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DISCIPLINA: PRINCÍPIOS DE ECONOMIA PROFº M.sc. RAIMUNDO SOUSA MACROECONOMIA Analisa a determinação e o comportamento dos grandes agregados: Renda e Produto Nacional, Investimento e Poupança, Nível Geral de Preços, Emprego e Desemprego, Estoque de Moeda, Taxa de Juros, Balanço de Pagamentos e Taxa de Câmbio. Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais, tais como famílias e firmas, fixação dos preços em mercados específicos... Desvantagem: os pormenores omitidos são muitas vezes importantes Vantagem: a abstração permite estabelecer relações entre grandes agregados Por quê medir a economia pelo Produto Nacional? O Produto Nacional é medido para avaliar e acompanhar o desempenho da economia, em um determinado período de tempo, com o objetivo de satisfazer as necessidades da sociedade. Metodologia – medição total do valor das transações com bens e serviços finais durante um determinado período de tempo. Conceitos importantes: Poupança Agregada (S) – É a parcela da Renda Nacional que não é consumida no período, é poupada. Neste caso o consumo é adiado. S = RN – C Investimento Agregado ( I ) • É a parcela da Renda Nacional utilizada para aquisição de bens que aumentam a capacidade produtiva da economia. • Envolve o conceito de produto “físico”, investimento econômico. • Não se refere a Investimento Financeiro. Ex. : Investimento em ações. Conceitos importantes: Depreciação • É o consumo (desgaste) do estoque de capital físico, em dado período • Também chamado de Investimento de Reposição Primeira distinção no conceito do Produto Nacional PNB – D = PNL Pode-se considerar na mensuração do Produto apenas o aumento da capacidade produtiva (PNB) ou considerar o desgaste (depreciação) em termos líquidos (PNL). Segunda distinção no conceito do Produto Nacional PN pm = Produto Nacional a preços de mercado Medido a partir dos valores transacionados no mercado (valor do bem e serviço final) PN cf = Produto Nacional a custo dos fatores Medido a partir dos valores que refletem os custos de produção. É um preço de fábrica, antes dos impostos. A diferença entre PN pm e PN cf está nos impostos indiretos e nos subsídios Três Óticas de mensuração da Economia Ótica do Produto O desempenho da economia é medido pelo valor das transações realizadas no mercado de bens e serviços finais, no período de um ano. Ótica da Renda O desempenho da economia é medido pelo total de pagamentos aos serviços dos fatores de produção contratados pelas empresas durante um ano. Ótica da Despesa O desempenho é medido pelo gasto dos agentes econômicos com o produto nacional. Evidencia quem são os compradores dos produtos e serviços finais disponíveis na economia, durante um ano Problemas com relação às medidas de Renda e Produto O Produto Nacional é tido como medida de padrão do Bem-estar. Bem-estar Econômico - é avaliado no mercado e tem um preço. Bem-estar Social - deve ser medido pelo IDH – índice de desenvolvimento humano (Nações Unidas), que envolve indicadores sociais. Problemas com relação às medidas de Renda e Produto Dificuldade de definição do limite entre os conceitos de bens finais e bens intermediários Não inclusão da Economia Informal Política Macroeconômica: A Política Macroeconômica envolve a atuação do Governo sobre a capacidade produtiva (produção agregada) e sobre as despesas planejadas (demanda agregada) Objetivo da atuação Governamental: Permitir à economia operar a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e distribuição justa de renda Metas da Política Macroeconômica Pleno emprego de recursos / Alto nível de emprego Keynes – Grande impulsor da Teoria Macroeconômica Publicação: “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda” Estabilidade de Preços Distribuição Equitativa da Renda O “Milagre Econômico” aumentou a disparidade de renda entre as classes sociais Crescimento econômico Aumento da renda per capita e melhoria dos indicadores sociais: pobreza, desemprego, meio ambiente, moradia Instrumentos de Política Macroeconômica Política Fiscal Todos os instrumentos que o governo dispõe para a arrecadação de tributos (Política Tributária) e controle de suas despesas (Política de Gastos) Política Monetária Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e das taxas de juros. Política Cambial e Comercial São políticas que atuam sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia: controle sobre as taxas de câmbio, incentivos às exportações e/ou estímulo/desestímulo às importações. Política de Rendas São utilizadas como políticas de combate à inflação e influenciam diretamente a renda: salários, lucros, juros e aluguéis. MOEDA CONCEITO E FUNÇÕES DA MOEDA Instrumento para intermediar transações econômicas Aceitação com base legal Antes da moeda: escambo Transtrornos causados pela economia de escambo: Coincidência de necessidades; Problemas relativos à quantidade; Divisibilidade; Nível de aceitação do bem. Sal era aceito na Roma Antiga como moeda (escasso) Metais passaram a assumir a função de moeda: São limitados na natureza; Durabilidade e resistência; Divisíveis em peso. Controle sobre os metais em circulação: os governantes implantam a cunhagem, dando origem a atual moeda metálica. Atual papel-moeda originou-se na moeda-papel: Ourives emitiam certificados de depósitos dos metais, para os depositantes. As pessoas faziam pagamentos com estes certificados. O lastro tornou-se menor que 100%: os ourives passaram a emitir moeda-papel, em benefício próprio, sem nemhum lastro. Com a criação dos Estados nacionais surge o papel-moeda. Cada Estado passa a emitir o seu papel-moeda, lastreado em ouro (padrão-ouro). Ouro: metal com reservas limitadas na natureza, representando um obstáculo à expansão das economias nacionais e do comércio internacional, ao impor um limite à oferta monetária. A partir de 1920 o padrão-ouro foi abandonado. A emissão de moeda passou a ser livre, ou a critério das autoridades monetárias de cada país. A moeda passa a ser aceita por força de lei: moeda de curso forçado ou moeda fiduciária (fidúcia = confiança), não sendo lastreada em metais preciosos. As funções da moeda no sistema econômico são: Instrumento ou meio de trocas; Denominador comum monetário (padrão); Reserva de valor (posse > liquidez > estabilidade > poder de compra). Tipos de moeda: Moedas metálicas: Emitidas pelo BC > troco; Papel-moeda: BC > parcela significativa; Moeda escritural: Depósitos à vista (c/c). O papel-moeda e as moedas metálicas em poder do público (famílias e empresas) são denominadas moeda manual. AUTORIDADES MONETÁRIAS SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (subsistema normativo): Conselho Monetário Nacional (CMN) – Órgão máximo do SFN: Formula a política de moeda e do crédito objetivando o progresso econômico e social do país: Adaptar o volume dos meios de pagamento; Regular o valor interno e externo da moeda; Orientar a aplicação de recursos das instituições financeiras; Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa; Zelar pela liquidez e solvência das inst. financeiras. Banco Central do Brasil (Bacen) – Fiscaliza, controla e regula a atuação dos intermediários financeiros, é o órgão executor da política monetária: Receber depósitoscompulsórios e voluntários; Exercer o controle do crédito; Efetuar o controle dos capitais estrangeiros; Conceder autorização às inst. Financeiras; Estabelecer, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos federais. Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – Fiscaliza as bolsas de valores e a emissão de valores mobiliários negociados nessas instituições, principalmente ações e debêntures: Regulamentar as matérias previstas em lei (Lei 6.385/76 e Lei das Sociedades por Ações); Fiscalizar as atividades e os serviços do mercado de valores mobiliários. INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA Banco do Brasil (BB): Até fevereiro/86 fazia parte das autoridades monetárias. Sistema Financeiro de Habitação: Caixa Econômica Federal e Caixas Econômicas Estaduais. Bancos de desenvolvimento: BNDES, BNB, BASA e bancos estaduais de desenvolvimento. Bancos de Investimento: Canalizam recursos de médio e longo prazos para suprir capital fixo e de giro das empresas; Bancos comerciais (recebe depósitos e efetua empréstimos). POLÍTICA MONETÁRIA OFERTA DE MOEDA: É o suprimento de moeda para atender as necessidades da coletividade. É também chamada de meios de pagamento. Meios de pagamento constituem o total de moeda à disposição do setor privado não bancário, de liquidez imediata. Soma da moeda em poder do público mais os depósitos à vista nos bancos comerciais. Não são considerados meios de pagamento, as cadernetas de poupança e os depósitos a prazo dos bancos comerciais (não têm liquidez imediata e são remunerados). INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA: Controle das Emissões: Banco Central; Depósitos Compulsórios ou Reservas Obrigatórias: Percentual sobre os depósitos à vista; Operações com Mercado Aberto: Compra e venda de títulos públicos ou obrigações pelo governo; Política de redesconto: Banco Central libera recursos aos bancos comerciais, através de empréstimos ou redescontos de títulos. DEMANDA DE MOEDA Quantidade de moeda que o setor privado não bancário retém (público, empresas e depósitos à vista nos bancos comerciais) Razões para a retenção de moeda: Demanda de moeda para transações: alimentação, transporte, aluguel, etc.; Demanda de moeda por precaução: para fazer face a situações imprevistas; Demanda de moeda por especulação: na sua carteira de aplicações os investidores deixam uma “cesta” para moedas, o que pode viabilizar novas aplicações, de acordo com a rentabilidade. TAXA DE JUROS A taxa de juros tem papel estratégico nas decisões dos diversos agentes econômicos: Empresas: as decisões de investir, são determinadas pela taxa atual e também pelas expectativas futuras; Consumidores: exercem maior poder de compra à medida que as taxas de juros se reduzem, ocorrendo o inverso em um cenário de elevação das mesmas; Capital financeiro internacional: é atraído pelas taxas de juros mais elevadas. DEMANDA AGREGADA OFERTA AGREGADA POLÍTICA FISCAL DEMANDA AGREGADA Preocupação central da macroeconomia: Nível de produto e o nível de preços (taxa de inflação). Determinados pela interação entre demanda agregada e oferta agregada. Sob certas condições o emprego depende somente da despesa agregada ou demanda agregada. Em outras situações, limitações de oferta (problema do planejamento), necessitam de maior atenção. Década de trinta até final dos anos sessenta: Macroeconomia orientada para a demanda. Recentemente a oferta agregada e a economia do lado da oferta ganharam mais importância (crescimento lento e alta inflação nos países industrializados). Soma dos gastos dos 4 agentes macroeconômicos: - Despesas das famílias (Bens de consumo) = C; - Gastos das empresas (Investimentos) = I; - Gastos do governo = G; - Despesas líquidas do setor externo = X – M DA = C + I + G + (X – M) Situação de desemprego: Política econômica procurar elevar a demanda agregada, permitindo que as empresas recuperem a produção e restabeleçam os níveis de emprego e renda. Keynes: Enfatiza o papel dos gastos do governo. A Demanda Agregada é mais sensível que a Oferta Agregada. Produz resultados mais rápidos a curto prazo. A Demanda Agregada representa a relação entre despesas (bens e serviços) e o nível de preços. Se a economia não estiver no pleno emprego, o aumento da D.A. aumentará o produto e o emprego (Grande depressão: política de D.A. expansionista). Economia próxima do pleno emprego: Maior D.A. se reflete em preços mais altos (inflação). O lado da oferta agregada da economia terá que ser considerado. OFERTA AGREGADA Oferta Agregada (O.A.) de bens e serviços: Valor total da produção de bens e serviços finais à disposição da coletividade em um dado período. O produto real, PIB. A Oferta Agregada varia em função da disponibilidade de fatores de produção: mão de obra, estoque de capital e tecnologia. Oferta Agregada Potencial: Produção máxima da economia. Os fatores de produção estão plenamente empregados, não há capacidade ociosa. Oferta Agregada Efetiva: Produção que efetivamente está sendo colocada no mercado. A produção pode atender à demanda desejada pelo mercado, mesmo apresentando capacidade ociosa, desemprego de mão-de-obra, etc. Pode ser alterada em função das mudanças na demanda do mercado. A curva de oferta agregada (O.A.) especifica a relação entre as quantidades produzidas pelas firmas e o nível de preços. Perturbações de oferta ou choques de oferta podem reduzir a produção e elevar os preços. Ex.: O aumento do preço do petróleo reduziu a capacidade de produção da economia. Inversamente, políticas que aumentem os níveis de oferta agregada, a dado nível de preços, podem ajudar a reduzir pressões inflacionárias. EQUILÍBRIO MACROECONÔMICO Existe uma diferença entre produto ou renda de equilíbrio e produto de pleno emprego. Renda de pleno emprego: Todos os recursos produtivos disponíveis estão empregados e a economia está produzindo em plena capacidade. Renda de equilíbrio ou efetiva: Oferta agregada se iguala a demanda agregada de bens e serviços. Pode ocorrer abaixo do pleno emprego; a produção agregada, mesmo abaixo de sua capacidade potencial, atende às necessidades da demanda. Situação tipicamente keynesiana: Equilíbrio macroeconômico com desemprego. Política econômica no modelo keynesiano: Encontrar o equilíbrio a pleno emprego: O.A. e D.A. = Renda ou produto de pleno emprego. AGREGADOS MACROECONÔMICOS Políticas macroeconômicas: Necessário tentar restabelecer as relações funcionais, de causa e efeito, entre os grandes agregados (que fatores afetam o seu comportamento). CONSUMO AGREGADO: Influenciado pela renda nacional, estoque de riqueza ou patrimônio, taxa de juros de mercado, disponibilidade de crédito, expectativas sobre a renda futura, rentabilidade das aplicações financeiras, etc. Decisões de consumo são influenciadas fundamentalmente pela renda nacional disponível (renda nacional deduzidos os impostos). Renda disponível = Parcela da renda disponívrel para os consumidores gastarem ou pouparem. C = f (RND) Propensão marginal a consumir: Acréscimo esperado no consumo decorrente de um acréscimo na renda disponível. POUPANÇA AGREGADA: Parcela da renda nacional que não é gasta em bens de consumo. S = f (RND) Propensão marginal a poupar: Relação entre a variação da poupança e a variação da renda disponível. Países mais desenvolvidodos apresentam menor propensão marginal a consumir que nos países em desenvolvimento. Ocorre o inverso em relação à propensão marginal a poupar. INVESTIMENTO AGREGADO: Acréscimo ao estoque de capital que leva ao aumento da capacidade produtiva (construções, instalações, máquinas, etc.) Pode depender de fatores não apenas econômicos, mas de expectativasquanto ao futuro. É determinado por dois fatores básicos: Taxa de rentabilidade esperada (ou de retorno) e a taxa de juros do mercado. Se a taxa de retorno superar a taxa de juros de mercado, o empresário investirá na compra de bens de capital. Caso contrário, ele não investirá. POLÍTICA FISCAL POLÍTICA FISCAL PURA: Aplicação de políticas tributárias ou de gastos públicos independentes de políticas monetárias. Economia com desemprego de recursos: Quando a economia está operando abaixo do seu potencial (hiato deflacionário). Como tirar a economia do desemprego: a) Aumento dos gastos públicos; b) Redução da carga tributária (estímulo ao consumo e investimento); c) Subsídios e estímulos às exportações; d) Tarifas e barreiras às importações. Economia com inflação: Quando a demanda agregada de bens e serviços supera a capacidade produtiva da economia (hiato inflacionário). Os instrumentos de política fiscal em uma economia com inflação de demanda são: Redução dos gastos públicos; Aumento da carga tributária sobre bens de consumo (desestimulando os gastos em consumo); Aumento das importações, com a redução das tarifas e barreiras (abertura da economia, aumento da competitividade, inibição da elevação de preços). O aumento da carga tributária deve preservar, se possível os investimentos e as exportações (mesmo com inflação), para não comprometer a produção futura e não perder mercados já conquistados. Tais medidas devem ser aplicadas em um diagnóstico de inflação de demanda. Em caso de inflação de custos, a produção está abaixo de pleno emprego. INFLAÇÃO CONCEITO DE INFLAÇÃO: Aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços Não deve ser confundida com altas esporádicas de preços As fontes de inflação podem ser influenciadas por: Condições de cada país ou época (países desenvolvidos x países subdesenvolvidos); Estruturas oligopolizadas x Estruturas concorrenciais; Forma de organização trabalhista (sindicatos); Nível de participação no comércio exterior (importação x exportação) DISTORÇÕES PROVOCADAS POR ALTAS TAXAS DE INFLAÇÃO: Efeito sobre a distribuição de renda (assalariados, proprietários de imóveis alugados e capitalistas); Efeito sobre o mercado de capitais (deterioração do valor da moeda com desestímulo a aplicação de recursos. Brasil: Correção monetária minimizou este efeito, mas provocou desvio de recursos do setor produtivo; Efeito sobre o balanço de pagamentos (encarecimento do produto nacional, desestimulando as exportações); Efeito sobre as expectativas (retração dos investimentos e consequentemente do nível de emprego e renda); Efeito sobre pagamentos de: Empréstimos: no início do processo, o credor perde. Impostos: até 1967, o atraso nos pagamentos era prática comum) TIPOS DE INFLAÇÃO: Inflação de demanda: Excesso de demanda agregada em relação a disponibilidade de bens e serviços no mercado. Economia próxima do pleno emprego: Aumenta a probabilidade da ocorrência da inflação de demanda. Economia com desemprego em larga escala: O aumento da demanda corresponde a uma elevação na produção agregada de bens e serviços, em função da utilização dos recursos antes desempregados. Instrumentos de combate à inflação de demanda: Atuação direta: Redução dos gastos do governo. Atuação indireta: Política monetária (restrição a circulação de moeda e ao crédito) e Política fiscal (aumento da carga tributária, sobre bens de consumo e bens de capital) Inflação de custos: O nível de demanda não se altera, mas há uma elevação nos custos dos bens e serviços, que é repassada aos preços. Causas da inflação: Aumentos salariais (sem acréscimos na produtividade); Empresas com elevado poder de monopólio ou oligopólio (inflação de lucros); Crise de energia a partir de 1973 (elevação dos preços e matérias-primas e insumos básicos). Estagflação: Taxas elevadas de inflação com recessão econômica e desemprego (redução do produto e do emprego, com elevação de preços). Instrumentos de combate a inflação de custos: Controle geral de preços (política salarial mais rígida, ou fiscalização sobre os lucros dos grupos oligopolistas) Controle de preços e salários = “política de rendas” (influenciam nos salários, lucros, juros e aluguéis) PROCESSO INFLACIONÁRIO BRASILEIRO Década de 50: Principal fonte de inflação era o déficit do tesouro (necessidade de infra-estrutura, baixa produtividade dos serviços do governo e ineficiência na aplicação dos recursos, e dificuldade em elevar a carga tributária, já execessiva); Emissão de moeda (o governo não podia elevar os impostos); Aumentos salariais superiores aos índices de produtividade. 1951= 11.9%, 1954= 25.6%, 1960= 30.5% 1964 / 1966: Rígida política monetária, fiscal e salarial. 1964= 91.9%, 1965= 34.5%, 1966= 38.8% 1967 / 1973: Combate a inflação de forma gradual (evitar redução do crescimento e aumento do desemprego, no país em desenvolvimento). 1967= 24.3%, 1969= 20.2; 1971= 19.5%, 1973= 15.5% Choques do petróleo: 1973 e 1979 1974= 34.6%, 1979= 77.2%, 1980= 110.3% Choques agrícolas: 1975, 1977 e 1985 Aumento dos gastos públicos: Programa de substituição de importações (Governo Geisel) Elevação da dívida externa: Aumento do principal e das taxas de juros internacionais (início da década de 80) Maxidesvalorizações cambiais: 1979 e 1983 Indexação (reajustes dos preços baseados na inflação passada) Inflação inercial (impede redução da inflação) Plano Cruzado: 1986 (eliminação da indexação), tendo como base: Reforma monetária: Cruzeiro x Cruzado e eliminação da correção monetária; Congelamento de preços e salários. Plano Collor: 1990 Redução do volume de moeda em circulação. Plano Real: 1994 Implantação da URV; Política monetária; Política fiscal. Atual Governo: Manutenção dos principais aspectos das políticas adotadas pelo Plano Real NÚMEROS-ÍNDICES IGP-DI - compreende o período entre o primeiro e o último dia do mês de referência. IGP-M - compreende o período entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência. IGP-10 - compreende o período entre o dia 11 do mês anterior ao de referência e o dia 10 do mês de referência. É composto pela média ponderada do IPA (60%), IPC (30%) e INCC (10%). Registra o ritmo evolutivo de preços como medida síntese da inflação nacional. Mensal para as três versões IPA-DI - compreende o período entre o primeiro e o último dia do mês de referência. IPA-M - compreende o período entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência. IPA-10 - compreende o período entre o dia 11 do mês anterior ao de referência e o dia 10 do mês de referência. Mede o movimento médio de preços em todas as capitais brasileiras. Fonte: FGV Mensal para as três versões IPC-DI - compreende o período entre o primeiro e o último dia do mês de referência. IPC-M - entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência. IPC-10 - entre o dia 11 do mês anterior ao de referência e o dia 10 do mês de referência. Mede o movimento médio de preços de determinado conjunto de bens e serviços no mercado varejista. Mensal para as três versões INCC-DI - compreende o período entre o primeiro e o último dia do mês de referência. INCC-M - entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência. INCC-10 - entre o dia 11 do mês anterior ao de referência e o dia 10 do mês de referência. Mede o ritmo evolutivo dos preços dos materiais de construção, serviços e mão-de-obra. Fonte: FGV COMÉRCIO INTERNACIONAL BALANÇO DE PAGAMENTOS COMÉRCIO INTERNACIONALMECANISMOS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL: 1) Taxas de câmbio: Medida que permite a conversão da moeda de um país em moeda de outro país qualquer. O preço de uma moeda em relação a outra. Ex.: Dólar x Real = 2,8700, Dólar x Peso = 2,7625, Euro x Dólar = 1,1464, Euro x Real = 3,2889. Em 09/05/2003, às 10:30 h. A taxa de câmbio é influenciada pela oferta e pela demanda de moeda estrangeira num determinado país. Os ofertantes de divisas são: Exportadores – Recebem moeda estrangeira como pagamento e precisam convertê-las em Real. Empresas – Ao tomarem empréstimos em moeda estrangeira, também precisam fazer a conversão. A demanda de divisas é realizada por: Importadores: Que necessitam de moeda estrangeira para realizar compras externas. Devedores em moeda estrangeira: Que necessitam de divisas. Efeitos da taxa de câmbio: Muitos países adotam taxas de câmbio fixas (fixadas pelo governo). Brasil: Taxa de câmbio flutuante (sem intervenção do governo). Razões para adoção de taxas fixas: Se a taxa de câmbio sobe, os preços dos importados são afetados (se elevam). Ex.: Trigo Evitar a especulação. Teoria das Vantagens Comparativas: Dois paísess têm relações comerciais quando apresentam custos de produção diferentes; Uma nação exportará o produto que produzir com custos menores em relação ao outro país; O comércio entre dois países é vantajoso para os mesmos. Conforme a T.V.C. Seria mais vantajoso para todos os países se os mesmos se especializassem na produção dos bens em que tivessem vantagens comparativas. Conclusões: A Teoria das Vantagens Comparativas não considera que com o tempo os custos podem se alterar; Nem sempre os mercados são de concorrência perfeita; O comércio internacional é um fator de desenvolvimento para os países subdesenvolvidos; Nunca existiu um comércio internacional totalmente livre de barreiras alfandegárias; Os países subdesenvolvidos são exportadores de produtos primários. Globalização MERCOSUL; CAN (Comunidade Andina); NAFTA; UE (União Européia). BALANÇO DE PAGAMENTOS Balanço de Pagamentos: Registro contábil de todas as transações de um país com os outros países do mundo. O Balanço de Pagamentos é composto por três tipos de transações: Balança comercial: Registra todas as exportações e importações; Balança de serviços: Registra débitos e créditos relativos aos serviços prestados por estrangeiros ao Brasil, e por brasileiros aos outros países; Balança de capitais: Ingresso de capital estrangeiro, ou saída de capital nacional para outros países (empréstimos, etc.) CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO A idéia do crescimento econômico é recente Antes do capitalismo: Sociedades estagnadas Atividade básica: Agricultura Países subdesenvolvidos: Têm menor nível ou taxa de crescimento da renda per capita Crescimento econômico: Cresimento contínuo do produto nacional em termos globais ou per capta ao longo do tempo Desenvolvimento econômico: Além das evoluções de natureza quantitativa dos níveis do produto nacional, alterações na composição do produto e a alocação dos recursos pelos setores econômicos. Características do desenvolvimento econômico, ao longo do tempo: Crescimento do bem-estar econômico; Redução da pobreza, desemprego e desigualdades; Melhoria nas condições de saúde, nutrição, educação, educação e moradia. Características dos países subdesenvolvidos: Reduzido nível de renda per capita real; População (altas taxas de crescimento), mortalidade (em redução) e fecundidade (taxas elevadas); Desemprego e baixa produtividade; Pobreza; Variação elevada na distribuição de renda; Agricultura como atividade predeominante; Reduzida participação no setor externo. O país pode crescer sem desenvolver-se: Apresenta aspectos contraditórios; Distribuição de renda injusta; Reduzido nível tecnológico; Reduzido nível cultural da população. DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DISTRIBUIÇÃO DE RENDA Distribuição entre os participantes da produção nos resultados de sua atividade no processo produtivo. Analisada de acordo com o princípio da distribuição funcional: Repartição da renda segundo os fatores de produção (capital, trabalho e recursos naturais). Repartição realizada a partir de: Juros, salários e renda da terra. David Ricardo: A renda total da sociedade era distribuída entre as classes conforme a participação no processo produtivo. Segundo Ricardo haveria três classes sociais: Os proprietários da terra, os donos de estoque ou capital e os trabalhadores. DISTRIBUIÇÃO DE RENDA Salário: Dependeria do valor dos produtos necessários à sua subsistência Renda do proprietário: Diferença entre os custos de produção da propriedade, e os preços do produto no mercado. Remuneração do capitalista: Taxa de lucro, resultante dos preços dos produtos e das taxas das diversas remunerações que compõem o preço do produto. DISTRIBUIÇÃO DE RENDA Karl Marx: Teoria baseada no conceito de exploração e mais-valia. Repartição baseada em duplo mecanismo: Capitalistas e trabalhadores disputam a divisão da renda (determinação dos salários) De posse da mais valia, capitalistas a repatem entre si (lucro líquido, juros e renda da terra) DISTRIBUIÇÃO DE RENDA Teoria marginalista: Produtividade marginal pressupõe que a remuneração de cada agente produtivo tende a ser igual ao valor da porção do produto que não existiria sem a atuação desse agente. Teoria de determinação da renda: Conforme o modelo keynesiano e a economia moderna, a determinação da renda num estado de equilíbrio (sem inflação e desemprego) depende do nível de investimento. Deteriorização da distribuição de renda no Brasil: Escassez relativa da mão-de-obra especializada (um dos fatores) EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Sistema educacional como instrumento para uma melhor distribuição de renda e desenvolvimento econômico do país. Correlação positiva entre educação (anos de escolaridade) e nível de renda. É necessário e urgente melhorar e ampliar a capacidade do sistema educacional brasileiro. A partir da década de 60: Crescimento elevado da economia, com aumento da demanda por mão-de-obra especializada, sem ampliação de oferta da mesma: Aumento da renda dos que possuíam especialização. Os pobres têm maior probabilidade de abandonar a escola nos primeiros anos. Os jovens contribuem para complementar a renda familiar. Mesmo com o ensino gratuito, acarretam custos para a família, ou o custo de oportunidade do trabalho para os mesmos. Mesmo obtendo níveis iguais de escolaridade, os pobres têm mais dificuldades para conseguir emprego (rede de contatos e influência) Desde a 2ª guerra tem sido dada prioridade ao setor urbano em detrimento do rural (oportunidades econômicas e sociais) No Brasil o sistema educacional prepara os estudantes para o setor urbano. É necessário aumentar a eficácia e equidade do sistema educacional. Bases para uma política educacional: Orçamento para a educação; Subsídios; Curriculo escolar adequado às necessidades da área rural; Quotas.
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