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Caderno de pacientes especiais

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I – LEGISLAÇÃO PARA PACIENTES ESPECIAIS
Introdução 
Art. 196: do direito à saúde;
“A saúde é um direito de todos e dever do estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.”
Lei n 7.853, de 24 de outubro de 1989:
Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a coordenadoria nacional para integração da pessoa portadora de deficiência – CORDE, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do ministério público, defini crime...;
Art. 2 Inciso II, alínea d, na para de saúde:
A garantia do acesso das pessoas portadoras de deficiências aos estabelecimentos de saúde publica privada, e do seu adequado tratamentos neles, sob normas técnicas e padrões de conduta apropriadas;
Resolução CFO – 22/2001
Estabelece novas especialidades;
Capítulo I – Art 4
Odontologia para pacientes com necessidades especiais
Art 31: é a especialidade que tem por objetivo o diagnóstico, a prevenção, o tratamento e controle dos problemas de saúde bucal dos pacientes que apresentam uma complexidade no seu sistema biológico e/ou psicológico e/ou social, bem como percepção e atuação dentro de uma estrutura transdisciplinar com outros profissionais de saúde e de áreas correlatas com o paciente;
Portadores de deficiências físicas ou mentais são cada vez menos diferentes;
Tratamentos precoces
Terapias modernas
Novas propostas educacionais
Mudando o perfil das pessoas e estimulando sua participação social como cidadãos;
Preconceitos que sempre cercam os deficientes começam a diminuir;
1.2 Odontologia e pacientes especiais
Pra que lado estamos correndo?
A medicina atual tem vários recursos para identificar essas anomalias...
A ausência do cirurgião dentista foi notada e reclamada para auxiliar, não só para cuidar dos dentes, mas para ajudar e orientar as pessoas a beira da marginialização;
A odontologia tem o dever de participar na reabilitação do paciente especial;
Atendimento que tenha:
Solidariedade
Amor
Respeito
Não é um conjunto de técnicas e conhecimentos das estruturas bucais, é um conjunto diferente de técnicas de ABORDAGEM;
É preciso praticar a reintegração do indivíduo na sociedade;
São todos os indivíduos que necessitam de cuidados especiais por tempo indeterminado ou parte de sua vida e seu tratamento odontológico depende de eliminar ou contornar as dificuldades existentes em função de uma limitação;
Quem necessita??
Deficiencia mental
Superdotados;
Limitrofes (pacientes que possuem deificencia dotal leve);
Infradotados (deficiência mental)
A deficiência mental se caracteriza por um funcionamento global inferior à media, junto com limitações associados em duas ou mais das seguintes habilidades adaptativas:
Comunicação, ...
Deficiencia física: paralisia cerebral, paralisia infantil, osteogênese imperfeita, artrite, acidente vasculo-cerebral, distrofia muscular, escoliose, miastenia grave, mielomeningocele
Síndromes ou deformidades crânio-faciais:
Genética (síndrome de down, displasia ectodérmica);
Distúrbios de comportamento: medo, ansiedade, timidez, autismo, birra-manha, agressividade, disfunção cerebral mínima;
Desvio psiquiátricos: neuroses, psicoses, esquizofrenias;
Deficiencias sensoriais de comunicação:
Comunicaçao oral (afasia);
Áudio-comunicacao (deficiência auditiva_;
Doenças sistêmicas crônicas: diabetes, fibrose cística do pâncreas, hipo e hipertireoidismo, paratireodismo, pituitarismo, ...
Doenças infecto contagiosas: hepatites, tubérculose, HIV;
Condições sistêmicas
Irradiados de cabeça-pescoço
Transplante de órgãos;
Imunossuprimidos por medicamentos;
II – MEDO E ANSIEDADE
O medo, a ansiedade e a fobia frente ao tratamento odontológico, tem sido objeto de estudos há décadas;
Estudos recentes realizados, em função do grande índice de doenças bucais e suas manifestações sistêmicas, que se tornam um problema de saúde pública, comprovam que um fator impeditivo ao tratamento odontológico preventivo e curativo é o medo e a ansiedade;
Ansiedade:
A ansiedade pode ser definida como um “estado emocional vivenciado com a qualidade subjetiva do medo ou de emoção e ela relacionada, desagradável, dirigida para o futuro, desproporcional (a uma ameaça reconhecível), com desconforto somático subjetivo e alterações somáticas manifestas”;
Medo:
O medo é parte do desenvolvimento infantil;
Em geral é transitório e não produz grandes perturbações na vida diária da criança;
Embora a capacidade de vivenciar o medo, seja uma função biológica inata, respostas de medo a certos objetivos e situações são em grande parte adquiridas através da aprendizagem;
Na verdade, as experiências com medos apropriados à idade ajudam a criança a desenvolver habilidades de enfrentamento;
No entanto, muitos medos infantis inicialmente normais podem persistir por longos períodos e produzir diversos problemas para a criança e para sua família;
Pode ser considerado uma reação a uma ameaça;
Um mecanismo de proteção diante do perigo;
É importante legado evolutivo;
Permite evitar o perigo;
Tem valor óbvio na sobrevivência;
Sob certas doses nos mantêm alertas para que o desempenho sob stress seja possível.
Se a ameaça é real, é útil e positivo;
Porém:
Quando desproporcional a uma situação que não envolve perigo real;
Quando aparece na ausência de ameaça real;
Sendo na maior parte do tempo inexplicável e fora do nosso controle voluntário;
O medo é desadaptativo ou negativo;
Ansiedade dentária:
Quadro de ansiedade exacerbada em relação ao dentista;
Só vão ao consultório com dificuldade, devido a um quadro agudo e doloroso;
Apresentam ansiedade de antecipação, antecipando que algo muito ruim possa acontecer;
O medo acentuado da dor aumenta a sensação subjetiva da mesma;
Sinais fisiológico de ansiedade;
III – ATENDIMENTO ODONTOLÍGICO
No atendimento odontológico destes clientes o CD poderá utilizar técnicas:
Comportamentais;
Farmacológicas;
Atendimento odontológico hospitalar;
Técnicas comportamentais:
Pacientes odontofóbicos/expectativa em relação ao CD ‘ideal’:
Tranquilo, seguro, muito competente, que se esmera em evitar a dor, que ouve e tenta compreender o medo do paciente;
Premissa básica:
CD = parceria + vínculo de cumplicidde;
Que permita o crescimento da credibilidade do profissional e da autoconfiança do odontofóbico;
O CD deve informar o paciente do que será feito, como e porque, numa linguagem acessível;
A primeira consulta deverá ser bastante genérica e descontraída;
Além da anamnese, aqui são lançadas as bases da relação de confiabilidade;
Boa comunicação e empatia são ingredientes fundamentais;
É importante que o paciente seja reassegurado que um sistema de sinais previamente estabelecido (tipo erguer a mão ao primeiro sinal de dor) será obedecido, que confere ao paciente o “controle da situação”, cuja perda ele tanto teme;
Sensibilização do paciente:
As sessões deverão ser de no máximo meia hora, sendo prudente no início não ultrapassar quinze minutos, respeitando-se o limite do paciente e assim introduzi-lo aos poucos no universo do novo ambiente;
Fatores físicos básicos que auxiliam na sensibilização do paciente:
Ruídos:
Ruídos externos: tráfego; crianças brincando; fábricas; etc;
Ruídos internos: telefonte; bater de portas; conversas; etc;
Procurar reduzir ou controlá-los ao máximo;
Clinicamente que níveis elevados de ruídos quebram a percepção, dificultando demasiadamente o trabalho de sensibilização, podendo em muitos casos, ser considerado um estímulo negativo;
Existem os estímulos sonoros positivos, os chamados estímulos sonoros musicais;
Percebe-se que através deste meio pode-se acalmá-los, agindo positivamente em seu comportamento, tornando as sessões mais amenas;
Luzes:
Iluminação utilizada na maioria das vezes é muito forte, pode incomodar o paciente;
Deve-sefazer uso de um tipo mais ameno, utilizando iluminação indireta;
Refletor;
Luz do fotopolimerizador;
Ascender longe e aproximá-la aos poucos levando o foco à boca;
Cuidado redobrado deve ser feito para não focar os olhos, pois esse estímulo poderá gerar convulsões em alguns pacientes, como por exemplo, os portadores da síndrome de West ou epiléticos;
Vibração
Cuidado com a vibração da cadeira;
Deve-ser, portanto, ligar e movimentá-la sob o olhar a observação do paciente, sem que ele esteja sentado;
Nesse momento o profissional deverá incentivá-lo a sentir a vibração com as mãos antes de sentar-se;
A cadeira se movimenta, vibra, mas não é agressiva;
Equipamentos pneumáticos como: auta-rotação; baixa-rotação; sugador; ultra-som; seringa tríplice;
Instrumental:
O instrumental deverá ser tocado pelo paciente para que perceba inicialmente sua leitura e temperatura;
Odores:
No consultório existem odores: agradáveis e desagradáveis;
Relatam-se dois eventos distintos:
O odor é agradável a um paciente e poderá ser repulsivo ao outro;
O odor poderá ser associado a experiências negativas anteriores;
Toque:
Deverá haver leveza no trato com o paciente, o toque dos instrumentais e equipamentos devem ser lembrados;
A pressão da água e ar deverão ser muito fortes, pois será mais um fator negativo a assustar o paciente;
Visual:
Destaca-se a grande influência da aparência: o refletor; o aparelho de raio x; a cadeira; o equipo; a unidade auxiliar;
Pode, de acordo com a compressão do paciente, se mostrar agressiva;
Equipamento de raio x odontológico, por exemplo, como dizer que trata-se de uma máquina que tira fotografias, se ao posicionar a película o profissional sai da sala?
Manipulação:
Leva-se sempre em consideação os pontos de estímulo que poderão desenvolver reflexos involuntários os quais resultarão no insucesso do método;
Quando se pensa nesses cuidados, busca-se em muitos casos um complemento físico existente, para inibir padrões posturais inadequados do paciente e profissional;
Elaboração lúcida:
Consiste em levar o paciente a um estado de cognição, por meio de brincadeiras, para que expresse o que está acontecendo;
A expressão dos medos e ansiedades facilitará o tratamento;
De acordo com a observação de seu comportamente frente a situações de conflito e de medo, o profissional compreenderá e abordará de modo correto e individual;
PACIENTES NÃO COLABORADORES
Contenção:
Conjunto de meios empregados para manter na posição apropriada os órgãos que tentem a abandoná-la ou que tendem a separar-se nas fraturas; refere-se a parte, ao membro;
Estabilização: significa equilíbrio, firmeza e segurança; refere-se ao corpo todo
Puxa, que ótimo não precisar mais me preocupar com a minha perna que não para de cair da cadeira odontológica durante o tratamento... isso me constrange muito;
Sensibilização manejo:
Atitudes nos setores psicológicos e educacionais, possibilitando a ampliação dos benefícios do atendimento;
Técnicas de controle de comportamento:
Somente são efetivas, quando o profissional que as executa possui:
Equilíbrio emocional diante das situações adversas;
Habilidade em confrontar a técnica com a criança e o seu repertório comportamental;
Técnicas:
Dizer-mostrar-fazer;
Verbalização contínua;
Reforço positivo/reforço negativo;
Controle de voz;
Exercício de mão sobre a boca;
Levar o rosto até próximo da criança e falar diretamente no seu ouvido: ‘se você quer que eu tire a minha mão, você deve parar de berrar e me ouvir. Eu só quero falar com você e olhar os seus dentes’;
Depois de poucos segundos, repetir e adicionar: “Você está pronto para que eu retire a mão?”;
Enquanto a criança se recompõe, comece a falar sobre sua roupa, animais... Sem fazer referências sobre o que se realizar;
Contra indicações:
Crianças incapacitadas;
Crianças imaturas;
Crianças sob medicação;
Impedir que a criança respire;
Estratégia de atendimento de criança não colaboradora:
Conte-mostre-faça: 
Antes de cada intervenção, explica-se à criança o que será feito em seguida, mostrando o equipamento a ser utilizado;
Distração:
Esta estratégia, consiste em introduzir no ambiente odontológico estímulos que possam competir com os eventos naturais da situação e, assim, exercer um efeito distraidor da atenção da criança. Pode-se utilizar músicas, histórias infantis, vídeos...;
Familiarização – introdução gradual:
Com esta estratégia, introduz-se a criança gradativamente à situação odontológica, permitindo ela conhecer o ambiente, os instrumentos;
CONTENÇÃO FÍSICA:
Feita com a utilização de: faixas de pano; camisola; coletes; ataduras; lençóis; e outros artifícios;Indicado para pacientes cujos movimentos involuntários, constantes e desordens impedem seu posicionamento na cadeira odontológica, como por exemplo, deficientes mentais que não colaboram em virtude de seu precário estado mental e paralítico cerebrais;
A contenção feita de acordo com a quantidade de pessoas disponíveis para segurar o paciente;
Não é ergonômica;
Não proporciona segurança;
Não traz conforto para o paciente;
Pode causar traumas físicos e psicológicos;
Modo de utilizar:
Pais abraçam e seguram o paciente com os braços e pernas, ficando sentados na cadeira (tesoura);
Pais ficam por cima da criança e com o “peso” fazem a contenção;
Várias pessoas seguram braços, tronco e cabeça;
Holding Therapy ou terapia do abraço, que consiste na contenção física da criança pelos abraços da própria mãe ou responsável;
Técnicas alternativas:
Musicoterapia: técnica para auxilia no condicionamento desses pacientes, porém lembramos que não devemos realizá-la de forma empírica;
Hipnose: utilizada para auxiliar junto a pacientes que apresentam compreensão e colaboração, porém com fobias ao tratamento;
Restrição física: técnica de restrição de movimentos voluntários ou involuntários dos pacientes através de mecanismos como: kit de contenção ou mesmo macri e lençóis com uma série de técnicas preconizadas no mundo inteiro como por exemplo o de envelopamento;
Sedação oral consciente: controle comportamental através de drogas no auxilio do tratamento;
Resumo do protocolo do atendimento estomatológico:
Paciente quer ajudar (guarde essa máxima em mente):
Mostre que é seu amigo;
Encoraje-o, dê suporte de apoio;
Converse ao nível do paciente;
Estabeleça comunicação;
Estruture a consulta: mostre que vai ser feito e diga quanto tempo vai demorar;
Converse com o paciente de assuntos não odontológicos;
Aplique técnicas alternativas;
Forneça ao paciente algum controle, permita-o fazer algumas perguntas;

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