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1 COMPOSIÇÃO E ESTÉTICA DO AMBIENTE A atividade do Designer de Interiores concentra-se, principalmente, na percepção e transformação do Espaço Tridimensional. Todo e qualquer ambiente (espaço tridimensional) deve ser funcional e visualmente atrativo e agradável, tendo como objetivo atender as necessidades físicas e emocionais do usuário. Entende-se que um ambiente funcional é aquele que não compromete a saúde (física e emocional) do usuário, como, por exemplo: a localização dos móveis dificulta a circulação de pessoas; a iluminação é inadequada; o piso é liso demais para uma área úmida, etc. O objetivo deste módulo é capacitar o aluno a perceber o espaço tridimensional (ambiente) no plano bidimensional (projeto – papel), possibilitando-o a desenvolver estudos de layout e a incorporar os aspectos estéticos e visuais que caracterizarão a Composição e Estética do Ambiente. De forma geral, para a elaboração deste trabalho são necessárias as seguintes etapas: • Conhecer o espaço – visita ao local, levantamento dimensional e fotográfico e/ou projeto arquitetônico; • Compreender o cliente, suas necessidades e desejos (briefing do projeto); • Pesquisar e dominar os aspectos técnicos, que englobam: a ergonomia (o organismo humano e as suas funções, antropometria, dimensionamento dos espaços, prossêmica e conforto ambiental); as Normas Técnicas vigentes, dos órgãos públicos; as áreas destinadas à circulação (acessibilidade) e dimensão e funcionamento de móveis e eletrônicos e eletrodomésticos; • Determinar a composição visual do ambiente, utilizando os princípios de equilíbrio, contraste, ênfase, proporção, padrão e gradação, utilizando os elementos: linha, forma, tamanho, espaço, cor, textura e valor; • Idealizar o tema da decoração, que atenda as necessidades estéticas e emocionais do cliente, através da escolha adequada de materiais e produtos, da aplicação harmoniosa de cores e texturas e do estilo de decoração. Como o briefing do projeto é uma particularidade de cada caso, serão abordados, nesta apostila, os demais assuntos relevantes. ERGONOMIA O Design de Interiores está intimamente ligado a Ergonomia, quer seja em projeto residencial, comercial ou institucional. Esta ciência tem papel importante na concepção de espaços, primando pelo correto dimensionamento, conforto, usabilidade e a interação do meio com o usuário. DEFINIÇÃO: O termo ergonomia vem do grego: ergon = trabalho e nomos = legislação, normas Seguindo estas denominações, pode-se configurar a ergonomia como a adaptação do trabalho ao homem.Tem-se varias definições de ergonomia, e em todas, apresenta-se a interação do homem e o trabalho, ou seja, o sistema homem - máquina - ambiente. Segundo o dicionário Aurélio, o termo ergonomia é definido como: “Conjunto de estudos que visam à organização metódica do trabalho em função do fim proposto e das relações entre o homem e a máquina”. 2 Para a ABERGO – Associação Brasileira de Ergonomia, a ergonomia é definida como “o estudo das interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o ambiente, objetivando intervenções e projetos que visem melhorar, de forma integrada e não dissociada, a segurança, o conforto, o bem-estar e a eficácia das atividades humanas.”. ÁREAS DE INTERESSE DA ERGONOMIA • as características materiais do trabalho como o peso dos instrumentos, a resistência dos comandos, a dimensão do posto de trabalho; • o meio ambiente físico (o ruído, iluminação, vibrações, ambiente térmico); • a duração da tarefa, os horários, as pausas no trabalho; • o modelo de treinamento e aprendizagem. • as lideranças e ordens dadas. A ergonomia contribui muito para tornar o trabalho do mais homem leve e eficiente, alem de adequar o meio às necessidades e bem estar, proporcionando conforto e segurança. ERGONOMIA E DESIGN DE INTERIORES O estudo e aplicação da ergonomia são imprescindíveis tratando-se de design de interiores, que busca unir a estética, a funcionalidade e conforto dos espaços concebidos. A funcionalidade de um ambiente exigirá layout prático, com dimensões compatíveis para circulação, prossêmica, disposição dos móveis de forma lógica, mobiliário com dimensionamento apropriado ao usuário e sua finalidade. O conforto ambiental proporciona segurança, comodidade e bem estar aos usuários, através da adequação das condições naturais e artificiais como luz, umidade, temperatura, ruído, entre outros. Para criação de ambientes ergonômicos, faz-se necessário estudo do organismo humano e suas funções, da antropometria estática, dinâmica e funcional e suas aplicações, do dimensionamento e parâmetros para projetos, conceitos básicos de conforto ambiental, e as normas e recomendações ergonômicas. 1. ORGANISMO HUMANO E SUAS FUNÇÕES O conhecimento do organismo humano e suas principais funções são relevantes à ergonomia, pois influem no trabalho e adaptação do organismo humano. 1.1 – Sistema Nervoso: É o iniciador da atividade muscular e regulador das nossas funções mentais e físicas. Figura 1: Esquema da divisão do sistema nervoso Fonte: DULL, 2004 3 O sistema nervoso central recebe, analisa e integra informações. É o local onde ocorre a tomada de decisões e o envio de ordens O sistema nervoso periférico carrega informações dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central e do sistema nervoso central para os órgãos efetores (músculos e glândulas). 1.2 – Músculos Os músculos são tecidos fibrosos, responsáveis pelo movimento do corpo, que transformam energia química em contração. Os músculos do organismo humano são classificados em liso, estriado e esquelético. O corpo humano é estruturado pelos ossos, que se juntam através das articulações, e que são movimentados pelos músculos. Cada movimento trabalha com, ao menos, dois músculos, que estarão sempre agindo de forma antagônica, ou seja: contração e distensão. Figura 2: Funcionamento dos músculos – contração e distensão Fonte: IIDA, 2005 1.3 – Coluna Vertebral A coluna vertebral é uma estrutura óssea, composta de 33 vértebras, sendo 24 flexíveis, que se classificam em cinco grupos: cervical (7), torácica (12), lombar (5), sacro (5) e cóccix (4). Figura 3: Divisão da coluna vertebral Fonte: www.sogab.com.br 4 A coluna vertebral tem as funções de dar sustentação e equilíbrio ao corpo, mobilidade da cabeça e do tronco, e proteger a medula e as raízes nervosas. Apesar de ser uma grande estrutura, a coluna é uma das partes mais fracas do organismo humano, e apresenta-se vulnerável a deformações, podendo ser congênitas, por esforços ou má postura. As principais anormalidades da coluna são: a lordose, cifose e escoliose. Figura 4: Cifose com lordose e lordose Figura 5: Escoliose Fonte: www.sogab.com.br Fonte: www.sogab.com.br Além do sistema nervoso, dos músculos e da coluna vertebral, também são importantes para a ergonomia o metabolismo do organismo, de onde provem à energia do corpo; a visão, que é o sentido mais importante, e suas particularidades; a audição e percepção dos sons, o olfato e paladar que são sentidos interelacionados, e o senso cinestésico. Considerando a grandeza do organismo humano, pode-se afirmar que os órgãos e os sentidos estão em perfeita interação. 2. ANTROPOMETRIA Ao tratar de projeto de móveis, de interiores, estaremos sempre trabalhando com as medidas dos usuários,por isso, o estudo da antromometria é de suma importância. A antropometria é o estudo das medidas físicas do corpo humano, e cada vez mais, a indústria precisa destes dados para aumentar a produtividade e reduzir custos. Segundo IIDA (2005), existem variáveis que trazem diferenças entre os dados antropométricos, que se manifestam desde o nascimento. Homens e mulheres têm diferenças de estatura de 6 a 11%. Existem também as diferenças devidas às variações étnicas, do clima, e em alguns casos, variações extremas dentro de uma mesma população. Na década de 40, realizou-se um estudo para identificar as diferenças individuais, e o pesquisador William Sheldon e sua equipe, identificou três tipos físicos básicos: eftomorfo, mesomorfo e endomorfo. 5 Figura 6: Variações corporais Fonte: IIDA, 2005 Figura 7: Tipos básicos do corpo humano, segundo pesquisa de Sheldon em 1940 Fonte: IIDA, 2005 Com o tempo, observou-se que a maioria das pessoas não pertence rigorosamente a nenhum desses tipos básicos, mas podem ser: mesomorfo-endomórfico, endomorfo-ectomórfico ectomorfo-mesomórfico assim por diante. A tomada de medidas é uma ação importante para determinar aspectos relacionados ao ambiente de trabalho, no sentido de manter uma boa postura, para dimensionamento de produtos e espaços. Sempre que se for necessário levantar dados antropometricos, é importante considerar os objetivos para que se queiram as medições, a definição de quais medidas, qual a amostra que será realizada, e uma análise dos dados levantados. 6 Figura 8: Variáveis medidas da antopometricas estática Fonte: IIDA, 2005 A antropometria pode ser estática, funcional ou dinâmica; atendendo as diversas posições do corpo humano e suas atuações • Antropometria estática - que se refere à medição do corpo parado. • Antropometria dinâmica - mede os alcances dos movimentos. • Antropometria funcional - quando as medidas são associadas à análise da tarefa. Figura 9: Coluna Vertebral – antropometria dinâmica Fonte: IIDA, 2005 7 Figura 10: Ombro – antropometria dinâmica Fonte: IIDA, 2005 Figura 11: Cotovelo – antropometria dinâmica Fonte: IIDA, 2005 Figura 12: Quadril e Joelho – antropometria dinâmica Fonte: IIDA, 2005 Figura 13: Tornozelo e Punho – Antropometria dinâmica Fonte: IIDA, 2005 8 Com a aplicação destas medidas, é possível a construção de modelos bidimensionais ou tridimensionais que auxiliarão no desenvolvimento e dimensionamento de um projeto. Existe bibliografia com dados antropometricos, como Croney (1971), Panero (1996), entre outros; além softwares com banco de dados da população brasileira, como o Ergokit. 2.1 – Aplicação de dados antropometricos Sempre que formos utilizar dados antropometricos, esbarraremos na dúvida de qual medida adotar: a máxima, a média ou a inferior. Antes de adotarmos quais os valores serão utilizados, devemos considerar todas as possíveis variáveis (profissão, faixa-etária, etnia...). DUL (2004) salienta a importância de se considerar as diferenças individuais do corpo, e em muitas situações, a adoção das medidas mínimas, por exemplo, no alcance dos braços num painel de controle; ou o dimensionamento máximo numa saída de emergência. Critérios para aplicação dos dados antropométricos: • 1º Princípio: Os projetos são dimensionados para a média da população. Este princípio é aplicado principalmente em produtos de uso coletivo, que devem servir a diversos usuários. Isto não significa que é ideal a todos, mas causa menos desconforto à maioria. • 2º Princípio: Os projetos são dimensionados para um dos extremos da população De acordo com este princípio, emprega-se um dos extremos – superior ou inferior para dimensionamento de projetos. Para utilização deste princípio, é necessário saber qual é a variável limitante • 3º Princípio: Os projetos são dimensionados para faixas da população Alguns produtos são fabricados em diversos tamanhos, como roupas que são fabricadas em tamanhos P, M e G. A maioria das pessoas usará estes produtos com conformo e outras com menos conforto • 4º Princípio: Os projetos apresentam dimensões reguláveis Alguns produtos podem ter certas dimensões reguláveis para se adaptar aos usuários individuais. Essas regulagens não abrangem o produto todo, apenas algumas variáveis consideráveis críticas para o desempenho. • 5º Princípio: Os projetos são adaptados ao indivíduo. Existem produtos projetados especificamente para um indivíduo, como no caso aparelhos ortopédicos, roupas sob medidas. Este princípio apresenta melhor adaptação entre produto e usuário, porém é o mais oneroso. Cada vez mais, os projetos devem ser pensados e desenvolvidos para possibilitar plena usabilidade e conforto aos seus usuários. CAMBIAGHE (2007) ressalta que o próprio individuo apresenta mudanças ao longo da vida, e a inclusão – protegida por lei; adapta o meio e flexibiliza o uso de produtos. Portanto, sempre se deve incluir os idosos e cadeirantes como possíveis usuários de espaço e de produtos desenvolvidos. 3. DIMENSIONAMENTO DE ESPAÇOS Num primeiro momento, a tarefa de dimensionar ambiente parece fácil, se considerarmos as medidas antropométricas e mobiliário a ser utilizado num ambiente. PANERO (2002) adverte para interface do corpo 9 humano com o espaço; uma vez que num ambiente faz-se necessário o espaço livre para locomoção, e os movimentos e alcances imprescindíveis. Considerando que todo ambiente é ativo, alguns com mais variedade que outros, levam-se em conta o espaço físico e seus elementos (portas, janelas, colunas, entre outros) e suas dimensões, o mobiliário e o layout de circulação, além, é claro o corpo humano e suas possíveis ações. Como ambiente, existem os residenciais, os comerciais, os institucionais, as áreas internas e externas, e cada um com sua finalidade. Todos têm portas e janelas (com diferentes dimensões e posições). Todos são mobiliados, e esses móveis são de guarda, de assento, de repouso; alguns têm portas, outros, gavetas. Nos ambientes as pessoas andam, sentam, deitam, abaixam-se, esticam os braços e pernas. Figura 14: Layout de circulação e dimensionamento de cozinha Fonte: IIDA, 2005 Figura 15: Dimensionamento e posicionamento diante de um guarda-roupa Fonte: IIDA, 2005 10 4. PROSSÊMICA A prossêmica (ou proxêmica) estuda as distâncias físicas que as pessoas estabelecem espontaneamente entre si no convívio social, e das variações dessas distâncias de acordo com as condições ambientais e os diversos grupos ou situações sociais e culturais em que se encontram. Hall (2005) apresenta um estudo sobre a psicologia do espaço, onde, além das propriedades físicas, existe também uma construção mental que transforma essas propriedades em imagens do espaço, ou seja, conjunto de processos perceptivos, cognitivos e afetivos pelos quais um indivíduo adquire conhecimentos sobre seu ambiente sócio – físico. A prossêmica identifica três diferentes distancias que podem ser tomadas pelos seres humanos: a distância pública, a social e a intima. 5. CONFORTO AMBIENTAL Como conforto ambiental, entende-se a relação que o homem estabelece com seu ambiente, e que depende de fatores como a iluminação, a temperatura e ruído. 5.1 – Iluminação O homem tem uma imensa relação com a luz solar, uma vez que os ritmos fisiológicos e varias atividades dependem desta energia. Os tempos modernos fizeram com que os homens ficassem cada vez mais dependentes da luz artificial. Muitas vezes,a iluminação adotada não é adequada ao ambiente e, ou a atividade; e com isso, provocam fadiga ao usuário. Tanto as iluminações insuficientes quanto a excessiva, podem reduzir e dificultar o desenvolvimento das atividades, assim como provocar perturbações visuais, fadiga visual, ofuscamento, dores de cabeça, variações no sistema nervoso, acidentes no trabalho e até mesmo variações na produtividade, prejudicando a qualidade dos produtos. Existem duas formas básicas de iluminação: • Natural: Quando existe o aproveitamento direto (incidência) ou indireto (reflexão / dispersão) da luz solar. • Artificial: Quando é utilizado um sistema (em geral elétrico) de iluminação, podendo ser de dois tipos: 1- - Geral: para se obter o aclaramento de todo o recinto. 2- - Suplementar: para se reforçar o aclaramento de determinada superfície ou tarefa. Fatores para uma iluminação adequada: Tipo de lâmpada - reprodução de cores - aplicações especiais carga térmica eficiência luminosa Tipo de Luminária - difusão - diretividade - ofuscamento / reflexos Quantidade de Luminárias - valor de iluminância Distribuição - homogeneidade - contrastes - sombras Manutenção - reposição - ambiente 11 5.2 – Temperatura O corpo humano funciona como uma máquina, sempre gerando calor. Além disso, existem as trocas térmicas entre o corpo e o meio, por isso, a temperatura ambiental influi diretamente no desempenho do trabalho do homem. Tanto excesso de calor, como de frio, causam problemas nas atividades humanas, como: • Redução da capacidade de concentração • Diminuição da capacidade de trabalho • Irritabilidade aumenta • Sonolência durante o trabalho • Aumento do risco de acidentes A sensação de conforto térmico depende de fatores ambientais, como a temperatura, a unidade relativa do ar, a velocidade do ar e a temperatura radiante. Zona de conforto térmico: • Temperatura ..................... 20º a 24ºC • Umidade relativa ................ 40 a 60% • Velocidade do vento ............ 0,2m/s Considerando que o corpo humano gera calor, existem temperaturas adequadas para cada tipo de atividade, não comprometendo assim riscos a saúde e nem a produtividade. Trabalho Temperatura do Ar ºC Intelectual, sentado ................. 18 a 24 Manual leve, sentado................ 16 a 22 Manual leve, em pé .................. 15 a 21 Manual pesado, em pé ............. 14 a 20 Pesado ..................................... 13 a 19 5.3 – Ruído Ruído pode ser considerado todo e qualquer som indesejável, porém este é um conceito subjetivo, pois para alguns um som pode ser indesejável e para outros não. O excesso de ruídos pode causar problemas à saúde, como a redução da capacidade de concentração, contribuir para falhas na comunicação, o aumento da irritabilidade e de riscos de acidente. O ruído pode trazer conseqüências como: • Surdez de condução: redução da capacidade p/ transmitir vibrações do ouvido externo ao interno • Surdez nervosa: redução da sensibilidade das células nervosas (cóclea) • Surdez temporária ou permanente: reversível ou não, dependendo de fatores como freqüência, intensidade e tempo O ruído pode ser caracterizado pela sua freqüência (Hz), pela sua intensidade (dB), e pela sua duração em segundos, minutos ou horas. 12 Máxima exposição diária permissível Nível de Ruído (dB) 8 horas ........................................ 85 4 horas ........................................ 90 2 horas ........................................ 95 1 hora ........................................ 100 30 minutos ................................. 105 15 minutos ................................. 110 Existem tabelas que nos fornecem os limites máximos de ruído por atividade, para que esta seja realizada sem perturbações. Tipo de Atividade Ruído Máximo (dB) Trabalho físico pouco qualificado ................... 80 Trabalho físico qualificado ............................ 75 Trabalho físico de precisão .............................70 Trabalho rotineiro de escritório ........................70 Trabalho de alta precisão ............................... 60 Trabalho de escritório com conversas............... 60 Concentração mental moderada....................... 55 Grande concentração mental............................ 45 Leitura concentrada.......................................... 35 5.4 - Recomendações ergonômicas ¾ Recomendações ergonômicas quanto à iluminação: • Iluminação ambiental entre 10 a 200lux • Locais de execução das tarefas devem ter uma iluminação entre 200 a 800lux • Tarefas que exigem muita precisão devem ser iluminadas com 800 a 2000lux • Evitar grandes diferenças de brilho no campo visual • Utilizar, sempre que possível, iluminação natural. • Evitar reflexos e sombras • Evitar a incidência de luz direta (usar iluminação difusa) • Para reduzir o ofuscamento, utilizar mais lâmpadas de menor intensidade ¾ Recomendações ergonômicas quanto a temperaturas: • Ajustar a temperatura do ar ao esforço físico • Evitar umidade ou falta de umidade em excesso • Evitar superfícies radiantes muito quentes ou frias • Evitar correntes de ar • Evitar frio ou calor intenso • Os materiais manipulados não devem estar nem muito quentes nem muito frios • Usar roupas especiais 13 ¾ Recomendações ergonômicas quanto ao ruído: • Manter os ruídos abaixo de 80 dB • Usar equipamentos mais silenciosos • Fazer manutenção periódica dos equipamentos • Confinar as máquinas ruidosas • Separar o trabalho barulhento do silencioso • Se necessário, utilizar equipamentos de proteção individual NORMAS TÉCNICAS ABNT • NR 17 - ERGONOMIA (117.000-7) 17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. 17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. 17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora. 17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais. 17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora: 17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga. 17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas. 17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a 18 (dezoito) anos e maior de 14 (quatorze) anos. 17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança. (117.001-5 / I1) 17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. (117.002-3 / I2) 14 17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transportemanual de cargas, deverão ser usados meios técnicos apropriados. 17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens foram designados para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou sua segurança. (117.003-1 / I1) 17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou sua segurança. (117.004-0 / I1) 17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou sua segurança. (117.005-8 / I1) 17.3. Mobiliário dos postos de trabalho. 17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição. (117.006-6 / I1) 17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos: a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; (117.007-4 / I2) b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; (117.008-2 / I2) c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais. (117.009-0 / I2) 17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos estabelecidos no subitem 17.3.2 os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador em função das características e peculiaridades do trabalho a ser executado. (117.010-4 / I2) 17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto: a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; (117.011-2 / I1) b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; (117.012-0 / I1) c) borda frontal arredondada; (117.013-9 / I1) d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar. (117.014-7 / I1) 15 17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador. (117.015-5 / I1) 17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas. (117.016-3 / I2) 17.4. Equipamentos dos postos de trabalho. 17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou mecanografia deve: a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando movimentação freqüente do pescoço e fadiga visual; (117.017-1 / I1) b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento. (117.018-0 / I1) 17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo devem observar o seguinte: a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador; (117.019-8 / I2) b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas; (117.020-1 / I2) c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais; (117.021-0 / I2) d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável. (117.022-8 / I2) 17.4.3.1. Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as exigências previstas no subitem 17.4.3 observada a natureza das tarefas executadas e levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho. 17.5. Condições ambientais de trabalho. 17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto: 16 a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no INMETRO; (117.023-6 / I2) b) índice de temperatura efetiva entre 20ºC (vinte) e 23ºC (vinte e três graus centígrados); (117.024-4 / I2) c) velocidade do ar não-superior a 0,75m/s; (117.025-2 / I2) d) umidade relativa do ar não-inferior a 40 (quarenta) por cento. (117.026-0 / I2) 17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não-superior a 60 dB. 17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis na altura do tórax do trabalhador. 17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. 17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa. 17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. 17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO. (117.027-9 / I2) 17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência. (117.028-7 / I2) 17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4, este será um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso. 17.6. Organização do trabalho. 17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo: a) as normas de produção;b) o modo operatório; c) a exigência de tempo; d) a determinação do conteúdo de tempo; e) o ritmo de trabalho; f) o conteúdo das tarefas. 17 17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte: a) todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores; (117.029-5 / I3) b) devem ser incluídas pausas para descanso; (117.030-9 / I3) c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigente na época anterior ao afastamento. (117.031-7 / I3) 17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o disposto em convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte: a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envolvidos nas atividades de digitação, baseado no número individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie; (117.032-5 / I3) b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8 (oito) mil por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado; (117.033-3 / I3) c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual; (117.034-1 / I3) d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 (dez) minutos para cada 50 (cinqüenta) minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho; (117.035-0 / I3) e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número de toques deverá ser iniciado em níveis inferiores do máximo estabelecido na alínea "b" e ser ampliada progressivamente. (117.036-8 / I3) Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego • NBR 9050 – ACESSIBILIDADE A EDIFICAÇÕES, MOBILIÁRIO, ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS URBANOS. (parcial) 1 Objetivo 1.1 Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade. 1.2 No estabelecimento desses critérios e parâmetros técnicos foram consideradas diversas condições de mobilidade e de percepção do ambiente, com ou sem a ajuda de aparelhos específicos, como: próteses, aparelhos de apoio, cadeiras de rodas, bengalas de rastreamento, sistemas assistivos de audição ou qualquer outro que venha a complementar necessidades individuais. 18 1.3 Esta Norma visa proporcionar à maior quantidade possível de pessoas, independentemente de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção, a utilização de maneira autônoma e segura do ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos. 1.3.1 Todos os espaços, edificações, mobiliários e equipamentos urbanos que vierem a ser projetados, construídos, montados ou implantados, bem como as reformas e ampliações de edificações e equipamentos urbanos, devem atender ao disposto nesta Norma para serem considerados acessíveis. 1.3.2 Edificações e equipamentos urbanos que venham a ser reformados devem ser tornados acessíveis. Em reformas parciais, a parte reformada deve ser tornada acessível. 1.3.3 As edificações residenciais multifamiliares, condomínios e conjuntos habitacionais devem ser acessíveis em suas áreas de uso comum, sendo facultativa a aplicação do disposto nesta Norma em edificações unifamiliares. As unidades autônomas acessíveis devem ser localizadas em rota acessível. 1.3.4 As entradas e áreas de serviço ou de acesso restrito, tais como casas de máquinas, barriletes, passagem de uso técnico etc., não necessitam ser acessíveis. Figura 16: Dimensões referenciais para deslocamento de pessoa em pé. Fonte: NBR 9050 (2004) Figura 17: Dimensões referenciais para deslocamento em linha reta de pessoas em cadeiras de rodas. Fonte: NBR 9050 (2004) 19 Figura 18: Área de rotação de cadeira de roda. Fonte: NBR 9050 (2004) Figura 19: Alcance com o braço estendido. Fonte: NBR 9050 (2004) Figura 20: Alcance com a pessoa em pé. Fonte: NBR 9050 (2004) 20 Figura 21: Alcance com a pessoa sentada. Fonte: NBR 9050 (2004) CIRCULAÇÃO E DIMENSIONAMENTO DO MOBILIÁRIO Normalmente, o Designer de Interiores desenvolve suas atividades em espaços existentes, que podem ou não sofrer alterações (reforma) de alvenaria. É imprescindível que, antes do estudo de lay out, os principais móveis do ambiente sejam pré-determinados pelo cliente/usuário, como por exemplo, para um quarto de casal: colchão Box King Size, poltrona de leitura, local para tela LCD, armários do closet com porta de correr, etc. Não é raro o cliente desejar mais que o espaço oferece. Neste caso, existem duas opções: • o cliente muda o móvel escolhido (colchão Box casal padrão) ou abre mão de algum item do briefing (sem poltrona); • o ambiente sofre uma alteração de alvenaria, sendo fundamental o acompanhamento de um arquiteto ou engenheiro civil. 1. Quarto de dormir Figura 22: Estudo de lay out – quarto de dormir. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 21 CIRCULAÇÃO em planta IDEAL (cm) MÍNIMA (cm) GERAL 90 55 ENTRE CAMA E CRIADO 5 15 ENTRE CABECEIRA E TV (TV LCD OU PLAMA EM PAINEL) VARIA 260 ESPAÇO PARA CORTINAS 30 15 ÁREA ENTRE ARMÁRIOS NO CLOSET (COM PORTA DE ABRIR L.50CM) 150 110 ÁREA ENTRE ARMÁRIOS NO CLOSET (COM PORTA DE CORRER OU SEM PORTA) 110 80 Quadro 23: Espaço de circulação – quarto de dormir. Quadro 24: Dimensão de mobiliário – quarto de dormir. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 2. Escritório / bancada de estudo Figura 25: Estudo de lay out – escritório / bancada de estudo. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. MOBILIÁRIO COMP. (cm) PROF. (cm) ALT. (cm) COLCHÃO CASAL STANDART 188 138 18/30 COLCHÃO CASAL QUEEN 188 158 18/30 COLCHÃO CASAL KING 193 198 18/30 COLCHÃO SOLT. PEQ. 188 78 18/30 COLCHÃO SOLT. STANDART 188 88 18/30 COLCHÃO SOLT. BOX 193 100 18/30 COLCHÃO BERÇO 140 90 18/30 CRIADO 40 a 60 40 50 a 65 ARMÁRIO COM PORTA DE ABRIR LARG. PORTA VARIA 40 a 60 60 240 ARMÁRIO COM PORTA DE CORRER LARG. PORTA VARIA 80 a 140 65 240 22 Quadro 26: Espaço de circulação – escritório Quadro 27: Dimensão de mobiliário – escritório / bancada / bancada de estudo. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 3. BANHEIROFigura 28: Estudo de lay out – banheiro. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. CIRCULAÇÃO em planta IDEAL (cm) MÍNIMA (cm) ÁREA PARA CADEIRA – LARGURA 90 60 ÁREA PARA CADEIRA - PROFUNDIDADE 70 50 ENTRE MESA E ANTEPARO, SEM CIRCULAÇÃO 110 75 ENTRE MESA E ANTEPARO, COM CIRCULAÇÃO E INTERLOCTOR 150 105 MOBILIÁRIO COMP. (cm) PROF. (cm) ALT. (cm) BANCADA / MESA SOLTA LARG. PORTA DE ABRIR LARG. PORTA DE CORRER LARG.GAVETEIRO VARIA 35 a 60 35 a 120 30 a 120 50/65 75 CADEIRA 45 a 65 55 a70 A.42/E.85 NICHO CPU 25 a 35 50 a 60 50 ESTANTE VARIA 35 a 60 VARIA GAVETEIRO VOLANTE 35 a 50 45 a 50 60 23 * ÁREA NA FRENTE DO LAVATÓRIO Quadro 29: Espaço de circulação – banheiro. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. * CONSIDERANDO ALINHAMENTO SUPERIOR DA CUBA Quadro 30: Dimensão de mobiliário – banheiro. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 3.1 BANHEIRO PARA PORTADOR DE DEFICIENCIA FÍSICA Figura 31: Possibilidades de transferência. Fonte: NBR 9050 (2004) CIRCULAÇÃO em planta IDEAL (cm) MÍNIMA (cm) ÁREA PARA BANHO (CHUVEIRO) (LARGXPROF) 110X120 70X90 ÁREA PARA VASO SANITÁRIO (LARGXPROF) 100X120 70X90 ÁREA PARA LAVATORIO–1 PESSOA (LARGXPROF) 100X*80 60X*50 MOBILIÁRIO COMP. (cm) PROF. (cm) ALT. (cm) BANCADA LARG. PORTA DE ABRIR LARG. PORTA DE CORRER LARG. GAVETEIRO VARIA 35 a 60 35 a 120 30 a 120 40 a 60 *80 a 90 CUBA DE EMBUTIR VER MODELO CUBA DE APOIO VER MODELO CUBA DE SOBREPOR VER MODELO VASO COM CAIXA ACOPLADA 65 38 38 VASO CONVENCIONAL 52 38 38 24 Figura 32: Lay out básico de banheiro adaptado ao portador de necessidades especiais. Fonte: NBR 9050 (2004) Figura 33: Localização de barras de apoio. Figura 34: Sugestão de lay out para da área do chuveiro. Fonte: NBR 9050 (2004) Fonte: NBR 9050 (2004) 25 Figura 35: Sugestão de lay out para área de lavatório. Fonte: NBR 9050 (2004) 4. SALA DE JANTAR / REFEIÇÃO Figura 36: Estudo de lay out – sala de jantar/ refeição. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 26 Quadro 37: Espaço de circulação – sala de jantar/ refeição. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. Quadro 38: Dimensão de mobiliário – sala de jantar / refeição. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 5. SALA DE ESTAR Figura 39: Estudo de lay out – sala de estar. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. CIRCULAÇÃO em planta IDEAL (cm) MÍNIMA (cm) ÁREA PARA CADEIRA – LARGURA 80 60 ÁREA PARA CADEIRA - PROFUNDIDADE 70 50 ENTRE MESA DE JANTAR E ANTEPARO, SEM CIRCULAÇÃO 100 75 ENTRE MESA DE JANTAR E ANTEPARO, COM CIRCULAÇÃO 140 100 MOBILIÁRIO COMP. (cm) PROF. (cm) ALT. (cm) MESA QUADRADA 4 LUG. 90 90 75 MESA QUADRADA 8 LUG. 150 150 75 MESA RETANGULAR 6 LUG. 160 90 75 MESA RETANGULAR 8 LUG. 240 90 75 MESA REDONDA 4 LUG. DIÂM. 100 75 MESA REDONDA 6 LUG. DIÂM. 130 75 MESA REDONDA 8 LUG. DIÂM. 160 75 CADEIRA SEM BRAÇO 45 50 A.42/ E.80 CADERIA COM BRAÇO 60 55 A.42/ E.80 APARADOR / BALCÃO LARG. PORTA DE ABRIR LARG. PORTA DE CORRER LARG. GAVETA VARIA 30/60 30/140 30/120 45/60 85 CRISTALEIRA VARIA 45/60 210 27 Quadro 41: Dimensão de mobiliário – sala de estar. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. Quadro 40: Espaço de circulação – sala de estar. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 6.COZINHA Figura 42: Estudo de lay out – cozinha. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. CIRCULAÇÃO em planta IDEAL (cm) MÍNIMA (cm) ENTRE SOFÁ E ANTEPARO, COM CIRCULAÇÃO. 110 75 ENTRE SOFÁ E MESA DE CENTRO 80 50 ENTRE ENCOSTO DO SOFÁ E TV (TV LCD OU PLAMA EM PAINEL) VARIA 180 ESPAÇO PARA CORTINAS 30 15 ESPAÇO ENTRE SOFAS/POLTRONAS 25 10 MOBILIÁRIO COMP. (cm) PROF. (cm) ALT. (cm) SOFÁ 2 LUG. 160 90 A.42/E.85 SOFÁ 3 LUG. 220 90 A.42/E.85 MESA LATERAL 70 70 50 MESA CENTRO RETANGULAR 100 50 35 POLTRONA 90 90 A.42/E.85 APARADOR TV VARIA 45 a 60 75 28 Quadro 43: Espaço de circulação – cozinha. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. Quadro 44: Dimensão de mobiliário – cozinha. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. 7. LAVANDERIA Figura 45: Estudo de lay out – lavanderia. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. MOBILIÁRIO COMP. (cm) PROF. (cm) ALT. (cm) BANCADA DE TRABALHO LARG. PORTA DE ABRIR LARG. GAVETA LARG. PORTA-TEMPERO / LIXO VARIA 35 a 60 35 a 120 25 a 40 55 a 65 90 a 95 DESPENSEIRO LARG. PORTA DE CORRER VARIA 70 a 120 60 150 a 210 ARMÁRIO AÉREO VARIA 35 40 a 90 BANQUETA PARA BANCADA ALT.75/90 35 a 40 45 45 a 60 FOGÃO 4 BOCAS 55 55 93 FOGÃO6 BOCAS 75 55 93 LAVA-LOUÇA 12 CICLOS 60 60 88 GELADERIA/FREEZER 75 75 180 CIRCULAÇÃO em planta IDEAL (cm) MÍNIMA (cm) ÁREA DE TRABALHO EM PÉ (ENTRE BANCADA E ANTEPARO) 130 80 ÁREA DE TRABALHO EM PÉ (LARGURA DA BANCADA) 80 45 ÁREA PARA BANQUETA - LARGURA 75 55 29 Quadro 46: Espaço de circulação – lavanderia. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. Quadro 47: Dimensão de mobiliário – lavanderia. Fonte: arquivo pessoal de Cristiana Miranda, 2010. COMPOSIÇÃO VISUAL DO AMBIENTE Fonte: http://inkscape.osuosl.org/doc/elements/tutorial-elements.pt_BR.html CIRCULAÇÃO em planta IDEAL (cm) MÍNIMA (cm) ÁREA DE TRABALHO EM PÉ (ENTRE BANCADA E ANTEPARO) 130 80 ÁREA DE TRABALHO EM PÉ (LARGURA DA BANCADA) 80 45 MOBILIÁRIO COMP. (cm) PROF. (cm) ALT. (cm) BANCADA DE TRABALHO LARG. PORTA DE ABRIR LARG. GAVETA VARIA 35 a 60 35 a 120 55 a 65 90 a 95 DESPENSEIRO LARG. PORTA DE CORRER VARIA 70 a 120 60 150 a 210 ARMÁRIO AÉREO VARIA 35 40 a 90 LAVADORA ROUPA/ SECADORA 60 a 80 60 a 75 85 a 105 30 1- PRINCÍPIOS EQUILÍBRIO / PROPORÇÃO / ÊNFASE Equilíbrio é um sentido de igualdade visual numa forma, figura, valor, cor, etc. O equilíbrio pode ser simétrico ou uniformemente equilibrado ou assimétrico ou não uniformemente equilibrado. Objetos, valores, cores, texturas, formas, figuras, etc., podem ser usados para criar um equilíbrionuma composição. Fonte: http://inkscape.osuosl.org/doc/elements/tutorial-elements.pt_BR.html Proporção é a relação do “tamanho” de um objeto em relação ao outro. Ênfase é um “objeto” em destaque. Evite acumular objetos, num dos lados da composição. Descentraliza e sugere falta de equilíbrio. Objetos maiores distantes do centro de equilíbrio compositivo precisam de contrapeso equivalente. Objetos maiores próximos ao centro compositivo facilitam muito no equilíbrio. 31 http://www.sobrearte.com.br/composicao/objetos/index.php “O equilíbrio neste ambiente, projetado por Christina Hamoui, marca presença na base clara dos estofados, na simetria da composição, e na suavidade da iluminação (Puntoluce). Um jogo de espelhos (Guardian/ linha DiamondGuard) cria a sensação de amplitude. Sobre o tapete monocromático (By Kamy), estofados de linhas retas e mesa de centro quadrada com acabamento espelhado.” Fonte: http://www.casamix.net/53/images/qic/qic.asp “ Nessa composição o equilíbrio assimétrico é percebido entre os quadros na parede e os vasos na mesa.” Fonte: http://www.brazilinteriordesign.com/2010/12/equilibrio-assimetrico.html 32 CONTRASTE / PADRÃO / GRADAÇÃO “Para criar um visual alegre e harmônico no hall de entrada da casa habitada por um casal jovem, a designer de interiores Luciana Penna destacou no centro do ambiente a mesa (Micasa) laqueada de amarelo sobre o tapete de retalhos de mantas iranianas de lã com algodão (By Kamy). Tudo em contraste com o estilo clássico da construção. Os vasos italianos da década de 1950 são do antiquário Ivy.” Fonte: http://casa.abril.com.br/materias/moveis/tendencia-cores-tons-marcantes-moveis-603299.shtml, Página visitada em 03/03/2011 Padrão ou repetição: elemento constante no “ambiente”. Fonte: http://maisarquitetura.com.br/interiores-do-restaurante-taboo-por-guilherme-torres 33 “Gradação é uma figura de estilo, relacionada com a enumeração, onde são expostas determinadas ideias de forma crescente (em direção a um clímax) ou decrescente (anticlímax).” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Grada%C3%A7%C3%A3o “Ambiente quarto, com duas janelas próximas ao canto. Cortinas iguais, bandôs assimétricos, um com curva para direita, e outro para a esquerda, valorizando e colocando o peso visual para o canto. Aproveitamento de voile já existente, e transformado para o estilo que mais se adaptasse ao ambiente.” Fonte: http://marart-rg.blogspot.com/2008/03/ambiente-quarto-porta-para-sacada.html 2- ELEMENTOS – considerando o espaço tridimensional e o que nele está contido LINHA – reta, curva, mista (sancas de gesso, borda dos móveis, guarda-corpo de escada, etc). FORMA – quadrada, retangular, estreita, (móveis, objetos, etc). TAMANHO – pequeno, grande, etc (dimensão do sofá, da mesa de jantar). ESPAÇO – geral e específico (quanto espaço está livre? Ou ocupado por qual objeto?) COR – amarelo, vermelho, etc (parede, piso, quadros, cortinas, etc) TEXTURA - lisa, rústica, brilhante, fosca, etc (parede, piso, quadros, cortinas, etc) VALOR – é a característica de claridade ou escuridão de uma cor, ou a quantidade de preto ou de branco que uma cor tem. 34 TEMA E ESTILO DA DECORAÇÃO • Tema do Ambiente é o conceito que define a característica emocional do usuário dentro do Estilo de Decoração. • Estilo de Decoração é o uso de elementos estéticos (colunas, frisos, anjos, etc.) e de produto (mobiliário, objetos, tapetes, tecidos) que, aplicados em conjunto, definem e determinam uma época da História ou uma linguagem artística/visual, como, por exemplo, Estilo Vitoriano, Clássico, Minimalista ou Pop. Então, podemos ter um “Quarto Oriental para uma Jovem Romântica” e o designer deverá aplicar elementos que caracterizam um quarto oriental (futon, cortina painel) criando uma atmosfera romântica (tons de vermelho ou rosa, prata, ouro, tecido florais, brocados, etc.), de forma a propiciar um ambiente visualmente assimétrico e agradável. Dos elementos da composição visual, o que mais auxilia na determinação de um Tema de Decoração é a Cor, através das diversas formas como podemos combiná-las e a impressão psicológica que esta combinação causa às pessoas. 1- COR É uma sensação luminosa provocada por um estímulo visual, cuja percepção depende diretamente da existência de 2 elementos básicos: a luz e a visão humana. Podemos distinguir dois tipos de estímulos visuais que causam as sensações cromáticas: cores-luz e cor-pigmento. COMO PERCEBEMOS A COR? A cor é percebida pelo olho humano, que contém,normalmente 3 tipos de receptores da cor, as células cone, que correspondem a diferentes bandas do espectro colorido. TRICOMATAS: espécies animais (homem) respondem a estímulos luminosos via uma tridimensional, que geralmente pode ser modelada como uma mistura de três cores primárias. COR-LUZ É a radiação luminosa que tem como síntese aditiva a luz branca. MODELO RGB CORES PRIMÁRIAS RED / GREEN / BLUE CORES SECUNDÁRIAS MAGENTA / AMARELO / CYAN COR-PIGMENTO É a substância material que, conforme sua natureza absorve a luz e reflete determinada banda da radiação luminosa. MODELO CYMK CORES PRIMÁRIAS MAGENTA / AMARELO / CYAN CORES SECUNDÁRIAS RED / GREEN / BLUE 35 SISTEMA CYM • CORES PRIMÁRIAS AMARELO MAGENTA CYANO • CORES SECUNDÁRIAS VERMELHO AZUL COBALTO VERDE • CORES TERCIÁRIAS LARANJA ROSA VIOLETA AZUL CELESTE TURQUESA OLIVA Harmonia Cromática É o equilíbrio (considerando matiz, luminosidade e saturação) entre a cor Dominante, Tônica e Intermediária. COR DOMINANTE:é a cor que ocupa mais espaço no conjunto, ou seja, maior área. COR TÔNICA: é a cor mais forte (saturada). COR INTERMEDIÁRIA: é a cor que faz a passagem, o meio-termo entre a Dominante e a Tônica. COMPOSIÇÕES BÁSICAS DE HARMONIA CROMÁTICA HARMONIA CONSOANTE: conjunto de matizes e/ou tons próximos no CÍRCULO CROMÁTICO. Ex: Combinações monocromáticas ou análogas. Combinação Monocromática Cor Dominante: magenta Cor Tônica: magenta 36 Combinação Análoga Cor Dominante: bege/branco Cor Tônica: amarelo/laranja HARMONIA DISSOANTE: conjunto formado por matizes e/ou tons opostos no CÍRCULO CROMÁTICO. Ex.Combinações complementares e semi-complemetares. Combinação Complementares Cor Dominante: branco Cor Tônica: oliva/ magenta HARMONIA ASSOANTE: conjunto formado por matizes e/ou tons múltiplos. Ex. combinações triádicas e quadráticas. Combinação Triádica Cor Dominante: branco Cor Tônica: vermelho/ azul/ amarelo 37 COMBINAÇÕES ACROMÁTICAS e/ou NEUTRAS – preto e branco não são cores. Utilizam o preto, o branco e o cinza. No Design de Interiores o bege, o prata e o ouro também são considerados tons neutros. PASSO A PASSO para a escolha da combinação cromática 1* Analise as características físicas do ambiente, como iluminação, dimensão, texturas e materiais das superfícies. 2* Analise a função do ambiente e as atividades humanas relacionadas. 3* Defina a atmosfera do ambiente (luminosa, espaçosa, aconchegante, vibrante, intimista, etc.). 4* Escolha as matizes e/ou tons conforme uma HarmoniaCromática, e se desejar, aplicando a Psicologia das Cores e/ou Feng Shui. ATMOSFERA DO AMBIENTE Luminosa: escolher cores com mistura de branco e amarelo Espaçosa: escolher cores com mistura de branco, amarelo e azul (bem pouco). Aconchegante: escolher cores com mistura de vermelho (pouco), azul, verde e branco (lilás, violeta, turquesa, oliva). Romântica: escolher cores com mistura de vermelho, azul (pouco) e branco (rosa, lilas, violeta) Vibrante: escolher cores com mistura de amarelo, vermelho e branco (laranja). Intimista: escolher cores com mistura de branco, preto, marrom, azul cobalto. 38 PSICOLOGIA DAS CORES • Branco: sugere pureza. Cria uma impressão de vazio e de infinito. Evoca frescor e limpeza, principalmente quando combinado com o azul; • Preto: confere nobreza, distinção e elegância. Remete ao poder e é uma cor preponderantemente masculina; • Cinza: expressão de um estado de alma duvidosa e neutra. Símbolo da indecisão e da ausência de energia. Sugere desânimo e monotonia; • Vermelho: significa força, virilidade, masculinidade, dinamismo. Como cor impõe-se e dá sensação de agitação; • Laranja: irradiação e expansão. É acolhedor, quente, íntimo; • Amarelo: cor luminosa e muito forte para atrair a atenção, seja sozinha ou em conjunto com outras cores. Vibrante; • Verde: cor universal da natureza. Tem frescor, harmonia e equilíbrio. Cor calma, seja em tons mais claros ou escuros, é sempre indiferente; • Azul: cor profunda, calma. Preferida por adultos, marca uma certa maturidade. Quando sombrio, o azul chama ao infinito. Mais claro, provoca uma sensação de frescura e higiene, principalmente quando na presença de branco; DICAS Rebaixar um teto: pinte-o com uma cor mais escura do que a das paredes; Elevar o teto: pinte-o de branco ou com cores mais claras que as da parede; Para reduzir um ambiente: pinte-o com cores quentes ou escuras; Para ampliar espaços: pinte-os com cores frias de tonalidades claras; Para encurtar um ambiente: pinte as paredes de fundo (menores) de um ambiente comprido com cores quentes ou escuras; Para refletir a luz: use cores luminosas que refletem melhor a luz; Para destacar um objeto: para destacar um objeto de cor fria, pinte a parede com cores quentes. O contrário também é válido e um objeto de cores quentes será melhor visualizado num fundo de cor fria; Para camuflar um objeto: use na parede os mesmos tons de cores do móvel ou objeto que quiser esconder. Para diminuir visualmente um piso: utilize materiais escuros. Superfícies lisas: as cores ficam mais vivas. Superfícies texturizadas: as cores ficam mais escuras. Superfícies brilhantes: aparecem mais as imperfeições. Iluminação: a cor percebida varia conforme tipo de iluminação (natural ou artificial), quantidade e tipo de lâmpada e/ou sistema de iluminação. 39 2- ESTILOS DE DECORAÇÃO Defini-se um Estilo de Decoração a partir da sua cultural material, que envolve as Artes (arquitetura, escultura, pintura), a Técnica e o Modo de Vida. Como cultura material, podemos destacar: • Produtos específicos, como baús e bancos com pés em X; • Materiais distintos, como o carvalho e o ferro batido; • Elementos estéticos oriundos da arquitetura, como colunas dóricas ou da natureza, como pés cabrioles; • Tramas e tecidos tradicionais ou de linhagem (família), como o xadrez; • Temas como flores e curvas; Os Estilos de Decoração podem ser nomeados/caracterizados devido: • As características de um povo ou nação, determinados pela História e pelas Artes. Ex. Decoração Grega – refere-se ao período da Idade Antiga, Arte Grega. • As características de um reinado ou Corte. Ex. Decoração Queen Anne. • As características de um ideal ou conceito. Ex. Decoração Funcional. Podemos classificar os Estilos de Decoração da seguinte maneira: • Estilos Clássicos ou Tradicionais; • Estilos Modernos ou Contemporâneos; • Estilos Étnicos ou Regionais; • Estilos “Cult”. 2.1 ESTILOS CLÁSSICOS Alguns Designers e Decoradores classificam como Decoração Clássica aquelas que surgiram no final do sec.XVIII e início do sec. XIX, chamados de Neoclássicos, como os estilos Império (França), Vitoriano (Inglaterra) e Biedermeier (Alemanha), mas didaticamente, consideramos como Estilos Clássicos todos aqueles surgiram na Civilização Ocidental deste o Antigo Egito até meados do sec. XIX. Alguns destes estilos têm mais destaque, como Decoração Gótica, Estilo Luis XV e os Neoclássicos. Outros servem como inspiração, como o Estilo Romano e o Estilo Tudor. No Quadro Geral da História dos Estilos de Decoração e Mobiliário podemos compreender a sua evolução na sociedade ocidental, bem como em alguns países da Europa. Muitas culturas da Idade Antiga foram omitidas nesta apostila, como as do Oriente Médio (persas, palestinos, hititas, babilônicos, cretanos, etc.), mas que tiveram vital importância para as culturas grega e romana. Entre a Arte Romana e a Gótica houve vários outros estilos de arte e de decoração, como o paleocristão, o carolíngio e o romântico, mas que não contribuem, significativamente, para os estilos atuais de decoração. Considerando a época entre 476 a 1453, devemos salientar que apenas uma parte da Europa vivenciou o feudalismo chamado de Baixa Idade Média ou Idade das Trevas (baixa produção artística, perda de técnicas produtivas, vida cotidiana essencialmente rural e religiosa, etc.). Grande do oeste da Ásia, do Oriente Médio e do norte da África continuou a evolução natural das artes e técnicas, mantendo e aperfeiçoando a Arte Romana conforme a sua cultura (arte islâmica, bizantina, etc.), conhecimento que retornou a Europa Medieval durante o Renascimento. Também não podemos de deixar de comentar que todo o Oriente (Índia, China, Japão, Oceania, etc.) fervilha em cultura e ciência, que influenciaram, em muito, vários estilos de decoração, a partir do sec. XV. Considerando que a Europa, a partir do séc. X entrou na Alta Idade Média (retomada das rotas comerciais, ressurgimento dos burgos e das classes de artesãos e comerciantes, etc.) muitas feudos se transformaram em nações, reinos ou impérios, com características próprias de cultura e governo, o que influenciaram na vida cotidiana e nos estilos de decoração. Então, apesar de existirem “períodos” bem determinados de Arte e Estilo de Decoração e Mobiliário, cada nação ou cidade adaptou as características gerais a sua vontade, criando sub-estilos próprios. Nesta apostila vamos acompanhar as características dos Estilos mais importantes da Sociedade Ocidental. 40 QUADRO GERAL HISTÓRIA DOS ESTILOS DE DECORAÇÃO E MOBILIÁRIO – CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL . 3600 A.C. A 476 D.C. 476 A 1453 SEC. XV I SEC. XV I I SEC.XV I I I SEC. X I X FINAL SEC. X I X SEC. XX EGITO 3600 A.C. A 200 A.C. GRECIA 600 A.C. A 200 A.C. ROMA 500 A.C. A 300 D.C. BIZANTINO 350 A 1453 ISLÃMICO 622 A ... CRISTÃOS PRIMITIVOS 300 A 800 CAROLINGIA 800 A 900 ROMANTICA 900 A 1100 GOTICA 1100 A 1400 ITALIA 1450 1590 1600 A 1720 MUITA INFLUENCIA FRANCESA MUITA INFLUENCIA FRANCESA 1902 LIBERTY 1950- DESIGN CONTEMPORÂNEO RENASCIMENTO BARROCO ROCOCO NEOCLÁSSICO E ECLETISMO 1515 A 1610 1610 A 1643 1643 A 1715 1715 A 1723 1723 A 1774 1774 A 1792 1793 A 1804 1804 A 1814 1815 A 1830 1830 A 1848 1848 A 1870 1870 ART NOUVEAU 1914 - L’ESPRIT NOUEAU LUIS XIII LUIS XIV REGENC IA TRANSIÇ ÃO LUIS XV LUIS XVI DIRETO RIO IMPE RIO RESTAU RAÇÃO LUIZ PHILLIPE LUIS XVIII 1925 -AR T DECO FRANÇA RENASCIMENTO BARROCO ROCOCO NEOCLASSICO ROMANTICO 1485 A 1558 1558 A 1603 1603 A 1649 1649 A 1660 1660 A 1688 1688 A 1702 1702 A 1714 1714 A 1727 GEORG E I 1727 A 1760 GEORGE I I 1760 A 1811 GEORGE I I I 1811 A 1830 GEORG E I V 1838 A 1900 1860 - ARTS AND GRAFS TUDOR QUEEN ELIZABETH JACOBINO CRONW ELL RESTAU RAÇÃO WILLIAN E MARY QUE EN ANNE KENT GEORGEANO CHIPPENDERE ADAM / SHERATON VITORIANO REVIVAL GÓTICO INGLATERRA GÓTICO RENASCIMENTO TRANSIÇ ÃO BARROCO ROCOCO NEOCLASSICO ROMANTISMO HOLANDA 1917- DE STIJIL ALEMANHÃ A PARTIR DE 1815 A 1850 BIEDERMEIER - ROMANTISMO 1919- BAUHAUS 1932- ESTILO INTERNACIONAL 1930 - ORGANICISMO 1960 - POP DESIGN 41 ESTILO EGÍPCIO ANTIGO IDADE ANTIGA Arte Egípcia +- 3600 A.C a +- 200 A.C Decoração histórica: os palácios e as casas de altos sacerdotes ricamente decorados com pinturas, afrescos, baixo-relevos, hieróglifos, pisos de mármores, muitos vasos, estátuas, tecidos, esteiras e almofadas pelo chão. Os mais pobres não tinham móveis, eram esteiras e cestas de fibra. Móveis: tronos, cadeiras e camas eram símbolos de alto status. Famílias de 2ª classe tinham bancos, tamboretes, caixas, baús e esteiras, sendo que a maioria era de fibra trançada. Havia armário de tijolos embutido na parede. Os egípcios inventaram a banqueta dobrável, com pernas em X. Material: freijó, faia, ébano (preferido entre os faraós) e cedro, incrustações e marchetarias de pedras preciosas, ouro, vidro e marfim. Elementos decorativos: inspiração nos animais, como pés de camas e tronos em forma de pata de leão, repetição de temas geométricos, baixo-relevos em placas de outro ou prata. Uso de cores puras e tons vivos como o verde, o roxo, o amarelo, o vermelho e o azul. Atualidade: serve de inspiração para os estilos Neoclássicos. Elementos como pirâmides e múmias são referencias que podem ser usadas, mas não faziam parte da vida dos antigos egípcios. FONTE DAS IMAGENS: http://www.touregypt.net http://5366ventana.com/Media%20Room.jpg 42 ESTILO GREGO CLÁSSICO IDADE ANTIGA Arte Grega +- 600 A.C a +- 200 A. C Decoração histórica: as casas gregas eram simples, com poucos móveis e decoração, mesmo nas famílias mais abastadas. Os gregos viviam nas praças e anfiteatros e a casa era um lugar para dormir. Não tinham a pretensão de acumular riqueza e sim de aproveitar a vida calma que o clima suave proporcionava. Móveis: arcas e baús de madeira guardavam roupas e tecidos, não havia os armários e prateleiras. Os vasos de cerâmica eram utilizados para armazenar alimentos. Eram muito comuns cestas de fibra e recipientes de bronze. Os gregos criaram a klismos, que é uma cadeira de pernas e encosto curvo, pequena e leve. Material: madeiras de cedro, pinus e cipreste e em móveis mais sofisticados, incrustações de pedras preciosas, marchetarias e pintura de vernizes coloridos. Nos ambientes públicos, como anfiteatros, era comum móveis de mármore ou bronze, como tronos, banco e mesas. Elementos decorativos: inspiração nas formas da arquitetura como colunas, capitéis, frontões, volutas e frisos e a repetição dos elementos geométricos. Era comum que a decoração fosse de temas da mitologia ou do cotidiano, além do uso de torneados estilizados, folhas, ovais e espirais. Atualidade: serve de inspiração para os estilos Neoclássicos. FONTE DAS IMAGENS: http://www.mlahanas.de/Greeks/Furniture http://theempirefurniture.com/ http://www.dartvix.com.br/COLUNAS,%20CAPIT%C9IS%20E%20FLOR%D5ES.html 43 ESTILO ROMANO CLÁSSICO IDADE ANTIGA Arte Romana +- 500 A.C a +- 300 D.C. Decoração histórica: grande influência das artes gregas, mas o povo romano gostava de mais luxo e ostentação. Uso de tecidos, esculturas, afrescos e mosaicos. Móveis: cadeiras e poltronas com pés e espaldares curvos e camas com pés cilíndricos. Baús e arcas prismáticas e armários de dois corpos. Material: madeira de espécies variadas, oriundas de todo o Império, com apliques de marchetaria e incrustações de pedras, osso, marfim e metal. Surge nos armários de dois corpos construção semelhante dos elementos arquitetônicos (colunas, frontões e capitéis). Elementos decorativos: inspiração nas formas da arquitetura como colunas, capitéis, frontões, balaustres, volutas, frisos, arcos pleno, videiras, bolas, fusos e a repetição dos elementos geométricos. Era comum que a decoração fosse de temas da mitologia, a vida cotidiana ou publicidade de serviço (prostituição). Após contato com o Egito, surgem nas pernas das cadeiras e camas as patas de animais esculpidos. Atualidade: serve de inspiração para os estilos Neoclássicos. FONTE DAS IMAGENS: http://commons.wikimedia.org/wiki/ http://theempirefurniture.com/ 44 ESTILO GÓTICO IDADE MÉDIA Arte Gótica +- 1100 a +- 1500 Decoração histórica: os senhores feudais que permaneceram nos castelos mantiveram o estilo românico (anterior ao gótico), com tapeçaria nas paredes, ambientes mal iluminados, pouca decoração como brasões e troféus de caça. Os que foram para os burgos (cidades primitivas) decoravam suas casas com painéis de madeira, tapetes, tapeçarias mais delicadas, e cortinas, pois as janelas eram bem maiores. Muitos objetos do oriente devido às cruzadas e retomada do comércio. Móveis: camas com baldaquino (dossel), cadeiras, arcas, baús e armários. Estruturas prismáticas e pesadas. Material: carvalho e nogueira, apliques em ferro para decoração e como ferragem. Acabamentos em estuque e natural. Elementos decorativos: móveis ricamente entalhados em alto e baixo-relevo, arcos plenos, ogivas e otomanos, elipses, formas geométricas em repetição. Pontas de diamante e fusos, torneados e pés em forma de vasos e balaústres. Atualidade: pouco utilizado nos países tropicais, mas tem destaque no interior da Europa. Elementos como armas nas paredes e armaduras são utilizadas como referência do estilo, mas não fazem parte da decoração histórica. FONTE DAS IMAGENS: http://commons.wikimedia.org/wiki//Category:Medieval_furniture http://www.txhomes.us/ http://www.furniturestyles.net http://wikipedia.com.br 45 ESTILO RENASCENTISTA / ITÁLIA – 1450 a 1590 IDADE MODERNA Arte Renascentista Decoração histórica: influenciados pelos mestres da arquitetura, pintura e escultura, os italianos redefinem suas moradias e mobiliário, que ganham o conceito de “lar”. A Arte Clássica Grega e Romana volta na vida cotidiana, porém mais elaborada, devido ao comércio com os países do oriente. Os ambientes são decorados com tapeçarias, tapetes, objetos e tecidos importados e melhor mobilhados. Paredes e tetos pintados, com frisos, molduras, cornijas, quadros e esculturas. Móveis: popularizaram-se as credências, as escrivaninhas, os gabinetes e os armários. Aumento considerável da qualidade de acabamento e de execução. Molduras retas, linhas horizontais, estofados. Material: preferencialmente a nogueira, muitas vezes dourada. Elementos decorativos: influência da arquitetura com frisos, colunas, pilastras, cornijas e capitéis clássicos, mas integrados com entalhes e torneados,com temas naturais (garras e cabeças de leão, folhas de louro, folhagens) e cariátides (figuras de mulheres). Almofadas sobre a madeira – não existia o estofamento. Atualidade: os móveis são usados de forma isolada e destacada, com atualizações – estofamento. CORNIJAS ENTALHES CARIÁTIDES FONTE DAS IMAGENS: http://www.furniturestyles.net http://museumfurniture.com http://www.reformafacil.com.br/definicao-e-funcoes-das-cornijas http://www.periodfurniture-carved.co.uk/history/part2/history-3.htm 46 ESTILO FRANCÊS COM INFLUÊNCIA RENASCENTISTA IDADE MODERNA *LUIS XIII - 1610 a 1643 Diferenças com o estilo italiano: destaque para torneados em forma espiral, painéis retangulares com motivos geométricos, pés torneados em balaústre e travessa “H” ou em “bolacha”. Há influência árabe, principalmente nos tecidos e nos temas. Preferência para lambris nas paredes e camas com cortinas. Almofadas sobre a madeira- não existia o estofamento. Atualidade: os móveis são usados de forma isolada e destacada, ou o estilo serve como inspiração para releituras e atualizações – estofamento. FONTE DAS IMAGENS: http://www.furniturestyles.net http://museumfurniture.com http://jeanmarcfray.com http://www.georgeglazer.com/ http://nettancourt.olx.fr/salle-a-manger-style-louis-xiii-iid-3986490 http://www.kaboodle.com/reviews/french-louis-xiii-style-writing-desk 47 ESTILOS INGLESES COM INFLUÊNCIA RENASCENTISTA IDADE MODERNA De um modo geral, os ingleses amenizaram a decoração e os detalhes dos móveis, deixando-os mais austeros, principalmente por utilizarem a madeira na cor natural, sem pinturas. *QUEEN ELIZABETH - 1558 a 1603. Pés em balaústre tipo vaso ou prismático, cama com baldaquino, forte influência do Gótico Tardio Inglês (Estilo Tudor). *JACOBINO - 1603 a 1649 *CRONWELL - 1649 a 1660 Pés torneados em balaústre e em espiral – influência do estilo Luis XIII, almofadas sobre a madeira – não existe o estofamento. Atualidade: estilo bem aceito, principalmente em casas de campo e releituras. FONTE DAS IMAGENS: http://www.furniturestyles.net http://museumfurniture.com http://historiadomobiliario.blogspot.com/2010/03/o-movel-do-renascimento.html http://www.treendesign.co.uk/seating.html http://www.burchardgalleries.com/auctions/2003/oct1903/oct19cr1.htm http://access.decorati.com/2008/10/28/jacobean/ 48 ESTILO BARROCO / ITÁLIA – 1600 a 1750 IDADE MODERNA Arte Barroca Decoração histórica: o estilo barroco italiano é marcado pelos excessos em elementos decorativos, pela pintura dourada. O barroco é sentimento em uso, muitas vezes prevalecendo à estética, em esquecimento da funcionalidade. Forte apelo religioso. Móveis: destaque para espelhos, aparadores, mesas e credências ricamente decoradas com entalhes, incrustações e pinturas marmorizadas. Material: nogueira, ébano, carvalho, cerejeira e marfim. Elementos decorativos: emprego de linhas curvas, com entalhes cujo tema principal era o religioso (querubins), flores, folhas e frutas. Surgimento dos estofamentos. Atualidade: os móveis são usados de forma isolada e destacada, ou inspiração para releituras. FONTE DAS IMAGENS: http://photobucket.com/images/furniture%20baroque%20italian/ http://antiquecat.davidweatherford.com/cgi-bin/antiquecat/00523.html http://www.faccents.com/ http://decoration.luxury-ideas.com/category/interior-design/ http://www.chezmeowmeow.com/category/furniture 49 ESTILOS FRANCESES COM INFLUÊNCIA DO BARROCO IDADE MODERNA *LUIS XIV - 1643 a 1715 (o Rei Sol) – influencia pessoalmente o desenvolvimento do estilo. Decoração histórica: habitações amplas, decoradas com tapetes persas, cortinas de veludos e damascos, brocados e tafetás de cores intensas. Muitos espelhos com molduras trabalhadas. Uso de porcelanas chinesas, lâmpadas e candelabros de cristal. O piso é de parquet formando desenhos ou de mármore em quadrados de preto e branco. Móveis: mesas, secretárias, assentos, camas, armários e cômodas. Eram móveis de amplas dimensões, suntuosos e simétricos, com estofos que seda da China, brocados, veludos e adamascados. Material: a madeira mais usada é a nogueira, que nos palácios era revestido de folha de ouro e nas casas mais abastadas era envernizada. Os móveis de carvalho ou castanheira eram, muitas vezes, pintados com dourado, cobre, cores vivas, ou texturas marmorizadas. Uso de bronze dourado e cinzelado para ornamentar fechaduras, puxadores arestas e centro de painéis. Elementos decorativos: detalhes que combinam curvas de pequeno raio com elementos retilíneos, formas volutadas, folhas de acanto e lótus, ovos, dardos, flor de Liz, sol com os raios se expandindo e dois L entrelaçados (estes 3 últimos elementos são símbolos de Luis XIV). Atualidade: os móveis são usados de forma isolada e destacada, ou inspiração para releituras. FONTE DAS IMAGENS: http://www.observer.com/files/slideshow_horizontal/sm61520004.jpg http://www.frecciastudios.com/environments.html http://www.furniturestyles.net http://museumfurniture.com 50 ESTILOS INGLESES COM INFLUÊNCIA DO BARROCO IDADE MODERNOS *RESTAURAÇÃO – 1660 a 1688. *WILLIAN E MARY - 1688 a 1702. Torneados tipo balaústre, pés em forma de pata de leão. Torneados em espiral mais robusto. *QUEEN ANNE - 1702 a 1714. Uso dos pés cabriolet, linhas curvas e elegantes. Influência chinesa, principalmente nos tecidos. Trabalhos de lâmina em raio. Atualidade: os móveis são usados de forma isolada e destacada, ou inspiração para releituras. FONTE DAS IMAGENS: http://www.furniturestyles.net http://museumfurniture.com http://arhzine.com/decoration http://access.decorati.com/2008/10/07/queen-anne/ 51 ESTILO ROCOCÓ / FRANÇA IDADE MODERNA ARTE ROCOCÓ *LUIS XV 1723 a 1774 – influencia feminina no estilo por Madame Pompadour – amante do Rei. Decoração histórica: a corte francesa está decadente e frívola. Todo o estilo reflete a sinuosidade do corpo feminino, leveza e brilho. A arte chinesa exerce forte influência, através de temas orientais, estilos de desenho e técnicas de pintura (laca) – Estilo Chinoisere. Surgem os ambientes íntimos, a privacidade da mulher e a necessidade de móveis menores. As paredes são decoradas com painéis pintados cujos temas remetem à mitologia, as cenas pastoris, as fábulas de La Fontaine e Moliere. Móveis: Os móveis são dimensionados conforme as medidas humanas e o tipo de roupas. Os itens mais freqüentes são cômodas, escrivaninhas e secretárias com muitas gavetas e segredos. As cadeiras perdem as travessas, uso contínuo dos pés cabriolet, terminando em foram de pé de gamo ou folha volutada. Material: madeira de palissandro, pau-rosa, pau-marfim, cerejeira e mogno claro. Podem ser deixados ao natural, ou pintados a laca ou folhados a ouro. Elementos decorativos: tanto nos móveis como no geral: anjos, guirlandas com rosas, instrumentos musicais, laços e fitas, ornamentos em C e S. Aplicação de marchetaria em marfim e mármore. Atualidade: os móveis são usados de forma isolada e destacada, ou inspiração para releituras. FONTE DAS IMAGENS: http://www.furniturestyles.net
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