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Extensivo Técnicos dos Tribunais e Carreiras Bancárias CARREIRAS PÚBLICAS Damásio Educacional CARREIRAS PÚBLICAS Disciplina: Legislação Especial Professor: Carlos Eduardo Pellegrini Aula: 03/03 | Data: 13/11/2017 ANOTAÇÃO DE AULA 3º BLOCO Continuação 2. Estatuto da Criança e do Adolescente - Constituição Federal; - Lei 8.069/90 - Aspectos penais sob a ótica dos crimes praticados contra a criança e o adolescente; - Aspectos processuais penais focados nos atos infracionais (adolescente); - Diligências extraordinárias (internet). Constituição Federal /1988 Art. 227 – Emenda Constitucional 65/2010 Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) Dever da família, sociedade e Estado. Criança: 12 anos incompletos; Adolescente: 12 a 18 anos; Jovem: 18 a 25 anos. Lei 8069/90 Disposições gerais: parte geral CP / CPP. Os crimes do ECA são crimes de ação penal pública incondicionada (titular é o MP). Página 2 de 3 Crimes em espécie Art. 230/ECA Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente: Pena - detenção de seis meses a dois anos. Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observância das formalidades legais. 3 hipóteses em relação à procedência da apreensão ilegal: - sem estar em flagrante de ato infracional ou; - inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente; - sem observância das formalidades legais. Crime comum e permanente. Súmula 711/STF: “A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. O próprio embargante reconhece que a causa dessa decisão foi a 'existência de cinco crimes de corrupção ativa, praticados em continuidade delitiva e parcialmente na vigência da nova Lei'. Portanto, está bem compreendido o fundamento do acórdão, que, aliás, está bem ancorado na Súmula 711 desta Corte (A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a vigência é anterior à cessão da continuidade ou da permanência). Esta também é a inteligência do art. 71 do Código Penal, que trata da regra a ser aplicada, pelo órgão julgador, da ficção jurídica da continuidade delitiva." Art. 231/ECA Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada: Pena - detenção de seis meses a dois anos. Crime omissivo próprio: autoridade policial (delegado), portanto não admite tentativa. É um crime unisubsistente. Art. 232/ECA Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento: Pena - detenção de seis meses a dois anos. Crime próprio e plurisubistente. Página 3 de 3 Art. 234/ECA Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a imediata liberação de criança ou adolescente, tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão: Pena - detenção de seis meses a dois anos. Sujeito ativo: juiz ou delegado. Há um conflito aparente de normas com a Lei 4898/65, porém nessa lei se trata de imputável. Art. 239/ECA Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro: Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa. Exploração sexual da criança Sexo explícito ou pornografia: qualquer situação que envolva a criança ou adolescente em atividades sexuais, explícitas reais ou simuladas; ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais. Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) § 1o Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) § 2o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) I – no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la; (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; ou (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) III – prevalecendo-se de relações de parentesco consangüíneo ou afim até o terceiro grau, ou por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela, ou com seu consentimento. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
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