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LOGÍSTICA 
EMPRESARIAL 
 CADEIA DE SUPRIM., 
ARMAZENAGEM E 
MOVIMENTAÇÃO 
Roberto Tarantino 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  1 
Prezado aluno, 
 
Esta apostila é a versão estática, em formato .pdf, da disciplina online e contém 
todas as informações necessárias a quem deseja fazer uma leitura mais linear do 
conteúdo. 
Os termos e as expressões destacadas de laranja são definidos ao final da 
apostila em um conjunto organizado de texto denominado NOTAS. Nele, você 
encontrará explicações detalhadas, exemplos, biografias ou comentários a 
respeito de cada item. 
Além disso, há três caixas de destaque ao longo do conteúdo. 
A caixa de atenção é usada para enfatizar questões importantes e implica um 
momento de pausa para reflexão. Trata-se de pequenos trechos evidenciados 
devido a seu valor em relação à temática principal em discussão. 
A galeria de vídeos, por sua vez, aponta as produções audiovisuais que você 
deve assistir no ambiente online – aquelas que o ajudarão a refletir, de forma 
mais específica, sobre determinado conceito ou sobre algum tema abordado na 
disciplina. Se você quiser, poderá usar o QR Code para acessar essas produções 
audiovisuais, diretamente, a partir de seu dispositivo móvel. 
Por fim, na caixa de Aprenda mais, você encontrará indicações de materiais 
complementares – tais como obras renomadas da área de estudo, pesquisas, 
artigos, links etc. – para enriquecer seu conhecimento. 
Aliados ao conteúdo da disciplina, todos esses elementos foram planejados e 
organizados para tornar a aula mais interativa e servem de apoio a seu 
aprendizado! 
Bons estudos! 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  2 
Cadeia de suprim., 
armazenagem e 
movimentação - Apostila 
Apresentação 
Em um cenário atual de grande competitividade, economias globalizadas, tempos 
cada vez mais comprimidos e demandas muito exigentes, a aplicação dos 
conceitos da Cadeia de Suprimentos (CS) se tornaram fundamentais para as 
empresas modernas que desejem competir em planos superiores. 
A integração proposta de todos os participantes da Cadeia de Suprimentos visa 
exatamente proporcionar às empresas, elementos competitivos alinhados aos 
dois fundamentos estratégicos da Logística, que são aumentar o nível de serviço 
aos clientes e reduzir/otimizar custos. 
Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos: 
1. Examinar os conceitos da cadeia de suprimentos; 
2. Demostrar os princípios da armazenagem e movimentações; 
3. Avaliar a importância dos diversos controles ao longo da cadeia. 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  3 
Aula 1: Cadeia de Suprimentos 
Introdução 
Em um ambiente tão competitivo, em que produtos e serviços são muito 
semelhantes, os clientes estão cada vez mais exigentes, é grande número de 
concorrentes e os tempos cada vez mais comprimidos, é necessário e 
fundamental que as empresas modernas criem diferenciais para que possam 
concorrer no mercado. 
Os conceitos da cadeia de suprimentos vai ao encontro dessas necessidades, 
possibilitando que as empresas adotem medidas que as diferencie estratégica e 
competitivamente. 
 
Objetivo: 
1. Examinar os principais conceitos da Logística e cadeia de suprimentos; 
2. Definir os fatores-chave que compõem a cadeia de suprimentos. 
Conteúdo 
A cadeia de suprimentos 
A cadeia de suprimentos é composta pelos diversos setores da empresa além de 
dois atores de extrema importância que são os fornecedores e os clientes. 
A proposta básica e fundamental da cadeia de suprimentos é a de integrar esses 
participantes visando em todos os processos: 
 
Aumento do nível de serviço ao cliente 
 
Redução/otimização dos custos 
 
Todos os processos visando os diversos suprimentos, internos (conceito de 
cliente/fornecedor interno) e externos são executados pela Logística que, em sua 
essência, planeja, opera e controla as ações que visam abastecimento. 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  4 
Na contemporaneidade, o papel da logística no mundo dos negócios ganha 
destaque, tanto em escopo quanto em importância estratégica. Não se trata de 
modismo, mas de um conhecimento que os gestores devem dominar 
plenamente. 
 
Evolução da logística 
O conhecimento logístico passou a ser utilizado de forma mais sistemática na 
arte da guerra, tornando-se um diferencial para quem conseguia implementar 
estratégias mais eficientes de deslocamento das tropas, suprimentos e 
equipamentos. Considerando que as características da logística desenvolvidas 
para fins militares apresentavam muita afinidade com as atividades industriais, 
as empresas começaram a usar essa estratégia, com sucesso, dando origem à 
logística empresarial. 
Segundo o Council of Logístics Management norte-americano (1998): “a logística 
é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e 
a armazenagem de produtos, bem como os serviços e as informações associadas, 
cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de 
atender aos requisitos do cliente. 
De acordo com o Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP, 
2004): Logística é a parte do processo da cadeia de suprimentos que planeja, 
implementa e controla o fluxo direto (à frente) e reverso, de forma eficiente e 
eficaz, de materiais, serviços e informações associadas, desde seu ponto de 
origem até o ponto de consumo, de modo a atender aos requisitos dos clientes. 
 
A evolução da Logística no Brasil 
Vejamos as fases da evolução da Logística no Brasil: 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  5 
 
 
Anos 70 
Na década de 1970, prevalecia o foco na entrega. Naquele momento, as 
empresas eram muito departamentalizadas, em que cada setor evoluía seus 
processos sem se preocupar com os setores restantes. Essa prática trazia perdas 
e custos indesejados às empresas, ainda não havia a preocupação de ouvir os 
clientes. 
 
Anos 80 
Na década seguinte, anos 1980, havia a preocupação em integrar os 
departamentos da empresa, e percebeu-se que as perdas e custos deviam ser 
reduzidos e que os setores deviam “se comunicar”. Começava a existir a 
necessidade de uma visão sistêmica da empresa, enxergar a empresa como um 
todo. No final dessa década, a TI, ainda pouco desenvolvida, ajudava nos 
processos internos. 
 
Integração Total 
Nos anos 1990 e início de 2000, com a evolução da TI, nesse momento 
empregada sistematicamente pelas empresas, teve início a fase da chamada 
integração total, ou seja, além da empresa internamente estar integrada, aliou-
se a esse processo também os fornecedores e clientes. Estava estabelecido o 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  6 
conceito de cadeia de suprimentos ou supply chain ou ainda cadeia logística 
integrada. 
A partir de então, a evolução tornou-se mais apurada com os conceitos de 
pesquisar, entender e atender melhor os clientes, além da tendência da 
customização, personalização de produtos e serviços, estoques e tempos de 
entrega e de resposta cada vez menores e ainda as terceirizações sob o conceito 
de trade-offs. 
 
A Logística Moderna 
A logística moderna: 
 
Tem como fundamentos estratégicos: 
• Aumentar o nível de serviço oferecido aos clientes; 
• Reduzir/otimizar custos. 
 
 
Procura também incorporar: 
• Prazos previamente acertados e cumpridos integralmente, ao longo de 
toda a cadeia de suprimento; 
• Integração efetiva e sistêmica entre todos os setores da empresa; 
• Integração efetiva e estreita (parcerias) com fornecedores e clientes; 
• Busca da otimização global, envolvendo a racionalização dos processos e 
a redução de custos em toda a cadeia de suprimentos; 
• Satisfação plena do cliente, mantendo nível de serviço preestabelecido e 
adequado. 
 
 
Na figura podemosnotar que a cadeia de suprimentos se subdivide em três 
grandes macroprocessos: 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  7 
 
 
Logística de materiais ou suprimentos 
Nesta área, estão alocados os processos de compras, recebimento e 
armazenagem de matérias-primas e outros materiais (almoxarifados). É também 
conhecido como inbound, início do suprimento. Pelo conceito de 
fornecedor/cliente interno, a logística de materiais é fornecedora da logística de 
produção. 
Logística de produção 
Neste ambiente, são processadas e transformadas as matérias-primas e outros 
materiais necessários à confecção do produto final, concebido pelo marketing e 
que será consumido, utilizado pela demanda. Um setor de vital importância, o 
Planejamento e Controle da Produção (PCP), esse setor tem uma visão sistêmica 
da cadeia de suprimentos, verificando a necessidade de produção e consultando 
os estoques de itens acabados e também interagindo com a logística de 
materiais, verificando a existência de materiais necessários a fabricação do item 
final. Esse setor é fornecedor da logística de distribuição. 
Logística de distribuição 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  8 
É nessa área que se encontra a maioria das operações logísticas na cadeia de 
suprimentos, também conhecida como outbound. Estão aqui alocados os 
estoques de produtos acabados, as atividades de picking, o faturamento 
(operação), a expedição, o transporte e a distribuição física. Nesse aspecto, a 
interface com o cliente externo é muito importante, pois um erro em uma dessas 
atividades será visível a ele. A distribuição física é um processo extremamente 
importante, pois pode trazer um diferencial competitivo significativo para a 
empresa, é considerada a eficácia da cadeia de suprimentos, ou seja, o resultado 
final de todos os esforços executados anteriormente. 
 
 
Atenção 
 Podemos notar, ainda, na figura que esses macroprocessos estão 
interligados, integrados e essa é a essência da cadeia de 
suprimentos. As empresas modernas entendem que os setores 
não podem trabalhar de forma estanque, preocupando-se apenas 
com seus processos, é necessária uma visão geral da cadeia, 
integrando-se com seus fornecedores e clientes internos e a 
empresa integrando-se com fornecedores e clientes externos. 
 
Fatores-chave da cadeia de suprimentos 
Algumas operações ou alguns processos são comuns a todas as fases da cadeia 
de suprimentos e, por isso, são considerados os seus fatores-chave, por esse 
motivo são os maiores ofensores em custos ao longo da cadeia e, portanto, 
devem ser administrados e controlados com muita propriedade. Vamos ver cada 
um deles: 
 
Compras 
As compras são efetuadas pelos nossos fornecedores, pela empresa e também 
pelos nossos clientes. 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  9 
Armazenagem 
Da mesma forma, além da empresa, os fornecedores e os clientes também têm 
armazéns. Nesse contexto referimo-nos à armazenagem, o simples fato de 
guardar ou estocar mercadorias em qualquer espaço físico adequado. 
 
Estoques 
Assim como a empresa, os fornecedores e clientes também possuem algum tipo 
de estoque. 
 
Processamento de Pedidos 
É também um processo comum a todos os participantes da cadeia de 
suprimentos. 
 
Transportes 
Contido em todas as fases da cadeia de suprimentos, deve-se considerar aqui os 
transportes internos, que não raro, provocam custos substanciais. É considerado 
o maior ofensor em custos, no Brasil, em função da inadequação da nossa matriz 
de transportes. 
 
Fluxos da cadeia de suprimentos 
Existem três fluxos que transitam na cadeia de suprimentos, conforme mostra a 
figura: 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  10 
 
 
Onde: 
 
Fluxo de informações ou feedback 
Esse fluxo se inicia sempre nos clientes, que nos darão informações importantes 
sobre nossos produtos/serviços quanto a: 
• Prazos de entrega; 
• Qualidade intrínseca; 
• Atendimento a suas necessidades e anseios. 
 
O fluxo de informações percorre toda a cadeia até o fornecedor e a retroalimenta. 
Importante saber e definir a quantidade dessa demanda, a quantidade dos 
clientes e o potencial de vendas da empresa para cada item do mix de produtos. 
Saber o que o cliente quer e quanto ele quer é fundamental para o sucesso da 
empresa. 
 
Fluxo de Materiais ou Produtos 
É iniciado sempre nos fornecedores, no fornecimento de matérias-primas e 
outros materiais, percorre a cadeia, passando pela produção que os transforma 
e chega ao cliente em forma de ativo e que pagará pelo produto ou serviço 
recebido. 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  11 
Fluxo Financeiro 
O início ideal desse fluxo é nos clientes, quando pagam pelos produtos ou 
serviços recebidos, e o capital retorna ao caixa da empresa. Esse fluxo pode ter 
início em um fornecedor, quando a empresa capta recursos de uma instituição 
financeira. 
 
Atividade proposta 
Vamos fazer uma atividade! 
Comente sobre a integração entre os participantes da cadeia de suprimentos. 
 
Chave de resposta: 
Essa integração leva a melhores níveis de serviço ao cliente, ao menor custo 
possível. 
 
Aprenda Mais 
Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, assista ao vídeo 
href="https://www.youtube.com/watch?v=E1viFYWocGU&feature=
youtu.be" supply chain management – cadeia de suprimento. 
 
Referências 
BERTAGLIA, P. R. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimento. 6. 
ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
BOWERSOX, D. J. Logística Empresarial. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
CHOPRA, S. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 9. ed. São Paulo: 
Pearson, 2010. 
GOOGLE, imagens: acesso em 11 jun. 2014. 
RODRIGUES, P. R. A. Gestão Estratégica da Armazenagem. 2. ed. São 
Paulo: Aduaneiras, 2011. 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  12 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Marque a alternativa CORRETA sobre a definição a seguir. A logística moderna 
tem como fundamentos estratégicos: 
a) Conceitos de sustentabilidade. 
b) Formação de mão de obra especializada. 
c) Aumento do nível de serviço. 
d) Aumento da lucratividade. 
e) Compras em escala. 
 
Questão 2 
A logística moderna procura também incorporar: aponte a alterativa que NÃO 
corresponde a essas expectativas: 
a) Prazos previamente acertados e cumpridos integralmente, ao longo de 
toda a cadeia de suprimento. 
b) Integração efetiva e sistêmica entre todos os setores da empresa. 
c) Integração efetiva e estreita (parcerias) com fornecedores e clientes. 
d) Busca da otimização global, envolvendo a racionalização dos processos e 
a redução de em toda a cadeia de suprimentos, promovendo lucratividade 
em curto prazo. 
e) Satisfação plena do cliente, mantendo nível de serviço preestabelecido e 
adequado. 
 
Questão 3 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  13 
A distribuição física em especial é um processo extremamente importante, pois 
pode trazer um diferencial competitivo significativo para a empresa, e é 
considerada a eficácia da cadeia de suprimentos. Esse processo se encontra em 
que macroprocesso da cadeia de suprimentos? 
a) Compras 
b) Inbound 
c) Outbound 
d) Produção 
e) Armazenagem 
 
Questão 4 
São considerados fatores chave da Cadeia de Suprimento, EXCETO: 
a) Processamento de Pedidos 
b) Produção 
c) Transporte 
d) Compras 
e) Armazenagem 
 
Questão 5 
Marque a alternativa CORRETA sobre a definição a seguir. Os processos 
considerados fatores chave da cadeia de suprimentos em função de: 
a) Gerar muita mão de obra. 
b) Especializar a mão de obra. 
c) Estar presente nas áreas de produção. 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  14 
d) Estar presente em todasas fases da cadeia. 
e) Gerar muito lucratividade para a empresa. 
 
Questão 6 
Marque a alternativa CORRETA sobre a definição a seguir. Esse fluxo percorre 
toda a cadeia até o fornecedor e a retroalimenta. 
a) Fluxo de informações. 
b) Fluxo físico. 
c) Fluxo virtual. 
d) Fluxo financeiro. 
e) Fluxo de materiais. 
 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  15 
Aula 2: Planejamento de 
Estocagem I 
Introdução 
Os estoques são indispensáveis para a grande maioria das empresas, mas 
requerem um planejamento, operação e controles muito cuidadosos. 
Os estoques, além de imobilizar capital da empresa, geram custos e riscos 
significativos, por isso é indispensável o uso de ferramentas que permitam que 
esse processo tão importante da cadeia de suprimentos seja positivo. 
 
Objetivo: 
1. Explicar os principais conceitos dos estoques; 
2. Descrever os tipos e funções dos estoques. 
Conteúdo 
Conceitos de estoques 
O estudo dos estoques torna-se cada vez mais necessário em virtude da sua 
importância para a cadeia de suprimentos das empresas modernas. 
A falta ou o excesso dos estoques provoca custos significativos e indesejados 
pelas empresas. Por isso, a operação e o controle são fundamentais e 
indispensáveis para uma gestão que procure um equilíbrio entre o que vai ser 
produzido, comprado e estocado e o que vai ser vendido. 
Veja como alguns pesquisadores definem estoques: 
 
Joseph G. Monks 
 
“Os estoques são recursos ociosos que possuem valor econômico.” 
 
Daniel Moreira 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  16 
 
“Entende-se por estoque quaisquer quantidades de bens físicos que sejam 
conservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de tempo.” 
 
Henrique L. Correa 
 
“Estoques são acúmulos de materiais entre fases dos processos de 
transformação, que proporcionam um grau de independência entre as fases.” 
 
Roberto Tarantino 
 
“Estoques são quaisquer quantidade de mercadoria armazenada, aguardando a 
ação da demanda.” 
 
Diagrama do estoque 
Vejamos, a seguir, o diagrama correspondente ao estoque: 
 
 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  17 
Razões da existência de estoques 
Os estoques devem ser formados pelas empresas em função de incertezas 
quanto à demanda e quanto ao ressuprimento. Desse modo, é importante para 
a empresa ter um estoque por não ter certeza quanto será vendido e quando não 
tem fornecedores parceiros que garantam o ressuprimento imediato dos 
materiais necessários. 
Por esse motivo, o estudo da cadeia de suprimentos recomenda que se defina a 
demanda, assim como se promovam parcerias com os principais fornecedores. 
No entanto, existem também outros motivos que levam as empresas a formarem 
estoques: 
 
Produção de forma mais econômica 
Em um planejamento cuidadoso de compras, pode-se concluir que comprar maior 
quantidade seja mais vantajoso para a empresa, e nesse caso, essa quantidade 
adicional comprada será um estoque. 
 
Redução de fretes 
A intenção é a de consolidar a carga para transporte, ou seja, utilizar a 
capacidade máxima do veículo para que o preço unitário do frete diminua. Para 
que se consiga consolidar a carga dos veículos para obter redução do frete é 
necessário que se agrupe certa quantidade de mercadoria em estoque. 
 
Redução de efeitos de sazonalidades 
Os produtos sazonais são aqueles que são oferecidos apenas em alguma época 
do ano. Por meio da formação de estoques, essa oferta pode acontecer durante 
todo o ano ou em grande parte dele. 
 
Diferentes ritmos de produção entre fases 
As produções variam de acordo com o produto que está em processo e já que os 
tempos variam, faz-se necessária certa quantidade estocada para que não haja 
interrupção no abastecimento. 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  18 
Melhor atendimento a consumidores 
O estoque pode garantir um melhor atendimento daquilo que os clientes 
desejam. 
 
Amortecimento de longos períodos de ressuprimento 
No caso de materiais importados, cujo tempo de ressuprimento (lead time) seja 
de vários dias, um estoque é necessário, principalmente se o material em 
referência for crítico para o negócio da empresa. 
 
Tipos de demanda e seus estoques correspondentes 
São dois os tipos de demanda que influenciam os estoques: 
 
Demanda dependente ou regular 
É composta por estoques cujos itens têm regularidade em sua saída/venda. Suas 
características são: 
• O consumo pode ser programado internamente; 
• Sob o controle imediato da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  19 
Demanda independente ou irregular 
Seus itens têm um movimento de saída muito inconstante, irregular. Suas 
características são: 
• Depende das condições do mercado; 
• Fora do controle imediato da empresa. 
 
 
 
 
Tipos de estoques 
Podemos determinar os tipos de estoques por: 
 
Classificação 
 
Estado da produção 
 
Propósito 
 
Atividade proposta 
Vamos fazer uma atividade! 
Para que os estoques sejam minimizados em relação a seu nível, alguns estudos 
preliminares são fundamentais. Quais são os aspectos que devem ser estudados 
para que seja otimizada a quantidade estocada? 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  20 
 
A formação dos estoques, o estudo e a definição da demanda, e a parceria com 
os fornecedores mais importantes da empresa são fundamentais e essenciais 
para que se consiga diminuir as incertezas e, consequentemente, reduzir o nível 
dos estoques. 
 
Aprenda Mais 
Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, assista ao 
href="https://www.youtube.com/watch?v=hf2TPoTNCBU" vídeo e 
verifique a importância da gestão dos estoques. 
 
Referências 
BERTAGLIA, P. R. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimento. 6. 
ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
BOWERSOX, D. J. Logística Empresarial. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
CHOPRA, S. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 9. ed. São Paulo: 
Pearson, 2010. 
RODRIGUES. P. R. A. Gestão Estratégica da Armazenagem. 2. ed. São 
Paulo: Aduaneiras, 2011. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Existem diversos motivos que levam as empresas a formarem estoques: Aponte 
a alternativa INCORRETA. 
a) Redução do preço do frete. 
b) Compras e transporte em escala. 
c) Redução de mão de obra. 
d) Amortecer períodos de ressuprimento. 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  21 
e) Reduzir efeitos sazonais. 
 
Questão 2 
Depende das condições do mercado e se apresenta normalmente fora do controle 
imediato da empresa. Marque a opção CORRETA que diz respeito à definição 
anterior. 
a) Demanda independente. 
b) Demanda em declínio. 
c) Demanda sazonal. 
d) Demanda dependente. 
e) Demanda derivada. 
 
Questão 3 
Esses itens têm o conceito de postergação, ou seja, adiamento da sua finalização, 
permitindo sua personalização. Anote a opção CORRETA sobre a característica 
citada anteriormente. 
a) Estoques acabados. 
b) Estoques promocionais. 
c) Estoques de ciclo. 
d) Estoques semiacabados. 
e) Estoques matérias-primas. 
 
Questão 4 
Esse estoque pode ser considerado um plano de contingência e deve ser formado 
em casos onde o item seja crítico para o negócio da empresa e também tenha 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  22 
um ressuprimento complexo, inseguro. Aponte a alternativa CORRETA, que diz 
respeito à definição anterior. 
a) Estoque puxado. 
b) Estoque de segurança. 
c) Estoque sazonal. 
d) Estoque empurrado. 
e) Estoque de ciclo. 
 
Questão 5 
Qual tipo de estoque recebe quantidades excessivas de itens, sem interferência 
do gestor? 
a) Estoques promocionais. 
b) Estoques sazonais. 
c) Estoquespuxados. 
d) Estoques semiacabados. 
e) Estoques empurrados. 
 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  23 
Aula 3: Planejamento de 
Estocagem II 
Introdução 
Conforme já foi visto, os estoques geram diversos custos e riscos, embora na 
maioria dos casos eles sejam indispensáveis para o negócio da empresa. 
Na obrigação de ter de formar estoques, as empresas necessitam modos de 
controlá-los de forma efetiva para que os mesmos mantenham um equilíbrio 
entre o que será comprado/produzido e o que será vendido, já que quantidades 
excessivas ou faltantes geram custos e prejuízos à imagem da empresa. 
 
Objetivo: 
1. Explicar as melhores práticas de controle dos estoques; 
2. Descrever os parâmetros de controle de estoques, giro dos estoques e lote 
econômico de compra. 
Conteúdo 
Controle de estoques 
O processo principal de controle dos estoques é Método ABC. 
Também conhecido como Classificação ABC ou ainda Curva ABC, este método 
é muito empregado na linguagem corrente da gestão de estoques, é um 
instrumento de planejamento que permite ao gerente orientar seus esforços em 
direção aos resultados mais significativos para sua organização. 
É baseado nas conclusões de Pareto que estabeleceu um princípio, segundo o 
qual, o maior segmento de renda nacional concentrava-se em uma pequena 
parcela da população, enquanto a maioria desta absorvia a menor parte da 
mesma renda. 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  24 
Nos últimos 50 anos, a partir de esforços iniciais da empresa General Eletric, o 
princípio de Pareto tem sido adaptado ao universo de materiais, particularmente 
à gerência de estoques, com o nome de Classificação ABC. 
 
O fundamento do método é aplicável a muitas situações em que seja possível 
estabelecer prioridades: 
Uma tarefa a cumprir é mais importante do que a outra, uma obrigação é mais 
significativa do que a outra, de modo que o somatório de algumas partes dessas 
tarefas ou obrigações de importância elevada representa, provavelmente, uma 
grande parcela das obrigações totais. 
Pode-se fazer uma Classificação ABC ou traçar uma Curva ABC, entre outros, por: 
• Giro; 
• Peso; 
• Volume; 
• Tempo de reposição; 
• Valor. 
 
No entanto, obtém-se a curva ABC principalmente através quanto ao giro, visto 
que os estoques imobilizam capital da empresa, e quanto maior for seu giro, 
menor será o impacto para as finanças da empresa. 
 
A curva ABC tem sido usada para a administração de estoques, para definição de 
políticas de vendas, estabelecimento de prioridades para a programação da 
produção e uma série de outros problemas usuais na empresa. 
Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as classes da curva 
ABC podem ser definidas das seguintes maneiras: 
 
Classe A 
Grupo de itens mais importante que devem ser trabalhados com uma atenção 
especial pela administração. São os chamados carros-chefe. 
Classe B 
Grupo intermediário. Tem importância razoável em termos de giro de seus itens. 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  25 
Classe C 
Grupo de itens menos importantes em termos de movimentação. No entanto, 
requer atenção pelo fato de gerar custo de manter estoque, pois tem sua 
movimentação muito lenta. 
 
 
 
Gráfico conceito ABC 
O gráfico demonstra o primeiro conceito da classificação ABC que informava 
que a composição dos estoques ocorria da seguinte forma:• Itens A – 
20% itens – 80% vendas 
• Itens B – 15% itens – 15% vendas 
• Itens C – 35% itens – 05% vendas 
 
Notou-se que essa regra não se aplicava necessariamente às empresas, e que, 
cada empresa, dentro de sua realidade, adotaria uma classificação. Desse modo, 
o conceito atual da classificação ABC passou a informar que: 
“Existem nos estoques um pequeno número de itens, chamados A que 
correspondem a uma participação grande nas vendas/giro. Existem ainda um 
número razoável de itens, chamados B que proporcionam uma quantidade 
razoável de vendas/giro e que existem ainda um grande número de itens, 
chamados C que tem pouca participação nas vendas/giro”. 
 
A classificação ABC na prática 
Tanto na vida profissional quanto na pessoal, utilizamos, com frequência, o 
conceito de classificação ABC. 
 
Quando, por exemplo, vamos executar nosso orçamento doméstico, damos 
ênfase às despesas mais vultosas, como aluguel, mensalidade escolar, prestação 
do carro, entre outras, que pertencem à categoria A e merecem um tratamento 
diferenciado. 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  26 
 
Em segundo plano, ficam as despesas de peso intermediário, não menos 
importantes, mas que podem ser analisadas, como supermercado e combustível, 
que compõem a categoria B. 
 
Finalmente, existe um conjunto de despesas que não merece ser tratada 
individualmente, é chamado de outros ou eventuais que é a categoria C. 
 
No cenário corporativo, a área de vendas cria um grupo de produtos mais 
importantes em função do faturamento, clientes, prazo de entrega, que é a classe 
A. 
A produção faz sua classificação em função da complexidade da fabricação, custo 
da matéria-prima, tempo de processamento, gerando suas classes ABC. 
Da mesma forma, a logística procede em seus estoques, focando seja pelo giro 
no estoque, por percentual de faturamento, por valor absoluto. 
 
Método da criticidade ou XYZ 
Um número significativo de empresas industriais nacionais e internacionais tem 
tratado a questão dos estoques envolvendo apenas matérias-primas, 
componentes e serviços. Ou seja, a disponibilização de ferramentas apenas na 
base de conhecimentos quantitativos, desprezando os aspectos qualitativos. 
A análise meramente quantitativa pode trazer distorções perigosas para a 
organização quando, por sua vez, não considera a importância do item em 
relação à operação do sistema como um todo. 
A análise e classificação com métodos mais sofisticados é uma variante que 
objetiva solucionar a deficiência do método tradicional através da análise de 
criticidade do item, ou melhor, da avaliação do impacto de sua falta na operação 
do sistema. 
A falta de um item crítico pode influenciar negativamente a imagem da 
organização para o cliente, na velocidade de obsolescência e na facilidade de 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  27 
substituição desse item por outro, podendo até imobilizar a operação, se esse 
item for, por exemplo, uma matéria-prima. 
 
Segundo Juran (1995), a análise da criticidade tem sua origem da gestão da 
qualidade, ou seja, está diretamente ligada ao poder que determinado item terá 
nas operações a serem executadas pela empresa, o que possibilita uma avaliação 
adicional dos processos desempenhados. E tudo isso será determinante para a 
imagem que a empresa apresentará frente a seus clientes, demonstrando em 
sua execução a necessidade ou facilidade de substituição de um item por outro 
e na velocidade com que todo o processo é desempenhado. Dois parâmetros são 
utilizados para o entendimento da criticidade de um determinado item neste 
processo. 
 
Frequência de ocorrência de falha 
 
Pode ser classificada em muito alta ou frequente, alta ou razoavelmente provável, 
moderada ou ocasional, muito baixa ou extremamente improvável. 
 
Severidade 
 
Indica o quão severo é para o processo produtivo a ocorrência daquela falha (que 
pode ser catastrófica, muito séria, séria, significante ou pequena). 
 
Vamos ver um exemplo! 
Na indústria automobilística, o custo unitário de um parafuso é baixo, assim como 
seu consumo. Entretanto, esse parafuso é essencial para que o produto final da 
empresa seja concluído. Ou seja, nesse caso específico, o parafuso é um item 
crítico no processo de produção e não pode faltar no estoque. Em se tratando de 
material estocado, a falta do parafuso, provocará uma perda para a empresa que 
não conseguiráfinalizar um bem que tem um custo muito superior ao parafuso. 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  28 
Assim como no estudo da curva ABC, que mostra quais itens são os que 
possuem o mais alto giro, se comparado ao todo do estoque, a análise do 
método da criticidade demonstra o grau de importância de cada material em 
relação à soma total dos itens, classificando-os em categorias X, Y ou Z em grau 
de criticidade. 
Usando o conceito de criticidade dos itens do estoque, os itens podem ser 
classificados em três grupos: 
 
Material Z 
Críticos. São itens cuja falta provoca a interrupção da produção, cuja substituição 
é difícil ou não existem fornecedores alternativos; são aqueles materiais cuja falta 
causará uma interrupção no processo produtivo da empresa. Desse modo são 
imprescindíveis. 
 
Materiais Y 
Pouco críticos. São itens cuja falta não exerce efeito na produção em curto prazo. 
Fazem parte dessa categoria aqueles itens cuja falta não irá provocar efeitos em 
curto prazo, sendo que são importantes, mas sua falta não irá impedir um 
procedimento, ou seja, podem ser substituídos por um breve período de tempo. 
 
Materiais X 
Não críticos. São todos os demais itens do estoque, que não entram na classe Z 
ou na classe Y e que podem ser facilmente substituídos. 
 
Para ler o restante do conteúdo, clique 
href="http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS674/docs/Aula
_3_Metodo_XYZ.pdf" aqui. 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  29 
Parâmetros de controle de estoques 
Hoje o grande desafio para os gestores de estoques é equilibrar as 
quantidades corretas de ressuprimento de mix de itens em estoques 
cada vez mais crescentes. 
As quantidades a serem ressupridas é um fator estratégico para as empresas, 
visto que, um mau planejamento, operação e controle dessas quantidades, 
podem gerar custos indesejados as empresas. 
Entende-se que quantidades desbalanceadas, sobras ou faltas são prejudiciais às 
finanças, assim como a satisfação dos clientes para com a empresa. 
O maior êxito estará em conseguir administrar e controlar os estoques com 
quantidades suficientes para o sucesso do negócio da empresa. Sabemos que as 
demandas variam e flutuam por motivos diversos, na maioria das vezes por 
fatores que não dependem da administração interna que é executada. 
 
 
Atenção 
 O perfeito entendimento e a aplicação dos parâmetros que irão 
controlar o ressuprimento do mix de itens dos estoques são 
fundamentais para uma boa gestão. 
 
Veja alguns conceitos de pesquisadores sobre a importância da gestão de 
estoques. 
 
Dias (1997) 
A gestão de estoques constitui ainda uma série de ações que permitem ao 
administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem 
manuseados e bem controlados. 
Wanke (2003) 
A gestão de estoques é considerada como elemento fundamental para a redução 
e o controle dos custos totais e melhoria do nível de serviço prestado pelas 
empresas. 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  30 
Martins e Alt (2003) 
Uma análise detalhada dos estoques é uma exigência pertinente a todo 
administrador de materiais. Isso se dá não somente em decorrência do volume 
de capital investido em estoque, mas, também, pela vantagem competitiva que 
a organização pode obter, dispondo de maior rapidez e precisão no atendimento 
ao cliente. 
 
Métodos de controle de estoques 
Como afirmamos anteriormente, o controle é a etapa executiva da Gerência de 
Estoques. 
No controle, encontramos aplicação prática para os elementos de planejamento 
previamente estabelecidos, havendo, ao mesmo tempo, um processo intensivo 
de realimentação que torna possível a efetivação de correções necessárias aos 
principais objetivos da função. 
O controle de estoques tem como meta principal a determinação do quanto se 
deve adquirir de materiais sujeitos a estoque, e quando fazê-lo, a fim de 
proporcionar a continuidade operacional de uma organização, no tocante a 
vendas, a produção, a prestação de serviços. 
O controle de estoques é orientado, basicamente, a partir de informações 
relativas à demanda, custos, mercado fornecedor e prazos de entrega para cada 
item estocado, sendo obtidos por meio do processamento de tais informações, 
dados necessários ao estabelecimento dos níveis de estoques mais adequados 
sob os pontos de vista operacional e econômico. 
 
O controle de estoques poderá ser exercido com base em dois métodos: 
• Métodos das quantidades fixas; 
• Métodos das revisões periódicas. 
 
Inicialmente, é importante conceituarmos os parâmetros que são as ferramentas 
indispensáveis para a efetivação do controle de estoques que, na maior parte dos 
casos, são comuns aos dois métodos de controle já citados. 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  31 
 
Parâmetros para controle de estoques 
Consideraremos os referidos parâmetros com base nos métodos das quantidades 
fixas, referindo-nos, quando necessário, à equivalência no outro método. 
 
 
 
Para ler a explicação de cada método, clique 
href="http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS674/docs/Aula
_3_Metodos_das_quantidades_fixas.pdf" aqui. 
 
Método das quantidades fixas 
Este método, por sua simplicidade operacional, é o mais empregado no controle 
de estoques. Também é conhecido como máximos e mínimos. Nele, o ponto de 
ressuprimento (PR) é preestabelecido, assim como a quantidade de 
ressuprimento (Q). 
Em consequência da variação da demanda, o intervalo de ressuprimento torna-
se variável, embora venha, ao longo do tempo, situar-se em torno de um valor 
médio próximo a razão entre Q e D. 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  32 
No gráfico, a seguir, demonstraremos o método das quantidades fixas, através 
de seus principais parâmetros. 
Para ver as principais vantagens deste método, clique 
href="http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS674/docs/Aula
_3_Vantagens_metodos_das_quantidades_fixas.pdf" aqui. 
 
 
 
Gráfico 
Observamos que PR e Q são fixos, ocorrendo os ressuprimentos em períodos 
variáveis. A única possibilidade de variação de Q, sem que haja uma revisão dos 
parâmetros, é o ressuprimento fora do PR, pois Q = NR-EF (estoque físico 
existente). 
Ao conceituarmos os parâmetros de controle de estoques, baseamo-nos no 
Método das Quantidades Fixas, de modo que, com exceção do estoque de 
segurança, todos os demais foram detalhados, inclusive as suas inter-relações e 
procedimentos de cálculo. 
Desse modo, prosseguiremos com a aplicação prática do método, fazendo uma 
referência à nomenclatura máximos e mínimos, também adotada para o mesmo. 
O máximo corresponde ao Nível de Ressuprimento (NR), enquanto o mínimo 
refere-se ao Ponto de Ressuprimento (PR). Assim, quando o estoque atinge o 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  33 
ponto mínimo, é solicitado um ressuprimento na quantidade equivalente à 
diferença entre este mínimo e o máximo. 
 
Lote Econômico de Compra (LEC) 
Esta técnica está fundamentalmente baseada em dados econômicos 
matematicamente estudados, embora na sua aplicação sejam utilizados 
processos elementares de cálculo. 
Sem nos atermos nos pormenores das definições, podemos distinguir dois 
elementos no estoque total de determinado item: 
• Uma parte ativa denominada estoque ativo que evolui entre um máximo 
e um mínimo; 
• Uma parte inativa, constituída pelo estoque paralisado, cujo nível é mais 
ou menos constante ao longo do tempo. Esta parte é improdutiva por 
natureza, e serve apenas para evitar rupturas no estoque. É o estoque de 
segurança ou proteção. 
 
É claro que os volumes do estoque ativo e do estoque de segurança, cujo 
conjunto constitui o estoque total, estão interligados, sendo ambos função dos 
mesmos parâmetros intervalo de ressuprimento, tempo de ressuprimento,demanda, desvios nos tempos de ressuprimento e demanda etc. 
 
Entretanto, é mais fácil estudá-los separadamente, começando por meio de uma 
otimização do estoque ativo, considerando o estoque de segurança como um 
dado à parte para, em seguida, calcular seu melhor nível. 
Concluindo, trata-se de fixar a melhor data e quantidade mais adequada na 
emissão de um lote de compras e a definição de um nível de segurança que 
permita cobrir o risco de ruptura que se queira aceitar. 
O Lote Econômico de Compras (LEC) é uma determinada quantidade de material, 
que ao ser encomendada, propiciará o menor custo operacional de se adquirir e 
manter os estoques. 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  34 
Este custo operacional é o somatório dos custos de estocagem e de 
aquisição, que demonstraremos em outra ocasião, interessando-nos, no 
momento, a definição rápida da fórmula para o cálculo de LEC. 
 
 
 
Giro de estoque 
Outra forma importante de o gerente avaliar o estoque é por meio do giro ou 
rotatividade dos itens que o compõe. 
O giro é a relação entre a quantidade movimentada (vendida) de certo item pela 
quantidade deste mesmo item que permaneceu paralisada no estoque em um 
determinado período de tempo. 
Por meio desse parâmetro as empresas podem determinar o giro de seus itens 
de acordo com a sua classificação ABC, e ainda tomar medidas que visem à 
elevação da movimentação de um determinado item ou até de uma série de itens 
que não venham tendo uma rotatividade interessante. 
Portanto a fórmula para o cálculo da rotatividade (R), ou giro (G) será: 
R = Qv / Qe 
Onde: 
Qv – Quantidade vendida num determinado período de tempo; 
Qe – Quantidade que permanece em estoque no mesmo período. 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  35 
 
Atenção 
 Pode-se observar que quanto maior a rotatividade, mais saudável 
será nosso estoque. 
 
 
 
Atividade proposta 
Vamos fazer uma atividade! 
Vimos que a classificação ABC pode ser considerada a ferramenta básica para o 
controle dos estoques. O que é possível ao gestor entender sobre os estoques 
com a aplicação desse método? 
 
Chave de resposta: 
 A classificação ABC vai permitir que o gestor entenda e visualize os itens 
estocados, conforme seu comportamento, principalmente de saída/giro, além de 
possibilitar a priorização do ressuprimento dos itens ativos no estoque. 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  36 
 
Aprenda Mais 
Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, assista ao 
href="http://youtu.be/I81hzXdWMWg" vídeo e aprenda mais sobre a 
classificação ABC. 
 
Referências 
BERTAGLIA, P. R. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimento. 6. 
ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
BOWERSOX, D. J. Logística Empresarial. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
CHOPRA, S. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 9. ed. São Paulo: 
Pearson, 2010. 
RODRIGUES. P. R. A. Gestão Estratégica da Armazenagem. 2. ed. São 
Paulo: Aduaneiras, 2011. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Hoje, o grande desafio para os gestores de estoques é equilibrar as quantidades 
corretas de ressuprimento de mix de itens em estoques cada vez maiores. As 
quantidades a serem ressupridas são um fator estratégico para as empresas, 
visto que um planejamento, operação e controle dessas quantidades podem 
gerar custos indesejados às empresas. 
POR QUE 
Entende-se que quantidades desbalanceadas, sobras ou faltas são tão 
prejudiciais às finanças, assim como a satisfação dos clientes para com a 
empresa. 
Analisando as duas afirmações, conclui-se que: 
a) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  37 
b) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. 
c) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. 
d) As duas afirmações são falsas. 
e) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. 
 
Questão 2 
O controle de estoques tem como meta principal a determinação do quanto se 
deve adquirir de materiais sujeitos a estoque, e quando fazê-lo, a fim de 
proporcionar a continuidade operacional de uma organização, seja no tocante às 
vendas, à produção, prestação de serviços etc. 
POR QUE 
O controle de estoques é orientado, basicamente, a partir de informações 
relativas à demanda, custos, mercado fornecedor e prazos de entrega para cada 
item estocado, sendo obtidos, por meio do processamento de tais informações, 
os dados necessários ao estabelecimento dos níveis de estoques mais adequados 
sob os pontos de vista operacional e econômico. 
Analisando as duas afirmações, conclui-se que: 
a) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. 
b) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. 
c) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. 
d) As duas afirmações são falsas. 
e) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. 
 
Questão 3 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  38 
Uma análise detalhada dos estoques é uma exigência pertinente a todo 
administrador de materiais. Isso se dá não somente em decorrência do volume 
de capital investido em estoques, mas, também, pela vantagem competitiva que 
a organização pode obter. Entretanto, vale ressaltar que não irá dispor de maior 
rapidez e precisão no atendimento ao cliente. 
POR QUE 
O controle é a etapa executiva da gerência de estoques. Nele encontramos 
aplicação prática para os elementos de planejamento previamente estabelecidos, 
havendo, ao mesmo tempo, um processo intensivo de realimentação que torna 
possível a efetivação de correções necessárias aos principais objetivos da função. 
Analisando as duas afirmações, conclui-se que: 
a) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. 
b) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. 
c) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. 
d) As duas afirmações são falsas. 
e) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. 
Questão 4 
A obtenção da curva ABC para os estoques poderá ser feita a partir de dois fatos 
geradores: inventário de materiais existentes ou previsão da demanda para um 
determinado exercício. Nos dois casos, a metodologia a ser utilizada deverá ser 
a mesma, EXCETO: 
a) Obtenção de relação dos itens com seus valores totais correspondentes. 
b) Tabulação dos dados. 
c) Elaboração da curva. 
d) Alocação de mão de obra. 
e) Separação em classes ABC. 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  39 
 
Questão 5 
Usando o conceito de criticidade dos itens do estoque, os itens podem ser 
classificados em três grupos. Aponte a alternativa CORRETA quanto aos itens Y: 
a) Itens cuja falta provoca a interrupção da produção. 
b) Podem ser facilmente substituídos. 
c) Sua falta não irá impedir um procedimento. 
d) Não existem fornecedores alternativos. 
e) Falta causará uma interrupção no processo produtivo da empresa. 
 
Questão 6 
É um estoque potencial, isto é, corresponde à soma do material existente com 
aquele a ser recebido. Podemos também considerar como objetivo quantitativo 
de controle, ou seja, aquele limite além do qual há excesso de material para as 
necessidades de estoque. Essa definição refere-se ao: 
a) Ponto de ressuprimento. 
b) Nível de operação. 
c) Tempo de ressuprimento. 
d) Nível de ressuprimento. 
e) Intervalo de ressuprimento. 
 
Questão 7 
Este método, por sua simplicidade operacional, é o mais empregado no controle 
de estoques. Também é conhecido como máximos e mínimos. Nele, o ponto 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  40 
de ressuprimento (PR) é preestabelecido, assimcomo a quantidade de 
ressuprimento (Q). Essa definição refere-se ao: 
a) Método Operacional. 
b) Método das quantidades móveis. 
c) Método Quantitativo. 
d) Método Qualitativo. 
e) Método das quantidades fixas. 
 
Questão 8 
Este método, por sua simplicidade operacional, é o mais empregado no Controle 
de Estoques. Também é conhecido como máximos e mínimos. Nele o ponto 
de ressuprimento (PR) é preestabelecido, assim como a quantidade de 
ressuprimento (Q). As principais vantagens deste método são, EXCETO: 
a) Estímulo ao uso do Lote Econômico de Compra (LEC). 
b) Estímulo ao uso do Lote Econômico de Produção (LEP) 
c) Automação do processo de ressuprimento através de PR e Q prefixados, 
facilitando a utilização do processamento eletrônico de dados. 
d) Não exigência de mão de obra altamente qualificada para a sua execução, 
reduzindo, portanto, os custos administrativos. 
e) A revisão dos principais parâmetros variáveis (D e TR) é feita com maior 
frequência apenas para os itens de classe A. 
 
Questão 9 
É requerido para o atendimento das necessidades de produção, de 
comercialização, de prestação de serviços, dos programas de investimento, do 
consumo administrativo relacionadas a uma determinada unidade de tempo. 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  41 
(ano, semestre, trimestre, mês, semana, dia). Marque a alternativa CORRETA 
sobre essa definição. 
a) Quantidade de ressuprimento. 
b) Ponto de ressuprimento. 
c) Demanda. 
d) Tempo de ressuprimento. 
e) Intervalo de ressuprimento. 
 
Questão 10 
É uma quantidade pré-determinada de material destinada a evitar ou minimizar 
os efeitos causados pela variação da demanda ou do tempo de ressuprimento. 
Marque a alternativa CORRETA sobre essa definição. 
a) Estoque de segurança. 
b) Estoque médio. 
c) Ruptura de estoque. 
d) Quantidade de ressuprimento. 
e) Demanda. 
 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  42 
Aula 4: Custos 
Introdução 
Já entendemos que os estoques provocam vários custos, entre eles os mais 
significativos são os de movimentação e manuseio, embalagens e o de 
armazenagem. 
Os custos de manutenção e manuseio envolvem a mão de obra e os 
equipamentos utilizados para aquelas atividades; os de embalagens são 
significativos para a logística sobre o aspecto de terem que dar proteção e facilitar 
a movimentação das mercadorias; e os de armazenagem incluem todos os custos 
fixos e variáveis responsáveis pela operação e controle dos armazéns. 
 
Objetivo: 
1. Apontar os aspectos básicos de custos; 
2. Explicar os tipos de custos que envolvem a movimentação e manuseio, 
embalagens e armazenagem. 
Conteúdo 
Aspectos básicos de custos 
Custos são gastos ocorridos no processo produtivo. Eles podem ser de várias 
origens: 
 
Custos logísticos 
São os gastos de planejar, implementar e controlar todo os estoques de entrada 
(inbound), em processo e de saída (outbound), desde o ponto de origem até o 
ponto de consumo, passando pela movimentação nos armazéns e transportes. 
 
Investimentos 
Contemplam os recursos comprometidos para funcionamento específico. São 
gastos ativados, ou seja, fazem parte do ativo da empresa. 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  43 
Perdas 
Estão associadas aos bens ou serviços consumidos de forma anormal ou 
involuntária, algo inesperado, como obsolescência dos estoques ou falhas e 
desperdícios ocorridos no processo. 
 
Custos quanto ao relacionamento com o objeto 
São gastos com fornecedores, clientes, produtos, regiões ou canais de 
distribuição. Eles podem ser de dois tipos: 
 
Custos diretos 
Aqueles que podem ser diretamente apropriados a cada tipo de objeto, pela sua 
fácil identificação e mensuração. 
Exemplo: custos de transportes. 
 
Custos indiretos 
Aqueles que não podem ser apropriados diretamente a cada tipo de objeto, por 
estarem indiretamente associados a ele. 
Exemplo: custos com TI. 
 
Custos quanto ao comportamento diante do volume da atividade 
São as despesas realizadas com os volumes produzidos, movimentados, 
transportados, vendidos e distribuídos. Eles podem ser de três tipos: 
 
Custos fixos 
São os custos cujas alterações não se verificam como consequência de variação 
no volume da atividade logística. 
Exemplo: custos com armazenagem própria, mão de obra mensalista. 
Custos variáveis 
São custos que variam em função do volume da atividade logística. 
Exemplo: combustíveis no transporte próprio, frete. 
Custos semivariáveis ou semifixos 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  44 
São custos que têm uma parcela variável e outra fixa. 
Exemplo: mão de obra que recebe um salário fixo e mais comissão por 
produtividade. 
 
Custos quanto ao relacionamento com o processo de gestão 
São os desembolsos feitos pelas tomadas de decisão da logística. Podem ser de 
seis tipos: 
 
Custos controláveis e não controláveis 
São influenciados pela decisão e ação de um gestor e pode ser identificado ao 
objeto ou rastreado em determinado processo/atividade. Já o custo não 
controlável não pode ser influenciado pela decisão de um gestor. 
Exemplo: o gestor de logística pode controlar os custos de transporte e 
armazenagem, mas não pode controlar os gastos com a segurança e a limpeza 
do armazém, que também são utilizados por outras áreas da empresa. 
 
Custo de oportunidade 
Representa quanto a empresa sacrificou em termos de remuneração, por ter 
aplicado seus recursos em uma alternativa ao invés de em outra. 
Exemplo: uma empresa que poderia aplicar seus recursos em operações no 
mercado financeiro, em vez de investir em estoques ou outros ativos logísticos. 
 
Custo relevante 
São custos que têm uma parcela variável e outra fixa. 
Exemplo: mão de obra que recebe um salário fixo e mais comissão por 
produtividade. 
 
Custos irrecuperáveis (sunk costs) 
São custos incorridos no passado e que não são relevantes para decisões no 
presente, pois não se alteram em função das decisões. 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  45 
Custo marginal ou diferencial 
Considera-se como um custo extra, associado a uma unidade adicional. Podemos 
exemplificar a escolha do nível de estoque, em que a alternativa que tiver o 
melhor resultado econômico, ou seja, a melhor solução logística deverá ser a 
adotada. 
 
Custos ocultos 
São custos que não são visíveis aos gestores, mas que afetam o resultado 
econômico da empresa, pois ocorrem em condições anormais de operação, 
associados ao conceito de perdas, tais como falhas e desperdícios nos processos 
logísticos. 
Exemplo: superprodução (gerando estoques desnecessários), defeitos, esperas e 
atrasos, acúmulos de material em processo, transportes internos e ações que 
podem gerar movimentação desnecessária e processos que, muitas vezes, 
necessitam ser modificados para serem eficientes. 
 
Custos quanto ao relacionamento com o processo de gestão 
São as despesas realizadas com processo de gestão. Eles podem ser de três tipos: 
 
Custo padrão 
Custos que são considerados dentro da normalidade, os materiais, mão de obra, 
equipamentos e outros. 
 
Custo meta ou alvo (target cost) 
É a diferença entre o preço do mercado do produto/serviço e a margem de lucro 
desejada. 
 
Custo no ciclo de vida 
Atualmente, os produtos têm seu ciclo de vida cada vez mais curto e o tempo é 
a base para a competitividade, é um elemento de diferenciação. O gestor tem 
que estar atento às diversas etapas do ciclo de vida do produto – criação, 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  46 
crescimento, maturidade e declínio –, quando será descontinuado, se os estoques 
não são bem administrados, podem gerar perdas irrecuperáveis para a empresa. 
 
Custos de movimentação e manuseio 
Os custos de movimentaçãoe manuseio estão intimamente ligados a diversos 
fatores, como mão de obra e equipamentos utilizados, layout do armazém e tipos 
de mercadorias. São vários os fatores que contribuem para os custos com 
movimentação e manuseio: 
 
Características de recebimento 
Contempla volumes por grupo de produto, modo de transporte, características 
da carga. Nesse aspecto é importante observar a quantidade e volume de carga 
que será recebida, assim como as características dessa carga (validade, 
fragilidade). 
 
Características de acondicionamento 
É a estocagem – quantidade/pallet, empilhamento dos pallets, temperatura 
requerida. Os custos aqui serão influenciados pelo transporte da carga, se foi de 
forma unitizada ou fracionada, qual a altura de empilhamento tolerada, cuidados 
especiais necessários, como temperatura requerida para armazenamento. 
 
Características de seleção de pedido ou embarque 
Composto por volume por grupo de produto, quantidade do lote de pedido, modo 
de transporte, taxa de atendimento de pedido On Time, In Full (OTIF) e tempo 
de atendimento (entrega). Esse aspecto refere-se ao nível de serviço oferecido 
aos clientes pela empresa. 
Fatores que contribuem para os custos com armazenagem 
Vejamos alguns fatores que contribuem para os custos com armazenagem: 
 
Necessidades de etiquetagem e identificação; 
Características de reembalagem (bens danificados, especiais ou perigosos); 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  47 
Necessidade de mão de obra direta e de equipamentos; 
Necessidade de recursos indiretos (supervisão, manutenção de equipamentos, 
limpeza, segurança, suprimento etc.. 
 
A tabela a seguir ilustra todos os custos fixos, variáveis, diretos e indiretos que 
podem incorrer na armazenagem das mercadorias: 
 
 
 
Custos de embalagens 
São referentes às embalagens e os dispositivos de movimentação, como pallets, 
racks etc. As embalagens têm o objetivo facilitar o manuseio e a movimentação, 
bem como a armazenagem, garantir a utilização adequada do equipamento e do 
veículo de transporte, proteger o produto e prover o valor de reutilização para o 
usuário. São dois os tipos de embalagem: 
 
Embalagem para o consumidor, com ênfase em marketing. 
 
Embalagem voltada às operações logísticas (transporte e 
armazenagem). 
 
Vejamos como podem ser os tipos de embalagens para operações logísticas: 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  48 
 
Invólucros diversificados: Caixas de madeira ou papelão, sacas, tambores e 
etc., que são os mais comuns, onde são movimentados sem outro invólucro 
especial. 
 
Pallets: São estrados de madeira, plástico (slip sheets), metal (shrink) ou 
papelão, necessitando de empilhadeiras ou carrinhos para mover a carga para 
transporte. 
 
Contêineres: Normalmente de aço ou alumínio, utilizadas, principalmente, na 
importação e exportação de produtos. 
 
 
Atenção 
 As embalagens podem causar alguns impactos no custo, como: 
• O controle de estoque depende da identificação que, 
normalmente é afixada na embalagem do produto; 
• Viabiliza a rapidez na separação dos pedidos pela 
identificação e facilidade no manuseio; 
• O custo de manuseio e movimentação do produto depende 
da capacidade de unitização e das técnicas aplicadas; 
• Os custos de transporte e de armazenagem são 
influenciados pelas dimensões e densidade das unidades 
embaladas; 
• A qualidade do serviço prestado ao cliente depende da 
embalagem para manter especificações de qualidade 
durante a distribuição e atender às legislações ambientais 
vigentes. 
 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  49 
Impactos nos custos 
Vejamos, no gráfico a seguir, os impactos nos custos de soluções de embalagens 
em operações logísticas: 
 
 
 
Atividade proposta 
Vamos fazer uma atividade! 
O OTIF é um indicador de desempenho de entrega de produtos, que dá suporte 
à melhoria da satisfação do cliente em função do atendimento de pedidos. 
Explique o OTIF. 
 
O OTIF é um indicador de desempenho dos estoques, quer dizer On Time In Full, 
ou seja, pedidos atendidos dentro do prazo prometido, pelo nível de serviço 
adotado e completos, com todos os seus itens atendidos. 
 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  50 
Referências 
BERTAGLIA, P. R. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimento. 6. 
ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
BOWERSOX, D. J. Logística Empresarial. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
CHOPRA, S. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 9. ed. São Paulo: 
Pearson, 2010. 
RODRIGUES. P. R. A. Gestão Estratégica da Armazenagem. 2. ed. São 
Paulo: Aduaneiras, 2011. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
 
1. Custo Fixo ( ) Mão de obra dos motoristas próprios. 
2. Custo variável ( ) Segurança Patrimonial. 
3. Custo indireto ( ) Salário do Gerente Operacional. 
 
Questão 2 
Alguns aspectos contribuem para os custos de armazenagem. Entre as opções a 
seguir aponte a que NÃO atende a esse aspecto: 
a) Necessidades de etiquetagem / identificação. 
b) Características de reembalagem (bens danificados, especiais ou 
perigosos). 
c) Necessidade de mão-de-obra direta e de equipamentos. 
d) Necessidade de recursos indiretos (supervisão, manutenção de 
equipamentos, limpeza, segurança, suprimento etc.). 
e) Custos com tripulação do veículo de transporte. 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  51 
Questão 3 
Aponte a alterativa correta em relação às características de reembalagem: 
• Bens danificados. 
• Especiais. 
• Perigosos. 
• Frágeis. 
• Tipo exportação. 
 
a) As opções I, II e III estão corretas. 
b) As opções I, IV e V estão erradas. 
c) As opções IV e V estão corretas. 
d) Todas as opções estão corretas. 
e) Todas as opções estão erradas. 
 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  52 
Aula 5: Metodol. de separação e 
movimentação 
Introdução 
O picking é um processo estratégico na cadeia de suprimentos, se adequado e 
bem executado terá a capacidade de proporcionar agilidez e segurança ao 
processo de distribuição física. 
O picking está sempre acompanhado de movimentações e manuseios que 
também devem ser adequados com relação aos tamanhos dos lotes e as 
características das mercadorias. 
 
Objetivo: 
1. Demostrar os conceitos fundamentais do picking e suas modalidades; 
2. Explicar a importância de uma movimentação ou manuseio com diversos tipos 
de equipamentos e suas finalidades. 
Conteúdo 
Picking 
Afinal o que é o picking, como ele funciona e qual sua importância para a cadeia 
de suprimentos? 
Para estudarmos os processos de picking, que são as atividades de separação 
e preparação de pedidos, é importante fazermos uma inter-relação com as 
principais atividades de armazenagem e estocagem. Já entendemos que 
todos os armazéns têm alguns tipos de atividades comuns como: 
• Recebimento de produtos/mercadorias; 
• Armazenagem (guarda) dos produtos; 
• Separação de produtos de acordo com pedidos dos clientes; 
• Preparação dos produtos para entrega no cliente. 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  53 
A atividade de picking pode ser definida como a atividade responsável pela 
coleta dos itens correto de produtos, em suas quantidades corretas no 
armazém, de acordo com o pedido do cliente. 
Para continuar lendo sobre o picking, clique 
href="http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS674/docs/Aula
_5_picking.pdf" aqui. 
 
Movimentação/manuseio 
Ao iniciarmos essa abordagem sobre movimentação/manuseio, faz-se importante 
uma visão sobre os diversos tipos e características das cargas/mercadorias, que 
influenciarão sobremaneira os processos de movimentação, seja através de 
equipamentos ou de forma manual (manuseio). 
Vejamos, então, as característicasdas cargas/mercadorias: 
 
Natureza das cargas 
As cargas podem ser: 
Carga geral fracionada 
Mercadorias heterogêneas, em caixas, sacas, fardos, cartões, amarrados, 
tambores etc. Podem ser subclassificadas como cargas especiais, contêineres 
e veículos. 
 
Carga a granel 
Carga homogênea, sem invólucro/embalagem, na forma de sólidos, líquidos e 
gases. 
 
Caracterização das cargas 
As cargas podem ser caracterizadas quanto ao peso, volume, valor, às dimensões 
e à fragilidade. 
 
Peso 
Determina tipo/capacidade dos equipamentos adequados à sua movimentação. 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  54 
Volume 
Determina o espaço ocupado nos armazéns, pátios ou equipamentos de 
transporte. 
 
Dimensões 
Podem exigir cuidados especiais. 
 
Valor 
Responsabilidade pela incidência de falta/ avaria. 
 
Fragilidade 
Possibilidade de deterioração e/ou contaminação, exigindo cuidados especiais no 
manuseio, transporte, armazenagem e estivagem. 
 
Cargas perigosas 
São as cargas potencialmente capazes de oferecer riscos ao ser humano, ao meio 
ambiente, às demais cargas e ao patrimônio. 
 
Classes de cargas perigosas 
Classe 1 – explosivos; 
Classe 2 – gases inflamáveis; 
Classe 3 – líquidos inflamáveis; 
Classe 4 – sólidos inflamáveis; 
Classe 5 – óxidos e peróxidos; 
Classe 6 – venenos; 
Classe 7 – radioativo; 
Classe 8 – corrosivos; 
Classe 9 – outros não especificados. 
 
Segregação de cargas perigosas 
É o ato de se armazenar cargas incompatíveis de tal forma que, mesmo vindo a 
ocorrer vazamento, borrifo ou rompimento da embalagem, seja totalmente 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  55 
impossível que elas venham a ter contato, podendo integrar-se e gerar um 
terceiro produto danoso. 
 
Unitização de cargas 
Ato de agregar pequenos volumes unitários fracionados em uma única unidade 
indivisível de carga, facilitando o manuseio, o transporte e a armazenagem. 
 
Agora, vejamos as maneiras como pode ocorrer a movimentação dos materiais: 
 
Movimentação de materiais 
 
Manuseio 
Movimento interno de volumes pelo esforço humano. 
 
Movimentação 
Movimento interno de volumes com equipamentos. 
 
Transporte 
Transferência externa de volumes, por sistemas mecanizados autônomos. 
 
Armazenagem 
Tempo de espera entre dois movimentos (armazenagem estática). Se a 
espera for curta, a armazenagem pode ser sobre o equipamento até a fase 
seguinte (armazenagem dinâmica). 
 
 
Sistemas de movimentação 
Os sistemas de movimentação dizem mais respeito à armazenagem industrial. Os 
mais usuais são: 
• Estática e dinâmica; 
• Vertical e horizontal; 
• Interna e externa; 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  56 
• Alta e baixa rotatividade; 
• Grãos e minérios. 
 
 
Equipamentos industriais para movimentação de cargas 
Alguns exemplos importantes de equipamentos industriais para movimentação 
de cargas são: 
 
Paleteiras 
 
Elevador e transelevador 
 
Plataformas e rampas elevadoras ou basculantes 
 
Para visualizar outros exemplos, clique 
href="http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS674/docs/Aula
_5_equipamentos_industriais.pdf" aqui. 
 
 
Atenção 
 Vejamos alguns problemas comumente observados: 
• Pé direito bem mais alto que a capacidade de elevação dos 
equipamentos; 
• Equipamentos inadequados ao manuseio das mercadorias 
recebidas; 
• Equipamentos com redução da capacidade máxima de 
içamento nominal; 
• Equipamentos com capacidade de içamento inferior ao 
peso unitário do volume a ser recebido. 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  57 
A utilização desses equipamentos deve ser adequada ao tipo de 
mercadoria a ser movimentada e dependerá da capacidade de 
investimento da empresa. 
 
 
Atividade proposta 
Já sabemos que os processos de picking são estratégicos para os negócios da 
empresa. No seu entendimento qual deve ser o processo de picking utilizado no 
CD da submarino.com? 
 
Em virtude da grande quantidade de SKUs estocados e a alta densidade dos 
pedidos, o melhor picking a ser empregado em um ambiente como o empresa 
Submarino é o Picking por zona ou área. 
 
Referências 
BERTAGLIA, P. R. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimento. 6. 
ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
BOWERSOX, D. J. Logística Empresarial. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
CHOPRA, S. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 9. ed. São Paulo: 
Pearson, 2010. 
RODRIGUES. P. R. A. Gestão Estratégica da Armazenagem. 2. ed. São 
Paulo: Aduaneiras, 2011. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Analise as afirmativas: 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  58 
A atividade de picking pode ser definida como a atividade responsável pela coleta 
dos itens corretos de produtos, em suas quantidades corretas, no armazém, de 
acordo com o pedido do cliente. 
POR QUE 
O processo de picking é considerado uma das atividades mais importantes no 
armazém. Ele cria um diferencial competitivo fundamental para o sucesso da 
empresa. Outro aspecto importante é quanto ao deslocamento de pessoal no 
processo de picking, que pode corresponder a até 100% do tempo total do 
processo. 
a) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. 
b) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. 
c) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. 
d) As duas afirmações são falsas. 
e) A primeira afirmação é falsa e a segunda verdadeira. 
 
Questão 2 
No planejamento da operação de picking, temos que verificar como será 
organizado o processo e, para isso, teremos que considerar as seguintes 
definições: 
 • Como dimensionar o número de operadores no processo? Devem-se 
concentrar muitos pedidos para poucos operadores, ou, ao contrário, 
distribuir os pedidos por vários operadores? 
• Esses operadores recolherão todos os itens constantes nos pedidos ou 
selecionarão alguns itens comuns e recolherão apenas esses? 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  59 
 • Na utilização do sistema EDI, quantas importações de pedidos deverão 
ser feitas a cada turno? 
a) I, II corretas. 
b) I, III corretas. 
c) II, III corretas. 
d) I, II, III corretas. 
e) I, II, III erradas. 
Questão 3 
Esse tipo de picking deverá ser utilizado para armazéns muito grandes e que 
contenham um número também grande de SKUs. Essa definição refere-se: 
a) Picking simples. 
b) Picking por zona. 
c) Picking por levas. 
d) Picking concentrado. 
e) Picking automatizado. 
Questão 4 
Nesse processo observa-se que cada operador atende apenas um pedido por vez 
e coleta também apenas um item de cada vez. É ainda uma característica desse 
processo uma única importação de pedidos por turno. Essa definição refere-se a: 
a) Picking por zona. 
b) Picking discreto. 
c) Picking por levas. 
d) Picking concentrado. 
e) Picking automatizado. 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  60 
Questão 5 
De acordo com a natureza, as cargas podem ser classificadas em: 
a) Leve e pesada. 
b) Carga geral e granéis. 
c) Única e mista. 
d) Unitizada e solta. 
e) Geral e unitizada. 
 
Questão 6 
É a estrutura mais utilizada. Empregada quando é necessária seletividade nas 
operações de carregamento, isto é, quando as cargas dos pallets forem muito 
variadas, permitindo a escolha da carga em qualquer posição da estrutura sem 
nenhum obstáculo - movimentação dentro dos armazéns. Apesar de necessitar 
de muita área para corredores, compensa por sua seletividade e rapidez na 
operação. Com base nessas informações, estamos falando de: 
a) Porta-pallets para corredores estreitos. 
b) Porta-pallets convencional. 
c) Porta-pallets autoportante. 
d) Porta-pallets deslizante.e) Porta-pallets para transelevadores. 
 
Questão 7 
Para manter um eficiente sistema de movimentação de materiais, existem ainda 
certas "leis" que, sempre dentro das possibilidades, devem ser levadas em 
consideração. São elas: 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  61 
a) Obediência ao fluxo das operações; mínima distância; mínima utilização 
da gravidade. 
b) Mínima manipulação; segurança e manipulação; padronização. 
c) Máxima manipulação; mínima distância; mínima utilização da gravidade. 
d) Flexibilidade; mínima utilização do equipamento; mínima distância. 
e) Obediência ao fluxo das operações; segurança e manipulação; 
flexibilidade. 
 
Questão 8 
Veículos industriais são equipamentos, motorizados ou não, usados para 
movimentar cargas intermitentes, em percursos variáveis com superfícies e 
espaços apropriados, onde a função primaria é transportar e ou manobrar. São 
utilizados tanto junto ao processo de produção como no de armazenagem para 
não só transportar cargas, mas também colocá-las em posição conveniente. Sua 
principal característica é a flexibilidade de percurso e de carga e descarga. Os 
tipos mais comuns são, EXCETO: 
a) Carrinhos industriais. 
b) Empilhadeiras. 
c) Autocarrinhos. 
d) Pórticos. 
e) Rebocadores. 
 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  62 
Aula 6: Controle de acurácia do 
inventário 
Introdução 
Para que se possa ter estoques bem equilibrados e que gerem custos justos e 
obedeçam às estratégias da empresa, faz-se necessário controles bem apurados. 
Desse modo, os inventários vão ao encontro desses controles, no intuito de 
apurar a segurança das informações dos estoques. 
 
Objetivo: 
1. Examinar os conceitos fundamentais dos inventários e suas modalidades; 
2. Analisar os resultados dos inventários. 
Conteúdo 
Inventários 
Você sabe o que são os inventários? 
Os inventários são uma ferramenta de controle fundamental para a garantia de 
que as informações, principalmente de saldos, estão exatas. 
Na execução do inventário vai se obter um saldo chamado saldo físico, pois é 
aquele saldo que se constatou fisicamente através de contagem. Esse saldo físico 
será confrontado e comparado com o saldo contábil que é o saldo que está no 
banco de dados da empresa e foi obtido através das inúmeras operações de 
entradas e saídas em um determinado período de tempo. 
A eficiência da Administração de Materiais pressupõe a precisão dos registros dos 
estoques, bem como a real aplicabilidade e necessidade dos itens estocados. 
No intuito de garantir esses pressupostos, é usual e recomendável a realização 
de contagens físicas periódicas do estoque total, para que se possa verificar 
eventuais discrepâncias entre o estoque físico e o estoque contábil, assim 
como entre estoque registrado e estoque real. 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  63 
Para ler mais sobre inventários, clique 
href="http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS674/docs/Aula
_6_inventarios.pdf" aqui. 
 
Tipos de inventários 
Existem dois principais tipos de procedimentos para inventários. Cada empresa 
vai escolher o tipo que mais se adéqua ao seu ambiente. Podem ser: 
 
Inventário geral 
É um processo de contagem física de todos os itens da empresa em uma data 
pré-fixada. É utilizado, usualmente, no fechamento contábil do exercício anual ou 
em inventários mensais/trimestrais, para conclusão dos custos de produção, ou 
verificação das informações do estoque. 
As desvantagens desse tipo de inventário são: 
• Muitos itens para contar em pouco tempo; 
• Difícil coordenação dependendo do número de itens e dos volumes; 
• Dificuldade para realizar novas contagens, em caso de divergências; 
• Falta de credibilidade nos estoques se a periodicidade for longa; 
• Não orientado para as causas das divergências e sim para ajustes; 
• Empresa com operações paralisadas ou prejudicadas para realizar o 
inventário, envolvendo altos custos; 
• Processo de interesse contábil e não das operações envolvidas nas 
atividades fim da empresa; 
• Desenvolvimento de um péssimo comportamento do pessoal envolvido, de 
que qualquer problema “o inventário depois acerta”. 
 
 
Inventário rotativo 
É uma contagem física dos itens em estoque, feita de maneira contínua e 
programada de modo que os itens sejam somados, de acordo com sua 
popularidade, a uma frequência normalmente diária. 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  64 
São considerados microinventários, já que as contagens e conferências são 
executadas por endereços ou famílias de produtos, como itens classe A tendo 
prioridade, depois os itens classe B e finalmente os itens classe C, ou ainda a 
critério da empresa. 
Essas contagens são feitas, normalmente, na temporalidade diária, conforme já 
dito, quase sempre ao iniciar o dia de trabalho, com o compromisso de todo o 
estoque ser inventariado no prazo de um mês, quando se inicia novamente a 
contagem. 
É importante frisar que os ajustes e rastreamentos de faltas ou sobras vão sendo 
feitos continuamente na medida em que são detectados. 
Para continuar lendo sobre inventário rotativo, clique 
href="http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS674/docs/Aula
_6_inventario_rotativo.pdf" aqui. 
 
Inventário por amostragem 
É empregado em procedimentos de auditoria, valendo-se de uma abordagem 
estatística. 
Neste caso, são contados apenas alguns itens que representam uma boa amostra 
do universo de itens da empresa e, pelo resultado da amostragem, chega-se à 
conclusão se os métodos de controle estão sendo bem executados. 
Este método é muito recomendado quando a acuracidade dos estoques é 
mantida por meio de inventários rotativos e há uma exigência de auditoria ao 
final do exercício contábil para que sejam feitos inventários gerais (que são então 
substituídos pelos amostrais). 
 
Execução dos inventários 
Nos inventários, sejam eles gerais ou rotativos, as contagens costumam ser feitas 
por, pelo menos, duas equipes, a fim de garantir sua precisão e exatidão. 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  65 
No entanto, caso as contagens não coincidam, convoca-se uma terceira equipe 
de contagem, eventualmente uma quarta, até que se chegue à quantidade exata 
de cada item estocado, ou que fique realmente confirmada a discrepância. 
 
 
Atenção 
 Para garantir a eficiência do processo de inventário, recomenda-
se especial atenção a alguns pontos, como: 
 • Arrumação física dos materiais, de modo a facilitar a 
 contagem; 
• Cut off (corte), mapa contendo todos os detalhes dos três 
últimos documentos emitidos antes da contagem física 
(notas fiscais, notas de entrada, requisição ou devolução 
interna de materiais etc.); 
• Atualização e registros de estoque; 
• Contagem do estoque: começa pela primeira equipe de 
contagem, depois a segunda equipe conta os itens 
novamente, mas de forma independente da primeira equipe 
(sem conhecer os resultados obtidos na primeira 
contagem), e assim por diante. É comum as recontagens 
serem efetuadas apenas nos itens que demostraram 
diferenças (positivas ou negativas); 
• Reconciliação e ajustes sempre que houver discrepância 
entre o estoque contábil e o inventariado. É também muito 
importante salientar que esses ajustes não possam ser 
feitos pela gestão do estoque, normalmente ficando esse 
encargo para as áreas financeiras/contábeis. 
 
 
 
 
 
CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO  66 
Análise dos resultados dos inventários 
Após o término do inventário, são emitidos relatórios que contêm o resultado 
final da contagem. Nos inventários gerais, esse relatório refletirá todo o estoque, 
no rotativo demonstrará os endereços ou famílias de itens que foram 
inventariados. 
Nesses relatórios constam diversas

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