Buscar

APOSTILA COMPOSIÇÃO E ESTÉTICA DO AMBIENTE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

1
COMPOSIÇÃO E ESTÉTICA DO AMBIENTE 
 
A atividade do Designer de Interiores concentra-se, principalmente, na percepção e transformação do 
Espaço Tridimensional. Todo e qualquer ambiente (espaço tridimensional) deve ser funcional e visualmente 
atrativo e agradável, tendo como objetivo atender as necessidades físicas e emocionais do usuário. 
Entende-se que um ambiente funcional é aquele que não compromete a saúde (física e emocional) do 
usuário, como, por exemplo: a localização dos móveis dificulta a circulação de pessoas; a iluminação é 
inadequada; o piso é liso demais para uma área úmida, etc. 
O objetivo deste módulo é capacitar o aluno a perceber o espaço tridimensional (ambiente) no plano 
bidimensional (projeto – papel), possibilitando-o a desenvolver estudos de layout e a incorporar os aspectos 
estéticos e visuais que caracterizarão a Composição e Estética do Ambiente. 
De forma geral, para a elaboração deste trabalho são necessárias as seguintes etapas: 
• Conhecer o espaço – visita ao local, levantamento dimensional e fotográfico e/ou projeto arquitetônico; 
• Compreender o cliente, suas necessidades e desejos (briefing do projeto); 
• Pesquisar e dominar os aspectos técnicos, que englobam: a ergonomia (o organismo humano e as 
suas funções, antropometria, dimensionamento dos espaços, prossêmica e conforto ambiental); as 
Normas Técnicas vigentes, dos órgãos públicos; as áreas destinadas à circulação (acessibilidade) e 
dimensão e funcionamento de móveis e eletrônicos e eletrodomésticos; 
• Determinar a composição visual do ambiente, utilizando os princípios de equilíbrio, contraste, ênfase, 
proporção, padrão e gradação, utilizando os elementos: linha, forma, tamanho, espaço, cor, textura e 
valor; 
• Idealizar o tema da decoração, que atenda as necessidades estéticas e emocionais do cliente, através 
da escolha adequada de materiais e produtos, da aplicação harmoniosa de cores e texturas e do estilo 
de decoração. 
Como o briefing do projeto é uma particularidade de cada caso, serão abordados, nesta apostila, os 
demais assuntos relevantes. 
 
ERGONOMIA 
O Design de Interiores está intimamente ligado a Ergonomia, quer seja em projeto residencial, 
comercial ou institucional. Esta ciência tem papel importante na concepção de espaços, primando pelo correto 
dimensionamento, conforto, usabilidade e a interação do meio com o usuário. 
 
DEFINIÇÃO: 
 O termo ergonomia vem do grego: 
 ergon = trabalho e nomos = legislação, normas 
 Seguindo estas denominações, pode-se configurar a ergonomia como a adaptação do trabalho ao 
homem.Tem-se varias definições de ergonomia, e em todas, apresenta-se a interação do homem e o trabalho, 
ou seja, o sistema homem - máquina - ambiente. 
Segundo o dicionário Aurélio, o termo ergonomia é definido como: “Conjunto de estudos que visam à 
organização metódica do trabalho em função do fim proposto e das relações entre o homem e a máquina”. 
 2
 Para a ABERGO – Associação Brasileira de Ergonomia, a ergonomia é definida como “o estudo das 
interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o ambiente, objetivando intervenções e projetos que 
visem melhorar, de forma integrada e não dissociada, a segurança, o conforto, o bem-estar e a eficácia das 
atividades humanas.”. 
 
ÁREAS DE INTERESSE DA ERGONOMIA 
• as características materiais do trabalho como o peso dos instrumentos, a resistência dos comandos, a 
dimensão do posto de trabalho; 
• o meio ambiente físico (o ruído, iluminação, vibrações, ambiente térmico); 
• a duração da tarefa, os horários, as pausas no trabalho; 
• o modelo de treinamento e aprendizagem. 
• as lideranças e ordens dadas. 
A ergonomia contribui muito para tornar o trabalho do mais homem leve e eficiente, alem de adequar o 
meio às necessidades e bem estar, proporcionando conforto e segurança. 
 
ERGONOMIA E DESIGN DE INTERIORES 
O estudo e aplicação da ergonomia são imprescindíveis tratando-se de design de interiores, que busca 
unir a estética, a funcionalidade e conforto dos espaços concebidos. 
A funcionalidade de um ambiente exigirá layout prático, com dimensões compatíveis para circulação, 
prossêmica, disposição dos móveis de forma lógica, mobiliário com dimensionamento apropriado ao usuário e 
sua finalidade. O conforto ambiental proporciona segurança, comodidade e bem estar aos usuários, através da 
adequação das condições naturais e artificiais como luz, umidade, temperatura, ruído, entre outros. 
Para criação de ambientes ergonômicos, faz-se necessário estudo do organismo humano e suas 
funções, da antropometria estática, dinâmica e funcional e suas aplicações, do dimensionamento e parâmetros 
para projetos, conceitos básicos de conforto ambiental, e as normas e recomendações ergonômicas. 
 
1. ORGANISMO HUMANO E SUAS FUNÇÕES 
 O conhecimento do organismo humano e suas principais funções são relevantes à ergonomia, pois 
influem no trabalho e adaptação do organismo humano. 
 
1.1 – Sistema Nervoso: 
 É o iniciador da atividade muscular e regulador das nossas funções mentais e físicas. 
 
Figura 1: Esquema da divisão do sistema nervoso 
Fonte: DULL, 2004 
 3
 
O sistema nervoso central recebe, analisa e integra informações. É o local onde ocorre a tomada de 
decisões e o envio de ordens 
O sistema nervoso periférico carrega informações dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central 
e do sistema nervoso central para os órgãos efetores (músculos e glândulas). 
 
1.2 – Músculos 
 
Os músculos são tecidos fibrosos, responsáveis 
pelo movimento do corpo, que transformam energia 
química em contração. Os músculos do organismo 
humano são classificados em liso, estriado e 
esquelético. 
 O corpo humano é estruturado pelos ossos, que 
se juntam através das articulações, e que são 
movimentados pelos músculos. Cada movimento 
trabalha com, ao menos, dois músculos, que estarão 
sempre agindo de forma antagônica, ou seja: contração 
e distensão. 
 
 
Figura 2: Funcionamento dos músculos – contração e distensão 
Fonte: IIDA, 2005 
 
1.3 – Coluna Vertebral 
 
 
A coluna vertebral é uma estrutura óssea, 
composta de 33 vértebras, sendo 24 flexíveis, que se 
classificam em cinco grupos: cervical (7), torácica (12), 
lombar (5), sacro (5) e cóccix (4). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Divisão da coluna vertebral 
Fonte: www.sogab.com.br 
 
 
 4
A coluna vertebral tem as funções de dar sustentação e equilíbrio ao corpo, mobilidade da cabeça e do 
tronco, e proteger a medula e as raízes nervosas. 
 Apesar de ser uma grande estrutura, a coluna é uma das partes mais fracas do organismo humano, e 
apresenta-se vulnerável a deformações, podendo ser congênitas, por esforços ou má postura. As principais 
anormalidades da coluna são: a lordose, cifose e escoliose. 
 
Figura 4: Cifose com lordose e lordose Figura 5: Escoliose 
Fonte: www.sogab.com.br Fonte: www.sogab.com.br 
 
 Além do sistema nervoso, dos músculos e da coluna vertebral, também são importantes para a 
ergonomia o metabolismo do organismo, de onde provem à energia do corpo; a visão, que é o sentido mais 
importante, e suas particularidades; a audição e percepção dos sons, o olfato e paladar que são sentidos 
interelacionados, e o senso cinestésico. Considerando a grandeza do organismo humano, pode-se afirmar que 
os órgãos e os sentidos estão em perfeita interação. 
 
2. ANTROPOMETRIA 
 Ao tratar de projeto de móveis, de interiores, estaremos sempre trabalhando com as medidas dos 
usuários,por isso, o estudo da antromometria é de suma importância. 
A antropometria é o estudo das medidas físicas do corpo humano, e cada vez mais, a indústria precisa 
destes dados para aumentar a produtividade e reduzir custos. 
 Segundo IIDA (2005), existem variáveis que trazem diferenças entre os dados antropométricos, que se 
manifestam desde o nascimento. Homens e mulheres têm diferenças de estatura de 6 a 11%. Existem também 
as diferenças devidas às variações étnicas, do clima, e em alguns casos, variações extremas dentro de uma 
mesma população. 
Na década de 40, realizou-se um estudo para identificar as diferenças individuais, e o pesquisador 
William Sheldon e sua equipe, identificou três tipos físicos básicos: eftomorfo, mesomorfo e endomorfo. 
 
 
 
 
 
 
 
 5
 
 
Figura 6: Variações corporais 
Fonte: IIDA, 2005 
 
 
Figura 7: Tipos básicos do corpo humano, segundo pesquisa de Sheldon em 1940 
Fonte: IIDA, 2005 
 
 Com o tempo, observou-se que a maioria das pessoas não pertence rigorosamente a nenhum desses 
tipos básicos, mas podem ser: mesomorfo-endomórfico, endomorfo-ectomórfico ectomorfo-mesomórfico assim 
por diante. 
 A tomada de medidas é uma ação importante para determinar aspectos relacionados ao ambiente de 
trabalho, no sentido de manter uma boa postura, para dimensionamento de produtos e espaços. 
 Sempre que se for necessário levantar dados antropometricos, é importante considerar os objetivos 
para que se queiram as medições, a definição de quais medidas, qual a amostra que será realizada, e uma 
análise dos dados levantados. 
 6
 
 
Figura 8: Variáveis medidas da antopometricas estática 
Fonte: IIDA, 2005 
 
 A antropometria pode ser estática, funcional ou dinâmica; atendendo as diversas posições do corpo 
humano e suas atuações 
• Antropometria estática - que se refere à medição do corpo parado. 
• Antropometria dinâmica - mede os alcances dos movimentos. 
• Antropometria funcional - quando as medidas são associadas à análise da tarefa. 
 
 
Figura 9: Coluna Vertebral – antropometria dinâmica 
Fonte: IIDA, 2005 
 
 
 7
 
Figura 10: Ombro – antropometria dinâmica 
Fonte: IIDA, 2005 
 
 
Figura 11: Cotovelo – antropometria dinâmica 
Fonte: IIDA, 2005 
 
 
Figura 12: Quadril e Joelho – antropometria dinâmica 
Fonte: IIDA, 2005 
 
Figura 13: Tornozelo e Punho – Antropometria dinâmica 
Fonte: IIDA, 2005 
 
 
 8
 Com a aplicação destas medidas, é possível a construção de modelos bidimensionais ou 
tridimensionais que auxiliarão no desenvolvimento e dimensionamento de um projeto. 
 Existe bibliografia com dados antropometricos, como Croney (1971), Panero (1996), entre outros; além 
softwares com banco de dados da população brasileira, como o Ergokit. 
 
2.1 – Aplicação de dados antropometricos 
 Sempre que formos utilizar dados antropometricos, esbarraremos na dúvida de qual medida adotar: a 
máxima, a média ou a inferior. Antes de adotarmos quais os valores serão utilizados, devemos considerar 
todas as possíveis variáveis (profissão, faixa-etária, etnia...). 
 DUL (2004) salienta a importância de se considerar as diferenças individuais do corpo, e em muitas 
situações, a adoção das medidas mínimas, por exemplo, no alcance dos braços num painel de controle; ou o 
dimensionamento máximo numa saída de emergência. 
 
Critérios para aplicação dos dados antropométricos: 
• 1º Princípio: Os projetos são dimensionados para a média da população. 
Este princípio é aplicado principalmente em produtos de uso coletivo, que devem servir a diversos usuários. 
Isto não significa que é ideal a todos, mas causa menos desconforto à maioria. 
• 2º Princípio: Os projetos são dimensionados para um dos extremos da população 
De acordo com este princípio, emprega-se um dos extremos – superior ou inferior para dimensionamento de 
projetos. 
Para utilização deste princípio, é necessário saber qual é a variável limitante 
• 3º Princípio: Os projetos são dimensionados para faixas da população 
Alguns produtos são fabricados em diversos tamanhos, como roupas que são fabricadas em tamanhos P, M e 
G. 
A maioria das pessoas usará estes produtos com conformo e outras com menos conforto 
• 4º Princípio: Os projetos apresentam dimensões reguláveis 
Alguns produtos podem ter certas dimensões reguláveis para se adaptar aos usuários individuais. Essas 
regulagens não abrangem o produto todo, apenas algumas variáveis consideráveis críticas para o 
desempenho. 
• 5º Princípio: Os projetos são adaptados ao indivíduo. 
Existem produtos projetados especificamente para um indivíduo, como no caso aparelhos ortopédicos, roupas 
sob medidas. 
Este princípio apresenta melhor adaptação entre produto e usuário, porém é o mais oneroso. 
 Cada vez mais, os projetos devem ser pensados e desenvolvidos para possibilitar plena usabilidade e 
conforto aos seus usuários. CAMBIAGHE (2007) ressalta que o próprio individuo apresenta mudanças ao 
longo da vida, e a inclusão – protegida por lei; adapta o meio e flexibiliza o uso de produtos. Portanto, sempre 
se deve incluir os idosos e cadeirantes como possíveis usuários de espaço e de produtos desenvolvidos. 
 
3. DIMENSIONAMENTO DE ESPAÇOS 
 Num primeiro momento, a tarefa de dimensionar ambiente parece fácil, se considerarmos as medidas 
antropométricas e mobiliário a ser utilizado num ambiente. PANERO (2002) adverte para interface do corpo 
 9
humano com o espaço; uma vez que num ambiente faz-se necessário o espaço livre para locomoção, e os 
movimentos e alcances imprescindíveis. 
 Considerando que todo ambiente é ativo, alguns com mais variedade que outros, levam-se em conta o 
espaço físico e seus elementos (portas, janelas, colunas, entre outros) e suas dimensões, o mobiliário e o 
layout de circulação, além, é claro o corpo humano e suas possíveis ações. 
 Como ambiente, existem os residenciais, os comerciais, os institucionais, as áreas internas e externas, 
e cada um com sua finalidade. Todos têm portas e janelas (com diferentes dimensões e posições). Todos são 
mobiliados, e esses móveis são de guarda, de assento, de repouso; alguns têm portas, outros, gavetas. Nos 
ambientes as pessoas andam, sentam, deitam, abaixam-se, esticam os braços e pernas. 
 
 
 
Figura 14: Layout de circulação e dimensionamento de cozinha 
Fonte: IIDA, 2005 
 
 
Figura 15: Dimensionamento e posicionamento diante de um guarda-roupa 
Fonte: IIDA, 2005 
 
 10
4. PROSSÊMICA 
A prossêmica (ou proxêmica) estuda as distâncias físicas que as pessoas estabelecem 
espontaneamente entre si no convívio social, e das variações dessas distâncias de acordo com as condições 
ambientais e os diversos grupos ou situações sociais e culturais em que se encontram. 
Hall (2005) apresenta um estudo sobre a psicologia do espaço, onde, além das propriedades físicas, 
existe também uma construção mental que transforma essas propriedades em imagens do espaço, ou seja, 
conjunto de processos perceptivos, cognitivos e afetivos pelos quais um indivíduo adquire conhecimentos 
sobre seu ambiente sócio – físico. 
A prossêmica identifica três diferentes distancias que podem ser tomadas pelos seres humanos: a 
distância pública, a social e a intima. 
 
5. CONFORTO AMBIENTAL 
 Como conforto ambiental, entende-se a relação que o homem estabelece com seu ambiente, e que 
depende de fatores como a iluminação, a temperatura e ruído. 
 
5.1 – Iluminação 
O homem tem uma imensa relação com a luz solar, uma vez que os ritmos fisiológicos e varias 
atividades dependem desta energia. Os tempos modernos fizeram com que os homens ficassem cada vez 
mais dependentes da luz artificial. Muitas vezes,a iluminação adotada não é adequada ao ambiente e, ou a 
atividade; e com isso, provocam fadiga ao usuário. 
Tanto as iluminações insuficientes quanto a excessiva, podem reduzir e dificultar o desenvolvimento 
das atividades, assim como provocar perturbações visuais, fadiga visual, ofuscamento, dores de cabeça, 
variações no sistema nervoso, acidentes no trabalho e até mesmo variações na produtividade, prejudicando a 
qualidade dos produtos. 
Existem duas formas básicas de iluminação: 
• Natural: Quando existe o aproveitamento direto (incidência) ou indireto (reflexão / dispersão) da luz 
solar. 
• Artificial: Quando é utilizado um sistema (em geral elétrico) de iluminação, podendo ser de dois tipos: 
1- - Geral: para se obter o aclaramento de todo o recinto. 
2- - Suplementar: para se reforçar o aclaramento de determinada superfície ou tarefa. 
 Fatores para uma iluminação adequada: 
Tipo de lâmpada - reprodução de cores 
- aplicações especiais carga térmica eficiência luminosa 
Tipo de Luminária - difusão 
- diretividade 
- ofuscamento / reflexos 
Quantidade de Luminárias - valor de iluminância 
Distribuição - homogeneidade 
- contrastes 
- sombras 
Manutenção - reposição 
- ambiente 
 11
5.2 – Temperatura 
 O corpo humano funciona como uma máquina, sempre gerando calor. Além disso, existem as trocas 
térmicas entre o corpo e o meio, por isso, a temperatura ambiental influi diretamente no desempenho do 
trabalho do homem. 
 Tanto excesso de calor, como de frio, causam problemas nas atividades humanas, como: 
• Redução da capacidade de concentração 
• Diminuição da capacidade de trabalho 
• Irritabilidade aumenta 
• Sonolência durante o trabalho 
• Aumento do risco de acidentes 
 
A sensação de conforto térmico depende de fatores ambientais, como a temperatura, a unidade relativa 
do ar, a velocidade do ar e a temperatura radiante. 
Zona de conforto térmico: 
• Temperatura ..................... 20º a 24ºC 
• Umidade relativa ................ 40 a 60% 
• Velocidade do vento ............ 0,2m/s 
 
Considerando que o corpo humano gera calor, existem temperaturas adequadas para cada tipo de 
atividade, não comprometendo assim riscos a saúde e nem a produtividade. 
 
 Trabalho Temperatura do Ar ºC 
Intelectual, sentado ................. 18 a 24 
Manual leve, sentado................ 16 a 22 
Manual leve, em pé .................. 15 a 21 
Manual pesado, em pé ............. 14 a 20 
Pesado ..................................... 13 a 19 
 
5.3 – Ruído 
 Ruído pode ser considerado todo e qualquer som indesejável, porém este é um conceito subjetivo, 
pois para alguns um som pode ser indesejável e para outros não. 
 O excesso de ruídos pode causar problemas à saúde, como a redução da capacidade de 
concentração, contribuir para falhas na comunicação, o aumento da irritabilidade e de riscos de acidente. 
 O ruído pode trazer conseqüências como: 
• Surdez de condução: redução da capacidade p/ transmitir vibrações do ouvido externo ao interno 
• Surdez nervosa: redução da sensibilidade das células nervosas (cóclea) 
• Surdez temporária ou permanente: reversível ou não, dependendo de fatores como freqüência, 
intensidade e tempo 
O ruído pode ser caracterizado pela sua freqüência (Hz), pela sua intensidade (dB), e pela sua duração 
em segundos, minutos ou horas. 
 
 
 12
Máxima exposição diária permissível Nível de Ruído (dB) 
8 horas ........................................ 85 
4 horas ........................................ 90 
2 horas ........................................ 95 
1 hora ........................................ 100 
30 minutos ................................. 105 
15 minutos ................................. 110 
Existem tabelas que nos fornecem os limites máximos de ruído por atividade, para que esta seja 
realizada sem perturbações. 
 
Tipo de Atividade Ruído Máximo (dB) 
 
Trabalho físico pouco qualificado ................... 80 
Trabalho físico qualificado ............................ 75 
Trabalho físico de precisão .............................70 
Trabalho rotineiro de escritório ........................70 
Trabalho de alta precisão ............................... 60 
Trabalho de escritório com conversas............... 60 
Concentração mental moderada....................... 55 
Grande concentração mental............................ 45 
Leitura concentrada.......................................... 35 
 
5.4 - Recomendações ergonômicas 
¾ Recomendações ergonômicas quanto à iluminação: 
• Iluminação ambiental entre 10 a 200lux 
• Locais de execução das tarefas devem ter uma iluminação entre 200 a 800lux 
• Tarefas que exigem muita precisão devem ser iluminadas com 800 a 2000lux 
• Evitar grandes diferenças de brilho no campo visual 
• Utilizar, sempre que possível, iluminação natural. 
• Evitar reflexos e sombras 
• Evitar a incidência de luz direta (usar iluminação difusa) 
• Para reduzir o ofuscamento, utilizar mais lâmpadas de menor intensidade 
 
¾ Recomendações ergonômicas quanto a temperaturas: 
• Ajustar a temperatura do ar ao esforço físico 
• Evitar umidade ou falta de umidade em excesso 
• Evitar superfícies radiantes muito quentes ou frias 
• Evitar correntes de ar 
• Evitar frio ou calor intenso 
• Os materiais manipulados não devem estar nem muito quentes nem muito frios 
• Usar roupas especiais 
 
 13
¾ Recomendações ergonômicas quanto ao ruído: 
• Manter os ruídos abaixo de 80 dB 
• Usar equipamentos mais silenciosos 
• Fazer manutenção periódica dos equipamentos 
• Confinar as máquinas ruidosas 
• Separar o trabalho barulhento do silencioso 
• Se necessário, utilizar equipamentos de proteção individual 
 
NORMAS TÉCNICAS ABNT 
• NR 17 - ERGONOMIA (117.000-7) 
 
 17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições 
de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de 
conforto, segurança e desempenho eficiente. 
17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de 
materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria 
organização do trabalho. 
17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no 
mínimo, as condições de trabalho conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora. 
17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais. 
17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora: 
17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado 
inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga. 
17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua ou que 
inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas. 
17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a 18 (dezoito) anos e maior de 14 
(quatorze) anos. 
17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo peso seja 
suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança. (117.001-5 / I1) 
17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, deve 
receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar com vistas 
a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. (117.002-3 / I2) 
 14
17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transportemanual de cargas, deverão ser usados meios técnicos 
apropriados. 
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens foram designados para o transporte manual de cargas, o peso 
máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer 
a sua saúde ou sua segurança. (117.003-1 / I1) 
17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros 
de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o esforço físico realizado 
pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou sua 
segurança. (117.004-0 / I1) 
17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação manual deverá ser 
executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de 
força e não comprometa a sua saúde ou sua segurança. (117.005-8 / I1) 
17.3. Mobiliário dos postos de trabalho. 
17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser 
planejado ou adaptado para esta posição. (117.006-6 / I1) 
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e 
os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devem 
atender aos seguintes requisitos mínimos: 
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância 
requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; (117.007-4 / I2) 
b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; (117.008-2 / I2) 
c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos 
segmentos corporais. (117.009-0 / I2) 
17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos estabelecidos no 
subitem 17.3.2 os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e 
dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do 
trabalhador em função das características e peculiaridades do trabalho a ser executado. (117.010-4 / I2) 
17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de 
conforto: 
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; (117.011-2 / I1) 
b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; (117.012-0 / I1) 
c) borda frontal arredondada; (117.013-9 / I1) 
d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar. (117.014-7 / I1) 
 15
17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise ergonômica 
do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador. 
(117.015-5 / I1) 
17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos 
para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas. 
(117.016-3 / I2) 
 17.4. Equipamentos dos postos de trabalho. 
17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às características 
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 
17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou mecanografia deve: 
a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa postura, 
visualização e operação, evitando movimentação freqüente do pescoço e fadiga visual; (117.017-1 / I1) 
b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a utilização do papel 
brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento. (117.018-0 / I1) 
17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo devem 
observar o seguinte: 
a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente, 
protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador; (117.019-8 / I2) 
b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as 
tarefas a serem executadas; (117.020-1 / I2) 
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela, 
olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais; (117.021-0 / I2) 
d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável. (117.022-8 / I2) 
17.4.3.1. Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo forem 
utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as exigências previstas no subitem 17.4.3 observada a 
natureza das tarefas executadas e levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho. 
17.5. Condições ambientais de trabalho. 
17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção 
constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de 
projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto: 
 16
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no INMETRO; 
(117.023-6 / I2) 
b) índice de temperatura efetiva entre 20ºC (vinte) e 23ºC (vinte e três graus centígrados); (117.024-4 / I2) 
c) velocidade do ar não-superior a 0,75m/s; (117.025-2 / I2) 
d) umidade relativa do ar não-inferior a 40 (quarenta) por cento. (117.026-0 / I2) 
17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas não apresentam 
equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de 
conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não-superior a 60 dB. 
17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os 
níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis na altura do tórax do trabalhador. 
17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou 
suplementar, apropriada à natureza da atividade. 
17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa. 
17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, 
reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. 
17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de 
iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO. (117.027-9 / I2) 
17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no campo de 
trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade 
do olho humano e em função do ângulo de incidência. (117.028-7 / I2) 
17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4, este será um plano 
horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso. 
17.6. Organização do trabalho. 
17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à 
natureza do trabalho a ser executado. 
17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo: 
a) as normas de produção;b) o modo operatório; 
c) a exigência de tempo; 
d) a determinação do conteúdo de tempo; 
e) o ritmo de trabalho; 
f) o conteúdo das tarefas. 
 17
17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e 
membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte: 
a) todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e vantagens de qualquer 
espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores; (117.029-5 / I3) 
b) devem ser incluídas pausas para descanso; (117.030-9 / I3) 
c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a 
exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigente na época anterior 
ao afastamento. (117.031-7 / I3) 
17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o disposto em convenções e 
acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte: 
a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envolvidos nas 
atividades de digitação, baseado no número individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, 
para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie; (117.032-5 / I3) 
b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8 (oito) mil por hora 
trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado; 
(117.033-3 / I3) 
c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 (cinco) horas, 
sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, 
observado o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam movimentos 
repetitivos, nem esforço visual; (117.034-1 / I3) 
d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 (dez) minutos para cada 50 
(cinqüenta) minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho; (117.035-0 / I3) 
e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a 
exigência de produção em relação ao número de toques deverá ser iniciado em níveis inferiores do máximo 
estabelecido na alínea "b" e ser ampliada progressivamente. (117.036-8 / I3) 
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego 
 
• NBR 9050 – ACESSIBILIDADE A EDIFICAÇÕES, MOBILIÁRIO, ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS 
URBANOS. (parcial) 
 
1 Objetivo 
 
1.1 Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, 
instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de 
acessibilidade. 
1.2 No estabelecimento desses critérios e parâmetros técnicos foram consideradas diversas condições de 
mobilidade e de percepção do ambiente, com ou sem a ajuda de aparelhos específicos, como: próteses, 
aparelhos de apoio, cadeiras de rodas, bengalas de rastreamento, sistemas assistivos de audição ou qualquer 
outro que venha a complementar necessidades individuais. 
 18
1.3 Esta Norma visa proporcionar à maior quantidade possível de pessoas, independentemente de idade, 
estatura ou limitação de mobilidade ou percepção, a utilização de maneira autônoma e segura do ambiente, 
edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos. 
1.3.1 Todos os espaços, edificações, mobiliários e equipamentos urbanos que vierem a ser projetados, 
construídos, montados ou implantados, bem como as reformas e ampliações de edificações e equipamentos 
urbanos, devem atender ao disposto nesta Norma para serem considerados acessíveis. 
1.3.2 Edificações e equipamentos urbanos que venham a ser reformados devem ser tornados acessíveis. 
 
Em reformas parciais, a parte reformada deve ser tornada acessível. 
1.3.3 As edificações residenciais multifamiliares, condomínios e conjuntos habitacionais devem ser acessíveis 
em suas áreas de uso comum, sendo facultativa a aplicação do disposto nesta Norma em edificações 
unifamiliares. As unidades autônomas acessíveis devem ser localizadas em rota acessível. 
1.3.4 As entradas e áreas de serviço ou de acesso restrito, tais como casas de máquinas, barriletes, passagem 
de uso técnico etc., não necessitam ser acessíveis. 
 
Figura 16: Dimensões referenciais para deslocamento de pessoa em pé. 
Fonte: NBR 9050 (2004) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 17: Dimensões referenciais para deslocamento em linha reta de pessoas em cadeiras de rodas. 
Fonte: NBR 9050 (2004) 
 19
 
 
 
Figura 18: Área de rotação de cadeira de roda. 
Fonte: NBR 9050 (2004) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 19: Alcance com o braço estendido. 
Fonte: NBR 9050 (2004) 
 
 
 
Figura 20: Alcance com a pessoa em pé. 
Fonte: NBR 9050 (2004) 
 
 
 
 20
 
Figura 21: Alcance com a pessoa sentada. 
Fonte: NBR 9050 (2004) 
 
CIRCULAÇÃO E DIMENSIONAMENTO DO MOBILIÁRIO 
 Normalmente, o Designer de Interiores desenvolve suas atividades em espaços existentes, que podem 
ou não sofrer alterações (reforma) de alvenaria. É imprescindível que, antes do estudo de lay out, os principais 
móveis do ambiente sejam pré-determinados pelo cliente/usuário, como por exemplo, para um quarto de casal: 
colchão Box King Size, poltrona de leitura, local para tela LCD, armários do closet com porta de correr, etc. 
 Não é raro o cliente desejar mais que o espaço oferece. Neste caso, existem duas opções: 
• o cliente muda o móvel escolhido (colchão Box casal padrão) ou abre mão de algum item do briefing 
(sem poltrona); 
• o ambiente sofre uma alteração de alvenaria, sendo fundamental o acompanhamento de um arquiteto 
ou engenheiro civil. 
 
1. Quarto de dormir 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 22: 
Estudo de lay out – quarto de dormir. 
Fonte: arquivo pessoal de Cristiana 
Miranda, 2010. 
 
 
 21
 
 
CIRCULAÇÃO em planta IDEAL 
(cm) 
MÍNIMA
(cm) 
GERAL 90 55 
ENTRE CAMA E CRIADO 5 15 
ENTRE CABECEIRA E TV 
(TV LCD OU PLAMA EM 
PAINEL) 
VARIA 260 
ESPAÇO PARA CORTINAS 30 15 
ÁREA ENTRE ARMÁRIOS 
NO CLOSET 
(COM PORTA DE ABRIR 
L.50CM) 
150 110 
ÁREA ENTRE ARMÁRIOS 
NO CLOSET 
(COM PORTA DE CORRER 
OU SEM PORTA) 
110 80 
 
Quadro 23: Espaço de circulação – quarto de dormir. Quadro 24: Dimensão de mobiliário – quarto de dormir. 
Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
 
2. Escritório / bancada de estudo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 25: Estudo de lay out – escritório / bancada de estudo. 
Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
 
MOBILIÁRIO COMP. 
(cm) 
PROF. 
(cm) 
ALT. 
(cm) 
COLCHÃO CASAL STANDART 188 138 18/30 
COLCHÃO CASAL QUEEN 188 158 18/30 
COLCHÃO CASAL KING 193 198 18/30 
COLCHÃO SOLT. PEQ. 188 78 18/30 
COLCHÃO SOLT. STANDART 188 88 18/30 
COLCHÃO SOLT. BOX 193 100 18/30 
COLCHÃO BERÇO 140 90 18/30 
CRIADO 40 a 60 40 50 a 65 
ARMÁRIO COM PORTA DE ABRIR 
LARG. PORTA 
VARIA 
40 a 60 
60 240 
ARMÁRIO COM PORTA DE 
CORRER 
LARG. PORTA 
VARIA 
80 a 140 
65 240 
 22
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 26: Espaço de circulação – escritório Quadro 27: Dimensão de mobiliário – escritório / bancada 
 / bancada de estudo. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
 
3. BANHEIROFigura 28: Estudo de lay out – banheiro. 
Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
 
 
 
 
 
 
CIRCULAÇÃO em planta IDEAL 
(cm) 
MÍNIMA 
(cm) 
ÁREA PARA CADEIRA – 
LARGURA 
90 60 
ÁREA PARA CADEIRA - 
PROFUNDIDADE 
70 50 
ENTRE MESA E 
ANTEPARO, SEM 
CIRCULAÇÃO 
110 75 
ENTRE MESA E 
ANTEPARO, COM 
CIRCULAÇÃO E 
INTERLOCTOR 
150 105 
MOBILIÁRIO COMP. 
(cm) 
PROF. 
(cm) 
ALT. 
(cm) 
BANCADA / MESA SOLTA 
LARG. PORTA DE ABRIR 
LARG. PORTA DE CORRER
LARG.GAVETEIRO 
VARIA 
35 a 60 
35 a 120 
30 a 120 
50/65 75 
CADEIRA 45 a 65 55 a70 A.42/E.85
NICHO CPU 25 a 35 50 a 60 50 
ESTANTE VARIA 35 a 60 VARIA 
GAVETEIRO VOLANTE 35 a 50 45 a 50 60 
 23
 
 
 
* ÁREA NA FRENTE DO LAVATÓRIO 
Quadro 29: Espaço de circulação – banheiro. 
Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
* CONSIDERANDO ALINHAMENTO SUPERIOR DA CUBA 
Quadro 30: Dimensão de mobiliário – banheiro. 
Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
 
3.1 BANHEIRO PARA PORTADOR DE DEFICIENCIA FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 31: Possibilidades de transferência. 
Fonte: NBR 9050 (2004) 
 
 
 
CIRCULAÇÃO em planta IDEAL 
(cm) 
MÍNIMA
(cm) 
ÁREA PARA BANHO (CHUVEIRO) 
(LARGXPROF) 
110X120 70X90 
ÁREA PARA VASO SANITÁRIO 
(LARGXPROF) 
100X120 70X90 
ÁREA PARA LAVATORIO–1 
PESSOA 
(LARGXPROF) 
100X*80 60X*50 
MOBILIÁRIO COMP. 
(cm) 
PROF. 
(cm) 
ALT. 
(cm) 
BANCADA 
LARG. PORTA DE ABRIR 
LARG. PORTA DE CORRER 
LARG. GAVETEIRO 
VARIA 
35 a 60 
35 a 120 
30 a 120 
40 a 60 *80 a 90 
CUBA DE EMBUTIR VER MODELO 
CUBA DE APOIO VER MODELO 
CUBA DE SOBREPOR VER MODELO 
VASO COM CAIXA ACOPLADA 65 38 38 
VASO CONVENCIONAL 52 38 38 
 24
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 32: Lay out básico de banheiro adaptado ao portador de necessidades especiais. 
Fonte: NBR 9050 (2004) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 33: Localização de barras de apoio. Figura 34: Sugestão de lay out para da área do chuveiro. 
Fonte: NBR 9050 (2004) Fonte: NBR 9050 (2004) 
 
 
 
 
 
 25
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 35: Sugestão de lay out para área de lavatório. 
Fonte: NBR 9050 (2004) 
 
 
4. SALA DE JANTAR / REFEIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 36: Estudo de lay out – sala de jantar/ refeição. 
Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
 
 26
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 37: Espaço de circulação – 
 sala de jantar/ refeição. 
Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
 
 
Quadro 38: Dimensão de mobiliário – 
sala de jantar / refeição. 
 Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
 
5. SALA DE ESTAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 39: Estudo de lay out – sala de estar. 
Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
CIRCULAÇÃO em planta IDEAL 
(cm) 
MÍNIMA 
(cm) 
ÁREA PARA CADEIRA – 
LARGURA 
80 60 
ÁREA PARA CADEIRA - 
PROFUNDIDADE 
70 50 
ENTRE MESA DE JANTAR 
E ANTEPARO, 
SEM CIRCULAÇÃO 
100 75 
ENTRE MESA DE JANTAR 
E ANTEPARO, 
COM CIRCULAÇÃO 
140 100 
MOBILIÁRIO COMP. 
(cm) 
PROF. 
(cm) 
ALT. 
(cm) 
MESA QUADRADA 4 LUG. 90 90 75 
MESA QUADRADA 8 LUG. 150 150 75 
MESA RETANGULAR 6 LUG. 160 90 75 
MESA RETANGULAR 8 LUG. 240 90 75 
MESA REDONDA 4 LUG. DIÂM. 100 75 
MESA REDONDA 6 LUG. DIÂM. 130 75 
MESA REDONDA 8 LUG. DIÂM. 160 75 
CADEIRA SEM BRAÇO 45 50 A.42/ E.80
CADERIA COM BRAÇO 60 55 A.42/ E.80
APARADOR / BALCÃO 
LARG. PORTA DE ABRIR 
LARG. PORTA DE CORRER 
LARG. GAVETA 
VARIA 
30/60 
30/140 
30/120 
45/60 85 
CRISTALEIRA VARIA 45/60 210 
 27
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Quadro 41: Dimensão de mobiliário – sala de estar. 
 Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
 
Quadro 40: Espaço de circulação – sala de estar. 
Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
 
6.COZINHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 42: Estudo de lay out – cozinha. 
Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
 
 
 
CIRCULAÇÃO em planta IDEAL 
(cm) 
MÍNIMA 
(cm) 
ENTRE SOFÁ E ANTEPARO, 
COM CIRCULAÇÃO. 
110 75 
ENTRE SOFÁ E MESA DE 
CENTRO 
80 50 
ENTRE ENCOSTO DO SOFÁ E 
TV 
(TV LCD OU PLAMA EM 
PAINEL) 
VARIA 180 
ESPAÇO PARA CORTINAS 30 15 
ESPAÇO ENTRE 
SOFAS/POLTRONAS 
25 10 
MOBILIÁRIO COMP. 
(cm) 
PROF. 
(cm) 
ALT. 
(cm) 
SOFÁ 2 LUG. 160 90 A.42/E.85 
SOFÁ 3 LUG. 220 90 A.42/E.85 
MESA LATERAL 70 70 50 
MESA CENTRO 
RETANGULAR 
100 50 35 
POLTRONA 90 90 A.42/E.85 
APARADOR TV VARIA 45 a 60 75 
 28
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 43: Espaço de circulação – cozinha. 
Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
 
 
 
Quadro 44: Dimensão de mobiliário – cozinha. 
Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
 
 
7. LAVANDERIA 
 
Figura 45: Estudo de lay out – lavanderia. 
Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
 
 
 
 
 
MOBILIÁRIO COMP. 
(cm) 
PROF.
(cm) 
ALT. 
(cm) 
BANCADA DE TRABALHO 
LARG. PORTA DE ABRIR 
LARG. GAVETA 
LARG. PORTA-TEMPERO / LIXO
VARIA 
35 a 60 
35 a 120 
25 a 40 
55 a 65 90 a 95 
DESPENSEIRO 
LARG. PORTA DE CORRER 
VARIA 
70 a 120 
60 150 a 210
ARMÁRIO AÉREO VARIA 35 40 a 90 
BANQUETA PARA BANCADA 
ALT.75/90 
35 a 40 45 45 a 60 
FOGÃO 4 BOCAS 55 55 93 
FOGÃO6 BOCAS 75 55 93 
LAVA-LOUÇA 12 CICLOS 60 60 88 
GELADERIA/FREEZER 75 75 180 
CIRCULAÇÃO em planta IDEAL 
(cm) 
MÍNIMA 
(cm) 
ÁREA DE TRABALHO EM PÉ 
(ENTRE BANCADA E 
ANTEPARO) 
130 80 
ÁREA DE TRABALHO EM PÉ 
(LARGURA DA BANCADA) 
80 45 
ÁREA PARA BANQUETA - 
LARGURA 
75 55 
 29
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 46: Espaço de circulação – lavanderia. 
Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
 
 Quadro 47: Dimensão de mobiliário – lavanderia. 
 Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 
 
 
COMPOSIÇÃO VISUAL DO AMBIENTE 
 
 
 
 
Fonte: http://inkscape.osuosl.org/doc/elements/tutorial-elements.pt_BR.html 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIRCULAÇÃO em planta IDEAL 
(cm) 
MÍNIMA 
(cm) 
ÁREA DE TRABALHO EM PÉ 
(ENTRE BANCADA E 
ANTEPARO) 
130 80 
ÁREA DE TRABALHO EM PÉ 
(LARGURA DA BANCADA) 
80 45 
MOBILIÁRIO COMP. 
(cm) 
PROF. 
(cm) 
ALT. 
(cm) 
BANCADA DE TRABALHO 
LARG. PORTA DE ABRIR 
LARG. GAVETA 
VARIA 
35 a 60 
35 a 120 
55 a 65 90 a 95 
DESPENSEIRO 
LARG. PORTA DE CORRER 
VARIA 
70 a 120 
60 150 a 210
ARMÁRIO AÉREO VARIA 35 40 a 90 
LAVADORA ROUPA/ 
SECADORA 
60 a 80 60 a 75 85 a 105 
 30
 
 
1- PRINCÍPIOS 
 
EQUILÍBRIO / PROPORÇÃO / ÊNFASE 
 
Equilíbrio é um sentido de igualdade visual numa forma, figura, valor, cor, etc. O equilíbrio pode 
ser simétrico ou uniformemente equilibrado ou assimétrico ou não uniformemente equilibrado. 
Objetos, valores, cores, texturas, formas, figuras, etc., podem ser usados para criar um equilíbrionuma composição. 
 
Fonte: http://inkscape.osuosl.org/doc/elements/tutorial-elements.pt_BR.html 
 
Proporção é a relação do “tamanho” de um objeto em relação ao outro. 
 
Ênfase é um “objeto” em destaque. 
 
 
Evite acumular objetos, num dos lados da composição. 
Descentraliza e sugere falta de equilíbrio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetos maiores distantes do centro de equilíbrio compositivo precisam 
de contrapeso equivalente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetos maiores próximos ao centro compositivo facilitam muito no 
equilíbrio. 
 
 
 
 31
http://www.sobrearte.com.br/composicao/objetos/index.php 
 
 
 
“O equilíbrio neste ambiente, 
projetado por Christina Hamoui, 
marca presença na base clara 
dos estofados, na simetria da 
composição, e na suavidade da 
iluminação (Puntoluce). Um 
jogo de espelhos (Guardian/ 
linha DiamondGuard) cria a 
sensação de amplitude. 
Sobre o tapete monocromático 
(By Kamy), estofados de linhas 
retas e mesa de centro 
quadrada com acabamento 
espelhado.” 
 
Fonte: http://www.casamix.net/53/images/qic/qic.asp 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“ Nessa composição o equilíbrio assimétrico é 
percebido entre os quadros na parede e os vasos na 
mesa.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.brazilinteriordesign.com/2010/12/equilibrio-assimetrico.html 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 32
CONTRASTE / PADRÃO / GRADAÇÃO 
 
 
 
“Para criar um visual alegre e 
harmônico no hall de entrada da 
casa habitada por um casal jovem, a 
designer de interiores Luciana Penna 
destacou no centro do ambiente a 
mesa (Micasa) laqueada de amarelo 
sobre o tapete de retalhos de mantas 
iranianas de lã com algodão (By 
Kamy). Tudo em contraste com o 
estilo clássico da construção. Os 
vasos italianos da década de 1950 
são do antiquário Ivy.” 
 
 
 
 
 
Fonte: http://casa.abril.com.br/materias/moveis/tendencia-cores-tons-marcantes-moveis-603299.shtml, 
Página visitada em 03/03/2011 
 
 
Padrão ou repetição: elemento constante no “ambiente”. 
 
 
 
 
Fonte: http://maisarquitetura.com.br/interiores-do-restaurante-taboo-por-guilherme-torres 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33
“Gradação é uma figura de estilo, relacionada com a enumeração, onde são expostas determinadas ideias de 
forma crescente (em direção a um clímax) ou decrescente (anticlímax).” 
 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Grada%C3%A7%C3%A3o 
 
 
 
 
 
 
“Ambiente quarto, com duas janelas próximas ao canto. Cortinas iguais, bandôs 
assimétricos, um com curva para direita, e outro para a esquerda, valorizando e colocando o 
peso visual para o canto. Aproveitamento de voile já existente, e transformado para o estilo 
que mais se adaptasse ao ambiente.” 
 
Fonte: http://marart-rg.blogspot.com/2008/03/ambiente-quarto-porta-para-sacada.html 
 
 
 
2- ELEMENTOS – considerando o espaço tridimensional e o que nele está contido 
 
LINHA – reta, curva, mista (sancas de gesso, borda dos móveis, guarda-corpo de escada, etc). 
 
FORMA – quadrada, retangular, estreita, (móveis, objetos, etc). 
 
TAMANHO – pequeno, grande, etc (dimensão do sofá, da mesa de jantar). 
 
ESPAÇO – geral e específico (quanto espaço está livre? Ou ocupado por qual objeto?) 
 
COR – amarelo, vermelho, etc (parede, piso, quadros, cortinas, etc) 
 
TEXTURA - lisa, rústica, brilhante, fosca, etc (parede, piso, quadros, cortinas, etc) 
 
VALOR – é a característica de claridade ou escuridão de uma cor, ou a quantidade de preto ou de branco que 
uma cor tem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 34
TEMA E ESTILO DA DECORAÇÃO 
• Tema do Ambiente é o conceito que define a característica emocional do usuário dentro do Estilo de 
Decoração. 
• Estilo de Decoração é o uso de elementos estéticos (colunas, frisos, anjos, etc.) e de produto 
(mobiliário, objetos, tapetes, tecidos) que, aplicados em conjunto, definem e determinam uma época da História 
ou uma linguagem artística/visual, como, por exemplo, Estilo Vitoriano, Clássico, Minimalista ou Pop. 
Então, podemos ter um “Quarto Oriental para uma Jovem Romântica” e o designer deverá aplicar 
elementos que caracterizam um quarto oriental (futon, cortina painel) criando uma atmosfera romântica (tons 
de vermelho ou rosa, prata, ouro, tecido florais, brocados, etc.), de forma a propiciar um ambiente visualmente 
assimétrico e agradável. 
Dos elementos da composição visual, o que mais auxilia na determinação de um Tema de Decoração é 
a Cor, através das diversas formas como podemos combiná-las e a impressão psicológica que esta 
combinação causa às pessoas. 
 
1- COR 
 
É uma sensação luminosa provocada por um estímulo visual, cuja percepção depende diretamente da 
existência de 2 elementos básicos: a luz e a visão humana. 
Podemos distinguir dois tipos de estímulos visuais que causam as sensações cromáticas: 
cores-luz e cor-pigmento. 
 
COMO PERCEBEMOS A COR? 
A cor é percebida pelo olho humano, que contém,normalmente 3 tipos de receptores da cor, as células cone, 
que correspondem a diferentes bandas do espectro colorido. 
 
TRICOMATAS: espécies animais (homem) respondem a estímulos luminosos via uma tridimensional, que 
geralmente pode ser modelada como uma mistura de três cores primárias. 
 
 
 
COR-LUZ 
 
É a radiação luminosa que tem como síntese aditiva a luz branca. 
 
MODELO RGB 
 
CORES PRIMÁRIAS RED / GREEN / BLUE 
 
CORES SECUNDÁRIAS MAGENTA / AMARELO / CYAN 
 
 
 
 
COR-PIGMENTO 
 
É a substância material que, conforme sua natureza absorve a luz e reflete 
determinada banda da radiação luminosa. 
 
MODELO CYMK 
 
CORES PRIMÁRIAS MAGENTA / AMARELO / CYAN 
 
CORES SECUNDÁRIAS RED / GREEN / BLUE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35
 
 
SISTEMA CYM 
• CORES PRIMÁRIAS 
AMARELO 
MAGENTA 
CYANO 
• CORES SECUNDÁRIAS 
VERMELHO 
AZUL COBALTO 
VERDE 
• CORES TERCIÁRIAS 
LARANJA 
ROSA 
VIOLETA 
AZUL CELESTE 
TURQUESA 
OLIVA 
 
 
 
 
Harmonia Cromática 
 
É o equilíbrio (considerando matiz, 
luminosidade e saturação) entre a cor Dominante, Tônica e Intermediária. 
COR DOMINANTE:é a cor que ocupa mais espaço no conjunto, ou seja, maior área. 
COR TÔNICA: é a cor mais forte (saturada). 
COR INTERMEDIÁRIA: é a cor que faz a passagem, o meio-termo entre a Dominante e a Tônica. 
 
 
COMPOSIÇÕES BÁSICAS DE HARMONIA CROMÁTICA 
 
HARMONIA CONSOANTE: conjunto de matizes e/ou tons próximos no CÍRCULO CROMÁTICO. 
Ex: Combinações monocromáticas ou análogas. 
 
Combinação Monocromática 
 
 
Cor Dominante: magenta 
Cor Tônica: magenta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36
 
Combinação Análoga 
 
 
Cor Dominante: bege/branco 
Cor Tônica: amarelo/laranja 
 
 
 
 
HARMONIA DISSOANTE: conjunto formado por matizes e/ou tons opostos no CÍRCULO CROMÁTICO. 
Ex.Combinações complementares e semi-complemetares. 
 
Combinação Complementares 
 
 
 
Cor Dominante: branco 
Cor Tônica: oliva/ magenta 
 
 
 
HARMONIA ASSOANTE: conjunto formado por matizes e/ou tons múltiplos. 
Ex. combinações triádicas e quadráticas. 
 
Combinação Triádica 
 
 
 
Cor Dominante: branco 
Cor Tônica: vermelho/ azul/ 
amarelo 
 
 
 
 
 
 37
 
 
COMBINAÇÕES ACROMÁTICAS e/ou NEUTRAS – preto e branco não são cores. 
Utilizam o preto, o branco e o cinza. 
 
No Design de Interiores o bege, o prata e o ouro também são considerados tons neutros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PASSO A PASSO para a escolha da combinação cromática 
1* Analise as características físicas do ambiente, como iluminação, dimensão, texturas e materiais das 
superfícies. 
2* Analise a função do ambiente e as atividades humanas relacionadas. 
3* Defina a atmosfera do ambiente (luminosa, espaçosa, aconchegante, vibrante, intimista, etc.). 
4* Escolha as matizes e/ou tons conforme uma HarmoniaCromática, e se desejar, aplicando a Psicologia das 
Cores e/ou Feng Shui. 
 
 
 
ATMOSFERA DO AMBIENTE 
 
Luminosa: escolher cores com mistura de branco e amarelo 
Espaçosa: escolher cores com mistura de branco, amarelo e azul (bem pouco). 
Aconchegante: escolher cores com mistura de vermelho (pouco), azul, verde e branco (lilás, violeta, turquesa, 
oliva). 
Romântica: escolher cores com mistura de vermelho, azul (pouco) e branco (rosa, lilas, violeta) 
Vibrante: escolher cores com mistura de amarelo, vermelho e branco (laranja). 
Intimista: escolher cores com mistura de branco, preto, marrom, azul cobalto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38
 
PSICOLOGIA DAS CORES 
 
• Branco: sugere pureza. Cria uma impressão de vazio e de infinito. Evoca frescor e limpeza, 
principalmente quando combinado com o azul; 
• Preto: confere nobreza, distinção e elegância. Remete ao poder e é uma cor preponderantemente 
masculina; 
• Cinza: expressão de um estado de alma duvidosa e neutra. Símbolo da indecisão e da ausência de 
energia. Sugere desânimo e monotonia; 
• Vermelho: significa força, virilidade, masculinidade, dinamismo. Como cor impõe-se e dá sensação de 
agitação; 
• Laranja: irradiação e expansão. É acolhedor, quente, íntimo; 
• Amarelo: cor luminosa e muito forte para atrair a atenção, seja sozinha ou em conjunto com outras 
cores. Vibrante; 
• Verde: cor universal da natureza. Tem frescor, harmonia e equilíbrio. Cor calma, seja em tons mais 
claros ou escuros, é sempre indiferente; 
• Azul: cor profunda, calma. Preferida por adultos, marca uma certa maturidade. Quando sombrio, o azul 
chama ao infinito. Mais claro, provoca uma sensação de frescura e higiene, principalmente quando na 
presença de branco; 
 
DICAS 
Rebaixar um teto: pinte-o com uma cor mais escura do que a das paredes; 
Elevar o teto: pinte-o de branco ou com cores mais claras que as da parede; 
Para reduzir um ambiente: pinte-o com cores quentes ou escuras; 
Para ampliar espaços: pinte-os com cores frias de tonalidades claras; 
Para encurtar um ambiente: pinte as paredes de fundo (menores) de um ambiente comprido com cores 
quentes ou escuras; 
Para refletir a luz: use cores luminosas que refletem melhor a luz; 
Para destacar um objeto: para destacar um objeto de cor fria, pinte a parede com cores quentes. O contrário 
também é válido e um objeto de cores quentes será melhor visualizado num fundo de cor fria; 
Para camuflar um objeto: use na parede os mesmos tons de cores do móvel ou objeto que quiser esconder. 
Para diminuir visualmente um piso: utilize materiais escuros. 
Superfícies lisas: as cores ficam mais vivas. 
Superfícies texturizadas: as cores ficam mais escuras. 
Superfícies brilhantes: aparecem mais as imperfeições. 
Iluminação: a cor percebida varia conforme tipo de iluminação (natural ou artificial), quantidade e tipo de 
lâmpada e/ou sistema de iluminação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 39
2- ESTILOS DE DECORAÇÃO 
 
Defini-se um Estilo de Decoração a partir da sua cultural material, que envolve as Artes (arquitetura, 
escultura, pintura), a Técnica e o Modo de Vida. Como cultura material, podemos destacar: 
• Produtos específicos, como baús e bancos com pés em X; 
• Materiais distintos, como o carvalho e o ferro batido; 
• Elementos estéticos oriundos da arquitetura, como colunas dóricas ou da natureza, como pés 
cabrioles; 
• Tramas e tecidos tradicionais ou de linhagem (família), como o xadrez; 
• Temas como flores e curvas; 
 
Os Estilos de Decoração podem ser nomeados/caracterizados devido: 
• As características de um povo ou nação, determinados pela História e pelas Artes. Ex. Decoração 
Grega – refere-se ao período da Idade Antiga, Arte Grega. 
• As características de um reinado ou Corte. Ex. Decoração Queen Anne. 
• As características de um ideal ou conceito. Ex. Decoração Funcional. 
 
Podemos classificar os Estilos de Decoração da seguinte maneira: 
• Estilos Clássicos ou Tradicionais; 
• Estilos Modernos ou Contemporâneos; 
• Estilos Étnicos ou Regionais; 
• Estilos “Cult”. 
 
2.1 ESTILOS CLÁSSICOS 
 
 Alguns Designers e Decoradores classificam como Decoração Clássica aquelas que surgiram no final 
do sec.XVIII e início do sec. XIX, chamados de Neoclássicos, como os estilos Império (França), Vitoriano 
(Inglaterra) e Biedermeier (Alemanha), mas didaticamente, consideramos como Estilos Clássicos todos aqueles 
surgiram na Civilização Ocidental deste o Antigo Egito até meados do sec. XIX. 
Alguns destes estilos têm mais destaque, como Decoração Gótica, Estilo Luis XV e os Neoclássicos. 
Outros servem como inspiração, como o Estilo Romano e o Estilo Tudor. 
 No Quadro Geral da História dos Estilos de Decoração e Mobiliário podemos compreender a sua 
evolução na sociedade ocidental, bem como em alguns países da Europa. Muitas culturas da Idade Antiga 
foram omitidas nesta apostila, como as do Oriente Médio (persas, palestinos, hititas, babilônicos, cretanos, 
etc.), mas que tiveram vital importância para as culturas grega e romana. 
Entre a Arte Romana e a Gótica houve vários outros estilos de arte e de decoração, como o 
paleocristão, o carolíngio e o romântico, mas que não contribuem, significativamente, para os estilos atuais de 
decoração. Considerando a época entre 476 a 1453, devemos salientar que apenas uma parte da Europa 
vivenciou o feudalismo chamado de Baixa Idade Média ou Idade das Trevas (baixa produção artística, perda de 
técnicas produtivas, vida cotidiana essencialmente rural e religiosa, etc.). Grande do oeste da Ásia, do Oriente 
Médio e do norte da África continuou a evolução natural das artes e técnicas, mantendo e aperfeiçoando a Arte 
Romana conforme a sua cultura (arte islâmica, bizantina, etc.), conhecimento que retornou a Europa Medieval 
durante o Renascimento. 
Também não podemos de deixar de comentar que todo o Oriente (Índia, China, Japão, Oceania, etc.) 
fervilha em cultura e ciência, que influenciaram, em muito, vários estilos de decoração, a partir do sec. XV. 
Considerando que a Europa, a partir do séc. X entrou na Alta Idade Média (retomada das rotas 
comerciais, ressurgimento dos burgos e das classes de artesãos e comerciantes, etc.) muitas feudos se 
transformaram em nações, reinos ou impérios, com características próprias de cultura e governo, o que 
influenciaram na vida cotidiana e nos estilos de decoração. Então, apesar de existirem “períodos” bem 
determinados de Arte e Estilo de Decoração e Mobiliário, cada nação ou cidade adaptou as características 
gerais a sua vontade, criando sub-estilos próprios. 
Nesta apostila vamos acompanhar as características dos Estilos mais importantes da Sociedade 
Ocidental. 
 40 
QUADRO GERAL HISTÓRIA DOS ESTILOS DE DECORAÇÃO E MOBILIÁRIO – CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL 
 
. 3600 A.C. 
A 476 D.C. 
476 A 
1453 
SEC. XV I SEC. XV I I SEC.XV I I I SEC. X I X FINAL 
SEC. X I X 
SEC. XX 
EGITO 3600 A.C. 
A 
200 A.C. 
 
GRECIA 600 A.C. A 
200 A.C. 
 
ROMA 500 A.C. A 
300 D.C. 
 
BIZANTINO 350 A 
1453 
 
ISLÃMICO 622 A ... 
CRISTÃOS 
PRIMITIVOS 
 300 A 800 
CAROLINGIA 800 A 900 
ROMANTICA 900 A 
1100 
 
GOTICA 1100 A 
1400 
 
ITALIA 1450 1590 1600 A 1720 MUITA INFLUENCIA FRANCESA MUITA INFLUENCIA FRANCESA 1902 
LIBERTY 
1950- DESIGN 
CONTEMPORÂNEO 
 RENASCIMENTO BARROCO ROCOCO NEOCLÁSSICO E ECLETISMO 
 1515 A 
1610 
1610 A 1643 1643 A 1715 1715 A 
1723 
1723 A 
1774 
1774 
A 
1792 
1793 A 
1804 
1804 
A 
1814 
1815 A 
1830 
1830 A 
1848 
1848 A 
1870 
1870 
ART NOUVEAU
1914 - L’ESPRIT 
NOUEAU 
 LUIS XIII LUIS XIV REGENC
IA 
TRANSIÇ
ÃO 
LUIS XV LUIS 
XVI 
DIRETO
RIO 
IMPE
RIO 
RESTAU
RAÇÃO 
LUIZ 
PHILLIPE 
LUIS XVIII 1925 -AR T DECO 
FRANÇA 
 RENASCIMENTO BARROCO ROCOCO NEOCLASSICO ROMANTICO 
 1485 A 
1558 
1558 A 
1603 
1603 A 
1649 
1649 A 
1660 
1660 A 
1688 
1688 A 
1702 
1702 
A 
1714 
1714 A 
1727 
GEORG
E I 
1727 A 1760 
GEORGE I I 
1760 A 1811 
GEORGE I I I 
1811 A 
1830 
GEORG
E I V 
1838 A 1900 1860 - ARTS 
AND GRAFS 
 
 TUDOR QUEEN 
ELIZABETH 
JACOBINO CRONW
ELL 
RESTAU
RAÇÃO 
WILLIAN 
E MARY 
QUE
EN 
ANNE 
 
KENT 
GEORGEANO 
CHIPPENDERE 
 
ADAM / SHERATON 
VITORIANO 
REVIVAL GÓTICO 
 
INGLATERRA 
 GÓTICO RENASCIMENTO TRANSIÇ
ÃO 
BARROCO ROCOCO NEOCLASSICO ROMANTISMO 
HOLANDA 1917- DE STIJIL 
ALEMANHÃ A PARTIR DE 1815 A 1850 
BIEDERMEIER - 
ROMANTISMO 
 1919- BAUHAUS 
 1932- ESTILO 
INTERNACIONAL 
 1930 - ORGANICISMO 
 1960 - POP DESIGN 
 41
ESTILO EGÍPCIO ANTIGO IDADE ANTIGA 
Arte Egípcia +- 3600 A.C a +- 200 A.C 
Decoração histórica: os palácios e as casas de altos sacerdotes ricamente decorados com pinturas, afrescos, 
baixo-relevos, hieróglifos, pisos de mármores, muitos vasos, estátuas, tecidos, esteiras e almofadas pelo chão. 
Os mais pobres não tinham móveis, eram esteiras e cestas de fibra. 
Móveis: tronos, cadeiras e camas eram símbolos de alto status. Famílias de 2ª classe tinham bancos, 
tamboretes, caixas, baús e esteiras, sendo que a maioria era de fibra trançada. Havia armário de tijolos 
embutido na parede. Os egípcios inventaram a banqueta dobrável, com pernas em X. Material: freijó, faia, 
ébano (preferido entre os faraós) e cedro, incrustações e marchetarias de pedras preciosas, ouro, vidro e 
marfim. Elementos decorativos: inspiração nos animais, como pés de camas e tronos em forma de pata de leão, 
repetição de temas geométricos, baixo-relevos em placas de outro ou prata. Uso de cores puras e tons vivos 
como o verde, o roxo, o amarelo, o vermelho e o azul. 
Atualidade: serve de inspiração para os estilos Neoclássicos. Elementos como pirâmides e múmias são 
referencias que podem ser usadas, mas não faziam parte da vida dos antigos egípcios. 
 
 
 
 
 
FONTE DAS IMAGENS: http://www.touregypt.net http://5366ventana.com/Media%20Room.jpg 
 
 42
ESTILO GREGO CLÁSSICO IDADE ANTIGA 
Arte Grega +- 600 A.C a +- 200 A. C 
Decoração histórica: as casas gregas eram simples, com poucos móveis e decoração, mesmo nas famílias 
mais abastadas. Os gregos viviam nas praças e anfiteatros e a casa era um lugar para dormir. Não tinham a 
pretensão de acumular riqueza e sim de aproveitar a vida calma que o clima suave proporcionava. 
Móveis: arcas e baús de madeira guardavam roupas e tecidos, não havia os armários e prateleiras. Os vasos 
de cerâmica eram utilizados para armazenar alimentos. Eram muito comuns cestas de fibra e recipientes de 
bronze. Os gregos criaram a klismos, que é uma cadeira de pernas e encosto curvo, pequena e leve. Material: 
madeiras de cedro, pinus e cipreste e em móveis mais sofisticados, incrustações de pedras preciosas, 
marchetarias e pintura de vernizes coloridos. Nos ambientes públicos, como anfiteatros, era comum móveis de 
mármore ou bronze, como tronos, banco e mesas. Elementos decorativos: inspiração nas formas da arquitetura 
como colunas, capitéis, frontões, volutas e frisos e a repetição dos elementos geométricos. Era comum que a 
decoração fosse de temas da mitologia ou do cotidiano, além do uso de torneados estilizados, folhas, ovais e 
espirais. 
Atualidade: serve de inspiração para os estilos Neoclássicos. 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE DAS IMAGENS: http://www.mlahanas.de/Greeks/Furniture http://theempirefurniture.com/ 
http://www.dartvix.com.br/COLUNAS,%20CAPIT%C9IS%20E%20FLOR%D5ES.html 
 
 
 43
ESTILO ROMANO CLÁSSICO IDADE ANTIGA 
Arte Romana +- 500 A.C a +- 300 D.C. 
Decoração histórica: grande influência das artes gregas, mas o povo romano gostava de mais luxo e 
ostentação. Uso de tecidos, esculturas, afrescos e mosaicos. 
Móveis: cadeiras e poltronas com pés e espaldares curvos e camas com pés cilíndricos. Baús e arcas 
prismáticas e armários de dois corpos. Material: madeira de espécies variadas, oriundas de todo o Império, com 
apliques de marchetaria e incrustações de pedras, osso, marfim e metal. Surge nos armários de dois corpos 
construção semelhante dos elementos arquitetônicos (colunas, frontões e capitéis). Elementos decorativos: 
inspiração nas formas da arquitetura como colunas, capitéis, frontões, balaustres, volutas, frisos, arcos pleno, 
videiras, bolas, fusos e a repetição dos elementos geométricos. Era comum que a decoração fosse de temas da 
mitologia, a vida cotidiana ou publicidade de serviço (prostituição). Após contato com o Egito, surgem nas 
pernas das cadeiras e camas as patas de animais esculpidos. 
Atualidade: serve de inspiração para os estilos Neoclássicos. 
 
 
 
 
 
 
FONTE DAS IMAGENS: http://commons.wikimedia.org/wiki/ http://theempirefurniture.com/ 
 
 
 
 
 44
ESTILO GÓTICO IDADE MÉDIA 
Arte Gótica +- 1100 a +- 1500 
Decoração histórica: os senhores feudais que permaneceram nos castelos mantiveram o estilo românico 
(anterior ao gótico), com tapeçaria nas paredes, ambientes mal iluminados, pouca decoração como brasões e 
troféus de caça. Os que foram para os burgos (cidades primitivas) decoravam suas casas com painéis de 
madeira, tapetes, tapeçarias mais delicadas, e cortinas, pois as janelas eram bem maiores. Muitos objetos do 
oriente devido às cruzadas e retomada do comércio. 
Móveis: camas com baldaquino (dossel), cadeiras, arcas, baús e armários. Estruturas prismáticas e pesadas. 
Material: carvalho e nogueira, apliques em ferro para decoração e como ferragem. Acabamentos em estuque e 
natural. Elementos decorativos: móveis ricamente entalhados em alto e baixo-relevo, arcos plenos, ogivas e 
otomanos, elipses, formas geométricas em repetição. Pontas de diamante e fusos, torneados e pés em forma 
de vasos e balaústres. 
Atualidade: pouco utilizado nos países tropicais, mas tem destaque no interior da Europa. Elementos como 
armas nas paredes e armaduras são utilizadas como referência do estilo, mas não fazem parte da decoração 
histórica. 
 
 
 
 
FONTE DAS IMAGENS: http://commons.wikimedia.org/wiki//Category:Medieval_furniture 
http://www.txhomes.us/ 
http://www.furniturestyles.net http://wikipedia.com.br 
 45
ESTILO RENASCENTISTA / ITÁLIA – 1450 a 1590 IDADE MODERNA 
Arte Renascentista 
Decoração histórica: influenciados pelos mestres da arquitetura, pintura e escultura, os italianos redefinem 
suas moradias e mobiliário, que ganham o conceito de “lar”. A Arte Clássica Grega e Romana volta na vida 
cotidiana, porém mais elaborada, devido ao comércio com os países do oriente. Os ambientes são decorados 
com tapeçarias, tapetes, objetos e tecidos importados e melhor mobilhados. Paredes e tetos pintados, com 
frisos, molduras, cornijas, quadros e esculturas. 
Móveis: popularizaram-se as credências, as escrivaninhas, os gabinetes e os armários. Aumento considerável 
da qualidade de acabamento e de execução. Molduras retas, linhas horizontais, estofados. Material: 
preferencialmente a nogueira, muitas vezes dourada. Elementos decorativos: influência da arquitetura com 
frisos, colunas, pilastras, cornijas e capitéis clássicos, mas integrados com entalhes e torneados,com temas 
naturais (garras e cabeças de leão, folhas de louro, folhagens) e cariátides (figuras de mulheres). Almofadas 
sobre a madeira – não existia o estofamento. 
Atualidade: os móveis são usados de forma isolada e destacada, com atualizações – estofamento. 
 
CORNIJAS 
 
 
ENTALHES 
 
 
CARIÁTIDES 
 
 
 
 
FONTE DAS IMAGENS: http://www.furniturestyles.net http://museumfurniture.com 
http://www.reformafacil.com.br/definicao-e-funcoes-das-cornijas 
http://www.periodfurniture-carved.co.uk/history/part2/history-3.htm 
 
 46
ESTILO FRANCÊS COM INFLUÊNCIA RENASCENTISTA IDADE MODERNA 
 *LUIS XIII - 1610 a 1643 
Diferenças com o estilo italiano: destaque para torneados em forma espiral, painéis retangulares com 
motivos geométricos, pés torneados em balaústre e travessa “H” ou em “bolacha”. Há influência árabe, 
principalmente nos tecidos e nos temas. Preferência para lambris nas paredes e camas com cortinas. 
Almofadas sobre a madeira- não existia o estofamento. 
Atualidade: os móveis são usados de forma isolada e destacada, ou o estilo serve como inspiração para 
releituras e atualizações – estofamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE DAS IMAGENS: http://www.furniturestyles.net http://museumfurniture.com http://jeanmarcfray.com 
http://www.georgeglazer.com/ http://nettancourt.olx.fr/salle-a-manger-style-louis-xiii-iid-3986490 
http://www.kaboodle.com/reviews/french-louis-xiii-style-writing-desk 
 47
ESTILOS INGLESES COM INFLUÊNCIA RENASCENTISTA IDADE MODERNA 
De um modo geral, os ingleses amenizaram a decoração e os detalhes dos móveis, deixando-os mais austeros, 
principalmente por utilizarem a madeira na cor natural, sem pinturas. 
*QUEEN ELIZABETH - 1558 a 
1603. 
Pés em balaústre tipo vaso ou 
prismático, cama com 
baldaquino, forte influência do 
Gótico Tardio Inglês (Estilo 
Tudor). 
 
 
 
*JACOBINO - 1603 a 1649 
*CRONWELL - 1649 a 1660 
Pés torneados em balaústre e 
em espiral – influência do estilo 
Luis XIII, almofadas sobre a 
madeira – não existe o 
estofamento. 
 
 
 
Atualidade: estilo bem aceito, principalmente em casas de campo e releituras. 
 
FONTE DAS IMAGENS: http://www.furniturestyles.net http://museumfurniture.com 
http://historiadomobiliario.blogspot.com/2010/03/o-movel-do-renascimento.html 
http://www.treendesign.co.uk/seating.html http://www.burchardgalleries.com/auctions/2003/oct1903/oct19cr1.htm 
http://access.decorati.com/2008/10/28/jacobean/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 48
ESTILO BARROCO / ITÁLIA – 1600 a 1750 IDADE MODERNA 
Arte Barroca 
Decoração histórica: o estilo barroco italiano é marcado pelos excessos em elementos decorativos, pela 
pintura dourada. O barroco é sentimento em uso, muitas vezes prevalecendo à estética, em esquecimento da 
funcionalidade. Forte apelo religioso. 
Móveis: destaque para espelhos, aparadores, mesas e credências ricamente decoradas com entalhes, 
incrustações e pinturas marmorizadas. Material: nogueira, ébano, carvalho, cerejeira e marfim. Elementos 
decorativos: emprego de linhas curvas, com entalhes cujo tema principal era o religioso (querubins), flores, 
folhas e frutas. Surgimento dos estofamentos. 
Atualidade: os móveis são usados de forma isolada e destacada, ou inspiração para releituras. 
 
 
 
 
FONTE DAS IMAGENS: http://photobucket.com/images/furniture%20baroque%20italian/ 
http://antiquecat.davidweatherford.com/cgi-bin/antiquecat/00523.html http://www.faccents.com/ 
http://decoration.luxury-ideas.com/category/interior-design/ http://www.chezmeowmeow.com/category/furniture 
 
 
 
 
 
 49
ESTILOS FRANCESES COM INFLUÊNCIA DO BARROCO IDADE MODERNA 
 *LUIS XIV - 1643 a 1715 (o Rei Sol) – influencia pessoalmente o desenvolvimento do estilo. 
Decoração histórica: habitações amplas, decoradas com tapetes persas, cortinas de veludos e damascos, 
brocados e tafetás de cores intensas. Muitos espelhos com molduras trabalhadas. Uso de porcelanas chinesas, 
lâmpadas e candelabros de cristal. O piso é de parquet formando desenhos ou de mármore em quadrados de 
preto e branco. 
Móveis: mesas, secretárias, assentos, camas, armários e cômodas. Eram móveis de amplas dimensões, 
suntuosos e simétricos, com estofos que seda da China, brocados, veludos e adamascados. Material: a 
madeira mais usada é a nogueira, que nos palácios era revestido de folha de ouro e nas casas mais abastadas 
era envernizada. Os móveis de carvalho ou castanheira eram, muitas vezes, pintados com dourado, cobre, 
cores vivas, ou texturas marmorizadas. Uso de bronze dourado e cinzelado para ornamentar fechaduras, 
puxadores arestas e centro de painéis. Elementos decorativos: detalhes que combinam curvas de pequeno raio 
com elementos retilíneos, formas volutadas, folhas de acanto e lótus, ovos, dardos, flor de Liz, sol com os raios 
se expandindo e dois L entrelaçados (estes 3 últimos elementos são símbolos de Luis XIV). 
Atualidade: os móveis são usados de forma isolada e destacada, ou inspiração para releituras. 
 
 
 
 
 
 
FONTE DAS IMAGENS: http://www.observer.com/files/slideshow_horizontal/sm61520004.jpg 
http://www.frecciastudios.com/environments.html http://www.furniturestyles.net http://museumfurniture.com 
 
 
 50
ESTILOS INGLESES COM INFLUÊNCIA DO BARROCO IDADE MODERNOS 
*RESTAURAÇÃO – 1660 a 1688. 
*WILLIAN E MARY - 1688 a 1702. 
Torneados tipo balaústre, pés em forma de pata de 
leão. Torneados em espiral mais robusto. 
 
 
 
 
 
 
*QUEEN ANNE - 1702 a 1714. 
Uso dos pés cabriolet, linhas curvas e elegantes. 
Influência chinesa, principalmente nos tecidos. 
Trabalhos de lâmina em raio. 
 
 
 
Atualidade: os móveis são usados de forma isolada e destacada, ou inspiração para releituras. 
FONTE DAS IMAGENS: http://www.furniturestyles.net http://museumfurniture.com 
http://arhzine.com/decoration 
http://access.decorati.com/2008/10/07/queen-anne/ 
 51
ESTILO ROCOCÓ / FRANÇA IDADE MODERNA 
ARTE ROCOCÓ 
*LUIS XV 1723 a 1774 – influencia feminina no estilo por Madame Pompadour – amante do Rei. 
Decoração histórica: a corte francesa está decadente e frívola. Todo o estilo reflete a sinuosidade do corpo 
feminino, leveza e brilho. A arte chinesa exerce forte influência, através de temas orientais, estilos de desenho e 
técnicas de pintura (laca) – Estilo Chinoisere. Surgem os ambientes íntimos, a privacidade da mulher e a 
necessidade de móveis menores. As paredes são decoradas com painéis pintados cujos temas remetem à 
mitologia, as cenas pastoris, as fábulas de La Fontaine e Moliere. 
Móveis: Os móveis são dimensionados conforme as medidas humanas e o tipo de roupas. Os itens mais 
freqüentes são cômodas, escrivaninhas e secretárias com muitas gavetas e segredos. As cadeiras perdem as 
travessas, uso contínuo dos pés cabriolet, terminando em foram de pé de gamo ou folha volutada. Material: 
madeira de palissandro, pau-rosa, pau-marfim, cerejeira e mogno claro. Podem ser deixados ao natural, ou 
pintados a laca ou folhados a ouro. Elementos decorativos: tanto nos móveis como no geral: anjos, guirlandas 
com rosas, instrumentos musicais, laços e fitas, ornamentos em C e S. Aplicação de marchetaria em marfim e 
mármore. 
Atualidade: os móveis são usados de forma isolada e destacada, ou inspiração para releituras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE DAS IMAGENS: http://www.furniturestyles.net

Outros materiais