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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
 
 
ELIZABETE PESSOA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
Inclusão dos Surdos no Ensino Regular 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maceió 
2017 
ELIZABETE PESSOA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
Inclusão dos Surdos no Ensino Regular 
 
 
 
 
Monografia submetida ao Corpo Docente do Curso 
de Pedagogia da Universidade Estácio de Sá como 
requisito parcial para conclusão da disciplina 
Pesquisa e Prática em Educação VII 
(CEL0377/2682267). 
Professora Orientadora: ROSARIA MARIA DE 
CASTILHOS SARAIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maceió 
2017 
Inclusão dos Surdos no Ensino Regular 
 
ELIZABETE PESSOA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
Monografia submetida ao Corpo Docente do Curso 
de Pedagogia da Universidade Estácio de Sá como 
requisito parcial para conclusão da disciplina 
Pesquisa e Prática em Educação VII 
(CEL0377/2682267). 
 
 
 
 
 
Aprovado em ____ de ______________de 2017. 
 
 
NOTA: ____ (_________________) 
Orientador: ROSARIA MARIA DE 
CASTILHOS SARAIVA 
 
 
 
 
 
 
 
Maceió 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A minha família que sempre me apoiou e incentivou 
principalmente a meus pais por me terem dado a 
oportunidade de construir minha trajetória 
profissional 
 
 
AGRADECIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeiramente, agradeço a Deus por mais esse 
feito. À professora ROSARIA MARIA DE 
CASTILHOS SARAIVA pela sabedoria e 
determinação com que me orientou durante a 
realização deste trabalho. 
Ao meu querido esposo José Weverson da Silva, 
que me apoiou e me encorajou em toda a trajetória 
de meus estudos, com paciência e dedicação, pela 
compreensão, apoio e suporte dado ao longo da 
minha vida para que tudo que tenho planejado e 
sonhado possa ser realizado. 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................06 
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA.............................................................................07 
1.2 QUESTÕES NORTEADORAS...........................................................................08 
1.3 OBJETIVOS.........................................................................................................09 
1.3.1 OBJETIVO GERAL...........................................................................................09 
1.3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO.................................................................................09 
1.4 JUSTIFICATIVAS.................................................................................................09 
1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................09 
2. INCLUSÃO COMO BASE PARA EDUCAÇÃO....................................................11 
2.1 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA TRABALHAR COM ALUNOS 
SURDOS E O USO DA LÍNGUA DE SINAIS (LIBRAS).............................................11 
2.2 FILOSOFIAS EDUCACIONAIS NA ÁREA DA SURDEZ....................................13 
2.3 TECNOLOGIAS INCLUSIVAS PARA SURDOS................................................14 
3. PROCESSO DE INCLUSÃO DE SURDOS EM ESCOLAS PÚBLICAS.............15 
3.1 A SURDEZ E SUAS POLÍTICAS PÚBLICAS......................................................15 
3.2 TIPOS DE DEFICIENCIA AUDITIVA E SUAS CAUSAS....................................17 
3.3 A TRAJETÓRIA DE INCLUSÃO DE SURDOS...................................................17 
3.4 PAPEL DA FAMÍLIA.............................................................................................18 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................19 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
 
6 
 
1. INTRODUÇÃO 
Este trabalho tem por objetivo verificar como ocorre a inclusão dos surdos na 
educação no ensino regular e se a mesma é preparada para essa forma inclusiva, 
de maneira a facilitar o processo de ensino aprendizagem entre docentes e alunos. 
Os movimentos inclusivos ganharam ênfase nos últimos anos em consequência 
das políticas de direitos sociais e das reivindicações de grupos até então excluídos 
dos espaços escolares, revigorando a discussão sobre a melhor forma de educar 
alunos com deficiências e transtornos globais do desenvolvimento. A luta pela 
ampliação do acesso à escola e pela qualidade da educação especial culminou com 
a proposta de Educação Inclusiva. 
A educação especial assume, a cada ano, importância maior, dentro da 
perspectiva de atender às crescentes exigências de uma sociedade em processo de 
renovação e de busca incessante da democracia, que só será alcançada quando 
todas as pessoas, indiscriminadamente, tiverem acesso à informação, ao 
conhecimento e aos meios necessários para a formação de sua plena cidadania. 
Atualmente ocorre o processo de inclusão de crianças surdas nas escolas 
públicas e a atual infraestrutura destas instituições demanda adaptações para o 
recebimento delas no que se refere à implementação de políticas públicas viáveis 
em prol dessa demanda da sociedade. 
Santana (2007) aponta que, por meio da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) 
torna-se possível abordar qualquer conceito, concreto ou abstrato, emocional ou 
racional, complexo ou simples. A LIBRAS, assim como outras línguas de sinais, é 
considerada língua, no sentido pleno, por conseguir preencher os pré-requisitos 
científicos para tal diferentemente das línguas de sinais que possuem elementos 
linguísticos comuns às línguas orais. São consideradas pelos linguistas como 
línguas naturais ou como um sistema linguístico legítimo. 
Este sistema de comunicação possui estrutura gramatical própria. Os sinais são 
formados por meio da combinação de formas e de movimentos das mãos e de 
pontos de referência no corpo ou no espaço. A formação de professores para atuar 
na educação infantil deve ocorrer referencialmente em cursos de nível superior. 
Simultaneamente, ou posteriormente à licenciatura, o professor deve participar de 
cursos de metodologia do ensino de línguas (ensino da língua portuguesa nas 
7 
 
modalidades oral e escrita); de curso para o aprendizado da língua de sinais em 
contexto; e de cursos de interpretação da língua de sinais e língua portuguesa. 
Dessa forma, Poker (2002) em seus estudos constatou que o problema da 
surdez não se localiza no retardo da linguagem oral em si, mas no que essa 
privação linguística provoca: impede o sujeito ao seu redor. A educação inclusiva se 
caracteriza como processo de incluir os portadores de necessidades especiais ou 
com distúrbios de aprendizagem na rede regular de ensino, em todos os seus graus. 
Inclusão é o principio fundamental da educação inclusiva, é a valorização da 
diversidade e da comunidade humana. 
Cabe salientar ainda que segundo a ONU, alguns fatores ainda interferem na 
inclusão: ignorância, negligência, superstição e o medo (WERNEK 1997). Estes 
fatores são mantidos certamente pela desinformação a respeito das deficiências e 
inclusão. 
O aluno com necessidade especial auditiva deverá frequentar o sistema regular 
de ensino, porque é um cidadão com os mesmos direitos de qualquer outro, e 
precisa de um modelo orientador da Língua Portuguesa, do modelo linguístico 
nacional, pois para que a escola seja considerada um espaço inclusivo, não pode 
ser burocrático, apenas cumprir as normas estabelecidas por lei.Para tal, deve ser 
democrática ajustando seu contexto real e respondendo aos desafios que lhes são 
apresentados. 
Para que a inclusão seja efetuada, é necessário que o trabalho não seja 
executado somente dentro da sala de aula e sim na escola toda; também é 
necessário maturidade de todo o grupo escolar para que compreendam o aluno e 
suas dificuldades. A inclusão na perspectiva escolar consiste em uma educação 
aberta, diversificada e com qualidade reconhecendo as diferenças e necessidades 
individuais existentes nos alunos, visando proporcionar pleno desenvolvimento 
social, afetiva e cognitiva dos alunos com deficiência ou sem deficiência. 
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA 
O texto abordará as seguintes questões: surdos e ouvintes, incluídos e 
excluídos, direitos e legislação, resgate da história a qual o surdo está inserido. Os 
resultados puderam ser obtidos por meio de uma pesquisa que condiz com a 
realidade cotidiana desses alunos inseridos na escola e sendo assim observadas 
8 
 
suas condições de ensino e que por meio deste, seus direitos sejam garantidos. Que 
soluções e de que maneira seriam aplicadas as adaptações do ambiente escolar, e 
como se dá a preparação de professores, funcionários e administradores da escola 
para receberem essa inclusão de forma agregadora para todos. 
O interesse pela inclusão de alunos surdos se dá a partir das questões de como 
se estabelece as adaptações do currículo nas escolas de ensino regular, seguindo 
as normas de inclusão. Quando o aluno chega à escola é importante se reconhecido 
como agente responsável por seu percurso escolar, mas é necessária também a 
participação ativa da escola no contexto de apresentar recursos para facilitação do 
processo ensino/aprendizagem, o que deve vir acompanhado de muita reflexão em 
relação às diferentes formas de atuação dos docentes diante de pessoas surdas 
com suas limitações. 
Tratando agora do termo bilíngue na inclusão de surdos é importante ressaltar 
que desta forma é possibilitado ao docente melhor forma de interação com os 
alunos, a proposta do bilinguismo estabelece essa educação com privilégios 
distintos de tal maneira: a língua de sinais e a língua da comunidade ouvinte local, 
sendo esta segunda língua. 
1.2 QUESTÕES NORTEADORAS 
Tendo como perspectiva os direitos humanos e sua inclusão, garantindo assim 
seus direitos à educação. Foi analisado formas de inclusão durante a inserção 
desses alunos na educação. Com o intuito de alcançar o propósito deste trabalho, 
foram definidas as seguintes questões: 
 Conhecer a história de surdos; 
 Acompanhar a trajetória da educação inclusiva; 
 Verificar como ocorreu a inserção do surdo na educação 
 Promover uma reflexão sociocultural sobre a problemática que envolve a 
inclusão de alunos surdos; 
 Mostrar que o portador de surdez tem capacidade de se desenvolver de 
forma igualitária à uma pessoa ouvinte; 
 Como é feita a formação de professores para trabalhar com alunos surdos; 
 O uso da língua de sinais; 
 A tecnologia como ferramenta positiva na Inclusão De Surdos. 
9 
 
1.3 OBJETIVOS 
As questões sobre o tema tiveram seus resultados obtidos por meio de uma 
pesquisa realizada entre professores do ensino regular que possuem alunos surdos 
inclusos em sala de aula. 
1.3.1 Objetivo Geral 
 Compreender como é feito o processo de inclusão de surdos na escola em seu 
ensino regular e analisar o papel do professor. 
1.3.2 Objetivos Específicos 
Esta pesquisa procura a partir de análises feitas em livros e artigos apresentar 
de que forma é realizada a inclusão de alunos portadores de surdez. Podendo desta 
forma entender de que maneira a escola se adapta à inclusão. 
1.4 JUSTIFICATIVA 
O trabalho focalizou na análise de como é dada a inclusão de surdos e de que 
forma isto se reflete na prática cotidiana de docentes e escola em geral no ensino 
regular. Contudo, apesar dos avanços consideráveis referentes à educação em 
nosso país as leis em vigor ainda não são suficientes para garantir ao indivíduo um 
aprendizado eficaz no que diz respeito à pessoa surda. É perceptível que uma 
grande parcela de pessoas portadoras de deficiência auditiva ainda sofre com a 
exclusão escolar e não têm na prática seus direitos assegurados, onde possam por 
meio deste desenvolver seu cognitivo e pessoal na sociedade em que vive. 
Sendo assim, cabe a escola como um todo proporcionar uma educação de 
qualidade, de forma acolhedora e igualitária. Portanto, a inclusão não deve ser 
tratada de forma isolada, mas sim com um conjunto de melhorias para 
professor/aluno, combatendo aos preconceitos ainda existentes no meio social ao 
qual esses alunos pertencem. 
1.5 PROCEDIMENTOS METOLÓGICOS 
Para obtenção dos resultados cabíveis nessa pesquisa fora realizada um 
questionário com professores de turmas inclusivas e em seguida com professores 
de turmas que não possuem alunos portadores dessa deficiência, o intuito foi 
10 
 
analisar as dificuldades e soluções as quais eles acreditam que podem fazer a 
diferença nesse processo de inclusão. 
De acordo com os relatos de ambos os professores a escola necessita estar 
sempre buscando por inovações, inclusive tecnológica as quais podem influenciar 
positivamente no ensino/aprendizagem, contudo nem sempre essas ferramentas são 
de total acesso até mesmo pela falta de recursos. Os professores que possuem 
alunos portadores ressaltam que há dificuldade no ensino pela falta de uma 
especialização na área para trabalhar com essa deficiência em sala de aula, 
reforçam ainda que pelo fato das famílias desses alunos não participar ativamente 
desse processo torna-se mais difícil essa interação professor/aluno pela busca de 
melhor desempenho de aprendizagens e desenvolvimentos do aluno surdo. 
Em relação à estrutura escolar, é destacada pelos professores que possuem 
alunos com surdez, a não adaptação e capacitação para melhoria dos resultados de 
seu trabalho, destaca também a dificuldade em relação a vivencia cotidiana com 
esse aluno, e com relação ao docente que não tem aluno, existe uma relação de 
respeito às diferenças no meio social. A partir da observação realizada na sala de 
aula de um dos professores com alunos deficientes é notório que apesar das 
carências existentes para melhor prática do ensino aprendizagem, os alunos 
possuem capacidade cognitiva para aprender de forma qualitativa em respeito as 
suas necessidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
2 INCLUSÃO COMO BASE PARA EDUCAÇÃO 
É um processo que visa promover o desenvolvimento das potencialidades de 
pessoas portadoras de deficiências, conduta típica ou de altas habilidades, e que 
abrange os diferentes níveis e graus do sistema de ensino. Fundamenta-se em 
referenciais teóricos e práticos compatíveis com as necessidades específicas de seu 
alunado. O processo deve ser integral, fluindo desde a estimulação essencial até os 
graus superiores de ensino sob o enfoque sistêmico, a educação especial integra o 
sistema educacional vigente, identificando-se com sua finalidade, que é a deformar 
cidadãos conscientes e participativos. 
Segundo Scotti (1999, p.20), “a educação deve ser, por princípio liberal, 
democrática e não doutrinária. Dentro desta concepção o educando é, acima de 
tudo, digno de respeito e do direito à educação de melhor qualidade”. A principal 
preocupação da educação, dessa forma, deve ser o desenvolvimento integral do 
homem e a sua preparação para uma vida produtiva na sociedade, fundada no 
equilíbrio entre os interesses individuais e as regras de vida nos grupos sociais. 
A Educação Especial obedece aos mesmos princípios da Educação Geral, deve 
se iniciarno momento em que se identifique atraso ou alterações no 
desenvolvimento global da criança e continuar ao longo de sua vida, valorizando 
suas potencialidades e lhe proporcionando todos os meios para desenvolvê-las. 
2.1 A Formação de Professores para Trabalhar com Alunos Surdos e o Uso 
da Língua de Sinais (LIBRAS) 
 Esse assunto tem gerado debates, o atraso da linguagem pode trazer 
algumas consequências sociais e até mesmo cognitivas, e podendo deixar o aluno 
surdo defasado em relação à sua aprendizagem. Um fator importante que dificulta à 
eficácia dessa inclusão se deve ao motivo de que os professores do ensino regular 
em sua maioria não conhecem a LIBRAS. 
Todo Projeto Pedagógico de uma escola inclusiva, para ter qualidade, deve 
ter a língua de sinais, como ponto importante e surdos adultos como interlocutores 
do processo de aquisição da linguagem. Toda aprendizagem é mediada pela 
linguagem e será muito melhor sucedida se a língua usada for compartilhada 
inteiramente em seus usos e funções sociais. 
12 
 
O profissional que está atendendo as pessoas portadoras de necessidades 
especiais no processo de inclusão não está capacitado para atuar com essa 
clientela, que queira ou não, precisam de técnicas e mecanismos para desenvolver 
suas habilidades, principalmente se as pessoas apresentarem surdez profunda. 
 Dessa essa forma afirma Glat (1988, p.11): 
Se não houver uma modificação estrutural 
no sistema educacional brasileiro, a inclusão 
de alunos portadores de necessidades 
especiais, principalmente os mais 
prejudicados, nunca será concretizada, logo, 
a noção de inclusão total não é uma 
proposta, e sim uma utopia. 
 
Infelizmente a escola ainda faz parte de uma sociedade excludente e 
preconceituosa, sendo assim, faz-se necessário a criação e propostas diferenciadas 
para facilitar o processo ensino aprendizagem, vale salientar também que é preciso 
considerar a possibilidade da formação de uma equipe especializada para dar 
suporte à escola, em especial aos professores para que exerçam suas funções de 
forma qualitativa e que venha propiciar melhores condições em educação para 
esses alunos com deficiência. 
 Outro meio é adotar um modelo bilíngue de educação, capacitando a melhoria 
no desenvolvimento linguístico do surdo. A participação das famílias interfere 
extremamente nessa qualidade de aprendizagem, a qual proporciona junto às 
escolas alternativas para fazer com que o aluno surdo ingresse e permaneça no 
ambiente escolar de forma participativa e prazerosa. De acordo com as políticas de 
educação, as escolas inclusivas são escolas para todos, o que requer um sistema 
educacional que reconheça e atenda às diferenças individuais, respeitando as 
necessidades de qualquer aluno. 
As línguas de sinais envolvem movimentos que podem parecer sem sentido 
para muitos, mais que significam a possibilidades de organizar as ideias, estruturar o 
pensamento e manifestar o significado dos surdos. Pensar sobre a surdez requer 
penetrar no mundo dos surdos e ouvir as mãos que, com alguns movimentos dizem 
o que fazer para tornar possível o contato entre os mundos envolvidos. A 
diversidade enriquece uma sala de aula pelo simples motivo de se aprender com o 
diferente. 
13 
 
Quanto maior a diversidade na sala, não só com relação a várias deficiências, 
mas a diversidade cultural, de origem, de credo, de gênero, a física, faz a pessoa 
aprender mais, a conhecer mais o mundo, a perceber que há mais lá fora do que se 
possa imaginar. A construção do conhecimento em uma sala onde predomina a 
diversidade será muita mais preciosa. Dessa maneira, será possível sonhar com um 
mundo sem preconceitos e discriminações para os surdos. 
Os professores precisam estar conscientes de sua importância e da função 
que desempenham, no caso de ter um aluno com surdo, na sala. Como se vê, é na 
relação concreta entre o educando e o professor que se localizam os elementos que 
possibilitam decisões educacionais mais acertadas, e não somente no aluno ou na 
escola. Comprometidos com a proposta da inclusão devem acreditar no potencial 
desses alunos, no seu desempenho para que os mesmos sintam-se úteis na 
sociedade. 
O importante é que o professor esteja aberto às inovações, tais como a 
valorização e o reconhecimento da diversidade do processo de ensino-
aprendizagem, sempre buscando estar em contato com novas ideias, ampliando 
seus conhecimentos além da formação acadêmica, para poder acolher bem os 
alunos especiais e agir de maneira competente diante das situações que surgirão na 
sala de aula. (FIGUEREDO, 2002). A atitude do professor é um dos fatores que mais 
contribui para o sucesso de qualquer medida de integração da criança com 
deficiência. De fato, como o comprovam as práticas do dia-a-dia nas nossas 
escolas, não basta determinarem legalmente a integração para que ela aconteça. 
2.2 Filosofias Educacionais na Área da Surdez 
 
A educação bilíngue é um desafio da inclusão. Fernandes (2011) define a 
educação bilíngue como uma proposta educacional que compreende, em sua 
realização, a utilização de duas línguas na comunicação e no ensino dos Surdos: a 
língua Brasileira de Sinais (Libras) e a língua portuguesa. A ideia do bilinguismo é 
possibilitar ao aluno, a se comunicar em libras e também na compreensão da 
oralidade e escrita. Assim, podendo se comunicar melhor com os ouvintes. Essa é 
uma maneira que propicia ao surdo, um desenvolvimento da linguagem e cognição. 
Conforme Zillioto (2007, p. 17), atualmente ‘a surdos têm sido discutida como 
uma diferença linguística, uma vez que pessoas que apresentam uma perda auditiva 
significativa se comunicam na modalidade visual-espacial a língua de sinais’. Esse 
14 
 
aprendizado pode ser comparado da mesma forma quando um ouvinte vai aprender 
uma língua estrangeira além de prática, requer metodologia apropriada para o 
ensino. Segundo Fernandes (2003), para os surdos é bem mais difícil por causa de 
sua limitação auditiva. O bimodalismo faz a relação dos sinais e da oralidade, assim 
o surdo consegue fazer essa associação das palavras com os gestos. 
Educar é transmitir aos filhos os costumes, valores e normas, como forma de 
um ambiente saudável e acolhedor. Não é preciso que os pais sejam perfeitos, mas 
devem estar atentos sensíveis e humanos no amor, confiança e estímulos para com 
o filho especial. 
2.3 Tecnologias Inclusivas para Surdos 
As tecnologias para deficientes auditivos têm como objetivo melhorar e 
facilitar a qualidade de vida das pessoas com problemas de surdez, que atualmente 
conseguem ter acesso a diversas facilidades, como os aparelhos auditivos do tipo 
próteses, telefones especialmente adaptados, os aparelhos de fax e os celulares, 
com dispositivo de mensagem de texto, relógios e despertador vibratório e entre 
outras. 
A educação especial assume, a cada ano, importância maior na perspectiva 
de atender às crescentes exigências de uma sociedade em processo de renovação 
e de busca incessante da democracia. Porém, essa só será alcançada quando todas 
as pessoas, indiscriminadamente, tiverem acesso à informação, ao conhecimento e 
aos meios necessários para a formação de sua plena cidadania, sejam elas, 
pessoas com ou sem limitação visual ou auditiva, por exemplo. 
A partir desse contexto a escola deve inclinar-se não tão somente para as 
dificuldades do aluno em situação de deficiência, mas para os traços peculiares que 
marcam as diferenças entre os indivíduos no sentido em que: “As diferenças e as 
individualidades devem ser reconhecidas como aspectos positivos em todos os 
indivíduos”. Stainback (2006). 
 
 
 
 
 
15 
 
3 PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS SURDOSEM ESCOLAS PÚBLICAS 
Abordar a temática da vida dos surdos nos últimos anos não é uma tarefa fácil, 
pois a visibilidade sobre a clareza da heterogeneidade e da diversidade esteve tão 
distante da vida dos brasileiros, que se torna muito tímida a tentativa de trabalhar a 
inclusão dos surdos na escola e na sociedade. Alguns pressupostos da Educação 
Inclusiva são: 
A educação inclusiva por serem pessoas especiais necessita de apoio de todas 
as demais entidades que se interessam em colaborar, tendo uma visão ampla 
compromissada de assumir responsabilidades de participação das atividades 
pedagógicas dos alunos. Segundo a Declaração de Salamanca (1994) independente 
das suas etnias o direito de igualdade é para todos. 
A questão da inclusão social abre um significado especial no bojo da educação 
brasileira, com os pressupostos exclusivistas que nos últimos anos estão sendo 
discutidos por suas características que permeiam a busca de uma sociedade 
igualitária, nos moldes das reais necessidades de uma clientela, cada vez mais 
exigente, quanto aos seus direitos e seus potenciais de realizações, que tem por 
finalidade a busca não apenas se autogerir, como também colocar o sujeito dentro 
do contexto escolar regular, e,sobretudo, buscar soluções, com a participação de 
todos em busca de uma educação com qualidade. 
Com relação à Educação Especial reitera que: 
 
A diretriz atual é a da plena integração das pessoas 
com necessidades especiais em todas as áreas da 
sociedade. Trata-se, portanto, de duas questões: o 
direito à educação com uma todas as pessoas e o 
direito de receber essa educação sempre que 
possível junto com as demais pessoas nas escolas 
regulares (Ibid., p.119). 
 
 
3.1 A SURDEZ E SUAS POLÍTICAS PÚBLICAS: 
Em alguns momentos, deixarmos de referendar tamanhos valores na literatura e 
na ciência. Estudiosos que voltados ao ensino, à educação, à família e à vida em 
sociedade dos surdos não poderiam deixar de serem referenciados. A inclusão de 
surdos na rede regular de ensino deve possuir como propósito conduzir a criança 
surda em condições sociais de vincular-se aos ouvintes, mas também, de preservar 
sua identidade e dignidade. 
16 
 
Existe uma mínima parte dos alunos que sofre com a falta de audição parcial ou 
total, não há recursos suficientes, tampouco estudos pedagógicos que solucionem 
as dificuldades ou competências comunicativas do aluno surdo, consequentemente 
esse tem seu aproveitamento insuficiente e, posteriormente prejudica-se nos 
estudos secundários e acadêmicos, o que provoca sérios transtornos de 
autoimagem. 
De acordo com Segala (2009) estar incluído significa sentir-se parte do mundo, 
compartilhar o mundo do outro, poder adentrar-se nele. Não basta matricular um 
surdo em uma sala de ouvintes, tampouco matricular um ouvinte em uma sala de 
surdos. Isso não é inclusão. Ao vislumbrar o processo de inclusão e adaptação de 
crianças que possuem surdez na rede regular de ensino, é notável observar que os 
discentes surdos, de forma geral, não possuem seu direito à educação respeitada, 
pois em consequência da dificuldade de acesso à língua utilizada pela maioria 
desses alunos, ficam distanciados do processo ensino aprendizagem e mesmo após 
anos de escolarização, comumente não apresentam domínio mínimo dos conteúdos 
transmitidos que é necessário ao seu desenvolvimento e a sua adequada inserção 
social. 
Os documentos que norteiam as políticas da educação especial e concomitante 
educação inclusiva são os seguintes: 
 
 Lei Federal n 7.853, de 24 de Outubro de 1989 –dispõe Política Nacional 
para a integração da Pessoa Portadora de Deficiência. 
 Lei n 9.394, de 20 de Dezembro de 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional. 
 Lei n 3.298, de 20 Dezembro de 1999 – institui Política Nacional para a 
integração da Pessoa Portadora de Deficiência. 
 Lei n 10.172, de 09 de Janeiro de 2001 – Aprova o Plano Nacional de 
Educação. 
 Resolução CNE n 02, de 11 de Setembro de 2001 – institui as Diretrizes 
Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. 
 
Estas leis teoricamente fazem com que sejam respeitados os direitos das 
pessoas que necessitam de atendimento especializado. A inclusão veio para 
17 
 
transformar a educação do nosso país, onde a escola seja para todos, recebendo 
alunos “normais” ou com algumas necessidades especiais. As pessoas ouvintes 
muitas vezes confundem essa deficiência com problemas mentais, onde na verdade 
não é, o surdo vê o mundo apenas com outros olhos, de uma forma visual ele cria 
seu próprio mundo e vivencia suas experiências. 
 
3.2 Tipos de Deficiência Auditiva e suas Causas 
A deficiência auditiva é a perda parcial ou total das possibilidades auditivas 
sonoras, variando em graus e níveis. Vejamos a seguir alguns tipos dessas 
deficiências: 
 Deficiência Auditiva Condutiva: qualquer interferência na transmissão do som 
desde o conduto auditivo externo até a orelha interna. Pode ser corrigido por 
meio de tratamento clínico ou cirurgia; 
 Deficiência Auditiva Neurossensorial: quando a possibilidade do som pode se 
manifestar em qualquer idade; 
 Deficiência Auditiva Mista: quando há alteração na conduta do som até o 
órgão terminal sensorial e lesão no nervo auditivo, o diagnóstico é feito 
através de um audiograma; 
 Pré-Natal: a criança adquire a surdez da mãe no período gestacional; 
 Perinatais: a criança fica surda quando há complicações no parto como 
infecções hospitalares e prematuridade. 
Algumas causas importantes de surdez de condução são: obstrução por acúmulo 
de cera ou por objetos introduzidos no canal do ouvido, Perfuração ou outro dano 
causado no tímpano, Infecção no ouvido médio, Infecção, lesão ou fixação dos 
pequenos ossinhos (ossículos) dentro do ouvido médio (LINDEN, 2008). 
A surdez é uma condição que se manifesta com diferentes graus, desde perdas 
auditivas leves até a surdez profunda. Grande parte dos casos de surdez é 
transmitida durante a gravidez como consequência do consumo de álcool e drogas, 
má nutrição da mãe, doenças como diabetes, ou mesmo infecções que surgem 
durante a gestação como sarampo ou rubéola. 
3.3 Trajetória da Inclusão de Surdos 
18 
 
Na antiguidade acreditava-se que as pessoas deficientes não podiam ser 
educadas, eram consideradas aberrações. No Século XVI que se começa a 
considerar a possibilidade do surdo aprender, nas tentativas iniciais além da atenção 
dada à fala, a língua escrita também desempenhava papel fundamental. Professores 
utilizavam alfabetos digitais inventados por eles mesmos, no entanto essa 
ferramenta era privilégio apenas para surdos ricos. 
3.4 Papel da Família 
 
O papel da família é fundamental no processo de inclusão, pois é de suma 
importância que ela prepare o seu filho para conviver fora do seio familiar e faça o 
acompanhamento no desempenho do ensino/aprendizagem. A família constitui o 
primeiro universo de relações sociais da criança. Porquanto, é no seio familiar que a 
criança pode encontrar um ambiente favorável de crescimento e desenvolvimento ou 
um ambiente desfavorável, que na verdade gera dificuldades. Assim a criança Surda 
pode ser melhor se ela encontrar na sua família apoio e um ambiente favorável. A 
família desempenha um papel preponderante no processo de inclusão de alunos 
surdo, porque consideram que a família deve preparar os filhos para a inclusão. 
A família tem um papel importante e fundamental no trabalho fonoaudiólogo. 
Ela oferece á criança surda situação do dia a dia para a estimulação, seja por meio 
oral ou de sinais, além do mais é necessário que se trabalhe com o envolvimento de 
toda a família no processode estimulação para que todos possam sentir-se capazes 
de ajudar e se responsabilizarem pela educação da criança surda, que por sua vez 
deve ser vista em sua totalidade dentro do contexto familiar. 
A ajuda aos pais, quando qualificada e oportuna, poderá ter efeito significativo 
se for realizada nos primeiros anos de vida da criança, período crítico de seu 
desenvolvimento. Segundo Ackerman (1986, p 38) 
[“...] família é a unidade de desenvolvimento 
e experiência, realização e fracasso, saúde e 
enfermidade”, portanto a família deve ser 
uma presença constante, não para 
superproteger, mas para servir de apoio 
moral, afetivo, enfim, é a estrutura do ser 
humano, em seu desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
19 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A deficiência auditiva é, certamente, um assunto de máxima relevância e de 
interesse de toda a sociedade, seja em ambiente escolar ou não, já que trata-se de 
um tema que envolve o ser humano em sua cognição e adaptação social. As 
pessoas com deficiência auditiva têm o direito e devem ser inseridas normalmente 
na sociedade. Parece haver concordância geral deque as crianças com surdez, que 
possuem pais ouvintes, superam-se mais quando o diagnóstico é feito o mais cedo 
possível e quando há tempo de ajudar a família na aceitação do limite auditivo da 
criança e no desenvolvimento de sua linguagem. 
A ajuda aos pais e professores deve incluir informações (repetidas 
frequentemente: o quanto for necessário); oportunidade de fazer perguntas; apoio 
nas crises emocionais, por ocasião do diagnóstico; aquisição do aparelho auditivo e 
instruções com relação a seu uso e manutenção; conselhos sobre a educação 
infantil; ajuda na interpretação do significado da surdez para os parentes e 
experiência junto a diferentes surdos (adultos e crianças). 
Entretanto, o governo infelizmente não disponibiliza verbas satisfatórias para 
as escolas poderem comprar materiais adequados para trabalhar com esses alunos 
que necessitam de um aprendizado diferenciado. Para melhorar a vida escolar não 
apenas do aluno que é surdo, mas para os próprios professores, seria viável que 
todos os professores da rede de ensino fizessem uma capacitação, e aprendessem 
pelo menos o básico da língua, claro que não acabaria todos os problemas 
encontrados na sala de aula, mas já iria minimizar bastante. 
 Ainda, há muito a se fazer não apenas em relação à inclusão, mas em todo 
âmbito escolar, para todos os alunos que frequentam uma escola a fim de ter um 
aprendizado de qualidade, para prestar um vestibular e passar, dando continuidade 
à vida acadêmica. São poucos os alunos surdos que conseguem chegar a uma 
faculdade, e quando chegam muitas vezes não conseguem concluir por falta de 
profissionais especializados que o ajude em suas atividades que são bem mais 
difíceis, enquanto universitário. 
 
20 
 
REFERENCIAS 
 
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 
2008. 
 
SILVA, Aline Maira da. Educação especial e inclusão escolar: historia e 
fundamentos. 
 
SANTOS, M. P. dos. Educação especial: A família e o movimento pela inclusão. 
Brasília: 1999 
 
OLDFELD, Márcia. A criança Surda: Linguagem e Cognição numa perspectiva 
sócio-interacionista. 
 
DIOGO, José M.L. Parceria escola-família: A comunidade de uma educação. 
 
ALMEIDA, Elizabeth Oliveira Crepaldi. Leitura e Surdez: um Estudo com Adultos não 
Oralizados. Rio de Janeiro: Revinter, 2000

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