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Microbiologia | Sarah Fernandes – T7B ARBOVÍRUS Arbovírus são transmitidos por artrópodes hematófagos de um hospedeiro vertebrado para outro Existem centenas de arbovírus (100 deles são patógenos humanos) Entre as principais doenças causadas por arbovírus temos: dengue, chicungunya, zika e febre amarela Gêneros: alfavírus (dentre eles, o causador da chicungunya) e flavivírus (dentre eles, os causadores de febre amarela, dengue e zika) - Síndrome Clínica: Determinada pelo grau de multiplicação do vírus e por sua localização predominante nos tecidos Assim, podem causar: doença febril (discreta em alguns pacientes), encefalite e diátese hemorrágica - Estrutura dos ALFAVÍRUS Capsídeo icosaédrico Genoma: RNA de fita simples no sentido positivo Envelope se compacta ao capsídeo e assume sua forma - Estrutura dos FLAVIVÍRUS Semelhante ao alfavírus São menores Envelope – com glicoproteína E – se dobra por cima, pareia com outra glicoproteína E e cobre superfície do vírion para formar uma camada externa de proteína - Patogênese e Imunidade Mosquito fêmea adquire alfavírus e flavivírus por alimentar-se de sangue de um hospedeiro vertebrado virêmico O vírus infecta as células epiteliais do intestino médio do mosquito, onde dissemina, i Vírus infecta as glândulas salivares Vírus promove replicação Mosquito pica o hospedeiro e, posteriormente, o vírus é liberado na saliva dentro da corrente sanguínea Vírus circula no plasma do hospedeiro Vírus entra em contato com as células-alvo suscetíveis (células endoteliais de capilares, monócitos, células dendríticas e macrófagos) Natureza final da doença é determinada por Tropismo tecidual específico do tipo de vírus (qual célula/tecido será infectado pelo vírus) Concentração do vírus infectante Resposta individual do hospedeiro à infecção Efeito de citocinas em resposta à viremia e à infecção de células - Epidemiologia Vetor mais comum é o mosquito (carrapatos também podem atuar) Disseminação do vírus, geralmente, é restrita a um gênero específico de mosquito Pássaros e mamíferos são os reservatórios usuais Doenças causadas por arbovírus ocorrem durante os meses do verão e nas estações chuvosas - Síndromes Clínicas – ALFAVÍRUSCHICUNGUNYA Doença caracterizada por febre alta e poliartrite grave Vírus chicungunya é transmitido pelo Aedes aegypti Vírus mutante é transmitido por Aedes albopictus Incidência da doença aumentou desde 2000 Infecções assintomáticas são raras Não há vacinas - Síndromes Clínicas – FLAVIVÍRUS DENGUE Vírus da dengue é transmitido pelo Aedes aegypti e Aedes albopictus Caracterizado por febre, cefaleia grave, mialgia, náuseas, vômitos, dores oculares e exantema Formas graves da doença: dengue hemorrágica/síndrome do choque por dengue 4 a 7 dias pós a picada inicia-se a doença clínica Início da febre é súbito Podem ocorrer sintomas que incluem mal-estar, calafrios e cefaleia Dores musculares e dor nos ossos (febre “quebra-ossos”) são características Dor nas articulações e globos oculares No 3º ou 4º dia há o aparecimento de exantemas Aumento dos linfonodos Convalescência acontece depois de várias semanas Casos de morte são raros Febre Hemorrágica/Síndrome do Choque da Dengue Sintomas iniciais simulam a dengue normal e, posteriormente, o estado do paciente agrava-se Características-chave da patologia: vascularidade capilar aumentada com fuga de plasma para os espaços intersticiais e níveis de citocinas vasoativas aumentadas Ocorre em indivíduos com anticorpos não-neutralizantes devido a uma infecção prévia com um vírus de sorotipo diferente Anticorpos não-neutralizantes (subneutralizantes) -> Captação dos vírus em macrófagos -> Liberação de citocinas -> Resposta inflamatória Resposta inflamatória + vírus promovem perda de plasma, enfraquecimento e ruptura dos vasos, além de sangramento interno Tratamento e controle Não existe farmacoterapia antiviral Febre hemorrágica é tratada por terapia de reposição de líquidos Há vacina no Brasil ZIKA Zika vírus apresenta relação genética e sorológica com outros flavivírus Transmissão pode ser vetorial (por mosquitos Aedes aegypti), por transmissão perinatal, sexual ou por transfusão sanguínea Manifestações Clínicas Episódio febril de início agudo (que cessa após 1 a 2 dias após o aparecimento do exantema) Cefaleia discreta 2ª dia: exantema maculopapular pruriginoso (em face, tronco, mãos e planta dos pés) Mialgia Dores articulares (mãos, joelhos e tornozelos) Dor lombar discreta Conjuntivite não-purulenta Manifestações inespecíficas: anorexia, náuseas, vômitos, vertigem e dor retro-orbital Casos de síndrome de Guillan-Barré Tratamento Não existem vacinas nem medicamentos antivirais específicos, sendo o tratamento sintomático Febre e dor -> uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona Erupções pruriginosas -> anti-histamínicos FEBRE AMARELA Doença febril aguda Casos graves: disfunção hepática, renal e hemorragia, com altas taxas de mortalidade Patogênese e Patologia Lesões da febre amarela são decorrentes da localização e da propagação do vírus em determinado órgão Propagações em linfonodos locais, fígado, baço, rins, medula óssea e miocárdio Infecções no fígado e nos rins podem causar lesões necróticas Podem ocorrer mudanças degenerativas em linfonodos locais, baço e miocárdio Doença grave: hemorragia, colapso circulatório e choque Manifestações Clínicas Período de incubação de 3 a 6 dias Início abrupto com febre, calafrios, fraqueza, mialgia, cefaleia, dor nas costas, náuseas, vômitos e bradicardia Forma mais grave pode causar febre, icterícia, falência renal, manifestações hemorrágicas, vômito e, eventualmente, morte
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