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Instruções para a redação O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: Desrespeitar os direitos humanos; Tiver até 7 linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”; Fugir do tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo; Apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. Textos Motivadores TEXTO I ONU diz que "notícias falsas" representam uma preocupação global 03/03/2017 Relatores especiais da ONU sobre liberdade de expressão divulgaram hoje (3) uma declaração conjunta afirmando que as "notícias falsas" ("fakenews", em inglês), a desinformação e a propaganda representam uma preocupação global. Além das Nações Unidas, o comunicado foi assinado também pela Organização dos Estados Americanos (OEA), pela Organização para Cooperação e Segurança na Europa e pela Comissão Africana sobre Direitos Humanos e dos Povos. As informações são da ONU News. Segundo David Kaye, relator especial da ONU sobre o direito à liberdade de opinião e expressão, as "fakenews" surgiram como um assunto de preocupação global e que os esforços para combatê-las podem levar à censura. Segundo ele, há o risco também da supressão do pensamento crítico e de outras abordagens contrárias à lei de direitos humanos. A declaração encoraja a promoção da diversidade na mídia e enfatiza o papel das redes sociais, da mídia digital, e também de jornalistas e dos meios de comunicação. O comunicado afirma que as notícias falsas são divulgadas por governos, empresas ou indivíduos e o objetivo é, entre outros, "enganar a população e interferir no direito do público em ter conhecimento do assunto". Violência Para os especialistas, a desinformação e a propaganda podem destruir reputações e a privacidade e incitar à violência, discriminação e hostilidade contra certos grupos da sociedade. O comunicado da ONU alerta para a possibilidade de autoridades públicas denegrirem, intimidarem ou ameaçarem os meios de comunicação, incluindo declarações colocando a mídia como sendo "a oposição" ou com falsas acusações de que esteja "mentindo", ou ainda, que tenha uma agenda secreta. Tudo isso, segundo o documento, aumenta o risco de ameaças e violência contra jornalistas e mina a confiança pública no jornalismo. O comunicado diz ainda que os países têm a obrigação de promover um ambiente para a liberdade de expressão, protegendo e apoiando diversos meios de comunicação. Os relatores especiais das Nações Unidas sobre liberdade de expressão condenaram as tentativas recentes feitas por alguns governos para suprimir qualquer oposição e controlar a comunicação pública. Entre as medidas adotadas estão a interferência nas operações de meios de comunicação públicos ou privados, incluindo negar credenciamento a jornalistas e encetar perseguições políticas. O comunicado diz ainda que as ordens de bloqueios de websites na internet determinadas por governos são consideradas medidas extremas. Para os especialistas, elas só podem ser justificadas pela lei e quando forem necessárias para proteger os direitos humanos ou outro interesse público legítimo. http://m.agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2017-03/onu-diz-que-noticias-falsas-representam-uma- preocupacao-global TEXTO II O desafio das 'fakenews' nas eleições de 2018 19 JAN 2018 Enxurrada de notícias falsas nas redes levam autoridades brasileiras a discutir leis para combater o problema. Especialistas, no entanto, alertam para riscos à liberdade de expressão.O filho do ex-presidente Lula é o dono do frigorifico JBS. A ex-presidente Dilma Rousseff tentou o suicídio ao se ver encurralada pelo impeachment. O delator Alberto Yousseff foi encontrado morto na véspera das eleições de 2014. O juiz Sérgio Moro é filiado ao PSDB. Os tucanos querem acabar com o Bolsa Família. Essas são algumas notícias falsas, ou fakenews, que poluíram as redes sociais e aplicativos de comunicação como o Whatsapp no Brasil nos últimos anos. Elas muitas vezes partem de sites ou perfis que imitam o estilo jornalístico de alguns veículos da imprensa e têm como alvo personagens reais. Seu objetivo é confundir o público ou aumentar a rejeição a uma ideia ou pessoa - ou, em alguns casos, aumentar a popularidade de alguém. Como a publicidade incentiva "fakenews" Na era digital, com uso de robôs ou bots, a disseminação desses boatos ganhou ainda mais velocidade. Em alguns casos, os criadores parecem ter objetivos políticos, mas, em muitos outros, a motivação parece ser o lucro gerado pelo cliques que essas notícias sensacionalistas despertam entre os usuários. Agora, em um ano de eleições gerais, a influência desse tipo de mentira na internet tem provocado preocupação na Justiça Eleitoral e na Polícia Federal. Não restrito ao Brasil, o fenômeno da disseminação das fakenews nas redes sociais ganhou relevância em pleitos nos EUA e em países da Europa nos últimos dois anos. De acordo com pesquisa da agência We Are Social, 87,7% dos brasileiros são usuários ativos de redes sociais no Brasil e podem ser expostos às notícias falsas. https://www.terra.com.br/noticias/brasil/o-desafio-das-fake-news-nas-eleicoes-de- 2018,fa5a5460eea5edd7aebcbb8e84274ef1vbp5ghfi.html (Fragmento) TEXTO III A Federação Internacional das Associações e Instituições de bibliotecária (IFLA) publicou um diagrama com dicas para ajudar as pessoas a identificarem notícias falsas. Há algumas instituições como "Aos Fatos" e InternationalFact-Checking Network (IFCN) que se propõem a checar notícias e julgá-las como falsas ou verdadeiras. A IFCN faz uso de uma rede colaborativa e faz um treinamento de seus colaboradores para que possam validar as histórias. O Facebook se comprometeu a ajudar seus usuários a identificar as notícias falsas,e adicionou em certa de 14 países uma seção com dicas sobre como reconhecer notícias falsas. Os leitores também estão se tornando mais céticos e atentos: uma pesquisa mostrou que mais de 3 em cada 4 leitores de notícias verificaram fatos em uma notícias de independente, enquanto 70% reconsideraram compartilhar uma matéria por receio de que ela pudesse ser uma notícia falsa. https://pt.wikipedia.org/wiki/Not%C3%ADcia_falsa TEXTO IV Brasil é o maior usuário de redes sociais da América Latina Mais de 260 milhões de pessoas na América Latina, 42% do total da população, irão acessar redes sociais regularmente até o final do ano. De acordo com uma pesquisa da agência eMarketer, 86,5% dos usuários utilizarão smartphones para se conectar às redes. O Brasil é o país com mais usuários do continente, com um total de 93,2 milhões até o final do ano. No México, são 56 milhões, seguido da Argentina, com 21,7 milhões. No país da América Central, o número de acesso via telefone celular chega a 89%. Isso porque a grande maioria das operadoras mexicanas oferece pacotes de dados que dão livre acesso ao Facebook e ao Twitter, as duas redes mais usadas no continente. A primeira é a líder em todos os países. Na Argentina, o percentual de usuários chega a 97% de todos aqueles que usam alguma rede social. No Brasil, são 95%. Até o final do ano, estima-se que 74% de todas as pessoas que usam a internet no país terão uma conta no Facebook. http://forbes.uol.com.br/fotos/2016/06/brasil-e-o-maior-usuario-de-redes-sociais-da-america-latina/ (Fragmento) Proposta de Redação A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídosao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os perigos da propagação de fakenews na sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
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