Buscar

Economia 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

DISCIPLINA: PRINCÍPIOS DE ECONOMIA
PROFº M.sc. RAIMUNDO SOUSA
MACROECONOMIA
Analisa a determinação e o comportamento dos grandes agregados: Renda e Produto Nacional, Investimento e Poupança, Nível Geral de Preços, Emprego e Desemprego, Estoque de Moeda, Taxa de Juros, Balanço de Pagamentos e Taxa de Câmbio.
Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais, tais como famílias e firmas, fixação dos preços em mercados específicos...
Desvantagem: os pormenores omitidos são muitas vezes importantes
Vantagem: a abstração permite estabelecer relações entre grandes agregados
Por quê medir a economia pelo Produto Nacional? 
O Produto Nacional é medido para avaliar e acompanhar o desempenho da economia, em um determinado período de tempo, com o objetivo de satisfazer as necessidades da sociedade.
Metodologia – medição total do valor das transações com bens e serviços finais durante um determinado período de tempo.
Conceitos importantes:
Poupança Agregada (S) – É a parcela da Renda Nacional que não é consumida no período, é poupada. Neste caso o consumo é adiado. S = RN – C
Investimento Agregado ( I ) 
 • É a parcela da Renda Nacional utilizada para aquisição de bens que aumentam a capacidade produtiva da economia.
 • Envolve o conceito de produto “físico”, investimento econômico. 
 • Não se refere a Investimento Financeiro. Ex. : Investimento em ações.
Conceitos importantes:
Depreciação
 • É o consumo (desgaste) do estoque de capital físico, em 
 dado período 
 • Também chamado de Investimento de Reposição
 Primeira distinção no conceito do Produto Nacional
 PNB – D = PNL
 Pode-se considerar na mensuração do Produto apenas o
 aumento da capacidade produtiva (PNB) ou considerar o
 desgaste (depreciação) em termos líquidos (PNL).
Segunda distinção no conceito do Produto Nacional
PN pm = Produto Nacional a preços de mercado
 Medido a partir dos valores transacionados no mercado (valor do bem e serviço final)
PN cf = Produto Nacional a custo dos fatores
 Medido a partir dos valores que refletem os custos de produção. É um preço de fábrica, antes dos impostos.
 A diferença entre PN pm e PN cf está nos impostos indiretos e nos subsídios
 
Três Óticas de mensuração da Economia
Ótica do Produto 
 O desempenho da economia é medido pelo valor das transações 
 realizadas no mercado de bens e serviços finais, no período de um
 ano.
Ótica da Renda
O desempenho da economia é medido pelo total de pagamentos 
aos serviços dos fatores de produção contratados pelas empresas 
durante um ano.
Ótica da Despesa
O desempenho é medido pelo gasto dos agentes econômicos com o
produto nacional. Evidencia quem são os compradores dos produtos
e serviços finais disponíveis na economia, durante um ano
Problemas com relação às medidas de Renda e Produto
O Produto Nacional é tido como medida de padrão do Bem-estar.
 Bem-estar Econômico - é avaliado no mercado e tem um 
 preço.
 Bem-estar Social - deve ser medido pelo IDH – índice de 
 desenvolvimento humano (Nações Unidas), que envolve 
 indicadores sociais.
Problemas com relação às medidas de Renda e Produto
Dificuldade de definição do limite entre os conceitos de bens finais e bens intermediários
Não inclusão da Economia Informal
Política Macroeconômica:
 A Política Macroeconômica envolve a atuação do Governo sobre a capacidade produtiva (produção agregada) e sobre as despesas planejadas (demanda agregada)
Objetivo da atuação Governamental:
Permitir à economia operar a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e distribuição justa de renda
Metas da Política Macroeconômica
Pleno emprego de recursos / Alto nível de emprego
 Keynes – Grande impulsor da Teoria Macroeconômica
 Publicação: “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”
Estabilidade de Preços 
Distribuição Equitativa da Renda
 O “Milagre Econômico” aumentou a disparidade de renda entre as classes sociais
Crescimento econômico
 Aumento da renda per capita e melhoria dos indicadores sociais: pobreza, desemprego, meio ambiente, moradia
Instrumentos de Política Macroeconômica
Política Fiscal 
 Todos os instrumentos que o governo dispõe para a arrecadação de tributos (Política Tributária) e controle de suas despesas (Política de Gastos) 
Política Monetária
 Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de 
 moeda, de crédito e das taxas de juros. 
Política Cambial e Comercial 
 São políticas que atuam sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia: controle sobre as taxas de câmbio, incentivos às exportações e/ou estímulo/desestímulo às importações. 
Política de Rendas
 São utilizadas como políticas de combate à inflação e influenciam diretamente a renda: salários, lucros, juros e aluguéis.
MOEDA
CONCEITO E FUNÇÕES DA MOEDA
Instrumento para intermediar transações econômicas
Aceitação com base legal
Antes da moeda: escambo
Transtrornos causados pela economia de escambo:
 Coincidência de necessidades;
 Problemas relativos à quantidade;
 Divisibilidade;
 Nível de aceitação do bem.
Sal era aceito na Roma Antiga como moeda (escasso)
 
Metais passaram a assumir a função de moeda:
 São limitados na natureza;
 Durabilidade e resistência;
 Divisíveis em peso.
Controle sobre os metais em circulação: os governantes implantam a cunhagem, dando origem a atual moeda metálica.
Atual papel-moeda originou-se na moeda-papel:
 Ourives emitiam certificados de depósitos dos metais, para os depositantes.
As pessoas faziam pagamentos com estes certificados.
 
O lastro tornou-se menor que 100%: os ourives passaram a emitir moeda-papel, em benefício próprio, sem nemhum lastro.
Com a criação dos Estados nacionais surge o papel-moeda.
Cada Estado passa a emitir o seu papel-moeda, lastreado em ouro (padrão-ouro).
Ouro: metal com reservas limitadas na natureza, representando um obstáculo à expansão das economias nacionais e do comércio internacional, ao impor um limite à oferta monetária.
A partir de 1920 o padrão-ouro foi abandonado.
A emissão de moeda passou a ser livre, ou a critério das autoridades monetárias de cada país.
A moeda passa a ser aceita por força de lei: moeda de curso forçado ou moeda fiduciária (fidúcia = confiança), não sendo lastreada em metais preciosos.
As funções da moeda no sistema econômico são:
Instrumento ou meio de trocas;
Denominador comum monetário (padrão);
Reserva de valor (posse > liquidez > estabilidade > poder de compra).
Tipos de moeda:
Moedas metálicas: Emitidas pelo BC > troco;
Papel-moeda: BC > parcela significativa;
Moeda escritural: Depósitos à vista (c/c).
 O papel-moeda e as moedas metálicas em poder do público (famílias e empresas) são denominadas moeda manual.
AUTORIDADES MONETÁRIAS
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (subsistema normativo):
Conselho Monetário Nacional (CMN) – Órgão máximo do SFN: Formula a política de moeda e do crédito objetivando o progresso econômico e social do país:
Adaptar o volume dos meios de pagamento;
Regular o valor interno e externo da moeda;
Orientar a aplicação de recursos das instituições financeiras;
Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa;
Zelar pela liquidez e solvência das inst. financeiras.
Banco Central do Brasil (Bacen) – Fiscaliza, controla e regula a atuação dos intermediários financeiros, é o órgão executor da política monetária:
Receber depósitoscompulsórios e voluntários;
Exercer o controle do crédito;
Efetuar o controle dos capitais estrangeiros;
Conceder autorização às inst. Financeiras;
Estabelecer, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos federais.
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – Fiscaliza as bolsas de valores e a emissão de valores mobiliários negociados nessas instituições, principalmente ações e debêntures:
Regulamentar as matérias previstas em lei (Lei 6.385/76 e Lei das Sociedades por Ações);
Fiscalizar as atividades e os serviços do mercado de valores mobiliários.
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
Banco do Brasil (BB): Até fevereiro/86 fazia parte das autoridades monetárias.
Sistema Financeiro de Habitação: Caixa Econômica Federal e Caixas Econômicas Estaduais.
Bancos de desenvolvimento: BNDES, BNB, BASA e bancos estaduais de desenvolvimento.
Bancos de Investimento: Canalizam recursos de médio e longo prazos para suprir capital fixo e de giro das empresas;
Bancos comerciais (recebe depósitos e efetua empréstimos). 
POLÍTICA MONETÁRIA
OFERTA DE MOEDA: É o suprimento de moeda para atender as necessidades da coletividade. É também chamada de meios de pagamento.
Meios de pagamento constituem o total de moeda à disposição do setor privado não bancário, de liquidez imediata. Soma da moeda em poder do público mais os depósitos à vista nos bancos comerciais.
Não são considerados meios de pagamento, as cadernetas de poupança e os depósitos a prazo dos bancos comerciais (não têm liquidez imediata e são remunerados).
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA:
Controle das Emissões: Banco Central;
Depósitos Compulsórios ou Reservas Obrigatórias: Percentual sobre os depósitos à vista;
Operações com Mercado Aberto: Compra e venda de títulos públicos ou obrigações pelo governo;
Política de redesconto: Banco Central libera recursos aos bancos comerciais, através de empréstimos ou redescontos de títulos.
DEMANDA DE MOEDA
Quantidade de moeda que o setor privado não bancário retém (público, empresas e depósitos à vista nos bancos comerciais)
Razões para a retenção de moeda:
Demanda de moeda para transações: alimentação, transporte, aluguel, etc.;
Demanda de moeda por precaução: para fazer face a situações imprevistas;
Demanda de moeda por especulação: na sua carteira de aplicações os investidores deixam uma “cesta” para moedas, o que pode viabilizar novas aplicações, de acordo com a rentabilidade.
TAXA DE JUROS
A taxa de juros tem papel estratégico nas decisões dos diversos agentes econômicos:
Empresas: as decisões de investir, são determinadas pela taxa atual e também pelas expectativas futuras;
Consumidores: exercem maior poder de compra à medida que as taxas de juros se reduzem, ocorrendo o inverso em um cenário de elevação das mesmas;
Capital financeiro internacional: é atraído pelas taxas de juros mais elevadas.
DEMANDA AGREGADA
OFERTA AGREGADA
POLÍTICA FISCAL
DEMANDA AGREGADA
Preocupação central da macroeconomia: 
 Nível de produto e o nível de preços (taxa de inflação). Determinados pela interação entre demanda agregada e oferta agregada.
Sob certas condições o emprego depende somente da despesa agregada ou demanda agregada.
Em outras situações, limitações de oferta (problema do planejamento), necessitam de maior atenção.
Década de trinta até final dos anos sessenta: Macroeconomia orientada para a demanda.
Recentemente a oferta agregada e a economia do lado da oferta ganharam mais importância (crescimento lento e alta inflação nos países industrializados). 
Soma dos gastos dos 4 agentes macroeconômicos:
 - Despesas das famílias (Bens de consumo) = C;
 - Gastos das empresas (Investimentos) = I;
 - Gastos do governo = G;
 - Despesas líquidas do setor externo = X – M
 DA = C + I + G + (X – M)
Situação de desemprego:
 Política econômica procurar elevar a demanda agregada, permitindo que as empresas recuperem a produção e restabeleçam os níveis de emprego e renda.
 Keynes: Enfatiza o papel dos gastos do governo.
A Demanda Agregada é mais sensível que a Oferta Agregada.
 Produz resultados mais rápidos a curto prazo.
A Demanda Agregada representa a relação entre despesas (bens e serviços) e o nível de preços.
 Se a economia não estiver no pleno emprego, o aumento da D.A. aumentará o produto e o emprego (Grande depressão: política de D.A. expansionista).
 Economia próxima do pleno emprego: Maior D.A. se reflete em preços mais altos (inflação). 
O lado da oferta agregada da economia terá que ser considerado. 
OFERTA AGREGADA
Oferta Agregada (O.A.) de bens e serviços: Valor total da produção de bens e serviços finais à disposição da coletividade em um dado período. O produto real, PIB.
A Oferta Agregada varia em função da disponibilidade de fatores de produção: mão de obra, estoque de capital e tecnologia.
Oferta Agregada Potencial: Produção máxima da economia. Os fatores de produção estão plenamente empregados, não há capacidade ociosa. 
Oferta Agregada Efetiva: Produção que efetivamente está sendo colocada no mercado. A produção pode atender à demanda desejada pelo mercado, mesmo apresentando capacidade ociosa, desemprego de mão-de-obra, etc. Pode ser alterada em função das mudanças na demanda do mercado.
A curva de oferta agregada (O.A.) especifica a relação entre as quantidades produzidas pelas firmas e o nível de preços. Perturbações de oferta ou choques de oferta podem reduzir a produção e elevar os preços.
Ex.: O aumento do preço do petróleo reduziu a capacidade de produção da economia.
Inversamente, políticas que aumentem os níveis de oferta agregada, a dado nível de preços, podem ajudar a reduzir pressões inflacionárias.
EQUILÍBRIO MACROECONÔMICO
Existe uma diferença entre produto ou renda de equilíbrio e produto de pleno emprego. 
Renda de pleno emprego: Todos os recursos produtivos disponíveis estão empregados e a economia está produzindo em plena capacidade. 
Renda de equilíbrio ou efetiva: Oferta agregada se iguala a demanda agregada de bens e serviços. Pode ocorrer abaixo do pleno emprego; a produção agregada, mesmo abaixo de sua capacidade potencial, atende às necessidades da demanda.
 Situação tipicamente keynesiana: Equilíbrio macroeconômico com desemprego.
 Política econômica no modelo keynesiano: Encontrar o equilíbrio a pleno emprego: O.A. e D.A. = Renda ou produto de pleno emprego.
 
AGREGADOS MACROECONÔMICOS
Políticas macroeconômicas: Necessário tentar restabelecer as relações funcionais, de causa e efeito, entre os grandes agregados (que fatores afetam o seu comportamento).
CONSUMO AGREGADO: Influenciado pela renda nacional, estoque de riqueza ou patrimônio, taxa de juros de mercado, disponibilidade de crédito, expectativas sobre a renda futura, rentabilidade das aplicações financeiras, etc. 
 Decisões de consumo são influenciadas fundamentalmente pela renda nacional disponível (renda nacional deduzidos os impostos). 
 Renda disponível = Parcela da renda disponívrel para os consumidores gastarem ou pouparem. C = f (RND) 
 
Propensão marginal a consumir: Acréscimo esperado no consumo decorrente de um acréscimo na renda disponível.
POUPANÇA AGREGADA: Parcela da renda nacional que não é gasta em bens de consumo. S = f (RND)
Propensão marginal a poupar: Relação entre a variação da poupança e a variação da renda disponível.
Países mais desenvolvidodos apresentam menor propensão marginal a consumir que nos países em desenvolvimento. Ocorre o inverso em relação à propensão marginal a poupar.
INVESTIMENTO AGREGADO: Acréscimo ao estoque de capital que leva ao aumento da capacidade produtiva (construções, instalações, máquinas, etc.)
Pode depender de fatores não apenas econômicos, mas de expectativasquanto ao futuro.
É determinado por dois fatores básicos: Taxa de rentabilidade esperada (ou de retorno) e a taxa de juros do mercado.
Se a taxa de retorno superar a taxa de juros de mercado, o empresário investirá na compra de bens de capital. Caso contrário, ele não investirá.
POLÍTICA FISCAL
POLÍTICA FISCAL PURA: Aplicação de políticas tributárias ou de gastos públicos independentes de políticas monetárias.
Economia com desemprego de recursos: Quando a economia está operando abaixo do seu potencial (hiato deflacionário). Como tirar a economia do desemprego:
 a) Aumento dos gastos públicos;
 b) Redução da carga tributária (estímulo ao consumo e investimento);
 c) Subsídios e estímulos às exportações;
 d) Tarifas e barreiras às importações.
 
Economia com inflação: Quando a demanda agregada de bens e serviços supera a capacidade produtiva da economia (hiato inflacionário). Os instrumentos de política fiscal em uma economia com inflação de demanda são:
Redução dos gastos públicos;
Aumento da carga tributária sobre bens de consumo (desestimulando os gastos em consumo);
Aumento das importações, com a redução das tarifas e barreiras (abertura da economia, aumento da competitividade, inibição da elevação de preços).
O aumento da carga tributária deve preservar, se possível os investimentos e as exportações (mesmo com inflação), para não comprometer a produção futura e não perder mercados já conquistados.
Tais medidas devem ser aplicadas em um diagnóstico de inflação de demanda. Em caso de inflação de custos, a produção está abaixo de pleno emprego.
INFLAÇÃO
CONCEITO DE INFLAÇÃO:
Aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços
Não deve ser confundida com altas esporádicas de preços
As fontes de inflação podem ser influenciadas por: Condições de cada país ou época (países desenvolvidos x países subdesenvolvidos);
 Estruturas oligopolizadas x Estruturas concorrenciais;
 Forma de organização trabalhista (sindicatos);
 Nível de participação no comércio exterior (importação x exportação)
 
DISTORÇÕES PROVOCADAS POR ALTAS TAXAS DE INFLAÇÃO:
Efeito sobre a distribuição de renda (assalariados, proprietários de imóveis alugados e capitalistas);
Efeito sobre o mercado de capitais (deterioração do valor da moeda com desestímulo a aplicação de recursos. 
 Brasil: Correção monetária minimizou este efeito, mas provocou desvio de recursos do setor produtivo;
Efeito sobre o balanço de pagamentos (encarecimento do produto nacional, desestimulando as exportações);
Efeito sobre as expectativas (retração dos investimentos e consequentemente do nível de emprego e renda);
Efeito sobre pagamentos de: Empréstimos: no início do processo, o credor perde. Impostos: até 1967, o atraso nos pagamentos era prática comum)
TIPOS DE INFLAÇÃO:
Inflação de demanda: Excesso de demanda agregada em relação a disponibilidade de bens e serviços no mercado.
Economia próxima do pleno emprego: Aumenta a probabilidade da ocorrência da inflação de demanda.
Economia com desemprego em larga escala: O aumento da demanda corresponde a uma elevação na produção agregada de bens e serviços, em função da utilização dos recursos antes desempregados.
Instrumentos de combate à inflação de demanda:
Atuação direta: Redução dos gastos do governo.
Atuação indireta: Política monetária (restrição a circulação de moeda e ao crédito) e Política fiscal (aumento da carga tributária, sobre bens de consumo e bens de capital)
Inflação de custos: O nível de demanda não se altera, mas há uma elevação nos custos dos bens e serviços, que é repassada aos preços.
Causas da inflação: 
 Aumentos salariais (sem acréscimos na produtividade);
 Empresas com elevado poder de monopólio ou oligopólio (inflação de lucros);
 Crise de energia a partir de 1973 (elevação dos preços e matérias-primas e insumos básicos).
Estagflação: Taxas elevadas de inflação com recessão econômica e desemprego (redução do produto e do emprego, com elevação de preços).
Instrumentos de combate a inflação de custos:
Controle geral de preços (política salarial mais rígida, ou fiscalização sobre os lucros dos grupos oligopolistas)
Controle de preços e salários = “política de rendas”
 (influenciam nos salários, lucros, juros e aluguéis)
PROCESSO INFLACIONÁRIO BRASILEIRO
Década de 50: Principal fonte de inflação era o déficit do tesouro (necessidade de infra-estrutura, baixa produtividade dos serviços do governo e ineficiência na aplicação dos recursos, e dificuldade em elevar a carga tributária, já execessiva); Emissão de moeda (o governo não podia elevar os impostos); 
 Aumentos salariais superiores aos índices de produtividade.
1951= 11.9%, 1954= 25.6%, 1960= 30.5%
1964 / 1966: Rígida política monetária, fiscal e salarial. 
1964= 91.9%, 1965= 34.5%, 1966= 38.8%
1967 / 1973: Combate a inflação de forma gradual (evitar redução do crescimento e aumento do desemprego, no país em desenvolvimento).
1967= 24.3%, 1969= 20.2; 1971= 19.5%, 1973= 15.5%
Choques do petróleo: 1973 e 1979
1974= 34.6%, 1979= 77.2%, 1980= 110.3% 
Choques agrícolas: 1975, 1977 e 1985 
Aumento dos gastos públicos: Programa de substituição de importações (Governo Geisel)
Elevação da dívida externa: Aumento do principal e das taxas de juros internacionais (início da década de 80)
Maxidesvalorizações cambiais: 1979 e 1983
Indexação (reajustes dos preços baseados na inflação passada)
Inflação inercial (impede redução da inflação)
Plano Cruzado: 1986 (eliminação da indexação), tendo como base:
Reforma monetária: Cruzeiro x Cruzado e eliminação da correção monetária;
Congelamento de preços e salários.
Plano Collor: 1990
Redução do volume de moeda em circulação.
Plano Real: 1994
Implantação da URV;
Política monetária;
Política fiscal.
Atual Governo: Manutenção dos principais aspectos das políticas adotadas pelo Plano Real
NÚMEROS-ÍNDICES
IGP-DI - compreende o período entre o primeiro e o último dia do mês de referência.
IGP-M - compreende o período entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência.
IGP-10 - compreende o período entre o dia 11 do mês anterior ao de referência e o dia 10 do mês de referência.
É composto pela média ponderada do IPA (60%), IPC (30%) e INCC (10%).
Registra o ritmo evolutivo de preços como medida síntese da inflação nacional. 
Mensal para as três versões
IPA-DI - compreende o período entre o primeiro e o último dia do mês de referência.
IPA-M - compreende o período entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência.
IPA-10 - compreende o período entre o dia 11 do mês anterior ao de referência e o dia 10 do mês de referência. 
Mede o movimento médio de preços em todas as capitais brasileiras. 
 Fonte: FGV
Mensal para as três versões
IPC-DI - compreende o período entre o primeiro e o último dia do mês de referência.
IPC-M - entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência.
IPC-10 - entre o dia 11 do mês anterior ao de referência e o dia 10 do mês de referência. 
Mede o movimento médio de preços de determinado conjunto de bens e serviços no mercado varejista.
Mensal para as três versões
INCC-DI - compreende o período entre o primeiro e o último dia do mês de referência.
INCC-M - entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência.
INCC-10 - entre o dia 11 do mês anterior ao de referência e o dia 10 do mês de referência. 
Mede o ritmo evolutivo dos preços dos materiais de construção, serviços e mão-de-obra. 
 Fonte: FGV
COMÉRCIO INTERNACIONAL
BALANÇO DE PAGAMENTOS
COMÉRCIO INTERNACIONALMECANISMOS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL:
1) Taxas de câmbio: Medida que permite a conversão da moeda de um país em moeda de outro país qualquer.
 O preço de uma moeda em relação a outra.
 Ex.: Dólar x Real = 2,8700, Dólar x Peso = 2,7625, Euro x Dólar = 1,1464, Euro x Real = 3,2889. Em 09/05/2003, às 10:30 h. 
 A taxa de câmbio é influenciada pela oferta e pela demanda de moeda estrangeira num determinado país.
 
Os ofertantes de divisas são:
 Exportadores – Recebem moeda estrangeira como pagamento e precisam convertê-las em Real.
 Empresas – Ao tomarem empréstimos em moeda estrangeira, também precisam fazer a conversão. 
A demanda de divisas é realizada por: 
 Importadores: Que necessitam de moeda estrangeira para realizar compras externas. Devedores em moeda estrangeira: Que necessitam de divisas.
Efeitos da taxa de câmbio:
Muitos países adotam taxas de câmbio fixas (fixadas pelo governo).
Brasil: Taxa de câmbio flutuante (sem intervenção do governo).
Razões para adoção de taxas fixas:
Se a taxa de câmbio sobe, os preços dos importados são afetados (se elevam). Ex.: Trigo
Evitar a especulação.
Teoria das Vantagens Comparativas: 
Dois paísess têm relações comerciais quando apresentam custos de produção diferentes;
Uma nação exportará o produto que produzir com custos menores em relação ao outro país;
O comércio entre dois países é vantajoso para os mesmos.
Conforme a T.V.C. Seria mais vantajoso para todos os países se os mesmos se especializassem na produção dos bens em que tivessem vantagens comparativas. 
Conclusões:
A Teoria das Vantagens Comparativas não considera que com o tempo os custos podem se alterar;
Nem sempre os mercados são de concorrência perfeita;
O comércio internacional é um fator de desenvolvimento para os países subdesenvolvidos;
Nunca existiu um comércio internacional totalmente livre de barreiras alfandegárias;
Os países subdesenvolvidos são exportadores de produtos primários.
Globalização
MERCOSUL;
CAN (Comunidade Andina);
NAFTA;
UE (União Européia).
BALANÇO DE PAGAMENTOS
Balanço de Pagamentos: Registro contábil de todas as transações de um país com os outros países do mundo. 
O Balanço de Pagamentos é composto por três tipos de transações: 
 Balança comercial: Registra todas as exportações e importações;
 Balança de serviços: Registra débitos e créditos relativos aos serviços prestados por estrangeiros ao Brasil, e por brasileiros aos outros países;
Balança de capitais: Ingresso de capital estrangeiro, ou saída de capital nacional para outros países (empréstimos, etc.)
 
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
A idéia do crescimento econômico é recente
Antes do capitalismo: Sociedades estagnadas
Atividade básica: Agricultura
Países subdesenvolvidos: Têm menor nível ou taxa de crescimento da renda per capita
 
Crescimento econômico: Cresimento contínuo do produto nacional em termos globais ou per capta ao longo do tempo
Desenvolvimento econômico: Além das evoluções de natureza quantitativa dos níveis do produto nacional, alterações na composição do produto e a alocação dos recursos pelos setores econômicos.
Características do desenvolvimento econômico, ao longo do tempo:
Crescimento do bem-estar econômico;
Redução da pobreza, desemprego e desigualdades;
Melhoria nas condições de saúde, nutrição, educação, educação e moradia.
Características dos países subdesenvolvidos:
Reduzido nível de renda per capita real;
População (altas taxas de crescimento), mortalidade (em redução) e fecundidade (taxas elevadas);
Desemprego e baixa produtividade;
Pobreza;
Variação elevada na distribuição de renda;
Agricultura como atividade predeominante;
Reduzida participação no setor externo.
O país pode crescer sem desenvolver-se:
Apresenta aspectos contraditórios;
Distribuição de renda injusta;
Reduzido nível tecnológico;
Reduzido nível cultural da população.
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
Distribuição entre os participantes da produção nos resultados de sua atividade no processo produtivo.
Analisada de acordo com o princípio da distribuição funcional: Repartição da renda segundo os fatores de produção (capital, trabalho e recursos naturais).
Repartição realizada a partir de: Juros, salários e renda da terra.
David Ricardo: A renda total da sociedade era distribuída entre as classes conforme a participação no processo produtivo.
Segundo Ricardo haveria três classes sociais: Os proprietários da terra, os donos de estoque ou capital e os trabalhadores.
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
Salário: Dependeria do valor dos produtos necessários à sua subsistência
Renda do proprietário: Diferença entre os custos de produção da propriedade, e os preços do produto no mercado.
Remuneração do capitalista: Taxa de lucro, resultante dos preços dos produtos e das taxas das diversas remunerações que compõem o preço do produto.
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
Karl Marx: Teoria baseada no conceito de exploração e mais-valia.
Repartição baseada em duplo mecanismo: 
Capitalistas e trabalhadores disputam a divisão da renda (determinação dos salários)
De posse da mais valia, capitalistas a repatem entre si (lucro líquido, juros e renda da terra)
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA 
Teoria marginalista: Produtividade marginal pressupõe que a remuneração de cada agente produtivo tende a ser igual ao valor da porção do produto que não existiria sem a atuação desse agente.
Teoria de determinação da renda: Conforme o modelo keynesiano e a economia moderna, a determinação da renda num estado de equilíbrio (sem inflação e desemprego) depende do nível de investimento.
Deteriorização da distribuição de renda no Brasil: Escassez relativa da mão-de-obra especializada (um dos fatores)
EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Sistema educacional como instrumento para uma melhor distribuição de renda e desenvolvimento econômico do país.
Correlação positiva entre educação (anos de escolaridade) e nível de renda.
É necessário e urgente melhorar e ampliar a capacidade do sistema educacional brasileiro.
A partir da década de 60: Crescimento elevado da economia, com aumento da demanda por mão-de-obra especializada, sem ampliação de oferta da mesma: Aumento da renda dos que possuíam especialização.
Os pobres têm maior probabilidade de abandonar a escola nos primeiros anos.
Os jovens contribuem para complementar a renda familiar.
Mesmo com o ensino gratuito, acarretam custos para a família, ou o custo de oportunidade do trabalho para os mesmos.
Mesmo obtendo níveis iguais de escolaridade, os pobres têm mais dificuldades para conseguir emprego (rede de contatos e influência)
Desde a 2ª guerra tem sido dada prioridade ao setor urbano em detrimento do rural (oportunidades econômicas e sociais)
No Brasil o sistema educacional prepara os estudantes para o setor urbano.
É necessário aumentar a eficácia e equidade do sistema educacional.
Bases para uma política educacional:
Orçamento para a educação;
Subsídios;
Curriculo escolar adequado às necessidades da área rural;
Quotas.

Outros materiais