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nutricao seringueira

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Nutrição e Adubação da Seringueira
Prof. Ms. Andrisley J. Da Silva
Maio - 2010
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Nutrição mineral
Calagem
Adubação de formação de mudas
Adubação de plantio
Adubação de formação e produção
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Nutrição Mineral
 Importância do estudo da Nutrição de Plantas;
 Os nutrientes das plantas são provenientes de três sistemas, sendo eles:
Ar, Água e Solo
 Cerca de 92% da matéria seca das plantas provém dos sistemas Ar e Água;
 Apenas 8% da matéria seca das plantas provém do sistema Solo;
 Importância Qualitativamente do sistema Solo.
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Funções dos Nutrientes
Tabela 1. Principais funções dos macronutrientes (Malavolta, 1980).
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Funções dos Nutrientes
Tabela 2. Principais funções dos micronutrientes (Malavolta, 1980).
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Absorção e movimento dos nutrientes nas plantas
 A absorção de um nutriente é a sua entrada na planta;
 Translocação;
 Redistribuição;
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Absorção de Nutrientes
Formas de nutrientes absorvidas pelas plantas (Malavolta, 1980).
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Absorção de Nutrientes
Tabela 4. Participação relativa da Interceptação radicular, do fluxo de massa e da difusão no contato nutriente-raiz (Malavolta, 1980).
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Movimento dos Nutrientes
 É no movimento de redistribuição que ocorrem diferenças quanto à mobilidade dos nutrientes. 
Tabela 5. Mobilidade dos nutrientes aplicados nas folhas (Malavolta, 1980).
 O aspecto de mobilidade é de fundamental importância na nutrição das plantas, principalmente nas perenes, que recebem adubação de forma localizada e exploram o mesmo volume de solo por vários anos.
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Marcha de acúmulo dos nutrientes
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Viégas et al. (1992)
Acúmulo de nutrientes em função da idade de mudas de seringueiras
N
K
P
Ca
S
Mg
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Viégas et al. (1992)
Acúmulo de nutrientes em função da idade de mudas de seringueiras
Fe
Mn
Zn
B
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Raij e Cantarella (1997)
Conteúdo de alguns macronutrientes nos produtos colhidos de seringueira (produção média 1-1,5 t ha-1) 
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Se a exigência nutricional da planta não for atendida
Deficiência nutricional
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Deficiência nutricional
Levantamento estado nutricional 40 seringais (SP) 
As produtividades mais elevadas de alguns seringais foram associadas com níveis mais altos de N e K nas folhas. 
Não ocorreram deficiências visíveis de Ca e Mg, porém os baixos níveis de P tanto nas folhas como nos solos possivelmente estejam afetando a produtividade. 
							(Bataglia, 1988)
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Deficiência nutricional
Como comprovar se o problema na cultura é de natureza nutricional?
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Se a exigência nutricional da planta não for atendida
Deficiência nutricional
Como seria a evolução do distúrbio nutricional?
Como seria os sintomas nas plantas?
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Sintomas de Deficiência de Nutrientes
Seqüência de eventos biológicos que conduzem aos sintomas visíveis de deficiência de zinco (Malavolta et al., 1997).
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Princípios gerais para a diagnose visual de desordens nutricionais (Marschner, 1986).
Sintomas de Deficiência de Nutrientes
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Deficiência de Nitrogênio (N)
 É o nutriente mais importante da planta e responsável pelo crescimento e Clorofila.
 A falta desse elemento na seringueira apresenta primeiramente uma coloração verde-amarelo-pálida das folhas.
Sintoma de deficiência de nitrogênio nas folhas velhas.
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Deficiência de Fósforo (P)
 É essencial para a divisão celular, fotossíntese e tecido meristemático da planta. 
 A falta provoca um bronzeamento na parte apical da folha e de forma não muito clara. Em geral, começa do ápice, que depois se torna queimado e enrolado para dentro.
Sintoma de deficiência de fósforo nas folhas velhas.
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Deficiência de Potássio (K)
 A falta de potássio provoca uma clorose na borda e no ápice da folha, seguida por uma necrose marginal.
Sintoma de deficiência de K nas folhas velhas.
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Deficiência de Cálcio (Ca)
Os sintomas são nas folhas do lançamento superior e em casos mais graves, nos próprios brotos. 
Sintoma de deficiência de Ca nas folhas novas.
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Deficiência de Cálcio (Ca)
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Deficiência de Magnésio (Mg)
Os primeiros sintomas da falta de Mg são caracterizados por uma clorose internerval nas folhas, que evolui depois para o interior delas, formando um desenho parecido com uma espinha de peixe.
Sintoma de deficiência de Mg nas folhas velhas.
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Deficiência de Enxofre (S)
 A deficiência provoca o surgimento de um gradativo amarelamento uniforme de na folha, que depois pode se transforma num chamuscamento da ponta que pode afetar toda a parte distal.
Sintoma de deficiência de S nas folhas novas.
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Deficiência de Boro (B)
 O boro é um elemento impar entre os nutrientes, por haver diferenças mínimas entre a concentração adequada e tóxica. 
 Para a seringueira, a falta dele resulta numa redução e distorção das folhas, e as nervuras parecem mais largas. Não existe perda de cor nesse caso.
Sintoma de deficiência de B nas folhas novas.
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Deficiência de Boro (B)
Sintoma de deficiência de boro nas folhas novas.
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Deficiência de Boro (B)
Sintoma de deficiência de boro nas folhas novas.
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Deficiência de Cobre (Cu)
 A falta desse elemento na seringueira apresenta-se primeiramente nas folhas mais novas, com murchamento da borda na ponta da folha com abaulamento para cima.
 Na murcha desenvolve-se um chamuscado castanho que pode se espalhar para a lamina debaixo e ocorrer e desfoliação precoce.
Deficiência de Cu nas folhas novas.
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Deficiência de Ferro (Fe)
Com o tempo a folha assume um colorido amarelo e branco, com redução de tamanho.
Deficiência Fe nas folhas novas
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Deficiência de Manganês (Mn)
 O sintoma na seringueira apresenta-se com o uma palidez e amarelamento da folha com faixas de tecidos verde circundando a nervura mediana e nervuras principais. 
 Esses sintomas aparecem primeiro nas folhas das regiões médias e interior das hastes, e quando severo, pode se agravar para os lançamentos superiores.
Sintoma de deficiência de Mn nas folhas novas.
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Deficiência de Molibdênio (Mo)
 É importante no processo de fixação do N pela bactéria do solo. 
 Na seringueira, a falta provoca um chamuscamento castanho ao redor da folha, especialmente na região da ponta. 
Sintoma de deficiência de Mo nas folhas novas.
doenças em seringal no brasil
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Deficiência de Zinco (Zn)
Sintoma de deficiência de Zn nas folhas novas.
 Sua falta na seringueira caracteriza-se pela redução da largura da lamina foliar, em relação ao seu comprimento.
 A lamina também pode ficar retorcida e surgir uma clorose generalizada na folha. 
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Estado Nutricional
 Importância de estudos sobre a diagnose foliar de Seringueiras;
 O diagnóstico do estado nutricional como parâmetro para a recomendação da adubação ou ajuste, com reflexos diretos na produtividade e lucratividade;
 Formulação de um Padrão do estado nutricional das seringueiras;
 Variações existentes entre espécies e intra-espécies para a generalização dos padrões.
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Amostragem da folha-diagnose
Critérios para a coleta da folha-diagnose:
 Tipo de Folha;
 Época de Coleta; 
 Número de Folhas por Talhão.
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Amostragem da folha-diagnose
(Raij e Cantarella, 1997).
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Procedimentos no Campo
Os procedimentos que devem ser seguidos para a amostragem de folhas no campo é semelhante ao descrito no caso da amostragem de solo (Prado, 2008).
 Caminhamento em ziguezague;
 Caminhamento em nível;
 Evitar plantas próximas de estradas ou carreadores;
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Procedimentos no Campo
Não se deve proceder a amostragem de folhas nas seguintes condições:
 Plantas com sinais de pragas e moléstias;
 Glebas que receberam adubação há menos de 30 dias ou defensivos;
 Variedades diferentes;
 Tecidos mortos ou com danos;
Não misturar folhas com diferentes idades;
 Evitar coletar folhas após ocorrência de alta precipitação;
 Em culturas perenes não misturar ramos produtivos com ramos não produtivos;
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Faixa de teores adequados de macronutrientes e de micronutrientes em seringueira em produção
(Raij e Cantarella 1997)
Teores de Nutrientes
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Adubação da Seringueira
"A adubação mineral é o mais importante fator de aumento da produtividade agrícola" (Raij, 1992). 
Potencial tecnológico disponível para atingir os objetivos de uma agricultura moderna e competitiva.
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Adubação da Seringueira
A adubação não é uma prática isolada que afeta a produção. 
Deve ser avaliada em conjunto de outras práticas que também afetam a produção e, por conseguinte, conduzem a uma maior necessidade de nutrientes.
 a calagem;
 a irrigação; 
 o controle de pragas, doenças e plantas invasoras;
 o uso de variedades mais produtivas;
 o manejo eficiente do solo, etc.
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Adubação da Seringueira
 necessidade de conhecer as interações a fim de que toda a potencialidade dos adubos possa ser traduzida em produção.
 A calagem constitui o fator principal para garantir a maior eficiência da adubação
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Adubação da Seringueira
 A baixa produtividade (<1,0 t ha-1) associadas a solos com acidez mais elevada (V = 27%), (Bataglia et al., 1988) 
 A calagem é recomendada para elevar V a 50% no Estado de São Paulo (Cardoso, 1992)
 Roque et al. (2004), a produtividade máxima esteve associada à saturação por bases de 57% e teor foliar de Ca de 8 g kg-1.
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Adubação da Seringueira
Aspectos que podem acarretar a falta de resposta à adubação:
emprego de adubo incompatível com o solo ou a cultura;
época incorreta de aplicação;
localização inadequada do fertilizante;
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Adubação da Seringueira
Aspectos que podem acarretar a falta de resposta à adubação:
mistura mal preparada;
quantidade inadequada;
má qualidade do adubo;
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Adubação da Seringueira
Aspectos que podem acarretar a falta de resposta à adubação:
solos com alto poder de fixação;
chuvas intensas e prolongadas; 
preparo inadequado do solo;
problemas com plantio ou tratos culturais;
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Adubação da Seringueira
Aspectos que podem acarretar a falta de resposta à adubação:
sementes ou mudas de má qualidade;
pragas e moléstias;
temperatura, chuva de granizo, veranico, etc.
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Adubação da Seringueira
Eficiência dos fertilizantes é outro fator responsável a falta de resposta da adubação.
Adubos nitrogenados tem eficiência estimada em 60%;
Adubos potássicos em 70%;
Adubos fosfatados, 30-40% em geral.
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Adubação da Seringueira
A lixiviação, no caso o N e o K, podem diminuir ao longo do tempo para o seringal devido ao sistema radicular abrangente e profundo da cultura. 
A alta capacidade de fixação de fósforo dos solos tropicais é a responsável pelo baixo aproveitamento do P dos fertilizantes pelas culturas. 
Aliado a isso, as diferentes metodologias usadas nas análises de solo, para a extração de P, refletem as dúvidas sobre o assunto.
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Adubação da Seringueira
Supondo a aplicação de 1 kg de adubo por planta, o custo sairá em torno de R$ 1,50/planta, de modo que ela precisa produzir pelo menos 1 kg a mais de látex por planta para compensar essa adubação.
 “Uma boa seringueira normalmente produz 10 kg de látex por ano. Se com a adubação o produtor conseguir acrescentar 1 kg com essa adubação, já paga pela borracha produzida a mais”, 
Bataglia
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Adubação na formação de mudas
Preparo do substrato
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Adubação na formação de mudas
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Adubação na formação de mudas
Preparo do substrato é feito dividindo-se em 3 partes de solo: 
 1 parte de esterco curtido;
 2,5 a 3,0 kg de superfosfato simples;
 0,5 kg de cloreto de potássio por metro cúbico. 
Em sistemas de semeadura indireta, que utilizam sementeiras, é recomendado aplicar (incorporado ao solo): 
 5-10 kg de esterco de curral curtido;
 100 g de superfosfato simples;
 50 g de cloreto de potássio por metro quadrado de canteiro.
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Adubação de cobertura em mudas de seringueira.
Aplicar adubação no solo aos 60; 120 e 180 dias após o transplantio e, nessa mesma épocas aplicar micronutrientes via adubação foliar.
Adubação na formação de mudas
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Pereira et al. (1993) concluíram para produção de mudas de seringueira em sacos plásticos, usando como substrato o solo, as doses de NK (200 ppm) e P (70 ppm), promoveram desenvolvimento adequado das plantas até a época necessária para o seu plantio no campo. 
Moreira et al. (2006) verificaram que o nível crítico de B na folha de mudas de seringueira, alcançado com aplicação de ácido bórico, é de 31,8 mg kg-1. 
Adubação na formação de mudas
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Adubação de plantio
Incorporar na cova 30 g de P2O5, 30 g de K2O e, em solos deficientes de zinco (teor de Zn < 0,6 mg dm-3 em DTPA), 5 g de Zn. 
Quando disponível, usar 20 L de esterco de bovino curtido
Adubação da Seringueira
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Adubação de pós-plantio (primeiro ano)
Aplicar nitrogênio em cobertura, em 3 parcelas de 30 g por planta durante o primeiro ano.
Adubação da Seringueira
Bataglia e Gonçalves et al. (1997)
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Adubação de formação e produção
Recomendação da adubação de produção em função da análise química do solo
(Bataglia e Gonçalves et al., 1997)
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Adubação de formação e produção
Época e modo de aplicação dos fertilizantes
Metade da adubação no início e metade no fim das águas, distribuídas ao redor das árvores
(Bataglia e Gonçalves et al., 1997)
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Obrigado
andrisley@fimes.edu.br

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