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DIREÇÃO DE GRADUAÇÃO ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA: Legislação Sanitária AULA 2 Profª.: Talita Kizzy Barbosa Barreto Definição da Vigilância Sanitária • Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I - o controle de bens de consumo: todas as etapas e processos, da produção ao consumo II – o controle da prestação de serviços. (Lei 8080,art 6º, inciso I ao § 1º) • RISCO: probabilidade da ocorrência de um efeito adverso à saúde e da gravidade desse efeito (causado por PERIGOS existentes no alimento). • PERIGO: agente com potencial para causar efeito adverso à saúde (biológico, químico ou físico, ou propriedade do alimento) Controle Sanitário de Alimentos no Brasil Produção primaria Produção primaria Indústria Minimamente processados Armazenagem Distribuição Comercialização Indústria Armazenagem Distribuição Comercialização Produtos de Origem Animal Produtos de Origem Vegetal • O controle e fiscalização de alimentos no Brasil é uma responsabilidade compartilhada entre órgãos e entidades da Administração Pública, com destaque, aos órgãos da Agricultura e do Sistema Único de Saúde. MAPA – Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento • Produção Primária • Controle das empresas beneficiadoras de produtos de origem vegetal (minimamente processados) e indústrias de processamento de bebidas • Controle das indústrias de processamento de produtos de origem animal. SNVS – Sistema Nacional de Vigilância Sanitária • Controle dos estabelecimentos comerciais: serviços de alimentação, supermercados, dentre outros • Controle das indústrias processadoras de: amendoins e derivados, água mineral natural, conservas vegetais, gelados comestíveis, sal para consumo humano, dentre outros • Controle de todos os produtos alimentícios expostos à venda A quem competem a fiscalização dos produtos abaixo? • Estabelecimentos alimentícios de shoppings • Supermercados e mercados • Mel e ovos • Margarina e derivados • Bares • Leite e derivados Exemplos de produtos de competência do MAPA • Água de coco; • Bebidas alcóolicas; • Refrigerantes; • Sucos e néctares; • Refrescos; • Vinagres; • Frutas e hortaliças cruas e processadas, com exceção de conservas; • Mel, ovos; • Margarina e derivados; • Leite e derivados; • Carnes e derivados; • Pescados. Sistema Nacional de Vigilância Sanitária Descentralização das ações ANVISA/MS VISA estadual VISA municipal Regulamentação/legislação federal Coordenação das ações nacionais Execução das ações Legislação complementares Coordenação das ações estaduais Execução das ações Legislação complementares Coordenação das ações locais CONTROLE PRÉ-MERCADO Atividades de registro, aprovação de rotulagem, expedição de alvarás sanitários e/ou licenças sanitárias, dentre outros procedimentos de característica burocrática (Definição extraída do relatório da Câmara Setorial de Alimentos – Subgrupo 3 de 18/09/2007) • Atividades desenvolvidas com foco no processo e nos riscos, após a alocação dos produtos para o consumo. • FOCO: Implementação das BPF CONTROLE PÓS-MERCADO Inspeção Sanitária Monitoramento de alimentos Vigilânciade DTAs Ações fiscais Alimento saudável é preciso higiene. HIGIENE SAÚDE Segundo a OMS Os erros mais frequentes são: • A preparação dos alimentos com muita antecedência; • Os alimentos preparados que são deixados por muito tempo a temperaturas que permitem a proliferação de microrganismos; • A cocção insuficiente; • A contaminação cruzada; • As pessoas infectadas, ou colonizadas que manipulam alimentos. E O QUE FAZER PARA EVITAR OS PRINCIPAIS ERROS ENVOLVIDOS NOS PROBLEMAS QUE ENVOLVE OS ALIMENTOS? PREVENIR E O QUE É PREVENIR? É EVITAR QUE: 1. Os microrganismos contaminem os alimentos -através do homem, do ambiente, adquirindo matéria-prima de boa procedência. 2. Evitar que os microrganismos sobrevivam nos alimentos - Através da cocção correta (74°C no interior do alimento), através do reaquecimento correto (70°C/2min no interior do alimento) 3. Evitar que ocorra recontaminação dos alimentos - Através da manipulação pós- cocção; através do armazenamento incorreto. 4. Evitar que os microrganismos se multipliquem nos alimentos - Evitar que os alimentos fiquem mais que 30 minutos entre 10°C e 55°C; evitar deixa-los na temperatura ambiente, evitar deixar na refrigeração acima de 4°C; evitar deixa-los a espera na distribuição abaixo de 60°C. PREJUÍZOS CAUSADOS PELA CONTAMINAÇÃO • RISCOS LEVES: dor de cabeça, vômitos, mal estar geral. • RISCOS GRAVES: infecção intestinal, paralisia muscular, problemas respiratórios, convulsões e até morte. • QUALIDADE OU DA QUANTIDADE DE MICRORGANISMOS E TOXINAS INGERIDAS; • PODER INERENTE AO MICRORGANISMOS EM CAUSAR DOENÇAS • RESISTÊNCIA DA PESSOA AFETADA REGULAMENTAÇÃO TIPO DE ESTABELECIMENTO Rt Específicos Pontos Críticos Ind. Palmito Resolução-RDC ANVISA nº 18/99 Resolução-RDC ANVISA nº 81/03 - Acidificação - Tratamento térmico Ind. Sal Resolução-RDC ANVISA nº 28/00 - Iodação do sal Ind. Gelados comestíveis Resolução-RDC ANVISA nº 267/03 Pasteurização ou tratamento térmico Controle da potabilidade da água Ind. Amendoins Resolução-RDC ANVISA nº 172/03 Recepção e seleção do amendoim Armazenamento Ind. de frutas e hortaliças Resolução-RDC ANVISA nº 352/02 - Higienização das frutas e hortaliças - Acidificação - Tratamento térmico Ind. Água mineral e água natural Resolução-RDC ANVISA nº 173/06 -Recepção de embalagens - Higienização da canalização, reservatório e embalagens REGULAMENTAÇÃO Portaria nº. 326, de 30/7/1997 • Baseada no Código Internacional - Codex Alimentarius, e harmonizada no Mercosul, essa Portaria estabelece os requisitos gerais sobre as condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos. Resolução-RDC nº. 275, de 21/10/2002 • Essa Resolução foi desenvolvida com o propósito de atualizar a legislação geral, introduzindo o controle contínuo das BPF e os POP, além de promover a harmonização das ações de inspeção sanitária por meio de instrumento genérico de verificação das BPF. Portanto, é ato normativo complementar à Portaria 326/97. Resolução-RDC nº. 216, de 15/09/2004 • Essa Resolução foi desenvolvida com o propósi to de estabelecer procedimentos de Boas Práticas para serviços de alimentação a fim de garantir as condições higiênico sanitárias do alimento preparado. REGULAMENTAÇÃO Legislações voltadas para os alimentos Portaria MS n. 1428, de 26/11/1993 • Precursora na regulamentação desse tema, essa Portaria dispõe, entre outras matérias, sobre as diretrizes gerais para o estabelecimento de Boas Práticas de Produção e Prestação de Serviços na área de alimentos. • Anexo I - Regulamento Técnico para Inspeção Sanitária de Alimentos: avaliar a eficácia e efetividade dos processos, meios e instalações pelo APPCC. • Anexo II – Diretrizes para o estabelecimento de BP de Produção e de Prestação de Serviços na área de alimentos. • Anexo III – Regulamento Técnico para estabelecimento de PIQ’s para produtos na área de alimentos Portaria 1428 de 26 de novembro de 1993 • Estabelece a necessidade da melhoria da qualidade de vida decorrente da utilização de bens, serviços e ambientes oferecidos à população na área de alimentos. COMO REALIZARA FISCALIZAÇÃO SANITÁRIA? • Através da inspeção do homem – meio ambiente – contexto sócio-econômico. QUAL O OBJETIVO DESTA PORTARIA? • Proteger e defender a saúde do consumidor, em caráter preventivo, através da prática da inspeção sanitária, como forma de assegurar as diretrizes estabelecidas, através do estabelecimento de orientações sobre as atividades de inspeção sanitária. • A Autorizada Sanitária devidamente credenciada pelo Serviço de Vigilância Sanitária deve realizar inspeção sanitária INSPEÇÃO PROGRAMADA INSPEÇÃO ESPECIAL COMO REALIZAR ESSA INSPEÇÃO? • Manual de Inspeção • O Serviço de VISA deverá dispor de instrumentos, equipamentos e meios de locomoção necessários para concluir os objetivos. • QUAIS OS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE UMA INSPEÇÃO? Identificação de fatores de risco e consequentemente a prevenção desses riscos LAUDO DE INSPEÇÃO ANALISE O CASO ABAIXO Em um restaurante de refeições transportadas foi contratado para fornecer alimentação para um grupo de trabalhadores da construção civil, entretanto trinta pessoas passaram mal e resolveram acionar os órgãos competentes. A quem compete esta fiscalização? Que tipo de inspeção será realizada? Qual documento estabelece as normas de inspeção? O QUE É O LAUDO DE INSPEÇÃO? • peça escrita fundamentada técnica e/ou legalmente, no qual a autoridade sanitária que realizou a inspeção registra suas conclusões a partir da avaliação sobre o cumprimento da legislação em vigor e de Projetos da Garantia da Qualidade considerando as Boas Práticas, bem como as orientações e intervenções necessárias. • A critério da autoridade sanitária, será solicitada a análise laboratorial, cujo resultado poderá contribuir para a conclusão do laudo. O QUE DEVE CONSTAR NO LAUDO DE INSPEÇÃO? • Informações administrativas e legais do estabelecimento; • Motivo da Inspeção; • Certificação para o comércio internacional; • Denúncia ou suspeita quanto à qualidade de produto e/ou serviços; • Avaliação de risco com as orientações e intervenções • NOTA: O detalhamento das informações sobre procedimentos de inspeção será objeto do "Manual de Inspeção". O QUE ESSA PORTARIA DETERMINA NAS DIRETRIZES PARA O ESTABELECIMENTO DE BOAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NA ÁREA DE ALIMENTOS ? • As Boas Práticas de Fabricação e/o Prestação de Serviços, serão avaliadas durante a realização da inspeção pela Autoridade Sanitária com a consequente emissão do Laudo de Inspeção. • Os Serviços de Vigilância Sanitária articular-se-ão com os Conselhos de Classe visando a implementação da responsabilidade técnica de profissionais que atuam na área de alimentos. DIRETRIZES SOBRE A RESPONSABILIDADE TÉCNICA • Corresponde a agentes capazes ter conhecimento técnico na questão de segurança alimentar e: • compreensão dos componentes do Sistema APPCC; • capacidade de identificação e localização de PCCs em fluxogramas de processos; • capacidade de definir procedimentos, eficazes e efetivos, para os controles dos PCCs; • conhecimento da ecologia de microrganismos patogênicos e deterioradores; • conhecimento da toxicologia alimentar; • capacidade para selecionar métodos apropriados para monitorar (PCCs), incluindo estabelecimento de planos de amostragem e especificações; • capacidade de recomendar o destino final de produtos que não satisfaçam aos requisitos legais. DIRETRIZES SOBRE A RESPONSABILIDADE TÉCNICA • Os estabelecimentos deverão ter uma responsável pelas técnicas utilizadas por local de prestação de serviço. • Para que o responsável Técnico possa exercer a sua função ele deve contar com autoridade e competência para: • elaborar as Boas Práticas de Fabricação e Boas Práticas de Prestação de Serviços na área de alimentos; • responsabilizar pela aprovação ou rejeição de matérias-primas; • avaliar a qualquer tempo registros de produção, inspeção, controle e de prestação de serviços, para assegura-se de que não foram cometidos erros; • supervisionar os procedimentos de fabricação para certificar-se de que os métodos de produção estão sendo seguidos; • adotar métodos de controle de qualidade adequados, bem como procedimentos a serem seguidos no ciclo de produção e/ou serviço; • adotar o método de APPCC para a garantia de qualidade de produtos e serviços. REGULAMENTO TÉCNICO PARA O ESTABELECIMENTO DE PADRÕES DE IDENTIDADE E QUALIDADE (PIQ's) PARA PRODUTOS NA ÁREA DE ALIMENTOS • Conjunto de atributos que identifica e qualifica um produto na área de alimentos • OBJETIVO: Estabelecer a metodologia para elaboração de PIQ's e Definir a estratégia para oficializar, após avaliação, as propostas de PIQ's encaminhadas pelos estabelecimentos.
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