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Resumo Legislacao Especial Aula 13 Lei de Tortura Carlos Pellegrini

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CARREIRAS PÚBLICAS 
Damásio Educacional 
CARREIRAS PÚBLICAS 
 
 
Disciplina: Legislação Especial 
 Professor: Carlos Eduardo Pellegrini 
Aula: 01/03 | Data: 13/11/2017 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
Legislação Especial 
 
1. Lei de Tortura 
 
 
Professor Carlos Eduardo Pellegrini 
 
Instagram: @Prof_Pellegrini 
Twiter: @PellegriniCadu 
 
Legislação Especial 
 
1. Tortura 
 
 - Tratados Internacionais de Direitos Humanos (surge relevância no pós-guerra para defender da dignidade 
da pessoa humana) 
 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), estatuída pela ONC traz: 
 
 Artigo V: Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. 
 
 A Convenção Americana de Direitos Humanos (Tratado de 1969) aborda no art. 5º, item 2 
 
 Art. 5º, item 2 – Direito à integridade pessoal 
 
 2. Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes. Toda 
pessoa privada da liberdade deve ser tratada com o respeito devido à dignidade inerente ao ser humano. 
 
 A Convenção da ONU (1984) - Convenção contra a tortura e outro tratamentos ou penas cruéis, 
desumanos ou degradantes define em sua Parte I, Artigo I: 
 
O termo "tortura" designa qualquer ato pelo qual uma violenta dor ou sofrimento, físico ou mental, é 
infligido intencionalmente a uma pessoa, com o fim de se obter dela ou de uma terceira pessoa informações ou 
confissão; de puní-la por um ato que ela ou uma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido; 
de intimidar ou coagir ela ou uma terceira pessoa; ou por qualquer razão baseada em discriminação de qualquer 
espécie, quando tal dor ou sofrimento é imposto por um funcionário público ou por outra pessoa atuando no 
exercício de funções públicas, ou ainda por instigação dele ou com o seu consentimento ou aquiescência. Não se 
considerará como tortura as dores ou sofrimentos que sejam consequência, inerentes ou decorrentes de sanções 
legítimas. 
Crime próprio: praticado pelos agentes do Estado 
 A Convenção Interamericana para prevenir e punir a tortura (1985) conceitua em seu artigo 2: 
 
 Página 2 de 2 
 
Para os efeitos desta Convenção, entender-se-á por tortura todo ato pelo qual são infligidos 
intencionalmente a uma pessoa penas ou sofrimentos físicos ou mentais, com fins de investigação criminal, como 
meio de intimidação, como castigo pessoal, como medida preventiva, como pena ou com qualquer outro fim. 
Entender-se-á também como tortura a aplicação, sobre uma pessoa, de métodos tendentes a anular a 
personalidade da vítima, ou a diminuir sua capacidade física ou mental, embora não causem dor física ou angústia 
psíquica. 
Não estarão compreendidos no conceito de tortura as penas ou sofrimentos físicos ou mentais que sejam 
unicamente consequência de medidas legais ou inerentes a elas, contanto que não incluam a realização dos atos 
ou a aplicação dos métodos a que se refere este artigo. 
 Possui aspectos objetivos. 
 
 A Convenção sobre os Direitos da Criança (1989) traz em seu artigo 37: 
 
Art. 37 Os Estados Partes zelarão para que: 
 
a) nenhuma criança seja submetida à tortura nem a outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou 
degradantes. Não será imposta a pena de morte nem a prisão perpétua sem possibilidade de 
livramento por delitos cometidos por menores de 18 anos de idade; 
 
 - Constituição Federal (art. 5º, XLIII): 
 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo 
os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
 
No CP, art. 61, III a tortura era uma circunstância agravante. 
 
Art. 233, ECA – prática de tortura contra criança e adolescente. 
 
- Legislação Ordinária (Lei 9455/97); 
 
Conceito: 
Art. 1º Constitui crime de tortura: 
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou 
mental: 
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa (Tortura Prova); 
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa (Tortura Crime); 
c) em razão de discriminação racial ou religiosa (Tortura Racismo); 
 
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a 
intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. 
(Tortura Castigo) 
As espécies de tortura são diferenciadas pela finalidade da tortura.

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