciário. Justamente por 
isso a nossa tarefa não se limitou à mera revisão. Pareceu-nos 
indispensável reelaborar o Código em suas linhas fundamentais, dando-lhe 
um nôvo plano em harmonia com as exigências científicas do progresso 
contemporâneo e as experiências dos povos cultos. 
Adotando esta orientação de trabalho, evitamos um código mutilado , 
moldado por princípios heterogêneos, desconchavado em suas partes 
fundamentais. Nossa preocupação fundamental foi a de realizar uma obra 
unitária, quer no plano dos princípios, quer em suas aplicações práticas. 
 
Porque se tornou tão necessária a reforma do código civil brasileiro? Bom 
quanto a esse questionamento as opiniões são praticamente unânimes, pois a maior 
parte dos doutrinadores diz que tal reforma se faz necessária para aumentar a 
celeridade e acuracidade no processo. 
O atual código passou por diversas reformas sem entretanto alterar-se sua 
essência, pois foram promulgadas leis posteriores que tratavam de aparar arestas 
de difícil solução e que também dificultavam a condução dos processos, com isso 
 - 8 - 
 
provou-se que seria muito mais fácil modificar o código ao invés de ficar tecendo 
remendos em sua estrutura. 
O atual código passou por ondas de inconformismo e tentativas de 
mudanças, porém, não se reformando propriamente o código mais criando leis 
esparsas que legislavam em favor da melhor adequação em matéria processual, e 
resolver as deficiências que existiam no decorrer do processo. 
Somado a isso vivemos em um diferente cenário histórico que justifica tal 
mudança, tivemos inúmeros avanços em diversas áreas, como por exemplo no 
cenário político, econômico, tecnológico dentre outros, com isto posto fica mais do 
que claro a real necessidade de tal alteração, leis e procedimentos que faziam todo 
sentido no passado não configuram mais maneira eficaz de resolver as celeumas 
entre os indivíduos inseridos neste cenário. 
Com isso também podemos apontar como intuito do legislador o forte 
interesse de desburocratizar os trâmites que envolvem o processo, simplificando 
assim os ritos e fazendo com que tal simplicidade não afete a fluidez no decorrer do 
processo. 
Na exposição de motivos redigida para o novo código podemos retirar o 
trecho acerca da funcionalidade do antigo código realizando um paralelo do real 
motivo de um novo código atrelados às explicações acima: 
 
Não há fórmulas mágicas. O Código vigente, de 1973, operou 
satisfatoriamente durante duas décadas. A partir dos anos noventa, 
entretanto, sucessivas reformas, a grande maioria delas lideradas pelos 
Ministros Athos Gusmão Carneiro e Sálvio de Figueiredo Teixeira, 
introduziram no Código revogado significativas alterações, com o objetivo 
de adaptar as normas processuais a mudanças na sociedade e ao 
funcionamento das instituições. 
A expressiva maioria dessas alterações, como, por exemplo, em 1.994, a 
inclusão no sistema do instituto da antecipação de tutela; em 1.995, a 
alteração do regime do agravo; e, mais recentemente, as leis que alteraram 
a execução, foram bem recebidas pela comunidade jurídica e geraram 
resultados positivos, no plano da operatividade do sistema. 
 - 9 - 
 
O enfraquecimento da coesão entre as normas processuais foi uma 
conseqüência natural do método consistente em se incluírem, aos poucos, 
alterações no CPC, comprometendo a sua forma sistemática. A 
complexidade resultante desse processo confunde-se, até certo ponto, com 
essa desorganização, comprometendo a celeridade e gerando questões 
evitáveis (= pontos que geram polêmica e atraem atenção dos magistrados) 
que subtraem indevidamente a atenção do operador do direito. 
[...]O novo Código de Processo Civil tem o potencial de gerar um processo 
mais célere, mais justo,porque mais rente às necessidades sociais e muito 
menos complexo. 
A simplificação do sistema, além de proporcionar-lhe coesão mais visível, 
permite ao juiz centrar sua atenção, de modo mais intenso, no mérito da 
causa.3 
 
Após todas as justificativas e devidos esclarecimentos fica claro as reais 
razões que fizeram os doutrinadores realizarem tal mudança não restando dúvidas 
de que tal medida deveria ter sido tomada a muito tempo. 
 
3.1. PONTOS DIFERENCIAIS DO NOVO CÓDIGO 
 
São diversos os pontos diferenciais que são cruciais e que configuram como 
verdadeiros diferenciais são inúmeras as opiniões, vamos tentar aqui elencar os 
principais que merecem ser referenciados. 
Como primeiro balizamento tomemos a fonte da Agência Senado que expõe 
os principais pontos do novo CPC: 
 
Agilidade 
Causas repetidas: Ações judiciais com o mesmo objetivo poderão ser 
julgadas de uma única vez por um tribunal, que mandará aplicar a decisão 
para todos os casos. O instrumento de resolução de demandas repetitivas 
 
3 Trechos extraídos do documento integral disponível em: www.senado.gov.br/senado/novocpc/pdf/Anteprojeto.pdf 
 
 
 - 10 - 
 
trará rapidez para milhares de ações iguais contra bancos, concessionárias 
de serviços públicos (luz e telefonia), Previdência e FGTS. 
Limites aos recursos: Para evitar que os recursos continuem sendo 
instrumentos para adiar o fim dos processos, com o propósito de retardar 
pagamentos ou cumprimento de outras obrigações, o novo CPC extingue 
alguns desses mecanismos, limita outros e encarece a fase recursal (haverá 
pagamento de honorário também nessa etapa, além de multas quando a 
parte recorrer apenas para atrasar a decisão). 
Transparência 
As ações serão julgadas em ordem cronológica de conclusão, ressalvados 
os atos urgentes e as preferências legais, ficando a lista de processos 
disponível para consulta pública. Os juízes serão ainda obrigados a 
detalhar os motivos de suas decisões, não bastando transcrever a 
legislação que dá suporte à sentença. 
Menos conflitos 
As pessoas serão chamadas pela Justiça para participar de audiências 
prévias para tentar acordo. Para isso, os tribunais serão obrigados a criar 
centros judiciários de conciliação e mediação, com profissionais 
especializados. De modo geral, também poderá haver acordo sobre 
procedimentos do processo, como a definição de calendário ou a 
contratação de perícia. 
Ações de família 
Acordo: o juiz deverá dispor do auxílio de profissionais de outras áreas para 
facilitar ao máximo a conciliação em processos de divórcio, filiação, guarda 
de filhos e outros temas de família. A audiência se dividirá em quantas 
sessões forem necessárias para viabilizar o consenso, sem se afastar as 
providências para evitar a perda de direitos. 
Abuso: em casos relacionados a abuso ou alienação parental, a presença 
de especialista na tomada de depoimento da criança ou incapaz passa a ser 
obrigatória. 
Prisão: é mantida a prisão fechada para o devedor de pensão, mas agora 
com a garantia de que ficará separado dos presos comuns. 
Garantia para credores 
Fica mantida a regra atual que permite o bloqueio e penhora antecipada 
(antes da sentença) de dinheiro, aplicações recursos e outros bens do 
devedor, para assegurar o pagamento de crédito de terceiros. A novidade é 
 - 11 - 
 
que, para garantir a execução da sentença, o juiz poderá determinar a 
inclusão do nome do devedor em cadastros de inadimplentes. 
Reflexos nas empresas 
PersonalidadeJurídica: o novo Código definirá procedimentos para a 
desconsideração da personalidade jurídica das sociedades, medida que 
pode ser adotada em casos de abusos e fraudes. Assim, os administradores 
e sócios respondem com seus bens pelos prejuízos. Hoje os juízes se 
valem de orientações jurisprudenciais ainda consideradas incompletos. 
Intervenção: Saiu do texto final, em último momento, regra que atribuía aos 
juízes poder para determinar a intervenção judicial em empresas, para fazer 
valer uma sentença com obrigação a cumprir. 
Conquistas para advogados 
Honorários: os advogados públicos poderão receber, além do salário, 
honorários quando obtiverem sucesso nas causas. Lei futura definirá 
condições e forma de pagamento. Já os advogados liberais, nas ações 
vencidas contra a Fazenda Pública, agora terão tabela de honorários de 
acordo com faixas sobre o valor da condenação ou do proveito econômico. 
Os honorários também serão pagos na fase dos recursos. 
Descanso anual: Para que os advogados tenham férias e não percam 
prazos, os processos ficam suspensos entre 20 de dezembro e 20 de 
janeiro. Nesse período também não haverá audiências nem julgamentos, 
sendo mantidas demais atividades exercidas por juízes, membros do 
Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública, além dos 
serviços dos auxiliares da Justiça. 
Participação social 
Será regulamentada a intervenção do amicus curiae em causas 
controversas e relevantes, para colaborar com sua experiência na matéria 
em análise, em defesa de interesse institucional público. Poderá ser uma 
pessoa, órgão ou entidade que detenha conhecimento ou 
representatividade na discussão. A participação poderá ser solicitada pelo 
juiz ou relator ou ser por eles admitida, a partir de pedido das partes ou 
mesmo de quem deseja se manifestar.4 
 
 Além desses tópicos muitos especialistas estão considerando este 
novo Código, como um código harmonioso com a Constituição Federal e seus 
 
4 Fonte: Agência Senado
 
 - 12 - 
 
princípios, ou seja, um melhor encaixe jurídico, pois com esse novo código está se 
propondo agir de acordo com o princípio da duração razoável do processo e sem 
ferir no entanto os princípios do devido processo legal, do contraditório e ampla 
defesa. 
De acordo com os advogados Rogéria Dotti e Sandro Kozikoski em matéria 
publicada em 17 de março de 2015 no site da OAB do Paraná haverá algumas 
alterações na prática processual no dia-a-dia: 
 
1. Uniformização dos prazos processuais em 15 dias. A uniformização dos 
prazos e a contagem em apenas dias úteis certamente vão impor mudanças 
também nas rotinas dos escritórios. 
2. Maior flexibilização procedimental. As partes poderão ajustar com a 
anuência do juiz um procedimento diferenciado para o processo que esteja 
em curso. Ao invés de se imaginar que o processo segue tão somente pelo 
impulso oficial, temos a previsão de que os advogados podem agir de forma 
cooperativa, focando nos interesses peculiares do processo, na maneira 
como ele irá tramitar. 
3. Sucumbência em grau recursal. Hoje, como não há uma sanção maior 
para aquele que recorre e acaba não tendo êxito em demonstrar as suas 
razões recursais, o que o novo código procura evitar é que se tenha a 
recorribilidade tão somente pelo intuito de procrastinar o processo. Isso 
pode tornar ainda mais onerosa a condenação. Essa questão passa 
inclusive por um certo planejamento econômico da causa. Deverá se pensar 
no quanto aquele processo poderá repercutir financeiramente para o cliente. 
4. Audiência de conciliação como primeiro ato do processo. Essa novidade 
permite uma agilidade e facilidade maior na celebração dos acordos. Caso o 
réu concorde com o pedido do autor, poderá desde logo ser celebrado o 
acordo, sem a necessidade de apresentar uma contestação. O prazo de 
defesa só se inicia após a audiência. Além disso, essa primeira audiência 
será conduzida por um conciliador ou mediador. 
5. Tutelas de urgência. Há uma primeira mudança simbólica que é a própria 
supressão do atual livro 4 do Código de 1973, voltado à regulamentação do 
processo cautelar. Agora, as tutelas de urgência são agrupadas sob uma 
rubrica comum para que se tenha uma verdadeira fungibilidade no 
manuseio dessas ferramentas. Algumas mudanças foram frutos de um 
simples ajuste da compreensão de certos fenômenos a algo que a 
jurisprudência já vinha praticando. Mas temos avanços também em relação 
às tutelas de urgência E isso merecerá uma atenção especial dos 
 - 13 - 
 
advogados. 
6. Aproveitamento dos recursos. Caso um dos tribunais superiores (STF ou 
STJ) entender que não é o competente, ao invés de simplesmente não 
conhecer do recurso (como ocorre na atual sistemática), deverá remetê-lo 
ao tribunal competente. Isso faz com que o recurso seja aproveitado, 
privilegiando-se o julgamento de mérito. 
7. Recursos aos tribunais superiores independentemente de exame de 
admissibilidade. O novo CPC determina a remessa dos recursos aos 
tribunais superiores, dispensando o exame de admissibilidade (que 
atualmente é feito pelos tribunais estaduais ou regionais). Isso evita um 
longo tempo de espera. Ou seja, os recursos “sobem” desde logo, sendo a 
admissibilidade aferida diretamente pelos tribunais superiores. E apenas por 
eles. Atualmente há um duplo exame de admissibilidade (tribunal local e 
tribunal superior). 
8. Desconsideração de vícios formais dos recursos, privilegiando o 
julgamento de mérito. Tanto em relação aos tribunais superiores, como em 
relação aos tribunais estaduais, os vícios meramente formais (guia de 
preparo incompleta, data de protocolo ilegível, etc.) poderão ser corrigidos. 
Atualmente, tais vícios levam ao não conhecimento dos recursos.5 
 
Por último podemos citar sinteticamente os pontos anteriores combinados 
com outros, como por exemplo: 
• Criação de novos mecanismos para a busca da conciliação entre as 
partes 
• Simplificação da defesa do réu 
• Mudanças na contagem de prazos para as partes 
• Criação de uma ordem de julgamento dos processos 
• Redução do número de recursos e unificação dos prazos recursais 
• Alteração das regras referentes aos honorários advocatícios 
• Desconsideração da personalidade jurídica da sociedade 
Tais pontos demonstram o quão importante será essa mudança para 
condução dos processos. Porém nem tudo é perfeito há também aqueles que 
defendem que ao se promulgar esse novo diploma legal tantos outras falhas virão a 
tona pois somente no desdobramentos diários serão vistas . 
 
5 Fonte: OAB PR
 
 - 14 - 
 
Abaixo quadro extraído de uma matéria publicada em 13 de março de 2015 
no site conjur no qual o autor Pedro Lenza pontua os possíveis problemas contidos 
neste novo diploma. 
 
CPC/73 REGRA 
CPC/73 
CPC/2015 REGRA / 
 CORRESPONDÊNCIA 
/ NOVIDADE -
 CPC/2015 
Art. 120 
p.único 
> possibilidade de o 
relator decidir de 
plano o conflito de 
competência 
havendo 
jurisprudência 
dominante do 
tribunal sobre a 
questão suscitada. 
Art. 955 > deixa claro que a 
jurisprudência dominante é 
do STF, STJ ou do próprio 
Tribunal 
aumenta o poder decisório 
do relator quando a tese tiver 
sido firmada em julgamento 
de casos repetitivos ou em 
incidente de assunção de 
competência. 
Art. 
285-A 
> improcedência de 
plano – julgamento 
de mérito sem a 
citação do réu se já 
houver demandas 
idênticas no juízo. 
Art. 332 > houve ampliação dos 
poderes do juiz de primeira 
instância, permitindo o 
julgamento de mérito não 
somente em razão de 
decisões do juízo, mas 
também nas hipótese de: 
I – enunciado de súmula do 
STF ou do STJ; 
II – acórdão proferido pelo 
STF ou pelo STJ em 
julgamento de recursosrepetitivos; 
III – entendimento firmado 
em incidente de resolução de 
demandas repetitivas (IRDR) 
ou de assunção de 
 - 15 - 
 
CPC/73 REGRA 
CPC/73 
CPC/2015 REGRA / 
 CORRESPONDÊNCIA 
/ NOVIDADE -
 CPC/2015 
competência; 
IV – enunciado de súmula de 
TJ sobre direito local. 
Art. 475 
§ 3º 
> inexistência de 
reexame necessário 
quando a sentença 
estiver fundada em 
jurisprudência do 
plenário do STF ou 
em súmula deste 
tribunal ou do 
tribunal superior 
competente. 
Art. 496, 
§§ 3º e 4º 
> dispensa da remessa 
necessária de acordo com os 
valores da condenação 
(novidade). 
 
> mantém a ideia de 
dispensa em razão de 
decisões do STF e do STJ e 
inova em relação a 
entendimento firmado em 
IRDR ou em assunção de 
competência. 
 
> inova, também, de maneira 
muito interessante, ao 
dispensar o reexame quando 
a sentença estiver fundada 
em entendimento 
coincidente com orientação 
vinculante firmada no 
âmbito administrativo do 
próprio ente público, 
consolidada em 
manifestação, parecer ou 
súmula administrativa. 
Art. 
475-L, § 
1º 
> impugnação à fase 
executiva no 
cumprimento de 
sentença para 
Art. 552, 
§§ 12 a 15 
> mantém a ideia do CPC/73 
(temos algumas críticas, mas 
para um outro momento!) 
 - 16 - 
 
CPC/73 REGRA 
CPC/73 
CPC/2015 REGRA / 
 CORRESPONDÊNCIA 
/ NOVIDADE -
 CPC/2015 
declarar a 
inexigibilidade do 
título quando houver 
declaração de 
inconstitucionalidade 
da lei que funda o 
título. 
Art. 741 
p. único 
> impugnação na 
execução contra a 
Fazenda Pública para 
declarar a 
inexigibilidade do 
título quando houver 
declaração de 
inconstitucionalidade 
da lei que funda o 
título. 
Art. 535, 
§§ 5º a 8º 
> mantém a ideia do CPC/73 
(temos algumas críticas, mas 
para um outro momento!) 
Art. 479 > recomendação 
para a uniformização 
da jurisprudência. 
Art. 926 > os tribunais devem 
uniformizar sua 
jurisprudência e mantê-la 
estável, íntegra e coerente. 
Art. 481 
§ 1º 
> dispensa da 
cláusula de reserva 
de plenário no 
controle difuso. 
Art. 949 
p. único 
> regra prevista de modo 
idêntico. 
Art. 518 
§ 1º 
> espécie de súmula 
impeditiva de 
recurso, 
caracterizada como 
um pressuposto de 
admissibilidade 
Art. 1.011, 
inciso I, 
c/c Art. 
932 
inciso IV 
> a admissibilidade negativa 
é transferida para o Relator 
no Tribunal e não mais para 
o juízo a quo que proferiu a 
sentença, podendo decidir 
monocraticamente (no Novo 
 - 17 - 
 
CPC/73 REGRA 
CPC/73 
CPC/2015 REGRA / 
 CORRESPONDÊNCIA 
/ NOVIDADE -
 CPC/2015 
negativo do recurso, 
já que o juiz não 
receberá o recurso de 
apelação quando a 
sentença estiver em 
conformidade com 
súmula do STJ ou do 
STF. 
Código, não há mais juízo de 
admissibilidade pelo juiz que 
proferiu a sentença – art. 
1.010, § 3.º). 
 
> na linha das novidades do 
CPC/2015, o Relator poderá 
negar provimento ao recurso 
que for contrário a súmula 
do STF ou do STJ; acórdão 
proferido pelo STF ou STJ 
em julgamento de recursos 
repetidos; incidente firmado 
em IRDR ou assunção de 
competência. 
Arts. 
543-A, 
543-B e 
543-C 
> Análise da 
repercussão geral no 
recurso 
extraordinário. 
Julgamento por 
amostragem – 
processos-modelos 
tanto no recurso 
extraordinário como 
no especial. 
Arts. 1.035 
e 1.036 e 
seguintes 
> a regra da repercussão 
geral foi mantida e melhor 
disciplinada a técnica do 
julgamento de recursos 
extraordinário e especial 
repetidos. 
Art. 544 
§§ 3º e 
4º e 
Art. 557 
caput e 
§ 1º-A 
> atribuição dada ao 
relator do agravo de 
instrumento em 
recurso especial ou 
extraordinário para, 
monocraticamente, 
com base em 
Art. 932 
IV e V 
> poderes dados ao relator 
para negar provimento a 
recurso ou dar provimento 
em razão de súmula do STF 
ou do STJ, acórdão em 
julgamento de recursos 
repetidos, entendimento 
 - 18 - 
 
CPC/73 REGRA 
CPC/73 
CPC/2015 REGRA / 
 CORRESPONDÊNCIA 
/ NOVIDADE -
 CPC/2015 
jurisprudência do 
STJ ou do STF, 
conhecer do agravo e 
provê-lo ou negar 
seguimento. Essa 
previsão está 
explícita, também, 
para os recursos em 
geral (art. 557). 
firmado em IRDR ou 
assunção de competência. 
Art. 555 
§ 1º 
> ocorrendo 
relevante questão de 
direito, que faça 
conveniente prevenir 
ou compor 
divergência entre 
câmaras ou turmas 
do tribunal, poderá o 
relator propor seja o 
recurso julgado pelo 
órgão colegiado que 
o regimento indicar; 
reconhecendo o 
interesse público na 
assunção de 
competência, esse 
órgão colegiado 
julgará o recurso. 
Art. 947 > o novo Código criou um 
capítulo próprio para o que 
chamou de incidente de 
assunção de competência – 
IAC 
 
> o art. 947, § 3.º, prevê que 
o acórdão proferido em 
assunção de competência 
vinculará todos os juízes e 
órgãos fracionários, exceto 
se houver revisão de tese, 
fazendo a previsão de 
cabimento de reclamação 
para garantir a observância 
do referido precedente (art. 
988, IV) 
 não há 
correspondência 
Art. 927 
III, IV e V 
> os juízes e os tribunais 
observarão: III – os acórdãos 
em incidente de assunção de 
competência ou de resolução 
de demandas repetitivas e 
 - 19 - 
 
CPC/73 REGRA 
CPC/73 
CPC/2015 REGRA / 
 CORRESPONDÊNCIA 
/ NOVIDADE -
 CPC/2015 
em julgamento de recursos 
extraordinário e especial 
repetitivos; IV – os 
enunciados das súmulas do 
Supremo Tribunal Federal 
em matéria constitucional e 
do Superior Tribunal de 
Justiça em matéria 
infraconstitucional; V – a 
orientação do plenário ou do 
órgão especial aos quais 
estiverem vinculados 
6
 
 
3.2. RECURSOS. QUAIS AS MUDANÇAS? 
 
Em matéria recursal houve muita mudança pelo motivo da celeridade no 
sentido de extinguir alguns recursos e de modificar recursos existentes vejamos 
abaixo quadro comparativo quando o novo código era ainda anteprojeto, tal quadro 
foi publicado na revista SJRJ. 
Lei n 5.869/73 (CPC) Anteprojeto do Novo CPC PL n 8.046/10 
Art. 496. São cabíveis os 
seguintes recursos: 
Art. 907. São cabíveis os 
seguintes recursos: 
Art. 948. São cabíveis os 
seguintes recursos: 
I - apelação; I - apelação; I - apelação; 
II - agravo de instrumento; II - agravo de instrumento; II - agravo de instrumento; 
III - embargos infringentes; III - agravo de interno; III - agravo interno; 
IV - embargos de declaração; IV - embargos de declaração; IV - embargos de declaração; 
V - recurso ordinário; V - recurso ordinário; V - recurso ordinário; 
Vl - recurso especial; Vl - recurso especial; Vl - recurso especial; 
 
6 - Quadro 1 comparativo possíveis problemas de inconstitucionalidade - Fonte site Conjur 
 - 20 - 
 
Vll - recurso extraordinário; Vll - recurso extraordinário; Vll - recurso extraordinário; 
VIII - embargos de divergência 
em recurso especial e em 
recurso extraordinário. 
VIII - embargos de divergência VIII - agravo de admissão; 
 IX - embargos de divergência 
7
 
 
Ainda neste comparativo podemos esmiuçar as diferenças no sistema 
recursal, porém o que configura talvez como uma das principais estrelas são a 
contagem dos prazos recursais que tiveram uma unificação e os recursos em si, 
mais uma vez prezando a celeridade processual e correta condução ao atingimento 
da justiça. 
Outra diferença expressiva será a preferência a conciliação para a resolução 
das lides fazendo com que a obtenção da justiça seja mais rápida. 
Em pesquisas realizadas pode-se realizar um estudo comparativo dos 
recursos em geral: 
Apelação 
CPC/73 X CPC/15 - basicamente não houve mudança. 
Agravo Retido 
CPC/73 X CPC/15 - o agravo retido foi extintona nova redação 
Agravo de Instrumento 
CPC/73 X CPC/15 - mudança em seu prazo de interposição de 10 para 15 
dias. 
Além disso o novo CPC traz um rol taxativo das possibilidades do Agravo de 
Instrumento: 
 
Art. 929. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias: 
I - que versarem sobre tutelas de urgência ou da evidência; 
II - que versarem sobre o mérito da causa; 
 
7
 - 
Quadro 2 comparativo CPC X NCPC X PL 8.046/2010- Fonte site Revista Federal do Rio de Janeiro
 
 - 21 - 
 
III - proferidas na fase de cumprimento de sentença ou no processo de 
execução; 
IV - em outros casos expressamente referidos neste Código ou na lei.8 
 
Agravo Interno 
CPC/73 X CPC/15 - novo, prazo para interposição cinco dias. 
Embargos Infringentes 
CPC/73 X CPC/15 - foi extinto no novo CPC. 
Embargos de Declaração 
CPC/73 X CPC/15 - alteração no valor da multa. 
Recurso Ordinário 
CPC/73 X CPC/15 - não houve alteração. 
Recurso Especial 
CPC/73 X CPC/15 - não houve alteração. 
Recurso Extraordinário 
CPC/73 X CPC/15 - não houve alteração. 
Embargos de divergência em Resp e Re 
CPC/73 X CPC/15 - interrupção de prazo na interposição de recurso 
extraordinário e ampliação da aplicabilidade 
Recurso Adesivo 
CPC/73 X CPC/15 - a principal alteração que se pretende introduzir no 
novo CPC é a extinção da hipótese de cabimento deste recurso no caso de 
embargos infringentes. 
Disposições gerais do novo código 
Unificação prazos para 15 dias (exceto embargos de declaração); 
Via de regra os recursos terão efeito devolutivo; 
No caso de apelação evitará recurso contra decisão de 1º grau; 
 
8
 
Fonte - Senado
 
 - 22 - 
 
Sucumbência recursal, não admissão ou rejeição unanime; 
Nas ações repetidas possibilidade de unificação de decisões mediante 
remessa aos tribunais superiores. 
Após estas comparações fica clara a intenção do legislador no sentido de 
realmente modificar as atuais práticas processuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 23 - 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Ao observarmos todos os processos que “entopem” as veias do judiciário, a 
maioria são processos individuais e idênticos, e acabam sendo repetitivos. São 
acionadas tardiamente, quando os processos idênticos já se encontram aos milhões 
nos tribunais, fazendo com que assim a Justiça receba a taxatividade através de 
frases como “A justiça é lenta” mitigando a credibilidade de nosso corpo judiciário 
desmotivando os cidadãos a buscarem a justiça efetivamente. 
O novo projeto atua direto nessa problemática, criando um mecanismo 
capaz de conter, o crescimento de demandas repetitivas, permitindo que uma única 
decisão seja proferida, válida para a maioria dos casos. Com isso, reduz-se o 
número de processos e elimina-se a insegurança jurídica de um sistema que hoje 
permite decisões absolutamente diferentes para casos idênticos. 
O Código ainda dá tratamento especial aos atuais casos dos tribunais 
superiores, de forma a garantir tratamento de igualdade a todos os cidadãos. 
Uma leitura atenta do novo Código de Processo Civil nos permite conclusões 
bem diferentes daquela que chegaram os críticos. E permite que encontremos 
esperança para reverter o quadro atual sem a necessidade de investimentos 
pesados do Estado, cujos recursos podem e devem ser mais bem aproveitados em 
áreas essenciais como educação, saúde e segurança. Nem sempre despejar 
dinheiro nos problemas é sinal de solução. No caso em análise, cumpre, antes, 
racionalizar o uso do processo. 
Portanto através da pesquisa realizada é possível constatar uma visível 
melhoria do antigo CPC para o atual. 
Verifica-se que a intenção dos juristas responsáveis pela elaboração do 
projeto foi a de organizar as regras do processo civil brasileiro, conferindo maior 
coesão ao sistema. 
Com tal estudo pudemos objetivar de forma ampla qual foi o real motivo que 
justificou tal alteração no panorama jurídico no ramo de direito processual civil, tal 
reestruturação se fazia necessária. 
 - 24 - 
 
Com isso podemos concluir que a ideia é simplificar o sistema processual, 
para ter celeridade e efetividade, aproveitando o processo de “forma plena”, 
observando a segurança jurídica. O processo como poderoso instrumento que serve 
á sociedade, produzirá o seu efeito no seu resultado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 25 - 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Rev. SJRJ, Rio de Janeiro, v. 19, n. 35, p. 171, dez. 2012. 
 
Fontes Virtuais: 
História do Processo Civil. Disponível em: 
<http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_de_Processo_Civil_Brasileiro>, acesso 
em: 04/2015. 
Direito processual civil no Mundo e no Brasil. Disponível em: 
<http://jus.com.br/artigos/11192/historia-da-formacao-da-ciencia-do-direito-
processual-civil-no-mundo-e-no-brasil>, acesso em 04/2015. 
Exposição dos motivos do anteprojeto do Novo CPC. Disponível em 
<www.senado.gov.br>, acesso em 04/2015. 
Lei 13.105, 17/03/2015. Disponível em: <www.senado.gov.br>, acesso em 04/2015. 
Exposição de motivos lei 5.869/73. Disponível em: 
<https://docs.google.com/file/d/0Bys4rcJiNAtvWDE3dWxHOEJvMHM/preview>, 
acesso em 04/2015. 
Principais pontos CPC. Disponível em: 
<http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2014/12/18/conheca-os-principais-
pontos-do-novo-cpc>, acesso em 05/2015. 
Alterações novo CPC. Disponível em: 
<http://www.oabpr.org.br/Noticias.aspx?id=20772>, acesso em 05/2015. 
Tabelas comparativas novo CPC. Disponível em: 
<http://www.senado.gov.br/atividade/materia/getPDF.asp?t=84033>, acesso em 
05/2015 
Regras da ABNT para TCC: conheça as principais normas”. 2014. Disponível em: 
<http://viacarreira.com/regras-da-abnt-para-tcc-conheca-principais-normas>, acesso 
em: 05/2015.

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