Buscar

TCC PRONTO PDF

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 102 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 102 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 102 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

FACULDADE CAPIVARI - FUCAP 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NA 
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM UMA EMPRESA 
CONCESSIONÁRIA DE VEÍCULOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA HELENA OURIQUES VIEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPIVARI DE BAIXO 
2014 
 
 
2 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
FACULDADE CAPIVARI - FUCAP 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
MARIA HELENA OURIQUES VIEIRA 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NA 
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM UMA EMPRESA 
CONCESSIONÁRIA DE VEÍCULOS 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de curso 
submetido ao Curso de Graduação de 
Ciências Contábeis da Faculdade 
Capivari para a obtenção do título de 
Bacharel em Ciências Contábeis. 
Orientador (a): Profº Especialista 
Marcos Danilo Rosa Viana 
 
 
 
 
 
 
 
CAPIVARI DE BAIXO 
2014 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
Maria Helena Ouriques Vieira 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NA 
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM UMA EMPRESA 
CONCESSIONÁRIA DE VEÍCULOS 
 
 
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para 
obtenção do Título de Bacharel em Ciências Contábeis eaprovado em 
sua forma final pela Banca Examinadora. 
 
Capivari de Baixo, 04 de dezembro de 2014 
 
 
_________________________________ 
Prof.ªMsc. Maria Aparecida Cardozo 
Coordenadora do Curso 
 
Banca Examinadora: 
 
 
________________________________ 
Prof.º Esp. Marcos Danilo Rosa Viana 
 Orientador 
Faculdade Capivari 
 
________________________________ 
Prof.ª Patrick Prates Alves 
Membro da banca 
Faculdade Capivari 
 
 
________________________________ 
 
 Profº Edilson Citadin Rabelo 
Membro da banca 
Faculdade Capivari 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a meus pais 
Manoel Aires Vieira e Jaqueline 
Ouriques Vieira, que tanto me 
ajudaram a realizar esse sonho!E a 
minha filha Maria Caroline Vieira 
Aguiar, que tantas noites não pode ter 
a minha presença junto a ela nesses 
anos de estudo. Obrigada! Amo muito 
vocês! 
 
8 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço a Deus pela força Divina durante todo o período da 
formação, principalmente na fase que me acidentei e que por pouco não 
desisti. Certamente Deus, minha família e todos os colegas e professores 
da Fucap fortaleceram minha fé possibilitando a continuidade da 
caminhada. 
Aos meus pais, Manoel e Jaqueline, que com muito amor, 
incentivo e compreensão, dedicaram todos os esforços para que eu 
pudesse alcançar esse sonho em minha vida. 
As minhas irmãs, Rosilene e Jucilene, por toda 
aenergiacontagiantedurante esses anos. A minha filha Maria Caroline, 
pela paciência e compreensão, pelo apoio e principalmente pelo amor e 
carinho quemotivaram a conclusão dessa jornada. 
Aos meus colegas de curso que impediram meu desânimo; e em 
especial a minha grande amiga Charlene Siqueira, incansavelmente me 
apoiando, evitando minha desistência. 
Aos meus colegas de trabalho pelo companheirismo e ao 
orientador, professor Marcos Viana, pelo apoio, pela paciência e pela 
dedicação com que me orientou. 
A Fucap (Faculdade Capivari), representada pela coordenação 
de ciências contábeis. E finalmente, todas as pessoas que contribuíram 
direta ou indiretamente para a realização desse trabalho, o meu MUITO 
OBRIGADO! 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
―Somos insignificantes. Por mais que 
você programe sua vida, a qualquer 
momento tudo pode mudar.‖ 
 
Ayrton Senna 
 
 
12 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
RESUMO 
 
O trabalho constitui-se de um levantamento de dados a respeito das 
rotinas internas de trabalho de uma empresa, com a finalidade de 
mostrar as contribuições que os trabalhos da Auditoria Interna pode 
oferecer as sociedades mercantis. As empresas necessitam de 
ferramentas que as auxiliem no seu processo de gestão, detectando e 
prevenindo possíveis falhas, bem como avaliando e examinando as 
atividades desempenhadas pelos setores. No decorrer do estudo busca-se 
evidenciar ocorrências de irregularidades que indiquempontos que 
podem levar a empresa a adotar procedimentos aplicáveis nos trabalhos 
de auditoria, passíveis de detectar situações que careçam de melhorias. 
A empresa estudada possui matriz localizada na grande Florianópolis-
SC e filiais distribuídas nas principais cidades do Estado. O tema 
justifica-se pelo crescimento dessa organização em foco, requerendo a 
necessidade de ampliar o controle e estabelecer procedimentos mais 
eficientes, resultando em mais segurança e confiabilidade no 
desempenho das atividades; com oobjetivo de analisar a estrutura 
administrativa e os sistemas de controles internos de uma empresa no 
ramo automobilístico. A adoção dos procedimentos usuais à auditoria 
interna são consoantes aos objetivos específicos relacionados de forma 
teórica. Foi adotada a forma descritiva cujos fatos foram analisados e 
interpretados pela pesquisadora. Para amenizar as dúvidas sobre a 
implantação do departamento de Auditoria Interna ou não, foram 
utilizadas perguntas informais aos colaboradores da empresa, a fim de 
identificar deficiências nas operações e fragilidades nos mesmos. Diante 
do estudo e as análises dos processos organizacionais, pode-se afirmar 
que a empresa estudada detecta a necessidade da implantação de um 
departamento de auditoria interna vislumbrando iniciar, no mínimo a 
adoção de procedimentos usuais à auditoria interna, visando dar maior 
segurança aos controles internos, além de oferecer suporte às tomadas 
de decisões dos administradores. 
 
Palavras Chave: Auditoria Interna; Controles Internos; 
EstruturaOrganizacional. 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 Fluxograma de um departamento de auditoria.........................62 
Figura 2 Logo da marca Citroen representada pela empressa................66 
Figura 3 Imagem da fábrica da Peugeot Citroen....................................68 
Figura 4 Organograma das filiais da empresa FELIX............................75 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1: Classes de membros da Audibra...........................................54 
Quadro 2: Diferença entre Auditor Interno e Externo............................57 
Quadro 3: Sistema Documentário..........................................................73 
Quadro 4:Cartografia da documentação.................................................73 
 
 
 
1819 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ADM Administração Central do Grupo 
AUDIBRA Instituto dos Auditores Internos do Brasil 
BACEN Banco Central do Brasil 
CFC Conselho Federal de Contabilidade 
CRC Conselho Regional de Contabilidade 
CVM Comissão de Valores Mobiliários 
DC’s Demonstrações Contábeis 
FELIX Nome fictício da empresa estudada 
ISAs Normas Internacionais de Auditoria 
IIA InstituteOfInternalAuditors 
IBRACONI instituto dos auditores IndependentesIndependente 
MQ Manual da Qualidade Documento que especifica o Sistema 
deGestão da Qualidade de um organismo. 
NBC PI Normas Brasileiras de Contabilidade Profissionais Auditor 
interno 
NBCTA Normas Brasileiras de Contabilidade – Técnicas de 
Auditoria independenteSC Santa Catarina 
NBC PA Normas Brasileiras de Contabilidade Profissionais Auditor 
OS Ordem de Serviço 
PDV Ponto de Venda – é cada uma das lojas 
PQRH Processo de Qualidade de Recursos Humanos 
PQ-AI Processo de Qualidade Auditoria Interna 
PR Peças de Reposição 
PV Pós Vendas 
RQ Responsável pela Qualidade 
SGQ Sistema de Gestão da Qualidade 
VN Veículo Novo 
VU Veículo Usado 
 
 
20 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO.................................................................................25 
1.1 TEMA E PROBLEMA.....................................................................25 
1.2 OBJETIVOS.....................................................................................26 
1.3 JUSTIFICATIVAS DA PESQUISA................................................26 
1.4 DELIMITACÕES DA PESQUISA..................................................27 
1.5 ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA..................................................27 
2 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................28 
2.1 ORIGENS DA CONTABILIDADE................................................28 
 2.1.1 A Importância da contabilidade...............................................29 
2.1.2 Uma Abordagem comportamental da contabilidade...............30 
2.1.3 A função da contabilidade nas organizações ............................31 
2.1.4 Finalidade macroeconômica da contabilidade..........................31 
2.1.5 Abordagem sociológica da contabilidade..................................32 
2.2 RESPONSABILIDADES LEGAIS DA CONTABILIDADE.........33 
2.2.1 Considerações sobre a ética na contabilidade...........................34 
2.3 A CONTABILIDADE E A GESTÃO ORGANIZACIONAL........35 
2.3.1 Informação contábil e gestão de pessoas...................................36 
2.4 Evolução do conceito de auditoria...............................................38 
2.4.2 Auditoria como instrumento de gestão......................................39 
2.5 GENEROS DA AUDITORIA FUNÇÕES E DIFERENÇAS.........40 
2.5.1 Objeto dos trabalhos de auditoria.............................................42 
2.5.2 Forma de realização dos trabalhos ...........................................43 
2.5.2.1 Auditoria interna......................................................................46 
2.5.2.2 Objetivos da auditoria interna................................................47 
2.5.2.3 Auditoria externa......................................................................49 
2.5.3 Orgãos relacionados ao auditor.................................................51 
 
 
22 
 
 
 
2.5.3.1 CVM...........................................................................................51 
2.5.3.2 IBRACON.................................................................................52 
2.5.3.3 CFC e CRC...............................................................................53 
2.5.3.4 AUDIBRA.................................................................................53 
2.5.4 Perfil do auditor...........................................................................54 
2.5.4.1 Relacionamento entre o auditor interno e o externo.............55 
2.5.5 Diferença entre auditoria interna e auditoria externa.............57 
2.6 CONTROLES INTERNOS..............................................................58 
2.6.1 A importância dos controles internos........................................60 
2.6.2 Técnicas de departamentalização..............................................61 
2.6.3 Indicadores de problemas dentro da organização....................63 
2.6.4 Auditoria organizacional na gestão empresarial......................64 
3 ESTUDO DE CASO..........................................................................65 
3.1 METODOLOGIA DO ESTUDO.....................................................65 
3.2 HISTÓRIA DA MARCA REPRESENTADA PELA EMPRESA. 66 
3.3 BREVE HISTÓRICO DA EMPRESA ESTUDADA......................68 
3.3.1 Caracterização da empresa e direção........................................70 
3.3.1.1 Atividades..................................................................................70 
3.3.1.2 Objetivo.....................................................................................70 
3.3.1.3 Missão da empresa FELIX.....................................................70 
3.3.1.4 Visão...........................................................................................70 
3.3.1.5 Pontos fortes e pontos fracos...................................................71 
3.3.1.6 Oportunidades e ameaças........................................................71 
3.3.1.7 Estratégias de negócios.............................................................72 
3.4 ANÁLISES DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL..................72 
3.4.1 Atividades internas da empresa FELIX....................................75 
3.4.2 Serviço comercial de venda de veículos novos..........................76 
 
 
 
 
23 
 
 
 
3.4.3 Seviço comercial de venda de veículos usados..........................76 
3.4.4. Serviços de peças de reposição..................................................77 
3.4.5 Serviço de pós-venda...................................................................77 
3.4.6 Administração geral da empresa FELIX..................................77 
3.5 POLÍTICA DA QUALIDADE........................................................78 
3.5.1 Responsável pela qualidade........................................................80 
3.6 RECURSOS HUMANOS RH..........................................................81 
3.6.1 Generalidades..............................................................................81 
3.6.2 Infra estrutura da empresa.........................................................82 
3.6.3 Ambiente de trabalho..................................................................82 
3.7 PLANEJAMENTOS DA REALIZAÇÃO DO PRODUTO............83 
3.7.1 Determinação de requisitos relacionados ao produto .............83 
3.7.1.1 Análise critica dos requisitos relacionados ao produto.........83 
3.7.2 Processos realcionados aos clientes...........................................84 
3.7.2.1 Comunicação com o cliente......................................................84 
3.7.2.2 Projeto e desenvolvimento.......................................................84 
3.7.2.3 Processo de aquisições.............................................................84 
3.7.2.4 Informações de aquisições.......................................................85 
3.7.2.5 Verificação do produto adquirido...........................................85 
3.8 PRODUÇÃO E FORNECIMENTO DE SERVIÇO........................85 
3.8.1 Validação dos processos de produção e fornecimento de 
serviços...................................................................................................86 
3.8.2 Identificação erastreabilidade..................................................86 
3.8.3 Propriedade do cliente................................................................87 
3.8.4 Preservação do produto..............................................................87 
3.8.5 Mediçoes e análise de melhoria.................................................88 
3.8.6 Satisfação do cliente...................................................................88 
 
 
 
24 
 
 
 
3.8.7 Auditoria interna de acordo com o manual de qualidade da 
empresa..................................................................................................89 
3.8.7.1 Medição e monitoramento do processo..................................90 
3.8.7.2 Medição e monitoramento do produto...................................90 
3.8.7.3 Controles de produtos não conforme.....................................90 
3.8.7.4 Análise de dados.......................................................................91 
3.9 AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS INTERNOS............................91 
3.9.1 Planejamento de auditoria interna............................................91 
3.9.2 Análise dos controles internos na empresa estudada...............92 
3.9.3 Controles internos financeiros utilizados pela empresa...........95 
3.9.4 Análise do estudo de caso............................................................95 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................97 
REFERÊNCIAS...................................................................................99 
 
 
 
 
25 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O próprio desenvolvimento das empresas requer que elas 
busquem ferramentas que auxiliem em seu processo de gestão. Muitas 
adotam modelos deficientes, talvez pela falta de conhecimento dos 
gestores que utilizam padrões que se enquadram aos seus interesses 
pessoais e financeiros ou ainda pela utilização equivocada de alguns 
mecanismos de controles internos e acabam deixando de lado os 
interesses reais da empresa. 
Desta forma, espera-se que os contadores se aperfeiçoem e que se 
familiarizem ao novo ambiente organizacional das sociedades mercantis, 
buscando novos métodos de trabalho atendendo a necessidade das 
mesmas. 
A auditoria interna é um dos diversos instrumentos, senão a mais 
eficiente forma de controle, que as empresas podem utilizar para 
desenvolver suas atividades, a fim de avaliar e examinar o desempenho 
em um determinado período de tempo e também identificar as áreas com 
maiores problemas, apresentando ou mesmo sugerindo por esse 
profissional responsável pela auditoria,ações e correções das questões 
problemáticas da empresa. 
Sendo assim, a auditoria interna se constitui como fundamental 
apoio a gestão, auxiliando a organização a alcançar suas metas e 
objetivos, tornando-se ferramenta indispensável, direcionadaa melhoria 
dos controles e processos internos, diminuindo riscos e melhorando suas 
atividades. 
 
1.1 TEMA E PROBLEMA 
 
Diante das grandes mudanças no mercado contemporâneo, de um 
ambiente globalizado e competitivo, o contador não pode ser um mero 
espectador ou o responsável por emitir apenas relatórios contábeis; ele 
deve assumir também uma postura participativa na tomada de decisões. 
Os avanços tecnológicos e as modernizações ocorridas nos 
últimos tempos obrigam as empresas a se adaptarem as novas exigências 
de mercado, devendo investir no aperfeiçoamento de seus negócios, 
aprimorando os seus controles internos, desenvolvendo a rotina de 
trabalho com visão de crescimento e estabilidade financeira. 
Buscando todas essas formas de controles mais adequados e 
eficientes, a pesquisa proposta vai nortear a seguinte interrogação: quais 
26 
 
 
 
são os fatos, ou fatores, que caracterizam a necessidade da implantação 
de um departamento de Auditoria Interna? 
 
1.2 OBJETIVOS 
 
O objetivo geral e os objetivos específicos da pesquisa são 
apresentados de forma clara e objetiva, a fim de fundamentar o trabalho. 
Sendo o objetivo geral identificar os fatos ou fatores que 
caracterizam a necessidade da implantação de um departamento de 
Auditoria Interna, os objetivos específicos devem atender o geral: 
a) Apresentar os aspectos teóricos da contabilidade e da auditoria; 
b)Caracterizar a empresa objeto de estudo proporcionando ênfase nas 
questões que envolvam a auditoria interna; 
b)Identificar pontos, que se for o caso,indiquem a necessidade de 
implantação de um setor de auditoria na empresa; 
c)Verificar a opinião dos gestores sobre um sistema de auditoria; e por 
fim, 
d)Sugerir alternativas e ações que possam contribuir com a implantação 
de um sistema de auditoria interna para a empresa. 
 
1.3 JUSTIFICATIVAS DA PESQUISA 
 
 A contabilidade nos dias de hoje passou a ter um papel 
importante na visão dos gestores diante das grandes mudanças do 
mercado. A auditoria por sua vez é a ferramenta dentro da contabilidade 
que acompanha e auxilia no momento da tomada de decisões. Ela 
contribui para que grandes decisões em qualquer que seja o ramo da 
instituição interessada na prevenção e correção dos processos internos, 
tenha sucesso na hora de buscar metas lucrativas e sociais almejadas 
pela empresa. 
O trabalho proposto poderá contribuir para uma melhor decisão 
quanto à implantação de um departamento de auditoria interna. Ele irá 
identificar o grau de dificuldade dos trabalhos internos ao serem 
executados; se há erros intencionais ou não, se há irregularidade nos 
processos, entre múltiplos fatores que poderão surgir no decorrer da 
pesquisa. E após todas essas questões serem estudadas, a conclusão 
exata dos fatos, contribuirão para a implantação ou não, de um 
departamento de auditoria interna. 
 
 
27 
 
 
 
1.4 DELIMITAÇÕES DA PESQUISA 
 
 O estudo deste trabalho de conclusão de curso foi realizado em 
uma empresa de concessionárias de veículos, onde a sede de 
administração fica localizada na cidade de Florianópolis-SC, com filial 
nas cidades de Blumenau, Florianópolis, Joinville, Criciúma, Itajaí, 
Lages, Jaraguá do Sul e Tubarão, todas no Estado de Santa Catarina. 
Uma vez que, é a filial de Tubarão, localizada na Rua Deputado Olices 
Pedro Caldas, nº 1280 no bairro Humaitá, a estrutura organizacional 
onde a pesquisadora trabalha, será tomada por foco, considerando que 
todas as filiais da empresa seguem o mesmo padrão de trabalhos 
internos e externos, tornando-sepossível a comparação de um modo 
geral. 
O estudo ocorreu inicialmente pelo reconhecimento e 
investigação de cada setor da empresa. Seguida por uma análise sobre a 
execução dos trabalhos internos de cada setor, verificando assim a 
fragilidade e as dificuldades reveladas. 
 
1.5 ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA 
 
Aspirando organizar melhor o estudo, o trabalho é apresentado 
por capítulos. No 1º capítulo faz-se um levantamento da importância e 
da necessidade de abordar o tema dentro da empresa, colocando em 
evidência a pergunta de pesquisa consoante ao objetivo geral e 
específicos do trabalho apresentado, além da estrutura e metodologia 
utilizadas. 
O 2º capítulo trata dos aspectos históricos da contabilidade, a 
importância dela para as organizações, sua função e perspectivas ao 
perfil do novo profissional contábil;mais a frente faz-se um 
esclarecimento à abordagem nas relações sociológicas, legal e ética,bem 
como as técnicas de departamentalização. Relata-se também sobre o 
conceito de auditoria, pontos de atuação, vantagens na utilização dessa 
ferramenta nas organizações junto à contabilidade. 
No 3º capítulo,a finalidade foi apresentar o estudo de caso,descrevendo a empresa e as funções por setores.E por fim, no 4º capítulo 
são apresentadas as conclusões e as considerações finais. 
 
 
 
 
28 
 
 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 A fundamentação teórica é uma apresentação de idéias presentes 
nas obras estudadas, criadas no decorrer do trabalho, com o objetivo de 
mostrar a relação que possuem com o tema pesquisado. Por meio dela, 
formularam-se alguns conceitos envolvidos. 
 
2.1 ORIGEM DA CONTABILIDADE 
 
À medida que o homem começou a possuir maior quantidade de 
valores desencadeava a preocupação de saber quanto poderiam render-
lhe e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais 
informações tornavam-se difíceis de memorização especialmente 
quando volumes maiores requeriam registros. Foi o pensamento do 
―futuro‖ que levou o homem aos primeiros registros a fim de que 
pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de 
produção etc. Com o surgimento das primeiras administrações 
particulares, aparecia a necessidade de controle que não poderia ser 
feito; lembrando que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as 
compras, vendas e trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se 
ramos de árvores assinalados como prova de dívida ou quitação. O 
desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever)no 
Egito antigo, facilitou extraordinariamente o registro de informações 
sobre negócios. 
À medida que as operações econômicas se tornavam complexas, 
o seu controle se redefinia. As escritas governamentais da República 
Romana (200 a.C.) já traziam receitas de caixa classificadas em rendas e 
lucros e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e 
diversões. No período medieval, diversas inovações na contabilidade 
foram introduzidas por governos locais e pela igreja. Mas é somente na 
Itália que surge o termo Contabilitá. Diante do exposto, é possível 
resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma: 
 
(a)Contabilidade do mundo Antigo: período que se inicia com as 
primeiras civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o 
Líber Abaci, da autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano. 
 
(b) Contabilidade do mundo Medieval: período que vai de 1202 da Era 
Cristã até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis ET Scripturis 
(Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado 
29 
 
 
 
em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito 
corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra 
quecontribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do 
conhecimento humano. 
 
(c) Contabilidade do Mundo Moderno: período que vai de 1494 até 
1840, com o aparecimento da Obra ―La Contabilitá Applicatta alle 
Amministrazioni Private e Pubbliche‖, da autoria do Franscesco Villa, 
premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da 
Contabilidade. 
 
(d) Contabilidade do Mundo Científico: período que se inicia em 1840 e 
continua até os dias de hoje. SILVA (b) (2008) enfatiza que a origem da 
Contabilidade se perde no tempo, pois se acredita que as civilizações 
antigas eram concentradas em pequenos grupos de pessoas, comandados 
por uma autoridade, que tinha a necessidade de controlar o seu 
patrimônio, dando início aos primeiros registros contábeis, relacionado 
com o controle das quantidades de cabeça de gado ou sacos de grãos. 
 
A Contabilidade foi concebida como ciência com o método das 
partidas dobradas, criado pelo frade franciscano Luca Pacioli, sendo 
utilizada universalmente até os dias atuais como um instrumento de 
controle muito eficiente, aplicado para pessoas físicas ou jurídicas, com 
ou sem fins lucrativos. (RIBEIRO, 2005). 
 E assim a contabilidade começou a se expandir e hoje é uma 
ferramenta indispensável dentro das organizações. 
 
2.1.1 A importância da contabilidade 
 
A importância da contabilidade reverenciada à sua teoria ganhou 
mérito a partir das transformações ocorridas nas últimas décadas. As 
empresas a partir do surgimento de novos produtos e serviços, que 
somados aos avanços tecnológicos, trouxeram dúvidas e 
questionamentos sobre os registros contábeis das transações econômicas 
e suas implicações na divulgação aos usuários (clientes, acionistas, etc.). 
Embora algumas questões contábeis estejam bem detalhadas, ainda 
existem muitas que geram muito questionamento. Tais contrapontos não 
são resolvidos por completo pelas autoridades e órgãos reguladores, 
dependendo inúmeras vezes da decisão pessoal dos profissionais da 
contabilidade envolvido com casos específicos. 
30 
 
 
 
Entretanto, Iudícibus (2000) apresenta como idéia fundamental o 
―[...] estabelecimento dos objetivos e limites da atuação da contabilidade 
na construção de suas teorias.‖ Na sua concepção é necessário o 
conhecimento de modelo decisório, do usuário dado à relevância da 
informação. 
Um dos principais objetivos da contabilidade e de seus relatórios 
é definido por Iudícibus (2000, pg.28), como sendo ―[...]fornecer 
informação econômica relevante para que cada usuário possa tomar suas 
decisões e realizar seus julgamentos com segurança.‖ 
Dentro dos vários enfoques, Iudícibus (2000, pg.29) expõe, 
dentro de sua concepção que: ‖[...] uma vez estabelecidos os objetivos, 
é preciso verificar a metodologia ou abordagem a ser utilizada‖. 
Conquanto, esse fato indica que a contabilidade deverá percorrer 
um longo caminho de pesquisa na tentativa de contribuir para o avanço 
da disciplina como ciência. 
 
2.1.2 Uma abordagem comportamental da contabilidade 
 
A globalização, ao longo dos tempos, tem exigido dos governos, 
empresas, administradores e investidores uma grande variedade de 
informações que norteiam investimentos eficientes e geradores de 
riquezas capazes de atrair e mobilizar esses recursos. Os 
empreendedores modernos, de frente a essa nova realidade mundial, 
buscam nas teorias da administração financeira elementos importantes 
para análise de seus planos estratégicos e dos projetos de investimentos, 
procurando minimizar os riscos e continuidade de suas empresas. Esses 
novos sonhadores somam valor econômico à empresa e aos investidores, 
pois suas decisões empresariais e de investimentos são marcadas de 
forma a projetar seus empreendimentos no longo prazo, afastando, desde 
já a incapacidade de pagar suas próprias dívidas. Alguns 
empreendedores ainda se utilizam dos resultados extraídos da 
contabilidade tradicional na definição de valor econômico de seus 
investimentos, de uma maneira geral, dando ênfase aos dados 
financeiros tradicionais originados na contabilidade. 
No final da década de 1980 a obra Relevance Lost de Johnson e 
kaplan (1987) provocou grandes discussões ao divulgar o 
―enfraquecimento da contabilidade gerencial.‖ Essa constatação acabou 
despertando a partir daí, o interesse por outros fatores que poderiam 
explicar as mudanças na contabilidade gerencial das empresas até os 
dias de hoje. 
31 
 
 
 
2.1.3 A função da contabilidade nas organizações 
 
Por longo tempo a contabilidade foi compreendida como 
representação da situação patrimonial da empresa, demonstrada através 
dos seus relatórios. Esta concepção evoluiu à medida que a necessidade 
de informação útil e tempestiva passou a ser premissa na 
competitividade global. Colocando isto, é possível considerar um ponto 
em comum na evolução histórica da contabilidadequanto a divulgação 
de informações. 
A informação sempre foi o produto da contabilidade, sendo 
apenas medida com graus de relevância diferentes de acordo com a 
época. A priori representava a divulgação de fatos passados, visto que,atualmente tem a responsabilidade de suprir a necessidade de 
informações úteis na tomada de decisões futuras. 
Iudícibus (2000, pg.19-20) diz que: 
 
A função fundamental da Contabilidade 
[...] tem permanecido inalterada desde 
seus primórdios.Sua finalidade é prover 
aos usuários dos demonstrativos 
financeiros com informações que ajudarão 
a tomar decisões. 
 
Desta forma, todas as informações como montante de venda, 
contas a receber e a pagar, montante de estoques, saldos monetários, 
resultados das operações e muitas outras com mais relevância, desde os 
primórdios da historia da contabilidade, só poderão ser obtidas por meio 
dos registros contábeis; estabelecendo, pois, um controle e uma 
segurança maior ao gestor na hora de tomar qualquer decisão na 
empresa, processo que vem evoluindo continuamente com o passar dos 
tempos. 
 
2.1.4 Finalidade macroeconômica da contabilidade 
 
Falar da relação entre a macroeconomia e a contabilidade é falar 
de dois instrumentos imprescindíveis para o processo de tomada de 
decisão numa determinada empresa, país ou região. Porquanto, urge 
saber que a Macroeconomia estuda os grandes processos da Economia 
nacional como um todo. Ela observa as variáveis econômicas (oferta, 
demanda, preços, etc.) em termos agregados, ou seja, abrange todos os 
agentes econômicos na escala de todo o território do país que está em 
32 
 
 
 
foco. Por isso, costuma-se falar nos agregados macroeconômicos, que 
são as variáveis mais abrangentes da Economia. Produção, emprego e 
desemprego, nível de preços e inflação, participação do Governo na 
economia, exportações. A Macroeconomia estuda as grandes e 
diferentes variáveis macroeconômicas tais como: Inflação, juros, 
câmbio, emprego, desemprego, comércio exterior (importação e 
exportação), PIB. Ela se preocupa com os aspectos de um curto prazo. 
Os estudos macroeconômicos tiveram seu início a partir da quebra da 
bolsa de Nova Iorque em 1929. A macroeconomia concentra-se no 
estudo das principais tendências (a partir de processos 
macroeconômicos) da economia no que se refere principalmente à 
produção, à geração de renda e ao uso de recursos. 
A macroeconomia pode ser entendida como ciência que estuda o 
comportamento da Economia de forma agregada, através da análise de 
variáveis globais tais como a produção, o rendimento, a procura, o 
investimento, a poupança, o desemprego, as taxas de juro, as taxas de 
câmbio ou o nível geral de preços. 
O nascimento da macroeconomia enquanto ciência dá-se com a 
publicação da obra verdadeiramente revolucionária e inicialmente 
polemica: ―Teoria Geral do emprego, do Juro e do Dinheiro‖ da 
auditoria de John M. Keynes em 1936. Desde então desta data para cá, 
muitas têm sido as evoluções da macroeconomia, entretanto, as 
variáveis e instrumentos continuam sensivelmente as mesmas. Ela 
estuda o comportamento da economia como um todo, examinando as 
forças que afetam o conjunto das empresas, dos consumidores e dos 
trabalhadores ao mesmo tempo. Dimensionada com a Microeconomia 
que estuda os preços, as quantidades e os mercados individualmente. 
 
2.1.5 Abordagem sociológica da contabilidade 
 
Uma pesquisa realizada pelo SEBRAE-SP (2009) revelou que em 
cada 10 empresas que são abertas, sete não chegam ao 6º ano de vida. 
Alguns dados numéricos apresentam a dimensão do custo social desde 
quadro, não obstante, em um ano quase 500 mil postos de trabalho 
desaparecem, deixando de gerar R$ 5 bilhões de reais. Entre os fatores 
que contribuem para a mortalidade das empresas está: 
 
a)Falta de planejamento do negócio; 
 
33 
 
 
 
b) Falta de dedicação exclusiva do proprietário, principalmente no 
primeiro ano de atividade; 
 
c)Descuido com as questões pertinentes ao fluxo de caixa; 
 
d)Descuido com o aperfeiçoamento e melhoria dos produtos e serviços 
oferecidos; 
 
e)Fatores extras- econômicos. 
 
Reconhece-se nos fatores apresentados, que a contabilidade 
através da compilação dos dados e estruturação de um sistema de 
informações criado a partir dos registros contábeis da empresa, seria 
capaz de suprir tais barreiras. 
Dessa forma, o Contador, a partir de uma visão ampla de seu 
papel na organização, como orientador gerencial e responsável pelas 
informações contábeis úteis ao gerenciamento desta, cumpre sua missão 
dentro do contexto social. 
 
2.2 RESPONSABILIDADES LEGAIS DA CONTABILIDADE 
 
Negar a existência das atitudes antiéticas nas pequenas empresas 
seria demagogia, principalmente nas obrigações ao recolhimento de 
tributos. Entretanto tal prática leva os gestores a desprezarem 
ferramentas importantes na construção de seu espaço na competitividade 
diária do mercado. Preocupado exclusivamente com o faturamento e o 
caixa presente, despreza outras informações que a contabilidade deve 
nesse caso conhecer: 
 
a)De maneira profunda os princípios contábeis geralmente aceitos; 
b)A legislação tributária vigente, acompanhando as atualizações; 
c)Conhecer de forma ampla a atividade da empresa; 
d)Conhecer o modelo de decisão dos usuários da informação contábil. 
 
Dentro desta gama de informações cujo Contador deve estar 
atento, já surgem os primeiros contrapontos. A legislação tributária, 
mais especificamente o Regulamento do Imposto de Renda, ao 
dispensar algumas empresas do registro de completo das informações 
contábeis, deixa o Contador um dos dilemas éticos a que se depara o 
profissional da contabilidade: que tipo de informação fornecer? 
34 
 
 
 
Segundo Attie(2011 pg. 171); 
 
As informações quantitativas que a 
contabilidade produz, quando aplicada a 
uma entidade, devem possibilitar ao 
usuário avaliar a situação e as tendências 
desta, como menor grau de dificuldade 
possível. 
 
LONGO, Claudio Gonçalo (2011 pag. 152), também aborda a 
questão; 
[...]uma vez que o contador tenha 
entendido os conceitos, a importância do 
entendimento da entidade e de seu 
ambiente, inclusive seus controles 
internose dos procedimentos de avaliação 
de riscos, chegamos ao âmago da NBC TA 
315, que é o processo de identificação e 
avaliação dos riscos de distorção 
relevantes [...]. 
Assim, a contabilidade vem assumindo cada vez mais 
responsabilidades dentro do contexto empresarial e cabe ao contador 
saber passar corretamente de forma clara e principalmente ética, todas 
as informações que lhe são de responsabilidade, tanto em um ambiente 
organizacional empregatício, quanto de forma autônoma. 
2.2.1 Considerações sobre a ética na contabilidade 
 
A ética profissional é de grande importância em todas as 
profissões, mas em notável na de auditor, que detem grandes 
responsabilidades, pois mediante seus serviços é possível conhecer todas 
as irregularidades, erros e falhas dentro das empresas. 
O bom auditor sempre se comporta dentro dos princípios rígidos 
do código de ética, pois somente assim garantirá os resultadosque exige 
a administração da empresa a qual presta seus serviços. 
Responsabilidade ética segundo CARNEIRO, Juarez Domingues 
(2010 pg.58); 
35 
 
 
 
Art. 2º- são deveres do profissional da 
Contabilidade... exercer a profissão com 
zelo diligencia, honestidade, capacidade 
técnica, observada toda a legislação em 
especial aos Princípios da Contabilidade e 
as Normas Brasileira de Contabilidade [...] 
Em conformidade com Lisboa (1997) 
 
[...]O Contador deve assumir uma postura 
ética, negando-se a assinar documentos 
não idôneos e praticaratos contrários à 
legalidade, que longe de debilitar a posição 
social da empresa, fortalecem-na. 
 
 Neste contextoa contabilidade desempenha importante papel no 
aperfeiçoamento da ética na profissão contábil. Por mais que o contador 
tenha os princípios contábeis e os órgãos reguladores para auxiliá-lo 
através de suas normas e leis, sempre permanecerão as dúvidas. Por 
vezes, tais dúvidas constituem-se em certezas, ou seja, se tomada esta 
decisão, ação correta, por outro lado, ao tomar aquela, ação incorreta.
 Tais dilemas são freqüentes no dia-dia do profissional, e sem 
dúvida recaem no campo da ética. Todavia, prevalecerá dentro do 
contexto ético profissional, a execução da profissão com zelo, diligência 
e honestidade em todas as situações cabíveis ao profissional. 
 
2.3 A CONTABILIDADE E A GESTÃO ORGANIZACIONAL 
 
 Nacontabilidade, o planejamento é uma das funções que mais 
utilizam os dados contábeis. 
Para Attie (2011), a relação de contabilidade com a gestão 
organizacional das empresas no âmbito dos profissionais e usuários da 
mesma, é identificada como ―[...] gerador de informações para a tomada 
de decisão‖. Ou seja, para que se possa planejar o futuro, a organização 
necessita de informações relativas ao processo produtivo, como os 
custos,os gastos com as despesas administrativas, como telefonia, 
treinamento de funcionários, despesas legais, como o alvará de 
funcionamento, salários, encargos sobre salários, média de horas-extras 
nos períodos anteriores, consultoria, auditoria, tecnologia de 
informação, inventário, fluxo de materiais, entre outras. A Contabilidade 
permite ao usuário extrair com toda precisão as informações 
36 
 
 
 
relacionadas ao fluxo de caixa, que também são de fundamental 
importância no momento de executar o planejamento organizacional. 
Segundo Arnold (1999), ―[...] administrar operações significa 
planejar e controlar recursos utilizados no processo‖. 
Quanto a esse pensamento em relação ao trabalho, ao capital e ao 
material, o cotroller da Charlotte Hornets, ShoonLedyard diz o seguinte: 
 
[...] O planejamento de caixa é a espinha 
dorsal da empresa. Sem ele não se saberá 
quando haverá caixa suficiente para 
sustentar as operações ou quando se 
necessitará de financiamentos bancários. 
 
Portanto, planejar é pimordial em todas as situações e é de grande 
valia preparar um roteiro a ser seguido nos processos internos para que 
as empresas estejam adequadas a esses tipos de competências a serem 
empregadas na organização. 
Outras ferramentas contábeis utilizadas para a montagem do 
planejamento são as análises horizontais e verticais dos demonstrativos: 
As horizontais avaliam os itens de patrimônio ou de resultado em 
relação aos períodos anteriores projetando assim o comportamento 
futuro. 
 Já as análises verticais avaliam os mesmos itens dentro do 
mesmoperíodo, ou seja, dentro do mesmo exercício fiscal. 
 A adoção da análise de índices como os de liquidez, 
rentabilidade, estrutura de capital e rotação, também contribui para uma 
avaliação mais confiável do comportamento da organização até mesmo 
em relação a outras empresas. Os índices de liquidez demonstram a 
capacidade de pagamento das dívidas da organização, possibilitando 
uma série de análises utilizadas no planejamento financeiro. Os índices 
de rentabilidade apresentam os percentuais de ganho em relação às 
receitas e ao investimento aplicado. 
Os índices de estrutura de capital são fundamentais para conhecer 
os níveis de endividamento e imobilização enquanto os índices de 
rotação auxiliam a conhecer melhor o comportamento do estoque. 
 
2.3.1 Informação contábil e gestão de pessoas 
 
 A administração de recursos humanos, ou gestão de pessoas, 
como está sendo chamada esta função atualmente, tem um papel duplo 
37 
 
 
 
dentro de uma empresa. Atua tanto nas tarefas de rotina (linha), quanto 
nas tarefas de apoio (staff).
1
 
Este fato a torna ainda mais dependente das informações 
referentes às atividades organizacionais. Todas as tarefas da 
administração de recursos humanos, que podemir desde uma tarefa 
rotineiracomo o controle do ponto eletrônico, até o planejamento anual 
de treinamento, tarefa de apoio, utilizando informações como cálculo de 
encargos, trabalhistas e recursos financeiros disponíveis 
paratreinamento, tudo definido com base em números disponibilizados 
pela contabilidade. 
 A geração da folha de pagamento, atividade que divide a 
responsabilidade entre o setor pessoal e a contabilidade, é um exemplo 
de que existe uma real interdependência entre tais departamentos. 
 O primeiro atua como gerador de informação, enquanto 
osegundo realiza os registros que irão servir de base para planejamentos 
futuros, além de assegurar que o trabalho seja feito de acordo com o que 
recomenda a legislação trabalhista brasileira. 
De acordo com Assis (2007), ‖ [...] remuneração é o ato ou efeito 
de remunerar [...]‖, ou seja, dar ou receber recompensa, prêmio, 
gratificação por ter realizado algo. Remuneração é toda importância 
paga pelo empregador ao seu empregado como contraprestação do 
trabalho (arts. 457 a 467 da CLT). 
Segundo Bohlander e Sneel (2009), ―[...] não há leis ou princípios 
universais para a Administração dos Recursos Humanos (ARH), pois, 
nada é absoluto [...]‖. 
Ou seja, vai depender da situação organizacional da empresa, 
pois nos últimos anos a forma de administrar recursos humanos tem 
mudado constantemente, causado por questões que envolvem esses 
recursos, tais como novas tecnologias, a forma de gerenciar mudanças, 
capital das empresas e do próprio colaborador emresponder ao mercado 
concorrente, conter custos para a empresa entre outros; torna-se, 
portanto, cada vez mais essencial a descoberta de talentos humanos 
capazes de acompanhar todas essas mudanças. 
 
 
1
Staff é um termo inglês que significa "pessoal", no sentido de 
equipe ou funcionários. O termo é utilizado para designar as pessoas que 
pertencem ao grupo de trabalho de uma organização particular. 
Também se refere ao quadro de funcionários de uma empresa, aos 
recursos humanos ou órgão de staff. 
38 
 
 
 
2.4 AUDITORIA 
 
 Auditoria é o processo de confrontação entre a situação 
encontrada e um determinado critério, ou seja, é a comparação entre o 
fato ocorrido e o que deveria ocorrer. 
De uma forma bastante simples, é possivel definir auditoria como 
sendo o levantamento, o estudo e a avaliação sistemática das transações, 
procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações financeiras de 
uma entidade. (CREPALDI, Silvio Aparecido, 2012). 
Consiste em controlar as diversas áreas chaves da empresa, a fim 
de evitar situações que podem vir a propiciar fraudes, desfalques e 
subornos financeiros, através de testes regulares nos controles internos 
da organização. 
No Brasil, surgiu por empresas estrangeiras que instalaram suas 
filiais no país e exigiam confirmação de fatos verídicos de seus 
processos decorrentedanecessidade legal de suas filiais no exterior 
serem auditadas para verificação de sua realidade financeira. 
Conforme LOPES DE SÁ,( 2002, pg. 22); 
 
No Brasil o movimento de arregimentação 
dos auditores iniciou-se em São Paulo, há 
cerca de 30 anos, através do instituto de 
Contadores Públicos do Brasil; mais tarde 
surgiram outras instituições, como o 
instituto brasileiro de auditores 
independentes na Guanabara, assim como 
instituições decontadores, no Rio Grande 
do Sul. 
 
É notável o crescimento das empresas brasileiras, e apartir desse 
crescimento surgiram empresas de auditoria nacionais com o 
objetivodeauxiliar os gestores no controle dos subordinados e dar uma 
atenção mais ampla às normase aos procedimentos internos. É ai que 
nasce a figura docontador, do auditor interno mais atuante nas 
organizações, surgindocomo uma ramificação da profissão de auditor 
independente. 
 
2.4.1 Evolução do conceito de auditoria 
 
Considerando o tema desse estudo, é importante destacar alguns 
pontos,como por exemplo: 
39 
 
 
 
 
1. As primeiras auditorias atingiam as operações e registros 
contábeis e se destinavam a detectar desfalques e fraudes e verificar a 
honestidade dos administradores; 
 
2. Posteriormente ganhou o enfoque das próprias demonstrações 
contábeis. Portanto, a função do auditor contábil passou a ser de 
examinador do sistema de controles internos e do sistema contábil, 
avaliando se a forma projetada e elaborada refletiam relatórios dignos de 
confiança. 
3. Juntamente com a evolução das definições da auditoria 
estabelecidas no decorrer do tempo, foram criados diversos órgãos como 
a BACEN (Banco Central do Brasil), a CVM (Comissão de Valores 
Imobiliários- para as sociedades anônimas de capital aberto) e a SUSEP 
(Superintendência de Seguros Privativos para as companhias e 
sociedades seguradoras) entre outras; que normatizam a relação entre as 
organizações e as auditoria. 
Diz Lins (2011, pg. 06), ―[...] que a auditoria interna presta 
alguns serviços para a auditoria externa, principalmente em relação à 
abertura de papéis de trabalho e contagens físicas‖. 
Também BOYNTON; JOHNSON; KELL, 2002,pg.72 ; ―[...] o 
auditor independente geralmente desenvolve uma relação de trabalho 
bastante próxima com os auditores internos‖. 
Isso ocorre devido a auditoria externa dar importância aos 
controles internos, nos quais a auditoria interna possui um 
acompanhamento sempre frequente. 
 
2.4.2 Auditoria como instrumentode gestão 
 
Trata-se de um trabalho mais específico, pois a auditoria de 
gestão acaba tendo como principal objetivo a validação da qualidade da 
estrutura e cultura organizacional, utilizando-se da contabilidade para 
retirar informações referente a situação econômica, financeira e 
patrimonial das empresas, avaliando as formas de informações e a forma 
que estão sendo utilizados os controles internos. 
Segundo Almeida, na apresentação de seu livro (6ª Edição, 
Auditoria, 2003), destaca que : 
 
40 
 
 
 
Refere à auditoria da época, uma atividade 
relativamente nova no Brasil, ainda no 
estágio embrionário em termos de 
técnicas, haja vista que a legislação 
específica brasileira, vem abordando 
superficialmente o assunto, sem definir de 
forma clara e precisa os procedimentos 
que os profissionais da area deveriam 
adotar por ocasião das auditorias das 
demonstrações financeiras. 
 
A atividade de auditoria é bastante dinâmica e está em 
permanente mutação, o que requer maior atenção dos órgãos específicos 
ligados a essa área, no sentido de padronizar e estabelecer os 
procedimentos, fortalecer o sistema da auditoria e mercado de capitais e, 
como conseqüência, dar maior segurança para os investidores, 
principalmente para os acionistais minoritários que aplicam suas 
economias nas companhias abertas. 
Auditoria é uma atividade de levantamento de ados e de avaliação 
sistemática de procedimentos e tarefas de uma determinada área. Esse 
levantamento e avaliação estão geralmente associados a um conjunto de 
normasinternas ou externas, legais ou não, que devem ser verificadas, ou 
auditadas, por um profissional especializado. Essas normas,dependendo 
do tipo de auditoria, podem ser: 
 
a) Normas implantadas pela própria empresa, (tais como manuais de 
procedimentos); 
 
b) Normas estabelecidas pelos órgãos reguladores contábeis- (auditoria 
contábil externa); e outras normas de conformidade. 
 
As normas implantadas pela própria empresa são geralmente as 
mais utilizadas, através de manuais próprios e adequados a gestão. 
 
2.5 GÊNEROS DA AUDITORIA FUNÇÕES E DIFERENÇAS 
 
Quanto ao objeto do trabalho de auditoria é possível considerar: 
auditoria contabil; auditoria operacional (de avaliação dos controles 
internos, auditoria fiscal e tributária), além da auditoria de aspectos 
legais quanto as regras trabalhista e previdenciária. 
 
41 
 
 
 
a) Auditoria contábil: representa o conjunto de procedimentos técnicos 
aplicados de forma independente, segundo as normas definidas, com 
objetivo de se emitir uma opinião sobre as DCs tomadas em conjunto 
com as normas e princípios de contabilidade e aos aspectos financeiros. 
CREPALDI,Silvio Aparecido; na8ª Edição de Auditoria Contábil 
(Teoria e Pratica,2012 pg 03 e 04), diz que: 
 
A auditoria Contábil é aplicada as 
companhias abertas, sociedades e 
empresas que integram os sistema de 
distribuição de valoes imobiliários, art. 26 
da Lei n°6.385/76. Também terão suas 
DCs auditadas regularmente as empresas 
que: Faturarem mais que R$ 300 milhoes 
por ano; possuírem ativos superiores a R$ 
240 milhões, Lei n° 11.638/07. 
 
Sendo assim,auditoria contábil é a confirmação dos registros 
contábeis e administrativos. Por consequência,proporciona credibilidade 
às informações divulgadas através das DCs, fazendo com que os bens, 
direitos e obrigações estejam demonstrados e valorizados dentro das 
práticas contábeis. 
 
b) Auditoria operacional: também denominada de auditoria de gestão é o 
conjunto de procedimentos aplicados com objetivo de avaliar o 
desempenho e a eficácia das operações, dos sistemas de informação e 
organizacional. A auditoria operacional busca melhorar os informes 
gerenciais. 
De acordo com CREPALDI; Silvio Aparecido na 8ª Edição de 
Auditoria Contábil (Teoria e Pratica,2012 pg 12), destaca: 
 
A auditoria operacional consiste em 
revisões metódicas de programas, 
orgnizações, atividades ou segmentos 
operacionais dos setores publico e privado, 
com a finalidade de avaliar e comunicar se 
os recursos da organização estão sendo 
usados eficientemente e se estão sendo 
usados eficientemente e se estão sendo 
alcançados os objetivos operacionais. 
42 
 
 
 
 
Desta forma, na auditoria operacional os critérios utilizados não 
se restringem apenas a constatação do cumprimento de normas ou 
regulamentos, mas também no fato de medir o desempenho da empresa 
avaliando a economia, a eficiência, a eficácia e a efetividade da gestão 
em todos os níveis . 
 
c) Auditoria fiscal e trabalhista: compreende o conjunto de 
procedimentos técnicos, aplicados por prepostos dos governos com o 
objetivo de verificar se os impostos e obrigações trabalhistas, bem como 
taxas e contribuições devidas aos cofres públicos, estão sendo 
reconhecidos conforme a legislação. 
Para CREPALDI,Silvio Aparecido na 8ª Edição de Auditoria 
Contábil (Teoria e Pratica,2012 pg 14), expressa que: 
 
A auditoria Fiscal ou Tributária, objetiva o 
exame e a avaliação de planejamento 
tributário e a eficiência e eficácia dos 
procedimentos adotados paraoperação, 
pagamento e recuperação de impostos , 
taxas e quaisquer outro ônus de natureza- 
fisco-tributária que incidem nas 
operações, bens e documentos da empresa. 
 
Neste enfoque, deve ser observado a relação de responsabilidades 
do auditor nos procedimentos com o fisco. Fica evidente o quanto seu 
trabalho e suas informações podem ser reguladoras e fiscalizadoras no 
que diz respeito a entidade auditada. 
Cabe comentar também, que a forma de realização dos 
trabalhosde auditoria podem ser realizados atravésda auditoria interna e 
a externa. 
 
2.5.1 Objeto dos trabalhos de auditoria 
 
Os trabalhos de auditoria tem por objetivo apresentar uma 
opinião sobre a propriedadedas DCs e assegurar que elas representam 
adequadamente a posição patrimonial e financeira da empresa, como 
também o resultado de suas operações e os fluxos de caixa e equivalente 
correspondente ao período examinado, de acordo com os princípios e as 
normas de contabilidade e de auditoria. 
43 
 
 
 
De acordo com HOOG; Wilson Alberto Zappa e CARLIN, 
Everson Luiz Breda; 
O objetivo da auditoria é a certificação do 
patrimônio como um todo. É averiguar a 
exatidão, integridade e autenticidade do 
conjunto das demonstrações financeiras, 
dos processos de controles internos e 
demais documentos administrativos e 
contábeis apresentados pela direção. 
 
Portanto, a finalidade da auditoria contábil é a confirmação dos 
registros e demonstrações contábeis. Dar a credibilidade às informações 
divulgadas através das DCs, fazendo com o que os bens, direitos e 
obrigações estejam demonstrados e valorizados dentro das práticas 
contábeis, sendo expresso na opinião do auditor em seu parecer final.
 Logo, a atividade essencial do auditor externo é de expressar uma 
opinião sobre as DCs examinadas. 
Os papéis na execussão dos trabalhos de auditoria são peças 
fundamentais pelo fato de representar provas sobre a execução das 
atividades. Dessa forma, eles estão relacionados à toda documentação 
elaborada pelo auditor, para que possa dar subsídios a realização de suas 
tarefas. 
 
2.5.2 Forma de realização dos trabalhos de auditoria 
Quanto a forma de realização destaca-se a auditoria interna e a 
externa, também chamada de auditoria independente.Os trabalhos de 
Auditoria Interna podem ser definidas da seguinte maneira: 
a) Atividade de avaliação independente e de assessoramento da 
administração: examina e avalia adequação, eficiência e eficácia dos 
sistemas de controle e da qualidade do desempenho das áreas, em 
relação às atribuições e aos planos, metas, objetivos e políticas definidos 
para elas; 
b) Parceria com os demais responsáveis pela administração: para o 
melhor cumprimento das políticas traçadas, da legislação e dos 
normativos internos, com o objetivo de preservar o patrimônio confiado 
à guarda de todos, para cumprir sua missão; 
c) Órgão de staff independente: examina e avalia os sistemas de 
controle de todas as áreas e atividades da empresa; 
44 
 
 
 
d) Responsável pela avaliação: provoca a melhoria nos controles 
internos; 
e) Facilitador de processos de negócio da empresa; age pro ativamente 
de modo a garantir que os produtos e serviços estejam chegando ao 
consumidor final com qualidade; 
f) Fornecedor de subsídios à administração na tomada de decisão; 
g) Responsável pela aferição e divulgação aos acionistas da eficácia, 
efetividade e confiabilidade do controle interno existente na 
organização. 
g) A principal função é auxiliar a empresa a alcançar seus objetivos. A 
auditoria interna pode ser realizada tanto por auditor interno, empregado 
da empresa, como por auditor independente contratado para esse fim. 
FRANCO, Hilario (Auditoria Contabil.4ª Ed.Atlas, 2001), define 
a auditoria interna como: ―[...] aquela exercida por um funcionário da 
própria empresa, em caráter permanente[...]‖, sendo portanto este, ligado 
ao departamento da auditoria interna, que deva estar diretamente ligado 
ao conselho de administração, e na falta deste, a direção da empresa. 
Dentre as principais finalidades da auditoria interna destaca-se: 
a) Examinar a integridade, a adequação e a eficácia dos controles 
internos da organização. Sua opinião é manifestada por meio de seus 
relatórios. 
Quanto aos trabalhos de auditoria externa, pode ser definida da 
seguinte maneira: 
a) Constitui-se por um conjunto de procedimentos técnicos que tem por 
objetivo a emissão do parecer sobre a adequação das DC’s que 
representam a posição patrimonial e financeira, o resultado das 
operações, às mutações do Patrimônio Líquido a DFC e a DVA da 
entidade auditada. 
 FRANCO, Hilario (Auditoria Contabil.4ª Ed. Atlas, 2001) 
enfatiza a auditoria externa como: 
 
É aquela realizada por um profissional 
liberal, auditor independente, sem vinculo 
de emprego com a entidade auditada e que 
poderá ser contratado para auditoria 
permanente ou eventual. 
 
45 
 
 
 
Assim, é nítida a responsabilidade do auditor externo sobre as 
DC’s auditadas; conquanto, vai até o último dia de serviço da equipe no 
campo, carecendo não ter nenhuma ligação com a equipe de trabalho da 
entidade, conservando assim a credibilidade nas informações conforme 
os preceitos determinados pelas normas de auditoria e práticas 
contábeis. 
Existem diferenças entre o trabalho da auditoria interna para o da 
externa, destacando-se e exemplificando,dentre outras, as seguintes: 
 A extensão dos trabalhos: do auditor externo é determinado pelas 
normas regulamentares, enquanto que a do auditor interno é 
determinado pela gerência; 
 A direção: o auditor interno dirige seus trabalhos para assegurar 
que o sistema contábil e de controle interno funcionam 
eficientemente para que os dados contábeis sejam exatos. O 
trabalho do auditor independente é determinado por seu dever de 
fazer com que as DC’s a serem apresentadas a terceiros, reflitam 
a propriedade da posição contábil da empresa em determinada 
data. 
 A responsabilidade: do auditor interno é para com a sua gerência, 
a do auditor externo é mais ampla, pois sua independência é total 
diferentemente do auditor interno que é restrita. 
 O método: o auditor interno segue mais as rotinas de cunho 
interno, ou seja, observa o cumprimento rígido das normas 
internas. Enquanto que o auditor externo observa mais 
ocumprimento das normas associadas às leis de forma mais 
ampla, de interesse coletivo. 
Nesses casos citados, a aplicação dos trabalhos de auditoria 
seguem, por exemplo as seguintes situações: 
 Conceito dos princípios adotados pela entidade e a eficiência das 
suas operações; 
 Exame dos registros contábeis dos ativos e passivos da instituição 
auditada; 
 Observação, pesquisa, confrontos necessários. 
 
Ainda quanto aos papéis de trabalho, é importante destacar a 
Resolução 1.024/05 do CFC, que conceitua e define como devem ser 
evidenciados e conservados ao longo do tempo e determina a 
obrigatoriedade da guarda destes papeis pelo prazo de cinco anos 
(capítulo 8º) 
46 
 
 
 
2.5.2.1 Auditoria interna 
 
Auditoria interna é uma atividade de avaliação considerada 
independente dentro das empresas, destinada a revisar todas as 
operações, como sendo um serviço prestado a administração.
 Constitui um controle gerencial que funciona por meio de 
análises feitas por um profissional devidamente qualificado, cuja 
avaliação de eficiência dos processos internos, tem como objetivo 
auxiliar todos os membros da administração. 
A auditoria interna compreende os exames, análises, avaliações, 
levantamentos e comprovações da integridade e o bom funcionamento 
dos controles internos. 
Segundo Marra, Franco (2000, pg. 217): 
 
[...] pelo fato de permanecer em tempo 
integral na empresa, o auditorconsegue 
programar uma auditoria geral e contínua 
com revisão integral de todos os registros 
contábeis e verificações periódicas das 
existências físicas- estoques, títulos, 
dinheiro, ativo fixo etc. 
 
Este procedimento é de suma importância para as organizações, 
sendo que deve ser utilizado para encontrar falhas e conseqüentemente 
encontrar soluções, podendo ser aplicados no dia-a-dia de uma 
organização, representando competência e segurança nos processos 
executados do início ao término das atividades de uma empresa. 
Realizada, geralmente, por funcionárioda própria empresa, em 
caráter permanente; trata-se, pois, do vínculo para com a empresa e não 
deve ser confundido com a independência profissional inerente à sua 
função. 
 A administração da empresa pesquisada, com a expansão dos 
negócios, sentiu a necessidade de dar maior ênfase as normas ou aos 
procedimentos internos, decorrente do fato de que o administrador, ou 
em alguns casos o proprietário da empresa, não conseguia supervisionar 
pessoalmente todas as atividades. Entretanto, de nada valeria a 
implantação desses procedimentos internos sem que houvesse um 
acompanhamento, no sentido de verificar se estavam sendo seguidos 
pelos empregados da empresa. 
Adicionalmente, os auditores externos ou independentes, além de 
sua opinião ou parecer sobre demonstrações contábeis, passaram a 
47 
 
 
 
emitir um relatório-cometário, no qual apresentavam sugestões para 
solucionar os problemas da empresa, chegando a seu conhecimento no 
curso normal do trabalho de auditoria. Entretanto, ao passar um período 
de tempo muito curto na empresa, seu trabalho estava diretamente 
direcionado para o exame de demonstrações contábeis. 
De acordo com MARRA, Franco (2000, pg217): 
 
[...] pelo fato de permanecer em tempo 
integral na empresa, o auditor consegue 
programar uma auditoria geral e contínua 
com revisão integral detodos os registros 
contábeis e verificações periódicas das 
existências físicas- estoques, títulos, 
dinheiro, ativo fixo etc. 
 
Então, para atender a administração da empresa, seria necessária 
uma auditoria mais periódica, com maior grau de profundidade, visando 
também as outras áreas não relacionadas com a contabilidade (sistema 
de controle de qualidade, administração de pessoal, etc.), surgindo então 
a auditoria interna. 
O auditor interno,por sua vez, surge como uma ramificação da 
profissão de auditor externo e, conseqüentemente, do contador. Ele é um 
empregado da empresa, e dentro de uma organização ele não deverá 
estar subordinado àqueles cujo trabalho examina. Além disso, o auditor 
interno não deverá desenvolver atividades que ele possa a vir, algum 
dia, examinar (como por exemplo, elaborar lançamentos contábeis), para 
que não interfira em sua independência. 
 
2.5.2.2 Objetivos da auditoria interna 
 
Os objetivos da auditoria interna compreendem: 
 Assessorar a administração, passando-lhes informações para a 
tomada de decisão; e para o exame e avaliação dos sistemas de 
controle; 
 Salvaguardar os ativos e comprovar sua existência, assim como 
assegurar a exatidão dos ativos e passivos; 
 Certificar se os objetivos operacionais e de negócios estão sendo 
atingidos; 
 Agregar valor aos produtos; contribuindo com os negócios da 
companhia, utilizando-se de recomendações às áreas auditadas; 
48 
 
 
 
 Assegurar a observância às políticas, planos, procedimentos, leis; 
 Acompanhar e avaliar providências e soluções adotadas em 
relação às recomendações e sugestões apresentadas; 
 Realizar análise prévia de matérias a serem apreciadas pela 
diretoria; 
 Responder pelo atendimento e apoio ao conselho fiscal, quando 
houver, no desempenho de suas funções; Identificar possíveis 
desvios e propor medidas para a melhoria e o aprimoramento de 
desempenho operacional; 
 Desenvolver controles que possibilitem informar à direção os 
riscos que podem influir no resultado da empresa. 
ATTIE, William em Auditoria: conceitos e aplicações ( 1998 
pg.32), expressa a importância da auditoria: 
Qualquer controle interno que foi auditado 
não esta imune a problemas contábeis, 
administrativos ou a outros fatores de 
mercado, porém a margem de erro nas 
informações que foram auditadas fica 
razoavelmente reduzida. 
Além das colocações de ATTIE, a auditoria nos controles 
internos levam ao conhecimento da alta administraçãoo retrato fiel do 
desempenho da empresa, seus problemas, pontos críticos e necessidades 
de providências, sugerindo soluções. Mostra os desvios organizacionais 
existentes no processo decisório e no planejamento, podendo ainda: 
 Apresentarsugestões para a melhoria dos controles implantados 
ou em estudos de viabilização; 
 Recomenda redução de custos, eliminação de desperdícios, 
melhoria da qualidade e aumento da produtividade; 
 Assegura que os controles e as rotinas estejam sendo 
corretamente executados, e que as diretrizes traçadas estão sendo 
observadas; 
 Estimulam o funcionamento regular do sistema de controle 
interno e o cumprimento da legislação; 
 Avaliam, de forma independente, as atividades desenvolvidas 
pelos diversos órgãos da companhia; 
 Ajuda a administração na busca de eficiência e do melhor 
desempenho, nas funções operacionais e na gestão dos negócios 
da companhia. 
 
49 
 
 
 
2.5.2.3 Auditoria Externa 
 
A auditoria externa constitui o conjunto de procedimentos 
técnicos que tem por objetivo a emissão do parecer sobre a adequação 
das DC’s que representam a posição patrimonial e financeira, o 
resultado das operações, às mutações do Patrimônio Líquido a DFC e a 
DVA da entidade auditada. 
De acorco com ALMEIDA, Marcelo Cavalcante (Um curso 
Moderno e Completo , 7ª Edição 2010, pg 01): 
A auditoria externa ou auditoria 
independente surgiu como parte da 
evolução do sistema capitalista. No início, 
as empresas eram fechadas e pertenciam a 
grupos familiares [...] 
 
 Nas últimas décadas, instalaram-se no Brasil diversas empresas 
com associações internacionais de auditoria externa. Esse fato ocorreu 
em função da necessidade legal, principalmente nos USA, de os 
investimentos do exterior serem auditados. Essas empresas praticamente 
iniciaram a auditoria no Brasil e trouxeram um conjunto de técnicas de 
auditoria, que posteriormente foram aperfeiçoadas. 
 Basicamente, somente em 1965, pela lei nº 4.728 (disciplinou o 
mercado de capitais e estabeleceu medidas para seu desenvolvimento), 
foi mencionado pela primeira vez na legislação brasileira a expressão 
―auditores independentes‖. 
 Posteriormente, o Banco do Brasil- BCB- estabeleceu uma série 
de regulamentos, tornando obrigatória a auditoria externa ou 
independente em quase todas as entidades integrantes do Sistema 
Financeiro Nacional (SFN) e companhias abertas. O BCB estabeleceu 
também na época, por meio da circular nº 179, de 11-5-1972, as normas 
gerais da auditoria . 
Em 1976, a lei das sociedades por Ações (Lei nº 6.404/76, 
art.177) determinou que as demonstrações financeiras ou contábeis das 
companhias abertas (ações negociadas em bolsa de valores) serão 
obrigatoriamente auditadas por auditores independentes registrados na 
Comissão de Valores Imobiliários- CVM). 
De acordo com ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um 
curso moderno e completo. 6ª Ed. São Paulo: Atlas, 2003, pg.33 – 34, os 
principais motivos que levam uma empresa a contratar os serviços de 
um auditor externo ou independente são: 
50 
 
 
 
 
 Obrigação Legal (companhias 
abertas, fundos de pensão, seguradoras e 
quase todas as entidades do SFN); 
 Como medida de controle interno 
tomada pelos acionistas, proprietários ou 
administradores da empresa; 
 Imposição de um banco para ceder 
empréstimo; 
 Imposição de um fornecedor para 
financiar a compra de matéria-prima; 
 A fim de atender as exigências do 
próprio estatuto ou contrato social da 
companhia ou empresa; 
 Para efeitos de compra da empresa 
(o futuro comprador necessita de uma 
auditoria a fim de determinar o valor 
contábil correto do patrimônio líquido da 
empresa a ser comprada); 
 Para efeito de incorporação da 
empresa (é a operação pela qual a empresa 
é absorvidapor outra, que lhe sucede em 
todos os direitos e obrigações); 
 Para efeito de fusão da empresa (é 
a operação pela qual se unem duas ou mais 
empresas para formar uma nova sociedade, 
que lhes sucede em todos os direitos e 
obrigações); 
 Para fins de cisão da empresa (é a 
operação pela qual a empresa transfere 
parcelas de seu patrimônio para uma ou 
mais sociedades, constituídas para esse fim 
ou já existentes, extinguindo-se a empresa 
cindida, se houver versão de todo o seu 
patrimônio, ou dividindo-se seu capital, se 
parcial a distribuição); 
 Para fins de consolidação das 
demonstrações contábeis (a consolidação é 
obrigatória para a companhia que tiver 
mais de 30% do valor de seu patrimônio 
líquido representado por investimentos em 
sociedades controladas). 
 
51 
 
 
 
Por esses motivos, a empresa busca obtenção de informações e 
confirmações da auditoria externa, pois ela é uma forte evidência e é 
utilizada com bastante freqüência nos trabalhos de demonstrações 
financeiras, se estão sendo executados corretamentea fim de confirmar a 
propriedade de suas aplicações. 
Conforme Araújo, Arruda e Barreto (2008, pg 31): 
 
O auditor deve emitir uma opinião assim 
como, em certos casos, emitir um relatório 
sobre o cumprimento das clausulas 
contratuais, sobre a regularidade das 
operações ou o resultado das gestões 
financeira e administrativa, independente, 
com base em normas técnicas, sobre a 
adequação ou não das demonstrações 
contábeis, 
 
Tendo por objetivo reduzir a possibilidade do comprometimento 
da qualidade dos serviços de auditoria externa,a Resolução CVM 
n°308/1999estabeleceu o prazo máximo de cinco anos consecutivos para 
o auditor manter aprestação de serviços a um mesmo cliente, exigindo-
se um intervalo mínimo de três anos para sua recontratação. 
 
2.5.3Orgãos relacionados ao auditor externo 
 
 Os principais órgãos relacionados com os auditores são: 
-CVM; 
-IBRACON (Instituto Brasileiro de Contadores) 
-CFC e CRC (Conselhos Regionais de Contabilidade) 
- AUDIBRA ( Instituto dos Auditores Internos do Brasil). 
 
2.5.3.1 CVM 
 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), criada pela lei nº 
6.385/76, é uma entidade autárquica e vinculada ao Ministério da 
Fazenda. Ela funciona como um órgão fiscalizador do mercado de 
capitais do Brasil. 
 O auditor externo ou independente, para exercer a atividade no 
mercado de valores imobiliários (companhias abertas e instituições, 
sociedades ou empresas que integram o sistema de distribuição e 
52 
 
 
 
intermediação de valores mobiliários), está sujeito ao prévio registro na 
CVM, respeitando à instrução normativa daCVM N°. 308/99. 
 
2.5.3.2 IBRACON 
 
O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON) 
foi fundado em 13-12-1971. O IBRACON é uma pessoa jurídica de 
direito privado sem fins lucrativos. Os principais objetivos desse 
instituto são: 
a) Fixar princípios de contabilidade; 
b) Elaborar normas e procedimentos relacionados com auditoria (externa 
e interna) e perícias contábeis. 
No livro de ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um 
curso moderno e completo. 6ª Ed. São Paulo, 2003 (pg. 31 -33), divide o 
Ibracon em seis câmaras: 
 
-Câmara de auditores independentes; 
-Câmara de auditores internos; 
-Câmara de contadores da area privada; 
-Câmara de contadores da area pública; 
-Câmara de professores. 
 
 Além das seis camaras ligadas ao instituto, o IBRACON tem as 
categorias de associados, membros e estudantes. Os membros devem ser 
registrado no CRC e atuantes na área profissional correspondente a 
câmara que deseja participar. O estudante deve comprovar que está 
atuando no curso de Ciências Contábeis. O Ibracon a exemplo da CVM, 
também emite normas de contabilidade, a seguir exemplificadas: 
 
a. Empréstimo compulsório a Eletrobrás; 
b. Contabilização de variações Cambiais; 
c. Receitas e despesas-resultados; 
d. Investimentos; 
e. Estoques; 
f. Consolidação; 
g. Contratos de construção, fabricação ou serviços; 
h. Contingências; 
i. Imobilizado; 
j. Ativo diferido; 
k. Imposto de renda diferido; 
53 
 
 
 
l. Reavaliação de ativos. 
 
Cabe destacar que a CVM, sempre que julga necessário aos 
interesses do mercado, referenda em ato próprio as normas emitidas pelo 
Ibracon. 
 
2.5.3.3 CFC e CRC 
 
O Conselho Federal de Contabilidade, criado pelo Decreto-Lei nº 
9.295, de 27 de maio de 1946, é uma autarquia especial coorporativa, 
dotado de personalidade jurídica de direito público. Sua estrutura, 
organização e funcionamento são estabelecidos pelo Decreto-Lei nº 
9.295/46 e pela Resolução CFC nº 960/03, que aprova o Regulamento 
Geral dos Conselhos de Contabilidade. O CFC é integrado por um 
representante de cada estado e mais o distrito federal, no total de 27 
conselheiros efetivos e igual número de suplentes; Lei nº 11.160/05, e 
tem, dentre outras finalidades, nos termos da legislação em vigor, 
principalmente a de orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da 
profissão contábil, por intermédio dos Conselhos Regionais de 
Contabilidade , cada um em sua base jurisdicional, nos Estados e no 
Distrito Federal; decidir, em última instância, os recursos de penalidade 
imposta pelos Conselhos Regionais, além de regular acerca dos 
princípios contábeis, do cadastro de qualificação técnica e dos programas 
de educação continuada, bem como editar Normas Brasileiras de 
Contabilidade de natureza técnica e profissional. 
Esses conselhos, principalmente os ―Conselhos Regionais‖, 
representam entidades de classe de Contadores, ou seja, é o local onde o 
aluno, após concluir o curso de Ciências Contábeispresta um exame de 
suficiência e registra-se na categoria de Contador. 
A finalidade principal desses conselhos é o registro e a 
fiscalização do exercício da profissão de contabilista. 
 
2.5.3.4 AUDIBRA 
 
O Instituto dos Auditores Internos do Brasil (AUDIBRA), 
fundado em 20-11-1960, é uma sociedade civil de direito privado e não 
tem fins lucrativos, sendo que seu principal objetivoé promover o 
desenvolvimento de auditoria interna, mediante o intercâmbio de idéias, 
reuniões, conferências, intercâmbiocom outras instituições, congressos, 
54 
 
 
 
publicações de livros e revistas e divulgação da importância da auditoria 
interna junto a terceiros. 
Os membros da Audibra constituem-se de três classes, conforme 
mencionados a seguir: 
 
 
Membros 
Efetivos 
 
 
Para essa classe somente são aceitos auditores internos 
Membros 
Associados 
Auditores independentes, educadores, escritores e outros, 
desde que se ocupem de assuntos relativos a auditoria e 
correlatos, mas não possam qualificar-se como membros 
efetivos. 
Membros 
Honorários 
 
 
 
Esta classe é composta de pessoas que, por grandes serviços 
prestados a auditoria interna ou ao Instituto, mereçam 
distinção por recomendação unânime da diretoria e aprovação 
do conselho deliberativo. 
Quadro 01 Fonte: Adaptada pela Autora( ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. 
Auditoria: Um curso moderno e completo. 6ª Ed. São Paulo: Atlas, 2003. Pg. 31 
-33 
 
2.5.4 Perfil do auditor 
 
Os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o 
auditor quando da condução de auditoria de DCs estão inseridos no 
código de ética profissional da contabilidade e na NBC PA 01, que trata 
do controle de qualidade, cujos princípios são: 
(a) integridade; (b) objetividade; (c) competência e zelo profissional; (d) 
confidencialidade; (e) comportamento (ou conduta) profissional. 
É necessário que o auditor tenha conhecimentos

Outros materiais