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Teoria do apego de BOWLBY

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JOHN BOWLBY (1907-1990)
Nasceu, em 1907, na Inglaterra e estudou Psicologia, Ciências Naturais e, depois, Medicina. 
Foi analisado por Joan Riviere, tornando-se membro titular da “British Psychoanalytical Society” (BPS). 
 
Melanie Klein supervisionou sua primeira análise de crianças.
 
Em 1940, publicou trabalhos sobre a criança, sua mãe e seu ambiente (ambiente de adaptabilidade evolutiva). Três noções básicas fazem parte de sua obra: o apego, a perda e a separação.
 
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(Cont.)
Em 1948, dirigiu pesquisa sobre crianças abandonadas ou privadas de lar. 
Em 1950, tornou-se assessor da ONU – suas teses contribuíram para adoção de uma carta mundial dos direitos da infância.
 
Em 1951, publicou o seu relatório “Maternal Care and Mental Health”. 
 
Depois de 1950, deu a sua obra um conteúdo cada vez mais biológico.
 
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FOCO DE ESTUDO: “Relações objetais”
O vínculo da criança com a mãe (ou substituto) - pedra fundamental sobre a qual se edifica a personalidade da criança. Para todos os teóricos esse vínculo se dá no primeiro ano de vida, embora diferem a respeito da origem e função do vínculo.
Os efeitos patológicos da separação precoce mãe-filho – interesse pela forma de minimizar as conseqüências na criança da perda dos pais. 
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(Cont.)
Os teóricos concordam que os bebês desenvolvem um forte vínculo com a figura materna no primeiro ano de vida. 
Entretanto não são unânimes a respeito de:
Com que rapidez este vínculo se estabelece
Por quais processos é mantido
Por quanto tempo persiste
Que função desempenha
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TEORIA DO APEGO: sua obra teórica 
CLASSE DE COMPORTAMENTO SOCIAL: tipo de comportamento que resulta na manutenção da proximidade com sua mãe e seu restabelecimento quando ela diminui (necessidade primária).
TEORIAS VIGENTES NA LITERATURA PSICANALÍTICA E PSICOLÓGICA (em 1958): 
Teoria do impulso secundário
Teoria da sucção do objeto primário
Teoria de adesão ao objeto primário
Teoria do anseio primário de retorno ao ventre
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TEORIA ORIGINAL
Teoria do comportamento instintivo (original): 
O vínculo da criança com sua mãe é um produto da atividade de certo número de sistemas comportamentais que têm a proximidade com a mãe como resultado previsível.
Padrões de comportamento que contribuem para o apego: sugar, seguir, chorar, sorrir e balbuciar (chamar).
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(Cont.)
Teoria de controle do comportamento de ligação (nova versão): 
Num certo estágio do desenvolvimento dos sistemas comportamentais responsáveis pelo apego, a proximidade com a mãe se converte numa meta-fixada. 
Esta nova versão, embora ainda sustente a anterior, propõe que entre 09 a 18 meses de idade, os sistemas de comportamento se tornam mais refinados corrigidos para a meta.
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Noção de estampagem – em humanos
Comportamento de apego a uma pessoa preferida desenvolve-se no primeiro ano de vida (existência de um período sensível neste ano).
Fase sensível: a partir da sexta semana (antes deste prazo, impossível).
Depende de um maior número de experiências com a figura de apego.
Não requer o reforço primário, como por exemplo, o alimento.
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COMPORTAMENTO DE APEGO
Definição de comportamento de apego do filho em relação à mãe (contrapartida nos pais: comportamento de cuidar): Necessidade primária
 
Evolução do comportamento de apego:
 
Três meses - a maioria dos bebês já responde à mãe de um modo diferente, em comparação com outras pessoas.
 
Seis meses – quando a mãe deixa o quarto, a criança chora. Quando ela regressa, a criança a acolhe com sorrisos, agitação dos braços e gorjeios de prazer.
 
Nove meses – a criança segue a mãe quanto ela sai do quarto (engatinhando).
 
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(Cont.)
Durante o segundo e a maior parte do terceiro ano, o comportamento de apego não revelará menos intensidade e nem menos freqüência do que no final do primeiro ano.
No quarto ano de vida, o apego se manifesta de modo menos acentuado e menos freqüente, pois a criança adquire, pela sua evolução cognitiva, novos meios (utilização de símbolos, construção de estratégias, atração por outros centros de interesse).
 
Período de Latência: o comportamento de apego continua sendo um traço dominante em sua vida.
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(Cont.)
Adolescência: o apego aos pais sofre uma mudança. Os outros adultos e os amigos de sua idade podem então assumir igual ou maior importância.
Vida adulta: prossegue o vínculo com os pais. Entretanto, o comportamento de apego é dirigido também para pessoas fora da família, que pertencem a outros grupos e instituições. 
 
Velhice: o comportamento de apego passa a ser dirigido para membros de gerações mais jovens.
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(Cont.)
Funções do comportamento de apego: proteção e socialização
Tipos de apego:
 
Apego Seguro: 
A criança tem a certeza de retomar o contato com sua mãe se desejar e no momento que desejar; o bebê torna-se então capaz de explorar seu ambiente.
 
Apego Inseguro:
 
Mãe presente fisicamente, mas insensível às necessidades de seu filho.
Mãe ausente, às vezes, temporariamente e, às vezes, definitivamente (perda, luto).
Mãe lançando ameaças de rejeição (abandono, deserção da família pelo suicídio)
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SEPARAÇÃO
Separação de curta duração: a criança teme perder a sua mãe e desenvolve o medo de uma nova separação. 
O medo da separação: está ligado ao medo surgido em inúmeras situações que não representam nenhum perigo real (por exemplo: medo do escuro, de um lugar desconhecido, de um movimento brusco), mas que têm em comum estarem associados a um risco “aumentado” de perigo.
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PERDA
Ameaça de perda: cria ansiedade
Perda real: cria o desespero, até a depressão.
Protesto: a criança chora e tenta recuperar o objeto perdido
Desespero: alternância de raiva e de tristeza, constatação de um fracasso que a deixa desamparada.
Desapego: ela renuncia definitivamente.
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REFERÊNCIA
BOWLBY, J. Apego e Perda. São Paulo: Martins Editora (Vol. I e Vol. III), 2004.

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