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AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

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ORIGEM 
CONCEITO
PREVISÃO NORMATIVA 
PRAZO
FINALIDADES
PROCEDIMENTO
ANÁLISE
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Em fevereiro de 2015, o CNJ, em parceria com o Ministério da Justiça e o TJSP, lançou o projeto Audiência de Custódia.
Resolução 213 do CNJ
Missão:
reduzir o encarceramento em massa no país
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Garantia da rápida apresentação do preso a um juiz nos casos de prisões em flagrante. 
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Condução do preso, sem demora, à presença de uma autoridade judicial, que deverá, a partir de prévio contraditório estabelecido entre o Ministério Público e a Defesa, exercer um controle imediato da legalidade e da necessidade da prisão.
Caio Paiva
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Acesso à jurisdição 
“ Uma das garantias da liberdade pessoal que se traduz em obrigações positivas a cargo do Estado”.
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CADH
“Toda pessoa presa, detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra autoridade autorizada por lei a exercer funções judiciais (…)” (art. 7.5).
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 A previsão constante do art. 9º, “3”, do Pacto Internacional de Direito Civis e Políticos das Nações Unidas e art. 7º, “5”, da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, ganhou caráter obrigatório e vinculante após as decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) (Adin 5240 e ADPF 347), nas quais se reconheceu a eficácia normativa da determinação em território brasileiro.
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Resolução 213 do CNJ
24 horas
Art. 1º Determinar que toda pessoa presa em flagrante delito, independentemente da motivação ou natureza do ato, seja obrigatoriamente apresentada, em até 24 horas da comunicação do flagrante, à autoridade judicial competente, e ouvida sobre as circunstâncias em que se realizou sua prisão ou apreensão.
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Art. 5.2 da CADH
 “Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes. Toda pessoa privada de liberdade deve ser tratada com o respeito devido à dignidade inerente ao ser humano”.
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Regra: Audiência presencial
Exceção: segundo a Corte Interamericana, pode-se realizar por videoconferência, desde que justificada a situação fática, não podendo advir da mera comodidade dos sujeitos. 
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Prisão em flagrante
Apresentação do autuado à Autoridade policial
Agendamento da Audiência de Custódia
Contato prévio do acusado com a Defesa
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Art. 6º Antes da apresentação da pessoa presa ao juiz, será assegurado seu atendimento prévio e reservado por advogado por ela constituído ou defensor público, sem a presença de agentes policiais, sendo esclarecidos por funcionário credenciado os motivos, fundamentos e ritos que versam a audiência de custódia.
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 A pessoa custodiada não deve estar algemada durante sua oitiva na audiência de apresentação, somente admitindo-se o uso de algumas "em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ator processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.”
 (STF - Súmula Vinculante nº 11);
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A oitiva realizada durante a audiência de custódia não tem o objetivo de comprovar a ocorrência de práticas de tortura, o que deverá ser apurado em procedimentos específicos com essa finalidade.
Sua finalidade é perceber e materializar indícios quanto à ocorrência de tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes
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I. Repetir as perguntas.
II. Manter as perguntas simples.
III. Manter as perguntas abertas e não ameaçadoras.
IV. Priorizar a escuta
V. Adotar uma postura respeitosa ao gênero da pessoa custodiada.
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Art. 4º, Parágrafo único. É vedada a presença dos agentes policiais responsáveis pela prisão ou pela investigação durante a audiência de custódia.
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No Estado de São Paulo, em 45% das Audiências de Custódia inexiste qualquer questionamento acerca da possibilidade de ocorrência de violência policial.
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O juiz analisará a prisão sob o aspecto da legalidade, da necessidade e da adequação da continuidade da prisão ou da eventual concessão de liberdade, com ou sem a imposição de outras medidas cautelares. 
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O juiz poderá avaliar também eventuais ocorrências de tortura ou de maus-tratos, entre outras irregularidades.
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Total no Brasil até janeiro/17:
Total de audiências de custódia realizadas: 186.455
Casos que resultaram em liberdade: 85.568 (45,89%)
Casos que resultaram em prisão preventiva: 100.887 (54,11%)
Casos em que houve alegação de violência no ato da prisão: 8.279 (4,68%)
Casos em que houve encaminhamento social/assistencial: 20.519 (11%)
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O que as audiências de custódia nos dizem sobre a violência simbólica do Estado?
 Ana Luiza Bandeira

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