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Estomatologia - Diagnostico Bucal (1ºBIM - 2ª série)

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Diagnostico Bucal 1º Bim 
EstomatologiaLivros: 
٭ TOMMASI, A.F. – Diagnóstico em Patologia Bucal. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
٭ MARCUCCI, G. Fundamentos de Odontologia - ESTOMATOLOGIA. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 
» O diagnóstico é composto por:
● Sinais: são manifestações clínicas visíveis e perceptíveis pelo profissional, através de seus sentidos naturais. Ver, ouvir e sentir. 
Exemplo: aumento de volume, mudança de coloração, mau hálito. Algo objetivo.
● Sintomas: significa acontecer, são manifestações subjetivas relatadas pelo paciente, percebidas pelo paciente e relatados ao profissional. 
Exemplo: dor, náusea, prurido (coceira). 
 → Algo subjetivo. 
Podem ser:
 » Patognomônicos: que por si só definem ou especificam a doença;
 » Prodrômicos (indicativos): antecedem o aparecimento de uma doença.
● Síndrome: é o conjunto de sinais e sintomas que caracterizam uma determinada doença.
 Exemplo: síndrome de Down, Síndrome de Grolin Goltz. 
● Sintomatologia ou quadro clínico: representa um conjunto de sinais e sintomas presentes em uma determinada doença, mais que por si só não são capazes de caracterizar uma doença. 
Exemplo: disfunção temporomandibular. 
 Existem sinais e sintomas:
 » Patognomônicos: que por si só definem a doença ou seja só aquela doença tem aquele sinal/sintoma. 
 » Prodrômicos: são os sinais e sintomas que antecede o aparecimento de doenças. 
 Exemplo: a COCEIRA que antecede o aparecimento das vesículas de HERPES.
→ Para realizar o diagnóstico o CD deve ser capaz de identificar os aspectos de normalidade das estruturas bucais e órgãos anexos, bem como suas variações, ser capaz de conhecer os sinais e sintomas das doenças de boca e órgãos anexos. Ser capaz de realizar exames clínicos e complementares de responsabilidade do cirurgião dentista.
Toda vez que o corpo sofre uma agressão seja ela química, física ou biológica, ele responde em forma de doença:
 Agressão 
 ↓
 Doença
 ↓
 Sinais e Sintomas
 ↙ ↘
 Clínicos Subclínicos
 Exame clínico Exame complementar
 ↘ ↙
 DIAGNÓSTICO → Prognóstico → Tratamento → Proservação (cura/ controle/ morte) 
Diagnóstico terapêutico: tentativa de tratar sem realizar biópsia ou exame semiológico. Se não tratar, busca-se outro método. 
Exemplo: paciente apresenta líquen plano, o dentista desconfia que seja e trata com corticóide, pois é uma doença autoimune. Se melhorar o diagnóstico se chama terapêutico. Se não melhorar, parte para o tratamento de candidose (com antifungico), pois são duas doenças com características clínicas parecidas. Se não houve melhora, deve-se realizar biópsia (ato de remover a lesão e encaminhar para exame histopatológico), pois é muito provável seja uma leucoplasia. 
» Qual a grande dificuldade do diagnóstico? Muitas doenças tem características muito parecidas. 
 
Prognóstico: é a evolução de uma determinada patologia. Pode se desenvolver em: favorável, reservado, sombrio e fatal. Ele depende do dano anatômico causado ao órgão afetado, do dano funcional, dos recursos terapêuticos disponíveis e das condições do paciente (gerais e psíquicos).
 ● Favorável/bom: cárie no esmalte;
 ● Razoável/reservado: cárie em dentina;
 ● Sombrio/ ruim/ desfavorável: cárie atingindo a polpa;
 ●Fatal: cárie atingiu a polpa
Tratamento
● Etiológico, específico, casual: trata a causa → melhor método;
● Sintomático ou paliativo: trata o sintoma;
 Exemplo: Na herpes realizamos o tratamento dos sintomas pois não existe método de morte do vírus causador.
● Suporte ou complementar: nutrição;
● Alternativo;
● Conduta Expectante: aguarda o resultado. 
 Exemplo: CIV + H.Ca⁺ em casos onde a remoção de tecido cariado ficou próxima a polpa.
Proservação: É a volta do paciente, acompanhamento da evolução que pode ser para cura, controle ou morte.
● Cura;
● Controle: onde o paciente deve tomar remédio para o resto de sua vida, sempre voltando ao dentista/médico.
● Morte: não necessariamente do indivíduo, mas do órgão. 
 Exemplo: morte do dente.
Semiologia: formas de como a doença se forma.
● Semiotécnica: técnica ou método de obtenção de sinais e sintomas (coleta de dados básicos);
● Propedêutica clínica: absorve os dados colhidos pela semiotécnica, os quais servem para especificar o diagnóstico, presumir o prognóstico e tratamento;
● Semiogênese: estuda os mecanismos formadores dos sinais e sintomas em seus mínimos detalhes (etiofisiopatogenia).
 
Prontuário Odontológico
A ficha clínica ou prontuário deve conter:
● Exame clínico;
● Exames complementares;
● Tratamentos Executados;
● Evolução do caso
Exame Clínico
Sem ele não se consegue chegar em um diagnóstico, sem o diagnóstico não se consegue chegar a um tratamento. Ou se realizar um tratamento este irá ser errado.
 
 » O que é adquirido aqui deve ser registrado na ficha clínica ou prontuário do paciente.
● Anamnese ou exame subjetivoMuito importante pois a partir da anamnese se dá o diagnóstico.
Composta por:
1 - Identificação: nome completo, RG e CPF, nº de pronturário (é a referência do paciente), idade ou data de nascimento, sexo, gênero ou etnia, estado civil, profissão ou endereço comercial, telefone, telefone de alguém em caso de necessidade. 
Etnia:
● Leucoderma – branco;
● Feoderma – mulato;
● Melanoderma – negro; 
● Xantoderma – amarelo (oriental).● Porque saber a idade? algumas doenças são mais prováveis em determinadas faixas etárias. 
Exemplo: os carcinomas (câncer) são mais prevalentes em homens a partir dos 40 anos.
 » Doenças auto-imune muitas vezes relacionadas ao estresse que são prevalentes em adultos e jovens que estão 
 na faze de trabalho.
● Porque saber o estado civil? Pessoas solteiras são promíscuas, tem vários relacionamentos/parceiros assim sendo mais susceptível a DST’s. 
● Porque saber a profissão? Algumas profissões expõem o indivíduo a determinadas doenças. 
Exemplo: padeiro ou confeiteiro possuem maior tendência de desenvolver cárie.
2 - Queixa principal: é o motivo que levou o paciente a consulta. Costuma ser denominada como anamnese espontânea, pois é o paciente que relata a razão da visita. Sempre que possível relatar com as próprias palavras do paciente. 
Exemplo: ‘’ vim porque tenho uma bolinha no lábio’’ (SIC). 
 SIC: segundo informações colhidas.
3 - História da doença atual (detalha a queixa principal): Histórico completo e detalhado da queixa com perguntas claras e objetivas e ao nível do paciente, visando rememorar (relembrar) e ordenar os fatos ocorridos desde o início do processo até o momento atual.
● O ambiente da entrevista deve ser calmo, sem interrupções de maneira a mantê-lo seguro e tranquilo. 
» Um exemplo de questionário:
● Tempo de evolução e processo? (ou seja quando se iniciou a sintomatologia/sintomas);
● Como eram os sinais e sintomas no início?
● Ocorreram episódios de exacerbação ou remissão? (a ferida some e aparece,aumenta ou diminui?)
● Recorda-se de algum fato que esteja ligado ao conhecimento da doença?
● Sintomática ou não? Se é assintomática (não tem sintoma), como percebeu a lesão?
4 - História Buco-Dental: histórico completo de antecedentes estomatológicos do paciente, isto é, todos os procedimentos que o paciente já se submeteu. 
Verificar:
● Último tratamento odontológico e seu motivo;
● Restaurações (paciente fala obturação), extrações, canais, próteses, tratamento ortodônticos, lesão de tecido mole, salivação, hálito, se já levou anestesia, etc. 
5 - História Médica: obter informações detalhadas de doenças com caráter sistêmico que acometeram o paciente durante sua vida até a data atual. Pois muitas destas doenças são ou produzem sinais ou sintomas bucais. 
● Saber se o paciente possui alguma doença contagiosa ou hipertensão, hipotireoidismo, diabetes e etc, garantindo a proteção tanto do dentista quanto do paciente.
 ● Osteoradionecrose: pacientes submetidos a radioterapia de cabeça e pescoço tem a chance de desenvolver o que se chama de ósteoradionecrose, é necrose do osso por conta da radioterapia que diminui a irrigação sanguínea tornando o osso mais vulnerável á infecções, também diminuindo a capacidade de renovação óssea. 
● Osteonecrose por Bifosfonatos: os BFs são usados na presença de doenças ósseas e até mesmo na menopausa, quando o paciente não descreve na anamnese, qualquer procedimento invasivo (exodontia ou implante) realizado na boca do paciente pode com o passar do tempo causar uma lesão sem cicatrização e o osso começa a necrosar pois os BF’s não permitem a renovação óssea, tendo assim tem efeito residual de 10 anos.
» Questionário:
● Está fazendo tratamento médico atualmente? Por que?
● Quando foi a última consulta? Qual motivo?
● Quais medicamentos já tomou? E quais medicamentos está tomando? Indicação médica ou automedicação? 
● Está grávida? Toma anticonsepcional?
● Possui Hepatite?
● Possui DST? Está tem tratamento?
Condições respiratórias: 
Respiração: bucal ou nasal? 
● Sente falta de ar? Tem asma? Bronquite? 
● Possui Diabetes?
● Distúrbios neuropisiquiátricos: faz tratamento psicológico?
● Possui doenças Hematopoiéticas (do sangue) - anemias;
● Já teve febre reumática?
Cardiopatias:
● Já teve angina pectoris?
● Possui Hipertensão?
● Possui Insuficiência cardíaca?
6 - Antecedentes Familiares: estado de saúde dos pais, irmãos, avós, filhos, na busca de eventuais doenças herdadas ou com tendências familiar, bem como doenças adquiridas de parentes não consanguíneos.
7 - Hábitos: higiene buco-dental, esquema alimentar, regime, costume de manter objetos entre os dentes, ranger os dentes, condições que exerce a profissão, jornada de trabalho, tempo de repouso, tabaco (tempo e quantidade), álcool (tempo e quantidade), drogas.
● Exame Físico ou exame objetivo 
 ● Aspecto geral ou primeira impressão: observar postura, biotipo (rosto), segurança, atitude ao se apresentar, sinal físico podendo ser sinal de anormalidade, alteração de marcha – são as características de um hipertenso (vermelho) ou de um diabético (inchaço).
 ● Exame loco-regional: Utiliza-se os sentidos naturais do profissional (inspeção, palpação, percussão, auscultação, olfação e gustação). 
 » Inspeção: inspeção de cabeça e pescoço, lábios, mucosa vestibular e jugal, fundo de sulco, gengivas livres e inseridas, assoalho da boca, palato duro e mole, amígdalas, dentes, periodonto, oclusão.
 
 Exame Intra Bucal ou inspeção intra bucal
 ● pré-requisitos: boa iluminação, bochecho com clorexidina, afastadores, gaze, espelho.
 » Palpação: inclui todas as estruturas extra e intrabucais. A palpação bidigital é feita nas bochechas, nos lábios, onde apoia de um lado e toca no outro. Os outros tecidos são pressionados pelas pontas dos dedos contra o osso subjacente.
 Palpação Extra Bucal ou palpação dos Linfonodos
 ● Normal: tamanho de uma ervilha, móvel e indolor
 ● Inflamado ou infartado: aumento de tamanho, dolorido e móvel.
 ● Mestastático: aumentado de volume, indolor e fixo.
» Auscultação: escuta dos sons internos do corpo, geralmente usando estetoscópio.
» Olfato e ‘’Gustação’’: pedir se o paciente sente algum gosto.
 → Contudo para que seja feito um exame clínico adequado, e se possa identificar o que é patológico, devemos conhecer, localizar e descrever o que é normal e o que é uma variação da normalidade.
Exames Complementares
O diagnóstico é a capacidade e habilidade do clínico em descobrir, reconhecer e saber a natureza do processo patológico. O diagnóstico determina o tratamento logo, se o diagnóstico for incorreto o tratamento será incorreto também, resultando em uma prognóstico ruim para o paciente.
 Normalmente as doenças são patognomônicas (os sinais e sintomas por si só definem a doença), então na maioria das vezes não é necessária a realização de exames complementares só quando os sinais e sintomas não esclarecem o diagnóstico.
 Os exames complementares são métodos capazes de permitir a implicação dos sentidos naturais do profissional, pois os nossos sentidos permitem a visão macroscópica de uma lesão e os exames complementares permitem uma visão microscópica, sendo que o tecido será colocado em uma lâmina de vidro, corado e levado ao microscópio.
● Diagnóstico diferencial ou hipótese de diagnóstico: lesões que apresentam características semelhantes. São as hipóteses sem a certeza de ser uma ou outra.
● Diagnóstico clínico ou provável: determina a doença através de achados clínicos e ambulatoriais.
● Diagnóstico radiográfico: características radiográficas das doenças, exames de rotina.
● Diagnóstico terapêutico: usa-se a terapia para determinar a patologia.
● Diagnóstico laboratorial: hemogramas, exames cardíacos.
● Diagnóstico definitivo: identificação da doença = clínico + complementar.
Tipos de exames complementares
× Exames por imagem: radiografia, tomografia computadorizada, sialografia, ultrassonografia, ressonância magnética.
× Temperatura: 36,5 – 37,5 °C; 
 Hipotermia (baixa temperatura corporal): a baixo de 35,5 °C; 
 Hipertermia (alta temperatura corporal): a cima de 38,5 °C.
× Pressão sanguínea: Máxima-sistólica, mínima-diastólica, normal é 12/8 ou 13/8.
× Pulso: Em adultos a DC é de 70 batimentos/min em repouso. 
 ● O sono reduz +10 a 20 bat/min;
 ● Exercício aumenta de 100 bat/min, em atletas entre 50 bat/min. 
× Exames Hematológicos:
 » Hemograma – diagnóstico de anemia;
 ● Observar a quantidade de hemoglobina, hematócrito e leucócitos.
 » Tempo de sangramento – tempo do início da formação do coágulo plaquetário; 
 ● Normal de 1 a 3 min (’)
 » Tempo de coagulação 
 ● Normal: 3 a 6’ → temperatura influencia 
 » Diascopia ou vitropressão: exame laboratorial, compressão da lesão com auxílio de um vidro para ver se a [
 lesão desaparece.
 
× Biópsia
É o ato de remoção de um fragmento de tecido vivo para estudo histológico. É indicada para qualquer lesão cuja história clínica e aspecto não permitam a elaboração do diagnóstico e que esteja presente por um período de 10 dias sem nítida regressão relatadas pelo paciente ou observadas pelo profissional, devem ser imediatamente submetidas á biópsia.
Indicações:
● Diagnóstico de lesão patológica;
● Avaliação da malignidade dos tumores;
● Determinar se a exérese da lesão foi adequada;
● Reconhecimento das metástases tumorais;
● Observar o resultado de certas formas terapêuticas.
Contra indicação:
● Lesões pigmentadas – negras que podem podendo ser melanomas, hemangiomas caverosos ou intraósseos.
Tipos de biópsia
● Excisional: é a remoção total da lesão para a realização de biópsias em tecidos moles. Preferimos as incisões elípticas que permitem maior margem de segurança e melhores condições de sutura, como em V para o lábio e duplo V unido pela base para as de maior extensão.
● Incisional:remoção de um fragmento da lesão como amostra.
 Obs: as lesões que tome parte do corpo e ramo da mandíbula uni ou multilocular, deve forçosamente ser biópsia por incisão para ser formado o diagnóstico e planejado o ato cirúrgico.
» Fica evidente que a escolha de um ou de outro procedimento dependerá do tamanho da lesão, sua localização, inserção. Uma lesão com um centímetro, instalada na língua é bem mais possível de remoção total que outros com as mesmas dimensões no palato duro.
Instrumentação: cabo para bisturi, lâmina nº15, punch (usado principalmente para biópsia incisional), pinças (usada em regiões de difícil acesso), sutura.
× Punch: é um dos instrumentos mais úteis e de uso mais simples na realização de biópsias dos tecidos moles da boca. Constitui-se em um cilindro oco com extremidade biselada e afiada que pode ser adquirido em vários diâmetros, os mais utilizados são os de 4,5 e 6 mm.
 ● O instrumento é colocado sobre a região escolhida e pressionado em quanto se realizam movimentos de rotação, a seguir o instrumento é removido e o fragmento tubular de tecido elevado.
× Pinça Sacabocado: são utilizadas em locais de difícil acesso especialmente a borda lateral posterior da língua e orofaringe e lesões pediculares no palato. Estas pinças frequentemente provocam maceração da amostra, o que torna sua utilização realizada a segundo plano.
× Seringas: utilizadas em biópsias por punção. São seringas comuns com agulhas de grosso calibre inseridas no inteior de lesões ou cavidades ósseas com afinidade de aspirar líquidos e explorar a textura da lesão.
Sequência técnica
● Antissepsia da lesão com clorexidina;
 Intra oral clorexidina 0,12%
 Extra oral clorexidina 2%;
● Infiltração da solução anestésica ao redor da lesão;
● Incisão do tecido e remoção;
● Pinçar delicadamente;
 ● Realizar a sutura.
 » Imediatamente obtida a amostra, o material deve ser fixado para não sofrer deteriorização. O fixador de rotina é o formol a 10%, a embalagem que contém o formol e a amostra deve permitir um volume de líquido pelo menos 10x maior que a peça cirúrgica obtida.
 » O fixador ou formol deve ser conservado em frasco grande e transparente e transferido para o vidro menor apenas para o ato.
 » Normalmente em farmácias encontram-se formol a 40%. Para preparar o fixador basta colocar no vidro uma parte deste formol e três de água destilada ou filtrada.
» A embalagem deve ser bem tampada e deve possuir um rótulo com nome do paciente, nome do operador, local da biópsia e data.
» Junto com o vidro que está a lesão é importante que acompanhe a amostra, uma ficha apropriada para a solicitação do exame patológico, esta ficha deve conter principalmente: idade, sexo, cor, nacionalidade, profissão, estado civil, endereço do paciente, tipo de biópsia, fixador utilizado, data, aspecto clínico, diagnóstico clínico ou hipótese de diagnóstico e história clínica. 
 × Citologia Esfoliativa
É o método laboratorial de exame das células superficiais do epitélio, é a possibilidade de se analisar microscopicamente células que podem ser removidas por raspagem das superfícies das mucosas. 
A citologia esfoliativa fundamenta-se na raspagem de células superficiais de uma determinada lesão, confecção do esfregaço sobre a lâmina de vidro, coloração e exame microscópico. É válida em 97% de fidelidade, se utiliza da citologia para diagnóstico de câncer de boca, capaz de detectar células malignas em lesões inocentes. 90% dos casos de câncer de boca são epiteliais. 
Indicações:
● Lesões de aparência inócua;
● Lesões externas ou múltiplas; 
● Controle (proservação/acompanhamento) de lesões;
● Condições gerais de saúde;
● Recusa do paciente á biópsia.
Vantagens: método simples e praticado sem anestesia, rápida execução, não leva o paciente a um estado de ansiedade, baixo custo.
Limitações: evidencia apenas lesões superficiais, não propicia diagnóstico definitivo porém orienta o diagnóstico.
Sequência técnica:
● Raspagem da área com a espátula de metal ou de madeira, a espátula de madeira deve ser molhada antes da raspagem (um lado raspa o outro lado coleta);
● Espalhar o material no centro da lâmina histológica limpa e seca;
● Fixar com álcool/éter e colocar no bóril. 
Aspectos Normais da Face e da BocaMADEIRA, M.C. – Anatomia Facial. 4ª ed. São Paulo: SARVIER, 2012.
Lábios
● Ângulo da boca/comissura bucal: ângulo formado com o encontro entre o lábio superior e o lábio inferior.
● Rima bucal: linha de união entre os lábios, localizada ligeiramente acima das bordas incisais dos incisivos superiores.
● Filtro ou sulco subnasal: sulco situado sobre o lábio superior de forma triangular mais acentuada em crianças. 
● Sulco nasolabial: sulco que se inicia na asa do nariz e caminha em direção a comissura labial.
● Sulco labiomentoniano ou mento-labial: sulco transversal citado. 
● Sulco labiomarginal: sulco característico em adultos, vai do ângulo da boca á base da mandíbula.
Vestíbulo
● Fórnice do vestíbulo: é a união entre o término da mucosa alveolar e o início da mucosa jugal, é a parte mais funda.
● Mucosa alveolar: é a mucosa que recobre o osso alveolar, é uma mucosa não queratinizada, delgada e vermelha.
● Gengiva inserida: mucosa especializada, firme e queratinizada, coloração rósea pálido e aspecto de casca de laranja.
● Junção mucogengival: linha sinuosa que representa o limite entre a mucosa alveolar e a gengiva inserida.
● Freio ou frênulo labial superior/inferior: prega mucosa de forma semilunar que une a mucosa vestibular do lábio superior/inferior a gengiva.
● Bridas Laterais: pregas mucosas de forma semilunar que une a mucosa vestibular á gengiva próximos aos pré-molares.
● Papila interdental: parte da gengiva livre que se insinua(entra) entra em cada espaço interdental.
● Sulco Gengival: fenda ou espaço entorno do dente. 
Cavidade Bucal Propriamente Dita
× Palato Duro – coloração menos rósea
 ● Rafe palatina: linha situada no centro do palato, inicia-se logo atrás dos incisivos e termina no palato duro.
 ● Papila incisiva: saliência ovalada, lisa e localizada por palatino entre o I.C.S e recobre o forame incisivo.
 ● Pregas palatinas transversas: rugosidade transversais no terço anterior do palato duro. 
× Palato Mole – coloração mais rósea, mobilidade.
 ● Papila retromolar: localizada atrás de cada último molar, união entre a gengiva vestibular com a língua.
 ● Prega pterigomandibular: formada pelo ligamento pterigomandibular que fica tenso e bem saliente quando a 
 boca está aberta.
 ● Arco palatoglosso: origina-se a partir do palato e dirige-se látero-inferiormente em direção a língua.
 ● Arco palato faríngeo: origina-se a partir do palato e dirige-se látero-inferiormente em direção a faringe.
 ● Tonsilas palatinas: localizadas entre o arco-palatoglosso e o palato faríngeo.
 ● Úvula: localizada na borda livre do palato mole, mediana e de comprometimento variável.
 ● Freio lingual: prega mucosa mediana que aparece distendida no soalho da boca.
 ● Carúncula sublingual: elevação na qual se abrem os ductos das glândulas sublingual e submandibular.
 ● Prega franjada: abertura ondulada, o ventre lingual que recobre a veia profunda da língua.
 ● Prega sublingual: elevação firmada pela proeminência da glândula sublingual e do ducto da glândula 
 submandibular.
× Língua● Papilas foliadas: laterais;
● Papilas valadas: formam o V lingual;
● Papilas filiformes: textura dos alimentos; 
● Papilas fungiformes: botões gustativos, gosto; 
Alterações de Desenvolvimento e Variações da Normalidade
● Papila Parotídea Proeminente: crescimento tecidual que se forma no orifício de Stenon (ostio da glândula parótida). Observa-se se há a presença de fluído purulento, se não estiver drenando o diagnóstico é PPP (papila parotídea proeminente).
● Toro mandibular ou Tórus palatino:crescimentos ósseos limitados que podem ser único ou múltiplos, quando na maxila se localiza na região do palato (protuberância na linha média), na mandíbula localiza-se mais na região anterior até região dos pré-molares, voltada para o soalho pode ser de um lado ou dos dois. É necessário a remoção se for necessário prótese ou se estiver atrapalhando na mastigação.
● Grânulos de Fordyce: são glândulas sebáceas ectópicas (fora do seu lugar específico). Tem coloração amarelada e recobre toda a mucosa. Não é necessário tratamento.
● Pigmentação melânica racial ou melanose racial: comum em gengiva lábios, bochechas e palato de indivíduos melanodermas. Em alguns casos a remoção é feita por razões estéticas ou para confirmação do diagnóstico.
● Anguiloglossia: ocorre devido a fusão da língua e o assoalho bucal causado pela formação deficiente do freio lingual. Devida restrição do movimento da língua apresentam deficiência na fala. O tratamento é a frenectomia ou o corte do freio lingual, pode ser realizado em qualquer idade.
● Língua Fissurada ou Língua Escrotal: presença de pequenos sulcos ou fissuras na superfícies dorsal da língua. Não necessita de tratamento, em alguns casos é necessário a orientação sobre higienização ou alimentação (alimentos ácidos). Tem origem genética, portanto, nasce com isso.
● Língua Pilosa: é causada por um crescimento exagerado das papilas filiformes. A cor pode variar desde castanho até negro. Não necessita tratamento, é necessário a orientação de higienização.
● Língua geográfica ou glossite migratória: é uma alteração de etiologia desconhecida que se caracteriza pela presença de áreas despapiladas avermelhadas na língua, são circundadas por halos esbranquiçados.
● Língua crenada: demarcação nas bordas da língua provocadas pela pressão constante contra os dentes.
● Varizes linguais: são veias dilatadas e tortuosas nas porções ventrais e laterais da língua, mais comum em idosos.
● Glossite rombóide mediana: área despapilada com superfície plana ou irregular na porção central do terço posterior da língua. Considerada uma anomalia de desenvolvimento devido a não formação do tubérculo impar antes do fechamento ou fusão da língua. 
● Fóssulas ou fossetas congênitas da comissura: anomalia de desenvolvimento formando um ou dois orifícios na comissura bucal.
● Linha Alba de oclusão: linha de cor branca e uniforme na mucosa jugal, acompanhando a oclusão dental, aumento da queratinização causado pelo pressionamento contra os dentes. Não necessita tratamento.
● Fossas ou fossetas palatinas de Stiedo: são duas concavidades localizadas na região posterior do palato duro, uma de cada lado da rafe palatina.
● Leucoderma: mucosa jugal apresenta-se bem esbranquiçada ou acinzentada, mais comum em melanoderma. Some com a diascopia (estiramento ou compressão da mucosa). 
● Estruturas Hipertróficas: Amídalas ou tonsilas palatinas, papilas fungiformes, linha Alba hipertrófica, papilas valadas hipertróficas. Carúnculas hipertrófica, úvula hipertrófica, tonsilas palatinas hipertróficas.
» Hipertrofia: aumento do volume da células. » Hiperplasia: aumento do número de células
Lesões Fundamentais
São chamadas também de lesões elementares. São as formas pelas quais as mais diversas enfermidades se manifestam na cavidade bucal. São processos patológicos causados por alterações morfológicas que aparecem na pele ou mucosa bucal. 
× Manchas ou máculas: qualquer alteração de cor que se mantém no mesmo nível da mucosa, pode ser mais clara ou mais escura que a mucosa bucal. 
● Podem surgir sobre outro tipo de lesão fundamental como: pápulas, nódulos, placas. A origem normalmente é relacionada com a melanina, mas pode ter outras causas. Por exemplo a pigmentação gengival racial de maior quantidade de melanina predominantemente na gengiva de indivíduos da raça negra, então quanto mais escura for a pele mais propício a manchas melânicas intrabucais. O vitiligo é de cor clara, devido a perda de pigmentação natural, outras cores ocorrem por depósitos de metais pesados como mercúrio, prata e chumbo.
× Placas: 
● Lesões ligeriamente elevadas em relação ao tecido normal;
● A superfície pode ser lisa, rugosa, verrugosa e ondulada. O exemplo mais clássico é a levoplasia; 
● Possuem altura pequena em relação á extensão;
● Consistente á palpação.
× Pápulas:
● Lesões sólidas e circunscritas;
● Elevadas;
● Diâmetro não ultrapassa 5mm;
● Podem ser única ou múltipla;
● Superfície lisa, rugosa ou verrugosa;
● Arredondas ou ovais;
● Pontiagudas ou achatadas;
● Exemplo: grânulos de fordyce.
× Nódulo: Pediculada: seu maior diâmetro é superior ao da base de implantação ou seja, a base de implantação é menor. 
Séssil: a base possui diâmetro maior do que a própria lesão.
● Lesões solidas e circunscritas;
● Localização superficial ou profunda;
● Pode ser pediculada ou séssil;
● Diâmetro menor que 2cm;
● Exemplos: lipoma, fibroma.
× Massa Nodular: possui as mesmas características do nódulo, porém com diâmetro superior á 2cm.
× Erosão: 
● Representa perda parcial do epitélio sem exposição do tecido conjuntivo;
● Acompanha reação inflamatória que tende a reparo ou regeneração;
● Exemplos: lesões erosivas por líquen plano e língua geográfica.
× Ulceração: 
● Lesão onde há perda de tecido epitelial com exposição do tecido conjuntivo;
● Tem tendência espontânea de cicatrização;
● Exemplo: afta.
× Úlcera: 
● Lesões onde ocorre a perda do tecido epitelial com exposição do tecido conjuntivo e NÃO tem tendência a cicatrização. 
● São lesões de caráter irônico onde persistem por semanas ou meses. 
× Fissura:
● É uma úlcera em região de pregas, dobras, muito comuns no fórnice do vestíbulo;
→ Pode evoluir para uma hiperplasia fibrosa inflamatória. Geralmente comum em pacientes que utilizam prótese. 
× Exulceração:
● Úlcera superficial rosa ou ligeriamente elevada e extensa.
× Vesícula: 
● São elevações na mucosa ou pele que contém líquido em seu interior;
● Diâmetro não ultrapassa de 2mm; 
● Exemplo: herpes recorrente.
× Bolha: 
● São elevações na mucosa ou pele que contém em seu interior líquido;
● Diâmetro ultrapassa 2mm; Bolhas – flácidas
Nódulos – endurecidos
● Exemplo: rânula.
× Tumefação ou edema: caracterizado como aumento de volume devido a um extravasamento interno de líquidos;
 × Pseudomembrana: deposição de tecido necrosado sobre a mucosa bucal, é facilmente destacável da mucosa. 
× Crosta: é o ressecamento de plasma e sangue que sai dos ferimentos.
× Fístula: conduto por onde deságua líquidos ou pus. Podem ser intrabucal ou extrabucal.

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