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Relatório seminário desonestidade(2) (1)

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CURSO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
FILOSOFIA E ÉTICA: DESONESTIDADE 
 
 
 
 
 
Acadêmicos: 
Dayane Franciely da Silva Morais 
Jocáçulo Alves da Silva 
Jamaika Gomes da Silva 
Katiellen Souza Silva 
Karine dos Santos Pereira 
Maria Girlene Oliveira Souza 
Rita de Cássia Ferreira de Souza Boa Sorte 
Tamara Pereira da Silva 
Zildete Felícia dos Santos 
 
Disciplina: Filosofia e Ética 
Professor: Gabriel do Nascimento Vieira 
 
 
 
 
 
Janaúba/MG 
Janeiro/2018 
 
 
 
 
FILOSOFIA E ÉTICA: DESONESTIDADE 
 
 
A honestidade é uma característica amplamente divulgada pela maioria 
das pessoas e há certo consenso que a honestidade é a melhor forma de conduzir 
toda nossa vida pessoal, como profissional. Discute-se que a honestidade é uma 
questão de educação, mas até mesmo pessoas que foram rigorosamente educadas 
com valores sociais, cultural, espiritual e moral podem vim a desenvolver a 
desonestidade, mas por que isso acontece? 
Diante de tal questão, devemos analisar o conceito de desonestidade: 
Ausência de honestidade, falta de sinceridade, particularidade da pessoa desonesta, 
má-fé; Ação, comportamento e dito que se opõem à moral ou ao pudor. Segundo 
Miotto (2013) o professor de Psicologia e Economia Comportamental, Dan Ariely, 
passou a se interessar pelos motivos que as pessoas trapaceiam e a partir do ano 
de 2002, começou uma investigação sobre o que é conhecido como honestidade, e 
principalmente sobre desonestidade. 
O pesquisador Dan Ariely realiza alguns experimentos de campo em 
situações reais, adotando uma abordagem comportamental e desafia a visão 
racional do “Modelo Simples do Crime Racional”. 
Segundo esse modelo, as ações criminosas acontecem prioritariamente 
pela “avaliação do custo-benefício” (principalmente a comparação entre o 
benefício do ato ilícito e a probabilidade de ser pego). A conclusão desses 
experimentos é que a investigação dos aspectos racionais de custo-
benefício que possam explicar o comportamento “muito” desonesto de 
alguns indivíduos parece possuir um poder de explicação menor do que as 
forças irracionais que levam um número maior de pessoas a trapacear “um 
pouco” (MIOTTO, p.1, 2013). 
Podemos analisar nesse sentido, que as pessoas se limitam em certas 
situações, nas suas ações, até o ponto em que a trapaça, o ato de desonestidade 
não afeta sua imagem de pessoa honesta. Segundo Marilena Chaui (2000), muitas 
pessoas ficam emocionadas em diversas ocasiões, diante de palavras e ações que 
manifestam honestidade, honradez, mas também são tomados pelo horror diante da 
violência, como estupros, torturas e linchamentos. “Sentimos cólera diante do 
 
 
 
cinismo dos mentirosos, dos que usam outras pessoas como instrumento para seus 
interesses e para conseguir vantagens ás custas da boa-fé de outros. Todos esses 
sentimentos manifestam nosso senso moral” (CHAUI, p.1, 2000). Diante disso, 
apresentamos o caso citado por Chaui, para exemplificar a discussão de 
desonestidade e ética. 
Caso 3: Um pai de família desempregado, com vários filhos pequenos e a 
esposa doente, recebe uma oferta de emprego, mas que exige que seja 
desonesto e cometa irregularidades que beneficiem seu patrão. Sabe que o 
trabalho lhe permitirá sustentar os filhos e pagar o tratamento da esposa. 
Pode aceitar o emprego, mesmo sabendo o que será exigido dele? Ou deve 
recusá-lo e ver os filhos com fome e a mulher morrendo? (CHAUI, p.1, 
2000). 
Diante desses questionamentos, é necessário entender o que é a conduta 
ética e como se dá essa relação com o sujeito ético ou moral. Para que se tenha 
uma conduta ética é necessário que exista o agente consciente que saiba diferenciar 
entre o bem e o mal. Assim tem-se uma consciência moral que se manifesta na 
capacidade de deliberar diante das alternativas possíveis, reconhecendo assim 
como capaz de julgar o valor dos atos e agir em conformidade com os valores 
morais. Para que a pessoa seja um sujeito ético ou moral, é preciso ser consciente 
de si e dos outros, ser dotado de vontade, ser responsável e ser livre. No campo 
ético têm-se dois pólos, o sujeito moral e os valores morais. 
 
Considerações Finais 
 
Considerando que o caso apresentado divide as opiniões, podemos 
analisar que no senso comum costuma-se dizer que os fins justificam os meios, mas 
nos estudos de ética essa frase não é tão óbvia. Pois, para que o pai de família 
chegue à finalidade que é conseguir sustentar os filhos e a esposa que está doente, 
os meios, a possibilidade disponível contradiz aos valores morais da nossa 
sociedade. 
 
 
 
A moral se conceitua pelo comportamento real dos indivíduos em relação 
às regras e aos valores que lhe são propostos. Segundo Selvino José Assmann 
(2014), quando alguém é obrigado a descumprir uma norma ele não pode ser 
responsabilizado moralmente pelo descumprimento, pois só há moralidade quando a 
pessoa tem possibilidade de escolha. 
No caso em questão, o pai que está desempregado sabe que a 
desonestidade, será exigida para que realize a sua função, tendo ele assim a 
possibilidade de escolha. Consideremos outro aspecto, a sociedade atual considera 
como um valor e um fim moral a honestidade, mas para que consiga um bom 
emprego e uma melhor condição financeira para a família, será preciso mentir, 
trapacear, agir com desonestidade. Nesse caso, os meios desrespeitam a 
consciência e a liberdade da pessoa moral. 
No caso da ética, portanto, nem todos os meios são justificáveis, mas 
apenas aqueles que estão de acordo com os fins da própria ação. Em 
outras palavras, fins éticos exigem meios éticos. 
A relação entre meios e fins pressupões que a pessoa moral não existe 
como um fato dado, mas é instaurada pela vida intersubjetiva e social, 
precisando ser educada para os valores morais e para as virtudes (CHAUI, 
p.4, 2000). 
Da mesma forma se dá no serviço público, pois a ética dos profissionais 
de administração tem como fundamento último do agir humano a busca do bem 
comum e da realização individual, voltando assim ao conceito de responsabilidade e 
liberdade do sujeito ético. Assim como estabelece o Art. 1º, inciso I, do Código de 
Ètica dos profissionais de Administração: 
I – exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, defendendo os 
direitos, bens e interesse de clientes, instituições e sociedades sem abdicar 
de sua dignidade, prerrogativas e independência profissional, atuando como 
empregado, funcionário público ou profissional liberal; (BRASIL, 2010). 
 
 
Referências 
 
ASSMANN, Selvino José. Filosofia e Ética. 3. ed. Revista atual. Florianópolis: 
Departamento de Ciências da Administração/ UFSC; Brasília: CAPES: UAB, 2014. 162p. 
 
 
 
BRASIL. Código de Ética dos profissionais de Administração. Resolução normativa CFA 
nº 393/2010. Disponível em: 
<http://www.cfa.org.br/servicos/publicacoes/codigo_etica/Codigo_de_Etica_WEB.pdf> 
Acesso em: 20 de janeiro de 2018. 
CHAUI, Marilena. A existência ética: Senso moral e consciência moral. In: Convite a 
filosofia. São Paulo: Ática, 2000. 
MIOTTO, Ana Paula. De verdade, o que é ser honesto. Revista de Administração de 
Empresas. São Paulo, vol. 53, n.2, Junho/Agosto, 2013. Disponível em: < 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75902013000400009> Acesso 
em: 21 de jan. 2018.

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