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CONCEITO petição trabalhista

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Estudo acerca do conceito de reclamação trabalhista e dos requisitos estruturais previstos no artigo 840 da CLT, bem como no artigo 282 do Código de Processo Civil. 
A antecipação da tutela na Justiça do Trabalho
Uma Reclamação Trabalhista bem feita passa por uma 1ª etapa muito importante: a entrevista do cliente com o seu representante legal, o advogado. Nessa entrevista, o advogado deve buscar o máximo de informações sobre o seu cliente (empregado), sobre o empregador, ou seja, sobre todos os aspectos envolvidos na causa. Ele deve obter ciência de todos os pontos notáveis e poder detalhar todos os aspectos do Contrato de Trabalho que rege ou regeu a relação de emprego e/ou trabalho no caso em questão.
A Petição Inicial ou Reclamação Trabalhista, como chamamos na esfera trabalhista, deve ser muito bem elaborada, como bem assevera Mauro Schiavi :”A importância da inicial é vital para o processo, pois é ela que baliza a sentença, que não pode divorciar-se dos limites do pedido (arts.128 e 460 do CPC),e é em cima dela que o réu formulará sua resposta, resistindo ao direito do autor”.
Conceituando a petição inicial, podemos dizer, de uma forma geral, que ela é uma peça escrita, de cunho formal, sendo o instrumento de ingresso do demandante em juízo. Nela o demandante apresenta a peça ao Estado-Juiz com o objetivo de romper a inércia do Judiciário, revelando e qualificando a pessoa que resiste ao seu direito,individualizando as partes, que são o autor e réu. Através da incial explicamos  os motivos da resistência e apresentamos um pedido ao Juiz, pedido este que é o bem da vida,ou seja, o objeto da lide/conflito ( a expressão bem da vida é utilizada por Cândido Rangel Dinamarco, em suas diversas obras sobre Instituições de direito processual civil).
Entretanto, na Justiça do Trabalho, a petição inicial poderá ser formulada e elaborada de forma escrita, por um advogado, ou verbalmente. Neste caso, o funcionário da Vara a redigirá e reduzirá a termo a reclamação verbal formulada pelo trabalhador, segundo os termos estabelecidos no art. 840 § 2º da CLT. Serão necessárias 2 vias da inicial, nos termos do art.787 da CLT, visto que uma via será juntada ao processo e a outra irá para o reclamado.
Ao formular uma inicial, devemos seguir os requisitos estruturais previstos nos artigos: 840 da CLT e 282 do CPC.
Antes de tratarmos dos requisitos da inicial de maneira mais específica e aprofundada, consideramos importante lembrar o art.791 da CLT que trata do jus postulandi, conceito esse que representa acapacidade postulatória, que, no processo do trabalho pode ser exercida pela própria parte in verbis: “Os empregados e empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final”.
Neste artigo, nos referiremos e ateremos apenas às iniciais produzidas e assistidas por procuradores e/ou advogados com poderes e conhecimento específicos para melhor atender às necessidades de seus clientes.
É importante conceituar que as partes de um conflito trabalhista são chamadas de Reclamante e Reclamado, diferentemente do conflito cível, que são designadas  por  Autor e Réu.
Passemos, portanto, a analisar e compreender individualmente a estrutura da inicial em tela.
1. Endereçamento – art.840 da CLT
O endereçamento é importante porque é nele que declinamos a Vara do Trabalho, o Tribunal Regional do Trabalho ou Tribunal Superior do Trabalho a que se destina a ação.
No endereçamento se revela a competência em razão da matéria (art. 114 da CF). Através dele é definido se tratamos de relação de trabalho, de dano moral  ou de  outras matérias, da competência funcional (organização judiciária, lembrando que há certas ações de competência originárias dos tribunais, como por ex. mandado de segurança) e  da competência em razão do lugar ( art.651 da CLT) que, como regra geral é o lugar de prestação de serviço do empregado.
2. Qualificação das partes
 As partes são qualificadas, para as individualizarmos e sabermos quem são, conforme exige a CLT. A qualificação é feita da seguinte maneira:
Reclamante: nome completo, estado civil, profissão, domicílio e residência com CEP, CPF, RG - com o órgão expedidor, número da CTPS, PIS, nome da mãe (importante dado para evitar o homônimo), data de nascimento, qualificação do representante e/ou assistente, e outros dados que o advogado entender como necessários à qualificação.
 Reclamado: nome completo, endereço e CNPJ da empresa (importante), cópia do contrato social e última alteração, em que conste o CPF dos sócios, qualificação do representante e/ou assistente, e outros dados que o advogado entender como necessários à qualificação.
3. Causa de Pedir
É uma breve exposição dos fatos, que, de forma sucinta, deve conter:
 1. "narrativa dos fatos que segundo o autor geraram as consequências jurídicas pretendidas”;
 2. ”proposta de enquadramento do fato numa norma jurídica ou no ordenamento jurídico”, como explicita Mauro Schiavi.
O Código de Processo Civil brasileiro, seguindo o entendimento dominante doutrinário adotou a Teoria da Substanciação quanto à causa de pedir, exigindo para tanto os fundamentos de fato e fundamentos jurídicos do pedido (art.282, III CPC), tomando como base o fato de todo acontecimento declinado na inicial gerar uma consequência jurídica, ou seja, devemos justificar a razão pela qual se afirma algo. Nessa linha, como exemplo de emprego da teoria da substanciação, temos o arrazoado aos pedidos, estabilidade do empregado, que deve indicar claramente os motivos e as circunstâncias envolvidas, se é o caso de o empregado ser uma gestante, dirigente sindical ou cipeiro (a); se o pedido de aviso prévio deve ter a indicação da dispensa sem justa causa, entre outros.
4. Pedido
É o objeto da demanda. Podemos afirmar que “Pedido é a manifestação de vontade de obter do Estado/Juiz o provimento de determinada natureza sobre determinado bem da vida..” ( Schiavi apud Dinamarco, 2012)
Classificamos os diversos tipos de Pedidos em:
IMEDIATO: É o provimento jurisdicional, ou seja, pretensão, declaração manifestada pelo autor. Ex: sentença constitutiva, condenatória, etc.
MEDIATO: É o bem da vida pretendido, o seja, o bem tutelado pelo direito, objeto da lide (conflito) e do processo.  Ex: pagamento de uma verba trabalhista,entrega de coisa certa ou incerta, obrigação de fazer ou não fazer.
CERTO E DETERMINADO: O pedido deve ser certo e determinado já que o direito do trabalho também tutela bens patrimoniais.
CUMULADO: Trata-se da cumulação de pedidos num único processo (art. 292 CPC). Ex: de um contrato de trabalho se derivam várias verbas trabalhistas; horas extras e cargos de confiança.
ALTERNATIVO: Quando o autor pretende um ou outro bem (art. 288 CPC).Ex: pedido de nulidade de alteração contratual ilícita ou pedido de rescisão indireta do Contrato de Trabalho.
SUCESSIVO: Neste caso, o segundo pedido só é apreciado se o primeiro for rejeitado (art. 289 CPC). Ex: ao se pleitear a reintegração ao empreg, se houver passado o período estabilitário, pedimos, por consequência, a indenização pelo período estabilitário.
SUCESSIVO EVENTUAL: Neste pedido, o secundário somente é acolhido se o principal o for, por exemplo: no pedido de reflexo de horas extras, esse somente será deferido se  o Juiz entender que houve as horas extras.
5. Valor da Causa
 Elemento importante para definirmos o tipo de procedimento a ser seguido na causa: Ordinário ( CLT); Sumário ( Lei 5.584/70); Sumaríssimo (Lei 9.957/00).
Lembramos que no procedimento Sumário (até 2 Salários Mínimos) o Juiz pode fixar o valor da causa de ofício e no procedimento Sumaríssimo (2 até 40 Salários Mínimos) os pedidos devem ser liquidados na inicial, ou seja, no corpo da inicial  devemos indicar os valores correspondentes a cada pedido.
6. Assinatura
A inicial deverá ser assinada pelo reclamante, ou seu advogado.
Petição sem assinatura é inexistente. Porém, como trata-se de vício sanável, o juiz poderá intimar a parte para saná-lo em 10 dias.
 Porfim, os pedidos finais de notificação do reclamado (art. 841 da CLT) para comparecer à audiência e o protesto pela produção de provas (arts. 787 e 845 da CLT) não são requisitos exigidos na inicial trabalhista, já que a notificação do reclamado é feita por ato do funcionário da Vara do Trabalho e as provas são produzidas em audiência, em todo o caso, se o advogado assim o entender importante, estes pedidos finais citados acima, deverão estar posicionados nos requerimentos finais, logo após o pedido.
Referências Bibliográficas
Código de Processo Civil
Consolidação das Leis Trabalhistas
SCHIAVI, Mauro. Manual de direito processual do trabalho. 5. ed. São Paulo: LTr, 2012.
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – ART. 840 DA CLT:
A petição inicial trabalhista pode ser escrita ou verbal. Sendo verbal, será distribuída e, após, reduzida a
termo, conforme art. 786 da CLT.
-  Caso o reclamante não se apresente no prazo do art. 786 da CLT (5 dias), haverá perempção provisória (6 meses). 
 
O art. 840 da CLT não faz menção aos seguintes requisitos da petição inicial, razão pela qual são dispensáveis:
 
-  Pedido de notificação do reclamado: a notificação do reclamado é ato automático da Vara do Trabalho, dispensando-se o pedido da parte e a determinação do Juiz do Trabalho, conforme art. 841 da CLT.
- Valor da causa: o valor da causa será fixado pelo Juiz, no início da audiência, nos termos da Lei nº 5584/70.
     
A exceção à regra diz respeito ao RITO SUMARÍSSIMO, já que o art. 852-B, I da CLT afirma que o pedido será certo e determinado, o que significa dizer que a sua ausência, nos termos do §1º do dispositivo em comento,
importará em arquivamento, ou seja, extinção sem resolução do mérito.
- Provas:  no processo do trabalho as provas são produzidas em audiência, sem necessidade de requerimento prévio, bem como prévio deferimento pelo Magistrado. Assim, dispõe o art. 825 da CLT que as testemunhas comparecerão independentemente de intimação.
 
INDEFERIMENTO/ EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL: O indeferimento da petição inicial somente deve ocorrer nas situações em que não seja possível sanar o vício contido na peça inaugural. As hipóteses de indeferimento estão descritas na lei (art. 295 do CPC e art. 852-B da CLT).
 
No rito sumaríssimo, existe previsão para o indeferimento da petição inicial, em duas hipóteses (art.
852-B, §1º da CLT), a saber:
-  Formulação de pedido genérico;
- Indicação incorreta do nome e endereço do reclamado.
 
Nessas duas situações, mesmo sendo possível a correção do vício, prevê a CLT o indeferimento (arquivamento, extinção sem resolução de mérito), sendo essa a única resposta correta em questões objetivas, não sendo recomendado propor a emenda da inicial.
Fora as hipóteses em que a lei prevê como sanção o indeferimento da inicial, nas demais se deve sempre buscar a EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL, prescrita no art. 284 do CPC e, principalmente, na Súmula nº 263 do TST.
Da sentença que indeferir a petição inicial, caberá RECURSO ORDINÁRIO, conforme art. 895 da CLT, sendo
aplicável o art. 296 do CPC, que altera um pouco o procedimento do recurso nessa hipótese. São peculiaridades do recurso interposto em face do indeferimento da inicial:
-  Possibilidade de retratação pelo Juiz, no prazo de 48 horas;
-  Ausência de contrarrazões, sendo os autos remetidos de imediato ao Tribunal;
 
Duas hipóteses de emenda da petição inicial devem ser analisadas, a saber:
- AÇÃORESCISÓRIA – SÚMULA Nº 299, II DO TST: Ausente a certidão do trânsito em julgado, requisito indispensável para a admissão da ação rescisória, deverá o Relator proporcionar a emenda da petição inicial,
indeferindo apenas se o autor não corrigir o erro dentro do prazo do art. 284 do CPC.
MANDADO DE SEGURANÇA - SÚMULA Nº 415 DO TST: diante do conceito de direito líquido e certo, que é aquele que pode ser comprovado por via documental, no momento da impetração do mandamus, não há
possibilidade de se determinar a emenda da petição inicial para a juntada de documentos. Nessa hipótese, deve o Relator indeferir a petição inicial, extinguindo o feito sem resolução do mérito, por ausência de direito líquido e certo. Caso haja algum vício de forma, poderá ser determinada a emenda, pois a súmula em comento não veda tal situação.
* É possível afirmar que os requisitos da Petição inicial da ação trabalhista se encontram no art. 840 da CLT. Analisemos tal dispositivo:
                       Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
 § 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.
§ 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.
Podemos notar que tal artigo dispõe que a peça inicial poderá ser escrita ou verbal. Tratando-se desta última, porém, deve vir reduzida a termo (termo de reclamação), em duas vias, devendo ser assinadas pelo escrivão ou Diretor de Secretaria e distribuída antes de sua redução a termo, se o juízo ou vara competente for mais de um. Deverá ser feita tal redução por um servidor público da Vara do Trabalho ou Juízo de Direito.
Tal modelo de petição deverá seguir, ao máximo grau possível e no que se adequar às regras da petição escrita.   
É evidente, entretanto, que a petição mais utilizada por advogados é a escrita. Ambas, porém, devem ser registradas em livro próprio e o Distribuidor herdará o ônus de fornecer ao interessado um documento do qual deverão constar o nome das partes, a data da distribuição, objeto da ação e Juízo ou Vara a quem for dirigida ou distribuída.
Importante salientar, entretanto, que a petição inicial verbal não se adequa a lides envolvendo ação rescisória, ação cautelar, ação de consignação em pagamento, habeas corpus, habeas data e mandados de segurança. Isso porque entende a doutrina, legislação (Art. 1º da IN/TST n. 27/2005) e jurisprudência (Súmula 425 do TST) que a elaboração da peça deverá constar com uma técnica própria e uma construção de raciocínio lógico. Dessa forma, a petição escrita se mostra mais adequada ao alcance do resultado desejado.
Decorrem ainda os artigos 853 e 856 da CLT que o inquérito para apuração de falta grave e a petição do dissídio coletivo, respectivamente, devem ser escritos.
Com base no parágrafo 1º do art. 840 da CLT, a petição inicial escrita deverá conter:
A designação do presidente da Vara, ou do juiz de Direito, a quem for dirigida;
A qualificação do reclamante e do reclamado;
Uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio;
O pedido;
A data; e
A assinatura do reclamante ou de seu representante.
A petição deverá conter, nos dois casos (verbal e escrita), ao menos duas vias, segundo o art. 787 da CLT. Isso porque uma representará a peça inaugural do processo, e a outra a contrafé entregue ao(s) réu (s), juntamente com a notificação citatória. Há dispensa de tais documentos no processo judicial eletrônico (Art. 9º, parágrafo 1º da Lei n. 11.419).
Vale mencionar que a peça inicial trabalhista difere do que vem previsto no art. 319 do novo CPC, principalmente quanto ao fato de ser possível sua realização por meio verbal. No caso da petição inicial comum, não há possibilidade de ser arguida pelo meio verbal. Nesse sentido o Art. 319 do novo CPC:
 Art. 319.  A petição inicial indicará:
 I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que oautor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
Nota-se, ademais, baseando-se no princípio da simplicidade, que na petição trabalhista não há exigência de alguns requisitos formais previstos no novo CPC, como demonstrado acima. Difere, no que tange à necessidade de disposição dos seguintes termos no âmbito civil e não no trabalhista: os fundamentos jurídicos do pedido, as especificações do pedido, o valor da causa, as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados e o requerimento para citação do réu. 
Verificamos, pois, que os requisitos da petição inicial trabalhista não são os mesmos da petição do processo comum.
O processo trabalhista é banhado de maior simplicidade, possuindo maior permissibilidade que o processo comum.
Como previamente mencionado, o processo trabalhista é baseado na simplicidade. As razões históricas e sociológicas exercem papel fundamental na adequação e moldagem da petição inicial trabalhista ao longo do tempo. A CLT surgiu na Era Vargas, momento em que havia hipossuficiência de grande parte da população, que não tinha condições de contratar um advogado. Dessa forma, houve menor rigor quanto à elaboração técnica da petição inicial, não exigindo grande formalidade. Há, portanto, grande influência história/sociológica no ramo jurídico trabalhista.
Diferentemente do processo comum, no processo trabalhista não há despacho saneador. Nesse caso, o juiz terá contato com a petição inicial já em audiência (una), sendo este o último momento para o autor modificar a petição, antes da apresentação da defesa. Aqui ocorre o saneamento. Não há, porém, prejuízo ao processo, porque quaisquer vícios serão analisados aqui. Portanto, não há análise em primeiro momento pelo juiz, mas posteriormente.
Primeiramente, deve-se tentar a conciliação pelo juiz. Não obtendo êxito, a reclamada deve apresentar sua defesa, a qual será impugnada oralmente pelo reclamante. Após tais atos, dar-se-á início ao depoimento das partes e das testemunhas.
Pelo princípio da estabilidade da lide, pode o juiz inclusive designar nova audiência para a defesa apresentar melhor contestação se houver aditamento da petição inicial e se for necessário. 
Pelo código de processo civil, o juiz analisa tais vícios antes inclusive da citação.
Referências Bibliográficas
Curso de Direito Processual do Trabalho – Ed. Saraiva – Carlos Henrique Bezerra Leite, 2015. 13ª edição.
Consolidação das Leis Trabalhistas
Novo Código de Processo Civil

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