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DIREITO CIVIL IV – CASO CONCRETO 14 CASO - Otávio prometeu comprar, de Augusto, um imóvel não loteado em 50 prestações de R$ 3.000,00 (três mil reais) e quitou a obrigação em 26 de março de 2015. Diante da recusa do promitente vendedor em outorgar voluntariamente a escritura definitiva, viu-se na contingência de ajuizar ação de adjudicação compulsória em face de Augusto que, citado, alega não estar obrigado a fazer a escritura, pois o compromisso não se encontra devidamente registrado nos termos do artigo 1.418, do Código Civil, e não é esse o entendimento do Supremo Tribunal Federal. Indaga-se: a) O promitente comprador do imóvel tem direito real? Justifique. R= Art. 1417, do Código Civil. b) Está correta a afirmação de Augusto de que há necessidade de registro do negócio jurídico para fins de ação de adjudicação compulsória? Esclareça. R = A interpretação literal do artigo 1418 do novo CC apresenta um retrocesso em relação à jurisprudência que se formou no sentido de que é dispensável o registro da escritura de compromisso de compra e venda para os fins da adjudicação compulsória de imóvel. A relação obrigacional que une os contratantes exige do primeiro a quitação do preço e do segundo, a outorga da escritura definitiva, sendo o registro indispensável apenas para a formação do direito real de aquisição. Nesse sentido, confira-se a súmula 239 do STJ e o enunciado n° 95 da I Jornada de Direito Civil: “o direito à adjudicação compulsória (art. 1418 do novo CC), quando exercido em face do promitente vendedor, não se condiciona ao registro da promessa de compra e venda no cartório do registro imobiliário (súmula n° 239 do STJ) ”. O registro produzirá efeitos contra terceiros, mas não em face do promitente vendedor. Questão objetiva (IAPJM Advogado 2010) Quanto aos efeitos dos direitos reais de garantia, assinale a opção correta. a. No direito brasileiro, vigora a regra de que o crédito real prefere ao pessoal, salvo se este gozar de privilégio. b. O credor de uma segunda hipoteca efetuada sobre determinado imóvel perderá a garantia do bem hipotecado. c. Ainda que não convencionado, o pagamento parcial de uma dívida importará a liberação de garantia na proporção do pagamento efetuado. d. Os herdeiros do devedor pignoratício poderão remir parcialmente o penhor, na proporção de seus quinhões. e. O credor tem o direito de penhorar o imóvel afetado ao pagamento da dívida de quem quer que o detenha.
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