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A gestão pública das rodovias federais do Paraná

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1 
A GESTÃO PÚBLICA DAS RODOVIAS FEDERAIS NO PARANÁ 
 
 
 
GERALDO JOSÉ SIGWALT RAMIRES 
Engenheiro Civil 
http://lattes.cnpq.br/1629254969230992 
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes 
Curitiba/PR - geraldo.ramires@dnit.gov.br 
 
RESUMO 
 
Este estudo tem como objetivo demonstrar a gestão pública das rodovias federais no Estado 
do Paraná em 2016, por meio da correta identificação, de quem são seus gestores e qual é 
a percepção dos usuários sobre essa gestão. O correto entendimento sobre essas questões 
permite que o usuário das rodovias que precisa definir uma rota, os confrontantes que solici-
tam anuências em imóveis com divisa nas estradas e os requerentes de usucapião que tem 
de provar que sua reivindicação não atinge a faixa de domínio, possam levantar dados pre-
cisos sobre as rodovias. Foram utilizadas como base na pesquisa os manuais do Departa-
mento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), legislação correlata e questioná-
rios. Como considerações finais, o estudo aponta que apesar de existir informação suficiente 
para identificar as rodovias e seus gestores, o usuário as desconhece, sendo necessário a 
implantação de uma política de marketing específica no DNIT para divulgar corretamente as 
informações. 
 
Palavras Chave: Gestão Pública. Planejamento. Rodovias. 
 
ABSTRACT 
 
This study aims to demonstrate the public administration of the federal highways in the State 
of Paraná in 2016, by its correct identification, who are managers and what is the perception 
of users about it. The correct understanding of these questions allows the user of the high-
ways that need to define a route, the neighbors who solicit consents in real estate with bor-
der on roads and adverse possession-seekers who have to prove that your claim does not 
reaches the field, suggest precise data on the highways. Have been used as the basis of the 
research the manuals of the National Department of Transportation infrastructure (DNIT), 
related legislation and questionnaires. As final considerations, the study points out that alt-
hough there is sufficient information to identify the highways and their managers, the user is 
 2 
unaware of, requiring the deployment of a specific marketing policy to disclose the infor-
mation. 
 
Keywords: Public Management. Planning. Highways. Roads. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A Lei nº 10.233 de 5 de junho de 2001, no seu art. 79, criou o DNIT e no seu art. 80, 
constituiu o objetivo do órgão como sendo de administração da infraestrutura do Sistema 
Federal de Viação. Cabe ao DNIT a manutenção, restauração, adequação de capacidade e 
construção das estradas federais. Além disso, são atribuições do DNIT estabelecer normas 
e especificações técnicas para os serviços necessários nas rodovias, seus projetos, fornecer 
subsídios para orientar planos de concessão e prestar esclarecimentos sobre as rodovias 
federais para a população. 
Assim, o objetivo desse trabalho é demostrar de que forma é feita a gestão das rodo-
vias federais do Paraná em 2016, determinando quais são essas rodovias, como elas são 
classificadas, quem são seus gestores e qual é a percepção dessa gestão pelos usuários. 
Se existe diferença dessa percepção devido ao gênero ou à faixa etária dos usuários. 
Fundamenta-se este estudo sobre a gestão das rodovias federais paranaenses, atra-
vés da correta identificação dessas rodovias, das suas quilometragens, do seu tipo de admi-
nistração e da divulgação dos servidores públicos responsáveis pelo gerenciamento como 
importantes para o usuário das rodovias que precisa traçar uma rota entre origens e desti-
nos, para os confrontantes que solicitam anuências em imóveis com divisa nas estradas, 
para os requerentes de usucapião que necessitam provar que sua reivindicação não atinge 
a faixa de domínio das rodovias, enfim, para qualquer cidadão que precise de esclarecimen-
tos sobre rodovias federais. 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 RODOVIAS FEDERAIS 
 
As rodovias federais são basicamente aquelas com valor estratégico para o país. 
Podem atravessar diversos estados ou estar contidas em um único estado da federação. 
Normalmente, o traçado desse tipo de rodovia passa por divisas estaduais e chega até fron-
teiras internacionais, capitais de estado, Capital Federal, portos e parques nacionais. Po-
dendo também apenas fazer a ligação entre uma rodovia federal até um local estratégico. 
 
 3 
2.1.1 Nomenclatura das Rodovias Federais 
 
Conforme Brasil (2016), as rodovias federais são caracterizadas pelo prefixo BR-, 
seguidos por três números. O primeiro número informa a orientação da rodovia, de acordo 
com o que está estabelecido no SNV (Sistema Nacional de Viação). Os outros dois números 
definem a posição relativa da rodovia em relação aos eixos norte – sul, leste – oeste e a 
capital federal. A seguir será possível explicar todas as situações possíveis. 
 
2.1.1.1 Rodovias Radiais 
 
São as rodovias que têm como origem a Capital Federal e partem para os extremos 
do país como raios de um círculo. Essas rodovias têm como primeiro número o 0. Os outros 
dois números variam de 05 até 95. Sendo que a numeração começa a ser contada a partir 
do norte geográfico e cresce no sentido horário. Como exemplo podemos citar a BR-020, 
cujo traçado inicia em Brasília e segue para Posse, Barreiras, Picos e Fortaleza. Não há 
rodovias radiais no Paraná. 
 
2.1.1.2 Rodovias Longitudinais 
 
São as rodovias que seguem a orientação norte – sul. Essas rodovias têm como pri-
meiro número o 1. Os outros dois números variam de 01, no extremo leste do país, até 50 
na Capital Federal, e de 50 até 99 no extremo oeste. A numeração é crescente de leste para 
oeste. O meridiano de Brasília define se será maior ou menor do que 50. Na Figura 1, como 
exemplo podemos citar a BR-116, cujo traçado no Paraná passa pela divisa com São Paulo 
e segue para a divisa com Santa Catarina. No Paraná são as seguintes rodovias longitudi-
nais: BR-101/116/153/158/163. 
 
Figura 1 - Rodovia Longitudinal - BR-116 
 
Fonte: DNIT, 2016 
 
 4 
2.1.1.3 Rodovias Transversais 
 
São as rodovias que seguem a orientação leste – oeste. Essas rodovias têm como 
primeiro número o 2. Os outros dois números variam de 01, no extremo norte do país, até 50 
na Capital Federal, e de 50 até 99 no extremo sul. 
A numeração é crescente do norte para sul. O paralelo de Brasília define se será 
maior ou menor do que 50, essa regra se repete nas rodovias diagonais e de ligação. 
Na Figura 2, como exemplo podemos citar a BR-277, cujo traçado no Paraná inicia 
em Paranaguá e termina em Foz do Iguaçu. No Paraná são as seguintes rodovias transver-
sais: BR-272/277/280. 
 
Figura 2 - Rodovia Transversal - BR-277 
 
Fonte: DNIT, 2016 
 
2.1.1.4 Rodovias Diagonais 
 
São as rodovias que seguem a orientação noroeste – sudeste ou nordeste – sudoes-
te. Essas rodovias têm como primeiro número o 3. Na orientação noroeste – sudeste os ou-
tros dois números variam, segundo números pares, de 00, no extremo nordeste do país, até 
50 na Capital Federal, e de 50 até 98 no extremo sudoeste. No sentido nordeste – sudoeste 
os outros dois números variam, segundo números ímpares, de 01, no extremo noroeste do 
país, até 51 na Capital Federal, e de 51 até 99 no extremo sudeste. Na Figura 3, como 
exemplo podemos citar a BR-376, cujo traçado no Paraná inicia na divisa com São Paulo e 
termina na divisa com Santa Catarina. No Paraná são as seguintes rodovias diagonais: BR-
369/373/376. 
 
 5 
Figura 3 - Rodovia Diagonal - BR-376 
 
Fonte: DNIT, 2016 
 
2.1.1.5 Rodovias de Ligação 
 
São as rodovias que seguem em qualquerorientação, ligando rodovias federais a ou-
tra rodovia ou ponto estratégico. Essas rodovias têm como primeiro número o 4. Os outros 
dois números variam de 00, no extremo norte do país, até 50 na Capital Federal e de 50 até 
99 no extremo sul. Na figura 4, como exemplo podemos citar a BR-469, cujo traçado no Pa-
raná inicia na BR-277 em Foz do Iguaçu e termina nas Cataratas do Iguaçu. No Paraná são 
as seguintes rodovias de ligação: BR-466/467/469/476/480/487. 
 
Figura 4 - Rodovia de Ligação - BR-469 
 
Fonte: DNIT, 2016 
 
2.1.1.6 Superposição de Rodovias 
 
Pode acontecer de alguns trechos de diferentes rodovias estarem superpostos. Não 
existe regra clara para definir por qual rodovia esse tipo de trecho será mencionado. Contu-
do, costuma-se adotar a rodovia com maior volume de tráfego ou aquela com numeração 
 6 
inferior. Na Figura 5, como exemplo no Paraná, podemos citar o trecho entre Marmeleiro e 
Barracão, onde a BR-280 está superposta sobre BR-373. 
 
Figura 5 - Superposição de Rodovias - BR-280 x BR-373 
 
Fonte: o Autor, 2016 
 
2.1.1.7 Quilometragem das Rodovias 
 
Muitas rodovias federais atravessam diversos estados. Podemos citar como exemplo 
a BR-153, também conhecida como a Transbrasiliana. A quilometragem dessas rodovias 
não é cumulativa, ou seja, toda vez que uma rodovia chega numa divisa de estado, sua con-
tagem de quilometragem é interrompida. O sentido crescente dessa contagem é sempre no 
sentido norte – sul para as rodovias longitudinais e diagonais, e sentido leste – oeste para 
as transversais. Nas rodovias de ligação a contagem é crescente no sentido norte – sul, ou 
quando são ligadas duas rodovias federais, a contagem começa na rodovia de maior volume 
de tráfego. Nas rodovias radiais a quilometragem sempre começa no sentido de Brasília 
para as extremidades. 
Em rodovias recém federalizadas, como a BR-163 no Paraná, essa lógica de conta-
gem de quilometragem foge do padrão. Isso se deve ao fato do DNIT ainda usar a quilome-
tragem antiga adotada por critérios de órgãos estaduais e municipais. 
 
2.1.2 Sistema Nacional de Viação 
 
Conforme Brasil (2016) o SNV (Sistema Nacional de Viação) foi instituído pela Lei nº 
12.379 de 06/01/2011 e trata da constituição da infraestrutura física e operacional de rodovi-
as, ferrovias e hidrovias. É possível levantar diversas informações sobre todos os trechos de 
rodovias federais através do SNV, cujo arquivo, contendo planilha para consultas, encontra-
se disponível no sítio www.dnit.gov.br/sistema-nacional-de-viacao/sistema-nacional-de-
viacao/SNV2015_COMPLETO.xls. Nessa planilha é possível verificar a lista completa de 
rodovias no país, classificadas por estado e pelo número da rodovia. Nessa relação, pode-
se descobrir se a administração de um determinado trecho é do DNIT, ou está compreendi-
do em contrato de concessão ou convênio. Além disso, tem-se informação se o trecho da 
rodovia é apenas planejado ou já encontra-se implantado, se é trecho pavimentado ou não. 
 7 
Finalmente, a quilometragem inicial e final de diversos trechos e seus pontos de referência, 
tais como divisas de estado e interseções com rodovias federais ou estaduais. 
É importante mencionar que a quilometragem dos trechos das rodovias está em 
constante mudança. Isso deve-se ao fato da implantação de contornos, variantes, implanta-
ção de novos trechos, federalização de rodovias estaduais. Enfim, é necessário ter em men-
te que para se levantar a quilometragem de um determinado ponto em uma rodovia é ne-
cessário consultar a planilha do SNV mais atualizada. Pois nem sempre a sinalização de 
quilometragem implantada ao longo das rodovias consegue ser renovada na mesma veloci-
dade que o traçado da rodovia vai sendo alterado. 
 
2.1.3 Tipos de Administração das Rodovias Federais no Paraná 
 
Nem todas as rodovias federais são administradas diretamente pelo DNIT. Existem 
casos de trechos compreendidos em contratos de concessão estadual ou federal. Após rea-
lização de estudos de viabilidade técnica e econômica é possível levantar trechos que po-
dem ser concedidos para exploração da iniciativa privada. Por motivos de economia para a 
União e vantagens como maior velocidade na implantação de melhorias e manutenção, al-
guns trechos são privatizados. Contudo, deve ficar claro que apenas os serviços necessá-
rios para a operação da rodovia são privatizados, a propriedade das estradas e suas respec-
tivas faixas de domínio continua sendo da União. Não havendo renovação desses contratos 
ou novas concessões, a administração desses trechos retorna para o DNIT. Conforme Brasil 
(2015), atualmente no Paraná temos as seguintes concessões: 
Na Figura 6 observa-se os trechos compreendidos em Contrato de Concessão Esta-
dual: 1.940,60 km 
 
Figura 6 - Trechos compreendidos em Contrato de Concessão Estadual 
 
Fonte: DNIT, 2016 
 
 8 
Na Figura 7 observa-se os trechos compreendidos em Contrato de Concessão Fede-
ral: 295,40 km 
 
Figura 7 - Trechos compreendidos em Contrato de Concessão Federal 
 
Fonte: DNIT, 2016 
 
Alguns trechos de rodovias federais com o passar do tempo ficam ilhados em zonas 
urbanizadas de cidades, desse modo ocorre uma descaracterização da rodovia que passa a 
ser tratada como uma via urbana, com semáforos, cruzamentos e todo tipo de interferência. 
Quando isso acontece, esses trechos podem ser objeto de convênios com as administra-
ções municipais. A BR-476, trecho entre BR-116 (km 122,4) no Atuba e entroncamento com 
a BR-116/376 (km 142,8) no Pinheirinho, conhecido por Linha Verde, faz parte de Convênio 
assinado entre a União e o Município de Curitiba, onde foi delegado para o Município a ad-
ministração e exploração do trecho. 
A concessão de trechos para a iniciativa privada ou para outras esferas de governo 
não impede o DNIT de realizar obras nesses locais. Contudo, é necessário um rigoroso es-
tudo para que verifique-se o impacto no equilíbrio econômico-financeiro nos contratos assi-
nados. Caso seja verificada algum tipo de vantagem financeira para a Concessionária, será 
preciso repactuar os valores do contrato. 
 9 
Na Figura 8 observa-se os trechos sob administração direta do DNIT: 1.812 km 
 
Figura 8 - Trechos sob administração direta do DNIT 
 
Fonte: DNIT 2016 
 
Finalmente, temos as chamadas rodovias planejadas que são aquelas que estão em 
fase de projeto ou ainda encontram-se apenas no papel, nos planos futuros do órgão. Na 
Figura 9 observa-se os trechos de rodovias planejados do DNIT (1.025,8 km): 
 
Figura 9 - Trechos planejados do DNIT 
 
Fonte: DNIT 2016 
 
2.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO DNIT DO PARANÁ 
 
O DNIT é uma autarquia vinculada ao Ministérios dos Transportes. Conforme a Lei nº 
10.233 que criou o DNIT, a direção do órgão é feita a nível nacional por um Conselho de 
Administração e uma Diretoria. Através de decretos de descentralização as Superintendên-
cias Regionais, entre elas a Regional do DNIT do Paraná, são autorizadas a realizar licita-
ções, fiscalizar serviços e projetos e fornecer atestados diversos para os interessados 
(BRASIL, 2016). 
 
2.2.1 Superintendência Regional do Paraná 
 
 10 
A Superintendência Regional do Paraná é o representante do DNIT no estado. É 
chefiada por um superintendente, preferencialmente engenheiro do órgão e tem como prin-
cipal função o gerenciamento da fiscalização dos contratos mantidos pelo DNIT e a licitação 
de serviços de engenharia e administrativos. Além disso, esse superintendente representa e 
responde pelo órgão junto a particulares e a outros órgãos públicos. Na Figura 10 observa-
se as relações entre as diversas funções do órgão. 
 
Figura 10 - Organogramada Superintendência do Paraná 
 
Fonte: o Autor, 2016 
 
2.2.1.1 Coordenação de Engenharia 
 
A Coordenação de Engenharia é o setor responsável pelos contratos da atividade fim 
da Superintendência Regional que envolvem projetos, manutenção, restauração e constru-
ção da infraestrutura viária federal do estado. Além disso, a Coordenação de Engenharia 
presta assistência técnica para a Procuradoria Federal Especializada, atende demandas de 
particulares em relação à faixa de domínio, fiscaliza o peso das cargas em tráfego nas es-
tradas, aplica multas de excesso de peso e excesso de velocidade e dá orientações e per-
missões para o trânsito de cargas pesadas nas rodovias federais. 
Internamente, a Coordenação de Engenharia faz a distribuição dos processos admi-
nistrativos para os serviços de construção, manutenção e restauração, projetos, meio ambi-
ente e desapropriações e serviço de operações rodoviárias. 
 
2.2.1.2 Coordenação de Administração e Finanças 
 
A Coordenação de Administração e Finanças é o setor responsável pelos contratos 
da atividade meio da Superintendência Regional, que envolvem as atividades de apoio co-
mo limpeza, vigilância, recepção, motoristas, correios, telefonia, energia elétrica e água, 
 11 
inclusive realizando os pagamentos referentes a esses contratos. Além disso, a Coordena-
ção de Administração e Finanças atende às necessidades de Tecnologia de Informação e 
de Recursos Humanos da Superintendência, promove cursos de capacitação profissional, 
notifica e cobra danos ao patrimônio público causados pelos acidentes nas estradas e pres-
ta assistência técnica para a Procuradoria Federal Especializada. 
 
2.2.1.3 Unidades Locais 
 
As Unidades Locais são como as filiais da Superintendência dentro do Estado. No 
Paraná temos Unidades Locais em Colombo, Ponta Grossa, Pato Branco, Londrina e Foz do 
Iguaçu. Cada uma dessas Unidades tem sua área física de influência. É como se a malha 
viária federal do estado fosse dividida em cinco partes. Cada Unidade Local fica diretamente 
responsável pela fiscalização dos seus respectivos trechos. Isso envolve a fiscalização dire-
ta dos contratos de construção, manutenção e restauração das rodovias, verificação se a 
faixa de domínio1 e a área não edificável2 estão sendo respeitadas. 
As Unidades Locais também são responsáveis pela checagem periódica das condi-
ções físicas da sinalização vertical e horizontal, sarjetas, drenos, valetas de proteção, obras 
de arte correntes3 e obras de arte especiais4. 
 
2.3. GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS NO DNIT 
 
Conforme o Portal de Transparência do Governo Federal, o DNIT tem cerca de 2.940 
funcionários. Parte desse pessoal é oriundo do extinto DNER. Por causa disso, é possível 
encontrar uma diversidade muito grande de cargos. Muitos deles sem relação direta com a 
finalidade do órgão, tais como médicos, dentistas, datilógrafos e agentes de portaria. Atual-
mente, o DNIT contrata através de concursos públicos, apenas técnicos e analistas. Em es-
pecial, profissionais voltados para a área de infraestrutura de transportes, tais como enge-
nheiros, técnicos de estradas, laboratoristas e topógrafos. Administradores e técnicos admi-
nistrativos também fazem parte dessa nova leva de profissionais, pois sem esses últimos 
não haveria condições de trabalho para os citados primeiramente. 
Os funcionários do órgão podem trabalhar na atividade meio ou na atividade fim. A 
atividade meio é aquela que cria as condições administrativas necessárias para que o órgão 
 
1
 Faixa de Domínio é área ao longo das rodovias e ferrovias que foi desapropriada pelo DNIT neces-
sária para a construção de todos os elementos constantes no projeto. 
2
Área não edificável é a faixa de 15 metros ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de 
domínio público das rodovias, ferrovias e dutos, onde não é possível construir obstáculos para o usu-
ário da via, conforme disposto no Art. 4º da Lei 6.766, de 19 de dezembro de 1979. 
3
 Bueiros. 
4
 Pontes, viadutos e túneis. 
 12 
funcione dentro do serviço público e consiga dar condições de trabalho para a atividade fim. 
A atividade fim está relacionada com a finalidade do órgão, que seria o gerenciamento do 
Sistema Nacional de Viação, ou seja, exercer todas as atividades necessárias para a cons-
trução e manutenção de rodovias, ferrovias e obras aquaviárias. 
De modo geral, os funcionários oriundos do extinto DNER guardam a memória técni-
ca do órgão. Sem esse pessoal, não seria possível passar a experiência e conhecimentos 
necessários para os recém concursados. Em compensação, a entrada de novos profissio-
nais no DNIT tem possibilitado a introdução de novas técnicas de administração e engenha-
ria, bem como a quebra de paradigmas, possibilitando assim a apresentação de soluções 
diferentes para problemas antigos e reincidentes na área da infraestrutura de transportes. 
A fim de manter um programa de treinamento constante, o DNIT, através do IPR5 
(Instituto de Pesquisas Rodoviárias), promove cursos de capacitação tanto para pessoal de 
nível superior como para técnicos. Além disso, as Superintendências Regionais sempre que 
podem, disponibilizam cursos e palestras para aperfeiçoamento profissional dos colaborado-
res do órgão. 
 
2.3.1 Avaliação de Desempenho Individual e Institucional 
 
Modernamente os órgãos públicos estão sendo avaliados no seu desempenho indi-
vidual e institucional. A Portaria GM nº 175, de 01/07/2010, publicada em 02/07/2010, fixa os 
critérios e procedimentos específicos a serem adotados pelo DNIT para desempenho indivi-
dual e institucional com reflexo direto na remuneração dos seus servidores. 
Muitos funcionários podem considerar essa prática injusta pela falta de objetividade 
daquilo que está sendo avaliado. Contudo, é um caminho que todo órgão público terá que 
seguir para que seja possível identificar carências e situações de sucesso. Com esses da-
dos em mãos, será possível direcionar recursos para otimizar a gestão do órgão. Vejamos o 
caso do DNIT. 
Na avaliação de desempenho individual além de metas de desempenho, também 
são verificados os seguintes fatores: 
a) produtividade, baseado em critérios pré-estabelecidos de qualidade e produtividade; 
b) conhecimento técnico necessário para o desempenho do cargo; 
c) habilidade de trabalho em equipe; 
d) comprometimento com o serviço a ser realizado; 
e) capacidade de seguir regras de procedimento e de conduta durante a realização de 
serviços. 
 
5
 O IPR, com sede na cidade do Rio de Janeiro, é referência nacional na área de pesquisa na enge-
nharia rodoviária. As normas técnicas desenvolvidas pelo Instituto são largamente usadas nos proje-
tos rodoviários do país. 
 13 
Essa avaliação é feita pelo chefe imediato do funcionário. 
Na avaliação do desempenho institucional são estabelecidas metas de produção, 
conforme pode-se verificar abaixo: 
a) quantidade de estudos e projetos licitados; 
b) quantidade de projetos aprovados; 
c) quantidade de obras licitadas; 
d) quilometragem contratada de restauração de estradas; 
e) quilometragem contratada de manutenção de estradas; 
f) percentual de orçamento empenhado para construção de obras viárias; 
Esses valores são facilmente mensuráveis através das medições dos diversos con-
tratos que o órgão possui. 
 
2.3.2 Critérios de Progressão e Promoção Funcional 
 
O Decreto nº 7.629, de 30 de novembro de 2011, regulamenta os critérios de pro-
gressão e promoção funcional dos servidores do DNIT. 
A progressão funcional é a passagem do servidor de um padrão para outro imedia-
tamente superior dentroda mesma classe. Enquanto que a promoção funcional é a passa-
gem do último padrão de uma classe para o primeiro padrão da classe imediatamente supe-
rior. 
A avaliação de desempenho individual é usada como critério para fins de progressão. 
O servidor precisa atingir pelo menos 70% de aproveitamento nos quesitos avaliados no seu 
desempenho individual. Além disso, é necessário permanecer por pelo menos um ano em 
um padrão para poder passar para o próximo. Para fins de promoção, é necessária que 
exista vagas na Classe pretendida. 
 
2.3.3 Gratificação de Qualificação 
 
A Gratificação de Qualificação (GQ) foi instituída com o objetivo de estimular os ser-
vidores a continuar a estudar e pesquisar sobre assuntos correlatos com o serviço que de-
senvolvem. Os critérios e procedimentos específicos para concessão e pagamento da GQ 
foram estabelecidos pela Portaria nº 898, de 30 de maio de 2014. 
Em especial cursos de doutorado, mestrado e pós-graduação lato sensu, fazem par-
te dos requisitos para receber essa gratificação. Além disso, tempo de exercício como servi-
dor do órgão, em cargo comissionado e função gratificada no serviço público federal e pro-
dução técnica ou acadêmica também são considerados na contagem total de pontos para a 
concessão da GQ. 
 14 
Nem todos os servidores tem direito a GQ. Primeiramente é necessário que o servi-
dor exerça cargo de nível superior ou no caso de nível médio, apenas os cargos de agente 
de serviço de engenharia, técnico de estradas e tecnologistas. Além disso, apenas os 45% 
servidores melhores pontuados recebem a GQ, sendo que, os primeiros 15% melhores pon-
tuados recebem o dobro do valor dos restantes. Esse mecanismo foi criado para instigar a 
competição entre os servidores e estimular o servidor a sempre realizar cursos de pós-
graduação. 
A cada 6 meses é realizado um novo ciclo de avaliação, onde os servidores elenca-
dos podem apresentar seus novos cursos e produções acadêmicas. 
 
3 MÉTODO 
 
Por se tratar de um estudo de caso, optou-se pela revisão bibliográfica e pesquisa de 
campo alicerçada na publicação de Yin (2002). 
Trata-se de conjunto contemporâneo de acontecimentos sobre o qual esse pesqui-
sador tem pouco ou nenhum controle. Ou seja, descreve como a gestão pública das rodovi-
as federais no Paraná é realizada atualmente e a maneira como ocorre o processo, determi-
nado por leis, normas e instruções de serviço. 
A revisão bibliográfica mostrará qual é a estrutura da gestão pública de rodovias fe-
derais e a pesquisa de campo, a percepção dessa gestão pública pelos entrevistados. 
Na pesquisa de campo utilizou-se questionário com perguntas fechadas e respostas 
dicotômicas, a fim de verificar o conhecimento dos usuários sobre o assunto em questão. 
 
3.1 COLETA DE EVIDÊNCIAS 
 
Foram utilizadas as seguintes fontes na coleta de evidências para a realização dessa 
pesquisa: 
a) documentação do DNIT; 
b) pesquisa de campo, através de questionários; 
c) observação direta e participante, pois o autor é servidor do órgão. 
 
3.2 COLETA DE DADOS 
 
A pesquisa de campo foi realizada por meio de um questionário com 10 perguntas 
fechadas, com o objetivo de determinar a percepção dos usuários sobre a gestão pública 
das rodovias federais no Paraná. 
 15 
Foram abordados 30 elementos amostrais de maneira aleatória no período de 
01/06/2016 a 15/06/2016, sendo 20 homens e 10 mulheres, entre estudantes de graduação 
e pós-graduação e professores no campus da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do 
Paraná) em Curitiba. 
Os 30 usuários pesquisados responderam a todas as perguntas. Em relação à faixa 
etária dos usuários, 15 tem até 26 anos e os outros 15, mais de 26 anos. A análise das res-
postas do questionário pode ser vista na Tabela 1. 
 
Tabela 1 - Análise do Questionário – Valores referentes à resposta SIM
6
 
Perguntas 
Geral 
(30) 
Homens 
(20) 
Mulheres 
(10) 
> 26 anos 
(15) 
< 26 anos 
(15) 
1- Conhece o DNIT (27) 90% (19) 95% (8) 80% (12) 80% (15) 100% 
2- Conhece atribuições do 
órgão 
(25) 83% (18) 90% (14) 70% (13) 87% (12) 80% 
3- Conhece a nomenclatura 
das Rodovias 
(16) 53% (14) 70% (2) 20% (7) 47% (9) 60% 
4- Entende a nomenclatura 
das Rodovias 
(12) 40% (11) 55% (1) 10% (4) 27% (8) 54% 
5- Conhece o SNV (0) 0% (0) 0% (0) 0% (0) 0% (0) 0% 
6- Já usou o SNV (0) 0% (0) 0% (0) 0% (0) 0% (0) 0% 
7- Ciência sobre Rodovias 
Federais administradas pelo 
Estado do Paraná 
(22) 73% (14) 70% (8) 80% (10) 67% (12) 80% 
8- Sabem a Localização da 
Sede do DNIT do Paraná 
(8) 27% (4) 20% (4) 40% (2) 13% (6) 40% 
9- Ciência sobre o Portal de 
Transparência do Governo 
Federal 
(13) 43% (9) 45% (4) 40% (5) 33% (8) 53% 
10- Já usaram o Portal para 
pesquisar sobre funcionários 
do órgão 
(0) 0% (0) 0% (0) 0% (0) 0% (0) 0% 
Fonte: o autor (2016) 
 
6
 Os Valores entre parêntesis significam o número absoluto de indivíduos que responderam SIM para 
cada pergunta e coluna da tabela. Por exemplo: na pergunta 1 temos a seguinte sequência (27) (19) 
(8) (12) (15), significa que um Total de 27 indivíduos responderam SIM, 19 eram homens, 8 eram 
mulheres, 12 maiores de 26 anos e quinze menores de 26 anos. Repare que a soma das colunas 19 
+ 8 e 12 +15 é igual a 27 que é número total de indivíduos que responderam SIM. Os valores percen-
tuais significam o número relativo de indivíduos que responderam SIM para cada pergunta em rela-
ção ao Total de cada coluna da tabela. Por exemplo: na pergunta 1 temos 90% 95% 80% 80 % 
100%, significa que 90% dos 30 pesquisados, 95 % dos 20 homens, 80% das 10 mulheres, 80% dos 
maiores de 26 anos e 100% dos menores responderam SIM à pergunta. Repare que 90% de 30 é 
igual a 27 que é o número absoluto de indivíduos que responderam SIM. Essa verificação pode ser 
feita para todas as colunas da tabela. 
 16 
 
3.3 ANÁLISE DE DADOS DA PESQUISA DE CAMPO 
 
Apesar de 90% dos participantes conhecerem o DNIT (Pergunta 1), nem todos têm 
noção das atribuições do órgão (Pergunta 2), porque boa parte dos serviços prestados pelo 
órgão tem caráter documental que não fica à vista do usuário. A nomenclatura das rodovias 
federais e seu efetivo significado são um mistério para metade dos participantes (Perguntas 
3 e 4), por tratar-se de assunto complexo que demanda melhores esclarecimentos para o 
usuário. O Sistema Nacional de Viação é totalmente desconhecido por pessoas que não 
atuam diretamente no órgão (Perguntas 5 e 6), pois o usuário tem dificuldade de encontrar e 
analisar essa informação. O fato de 73% dos entrevistados perceber que trechos de rodovi-
as federais são administrados pelo Estado do Paraná (Pergunta 7), explica-se pela exposi-
ção através da mídia da briga entre o Estado do Paraná e as concessionárias que cobram 
pedágio e não pelo tipo de informação da administração das rodovias, disponibilizada princi-
palmente pelo SNV e que é desconhecido pelos entrevistados. 
A localização física da sede do DNIT é conhecida apenas por 27% dos participantes 
(Pergunta 8), já que a população, erroneamente, identifica o prédio do DNIT como sendo da 
Polícia Rodoviária Federal. Quanto as perguntas 9 e 10, o Portal de Transparência do Go-
verno Federal ainda não foi assimilado como uma fonte de informações sobre o órgão (43% 
e 0% respectivamente), uma vez que nenhum dos elementos da amostra responderam posi-
tivamente a essas perguntas. 
Em relação ao gênero, homens conhecem melhor o DNIT, suas atribuições e a no-
menclatura das rodovias (Perguntas 1, 2, 3 e 4). Enquanto que as mulheres estão mais cien-
tes da localização do DNIT (Pergunta 8). Isso se dá porque a populaçãointeressada em 
dados técnicos do órgão é predominantemente masculina. Nos demais quesitos hão houve 
diferença significativa (Perguntas 5, 6, 7, 9 e 10). 
Quanto a idade, os entrevistados com menos de 26 anos conhecem melhor o órgão, 
a nomenclatura das rodovias, a forma de administração das rodovias, a localização do DNIT 
e o portal de transparência (Perguntas 1, 3, 4, 7, 8 e 9). O fato do DNIT ser um órgão relati-
vamente novo (15 anos), leva a faixa etária mais jovem a ter mais ciência sobre o DNIT. Nos 
demais quesitos, não houve diferença significativa (Perguntas 2, 5, 6 e 10). 
 
3.4 ANÁLISE DA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 17 
As rodovias federais do Paraná estão perfeitamente discriminadas no SNV. Qualquer 
cidadão pode acessar o sítio do DNIT7 e identificar quais são essas rodovias, qual seu tra-
çado, a natureza da sua administração e o tipo de pavimento. A lógica da nomenclatura e 
quilometragem das rodovias está devidamente demonstrada no sítio do órgão. Contudo, 
espera-se que em pouco tempo os pontos de início e fim dos trechos rodoviários sejam ge-
orreferenciados, desse modo, eventuais alterações na quilometragem dos trechos não iriam 
impactar na correta localização desses trechos. 
Os responsáveis pela gestão das rodovias federais do Paraná são apresentados 
através do Portal de Transparência do Governo Federal8 e também pelo sítio do DNIT9. In-
clusive detalhes como remuneração, cargo e função estão disponíveis para consulta. 
Recentemente foi aplicada uma alteração na Estrutura Organizacional do DNIT rela-
cionada as Superintendências. Essa alteração visou principalmente uma nova distribuição 
de responsabilidades. Da forma como se encontrava, todas as decisões executivas e de 
planejamento ficavam centralizadas no Superintendente e no Chefe de Serviço de Engenha-
ria, o que acarretava numa repartição desproporcional de responsabilidades e trabalhos. 
Muitos setores da Superintendência ficavam ociosos, enquanto outros eram super requesi-
tados. Espera-se que essa redistribuição de funções surta efeito positivo no processo de 
gestão. 
O sistema adotado para as promoções dos servidores do órgão deixa claro a inten-
ção de contenção de despesas. Ter-se-á servidores com todos os requisitos para promoção, 
mas ficarão esperando por anos pela abertura de vagas. Esse sistema beneficia os funcio-
nários que entraram nos primeiros concursos realizados pelo órgão, aqueles que não tive-
ram essa oportunidade vão ficar no mínimo, desestimulados. Isso acaba refletindo na moti-
vação dos funcionários. Pois servidores sem perspectiva de futuro profissional produzem 
menos do que poderiam. 
 
4 CONCLUSÕES 
 
A gestão das rodovias federais do Paraná em 2016 é feita através da definição des-
sas rodovias, por sua importância e disposição, sua devida classificação quanto ao tipo de 
administração e a identificação dos responsáveis por essa gestão. 
 
7
 www.dnit.gov.br/sistema-nacional-de-viacao/sistema-nacional-de-viacao/SNV2015_COMPLETO.xls 
8
 www.portaldatransparencia.gov.br/servidores/OrgaoLotacao-
ListaServido-
res.asp?CodOS=49000&DescOS=MINISTERIO%20DOS%20TRANSPORTES&CodOrg=39252&Des
cOrg=DEPARTAMENTO%20NAC.DE%20INFRAEST.%20DE%20TRANSP.&Pagina=1 
9
 https://189.9.128.64/acesso-a-informacao/insitucional/copy_of_quem-e-quem/superintendencias-
regionais-do-dnit-nos-estados/parana 
 18 
Para atingir essa meta o DNIT mantém atualizado e organizado SNV, onde a no-
menclatura, quilometragem e tipos de administração podem ser consultados pelos interes-
sados. Os responsáveis por essa Gestão podem ser identificados pelo portal de transparên-
cia do Governo Federal. 
O resultado da pesquisa de campo demonstra que os usuários não estão totalmente 
informados sobre como as rodovias federais são administradas. De modo geral, os entrevis-
tados conhecem o órgão e suas atribuições, mas desconhecem sua localização física, os 
motivos para a numeração das rodovias e quilometragens e as ferramentas de pesquisa do 
órgão. 
Os usuários masculinos têm uma percepção melhor do DNIT, das suas atribuições e 
da nomenclatura das rodovias, enquanto que as usuárias estão mais cientes da localização 
física do órgão. Em relação a idade, os entrevistados com menos de 26 anos têm uma per-
cepção geral melhor do órgão. 
De nada adianta ter informações disponíveis e organizadas, se os usuários não as 
conhecem e nem sabem de que forma podem acessá-las. Evidencia-se com este estudo, a 
necessidade do DNIT investir em melhores estratégias de marketing, visando melhorar a 
divulgação do órgão e o modo de acesso as informações. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL, DNIT, Rodovias Federais. Nomenclatura das Rodovias Federais. Disponível em: 
www.dnit.gov.br/rodovias/rodoviasfederais/nomenclatura -das-rodovias-federais . Acesso 
em: 09 mai. 2016. 
 
BRASIL, Lei Federal nº 10.233 de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos 
transportes aquaviário e terrestre, cria o Departamento Nacional de Infraestrutura de Trans-
portes, e dá outras providências. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10233.htm . Acesso em: 12 jul. 2016. 
 
BRASIL, Lei Federal nº 12.379 de 6 de janeiro de 2011. Dispõe sobre o Sistema Nacional de 
Viação – SNV. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2011/Lei/L12379.htm . Acesso em: 12 jul. 2016. 
 
BRASIL, DNIT, Sistema Nacional de Viação. Planilha dos Trechos das Rodovias. 
Disponível em: www.dnit.gov.br/sistema-nacional-de-viacao/sistema-nacional-de-
viacao/SNV2015_COMPLETO.xls . Acesso em 09 mai. 2016. 
 
BRASIL, DNIT, Regimento Interno. Anexo a Resolução nº 6 de 10 de março de 2004. 
Disponível em: www.dnit.gov.br/acesso-a-informacao/institucional . Acesso em: 17 mai. 
2016. 
 
YIN, Robert K. – Estudo de Caso – planejamento e métodos. 2 ed. Porto Alegre: Book-
man, 2002.

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