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Resumo Legislacao Especial Aula 14 Lei de Tortura Carlos Pellegrini

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Extensivo Técnicos dos Tribunais e Carreiras Bancárias 
CARREIRAS PÚBLICAS 
Damásio Educacional 
CARREIRAS PÚBLICAS 
 
 
Disciplina: Legislação Especial 
 Professor: Carlos Eduardo Pellegrini 
Aula: 02/03 | Data: 13/11/2017 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
2º BLOCO 
 
Continuação 
 
 
1. Tortura (continuação) 
 
- Legislação Ordinária (Lei 9455/97); 
 
Conceito: 
 
Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou 
mental: 
a) Tortura Prova: com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa 
(crime comum); 
b) Tortura Crime: para provocar ação ou omissão de natureza criminosa (crime comum); 
c) Tortura Racismo: em razão de discriminação racial ou religiosa (crime comum); 
d) Tortura Castigo: submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou 
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter 
preventivo. Somente essa espécie exige intenso sofrimento. Diferentemente das espécies anteriores, a tortura 
castigo é crime próprio. 
As espécies de tortura são diferenciadas pela finalidade da tortura. 
Pena reclusão, de dois a oito anos. 
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a 
medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da 
prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal. 
 Não se refere a qualquer ato, tem que ser ilegal. 
 
 Tortura omissão (tem o deve de agir e não o faz): 
 
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o 
dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a 
quatro anos. 
 
Pena de detenção de 1 a 4 anos, cabe suspensão condicional do 
processo. 
 
 
 
 
 Página 2 de 2 
 
Hipótese do crime preterdoloso (qualificado pelo resultado), em que ocorre dolo no antecedente e culpa 
no consequente: 
 
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena 
é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de 
oito a dezesseis anos. 
 
 Não confundir com homicídio qualificado pela tortura, em que o agente tem o dolo de matar, utilizando a 
tortura. 
 
 Lesão corporal grave: 
- quando a tortura resulta incapacidade para a vítima realizar as ocupações habituais por mais de 30 dias. 
 - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
 - aceleração de parto. 
 
 Lesão corporal gravíssima: 
 - incapacidade permanente para o trabalho; 
 - enfermidade incurável; 
 - perda ou inutilização de membro, sentido ou função; 
 - deformidade permanente; 
 - aborto. 
 
 Nas hipóteses de lesão corporal grave e gravíssima, a pena é de 4 a 10 anos. Se resultar morte, a pena será 
de 8 a 16 anos. 
 
 Causas de aumento de pena: 
 
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: 
 
I - se o crime é cometido por agente público; 
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 
(sessenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
III - se o crime é cometido mediante sequestro. 
 
Efeitos da condenação: 
 
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu 
exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. 
 
 Exige declaração expressa na sentença. 
 
§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. 
 
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, 
sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira. (Hipótese de 
extraterritorialidade condicionada).

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