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Criminologia P1 2o Semestre PARTE 1

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Juliana de Toledo Romero 	
   1	
  
CRIMINOLOGIA	
  –	
  P1	
  –	
  2O	
  SEMESTRE	
  	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  PARTE	
  1	
  –	
  SOCIOLOGIA	
  CRIMINAL	
  	
  
o Sociologia Criminal 
o Biologia Criminal 
o Psicologia Criminal 
	
  
SOCIOLOGIA	
  CRIMINAL:	
  	
  
Teve	
  início	
  com	
  Enrico	
  Ferri.	
  Foram	
  analisados	
  fatores	
  que	
  afetavam	
  individualmente	
  a	
  pessoa.	
  São	
  fatores	
  determinantes	
  do	
  
delito:	
  Fatores	
  sociofamiliares;	
  fatores	
  socioambientais;	
  fatores	
  sociopedagógicos;	
  fatores	
  socioeconômicos.	
  
	
  
	
  	
   Com	
  o	
  tempo,	
  os	
  olhos	
  dos	
  pesquisadores	
  se	
  voltaram	
  para	
  a	
  sociedade.	
  Lacassagne	
  afirmou	
  que	
  a	
  sociedade	
  tem	
  os	
  
criminosos	
   que	
   merece.	
   Beker	
   afirmou	
   que	
   a	
   sociedade	
   tem	
   os	
   criminosos	
   que	
   quer	
   ter.	
   Com	
   essas	
   frases,	
   se	
   tornam	
  
precursores	
  das	
  modernas	
  teorias	
  sociológicas	
  que	
  encaram	
  a	
  sociedade	
  como	
  criminógena	
  isto	
  é,	
  a	
  forma	
  de	
  funcionamento	
  
das	
  instituições	
  e	
  do	
  próprio	
  controle	
  social	
  levariam	
  a	
  criminalidade.	
  São	
  também	
  chamadas	
  teorias	
  macrossociológicas.	
  
	
  
• Microssociologia:	
  Análise	
  do	
  homem	
  criminoso.	
  Busca	
  as	
  causas	
  do	
  crime	
  no	
  indivíduo.	
  (Escola	
  Positiva)	
  
• Macrossociologia:	
  Análise	
  da	
  sociedade	
  e	
  fatores	
  condicionantes.	
  Busca	
  as	
  causas	
  da	
  criminalidade	
  nas	
  estruturas	
  
e	
  no	
  controle	
  social.	
  (Teorias	
  sociológicas)	
  
	
  
Enfoques	
   multifatoriais:	
   identificaram	
   inúmeros	
   fatores	
   para	
   tentar	
   explicar	
   a	
   criminalidade	
   juvenil,	
   entretanto,	
   não	
  
conseguiram	
  estabelecer	
  uma	
  hierarquia	
  entre	
  eles;	
  e	
  hoje	
  são	
  utilizados	
  apenas	
  na	
  análise	
  do	
  caso	
  concreto.	
  	
  
	
  
ESCOLA	
  DE	
  CHICAGO:	
  Marca	
  o	
  início	
  da	
  sociologia	
  norte	
  americana.	
  Começaram	
  a	
  estudar	
  a	
  relação	
  entre	
  o	
  desenvolvimento	
  
urbano/industrial	
  desorganizado	
  e	
  a	
  criminalidade.	
  Observaram	
  com	
  estatísticas	
  oficiais	
  que	
  a	
  maioria	
  dos	
  delinquentes	
  vinham	
  
de	
  moradias	
  baratas	
  e	
  deterioradas	
  para	
  onde	
  se	
  dirigiam	
  os	
   imigrantes	
  e	
  os	
  grupos	
  minoritários,	
  como	
  por	
  exemplo,	
  negros	
  
com	
  baixa	
  condição	
  econômica.	
  	
  
Pragmatismo:	
  A	
  cidade	
  de	
  Chicago	
  foi	
  dividida	
  em	
  zonas	
  concêntricas.	
  No	
  centro	
  (zona	
  1),	
  ficavam	
  as	
  indústrias	
  e	
  os	
  comércios.	
  
Ao	
  redor	
  (zona	
  2	
  ou	
  zona	
  de	
  transição)	
  era	
  para	
  onde	
  se	
  dirigiam	
  os	
  imigrantes	
  e	
  pessoas	
  pobres.	
  Ela	
  não	
  cria	
  a	
  delinquência,	
  
apenas	
  a	
   atrai.	
  Na	
   zona	
  3	
   ficavam	
  os	
   trabalhadores	
  que	
  não	
  queriam	
  morar	
   longe	
  do	
  emprego.	
  Na	
   zona	
  4	
  estão	
  as	
  pessoas	
  
melhor	
  situadas	
  (equivalente	
  a	
  classe	
  média).	
  Na	
  periferia	
   (zona	
  5),	
  era	
  bairro	
  residencial.	
  A	
  escola	
  de	
  Chicago	
  foi	
  caindo	
  em	
  
decadência,	
  mas	
  ganhou	
  outros	
  pesquisadores	
  que	
  falaram	
  que	
  o	
  que	
  importa	
  não	
  é	
  uma	
  zona,	
  mas	
  sim	
  uma	
  determinada	
  rua,	
  
um	
  cruzamento	
  e	
  etc	
  que	
  atrai	
   coisas	
   ruins.	
   Joffrey	
  e	
  drNewmann	
   (geógrafos	
  do	
  crime)	
  analisam	
  arquitetura	
  da	
  cidade	
  e	
  os	
  
crimes.	
  à	
  Criminoso	
  aguarda	
  local	
  adequado,	
  momento	
  oportuno	
  e	
  vítima	
  propícia.	
  	
  
TEORIA	
  DAS	
  JANELAS	
  QUEBRADAS:	
  pequenas	
  desordens	
  levam	
  a	
  pequenos	
  delitos,	
  e	
  a	
  falta	
  de	
  repressão	
  leva	
  a	
  delitos	
  
violentos.	
  Tolerância	
  Zero.	
  Rudolph	
  Giuliani	
  –	
  NY.	
  	
  
Polícia	
  Comunitária:	
  patrulhamentos	
  a	
  pé,	
  policial	
  morando	
  na	
  comunidade.	
  	
  
	
  
TEORIAS	
   ESTRUTURAIS	
   FUNCIONALISTAS:	
   Relacionam	
   criminalidade	
   com	
   o	
   quadro	
   de	
   oportunidade	
   de	
   determinado	
   setor.	
  
Atribuem	
   o	
   crime	
   ao	
   modo	
   como	
   funcionam	
   as	
   estruturas	
   sociais.	
   As	
   teorias	
   estruturais	
   funcionalistas	
   tem	
   um	
   gancho	
  
econômico.	
  	
  
à	
   Teoria	
   Da	
   Anomia	
   De	
   Durkheim:	
   ausência	
   de	
   normas	
   e	
   valores	
   relacionada	
   ao	
   fato	
   de	
   que	
   as	
   estruturas	
   sociais	
   não	
  
oferecem	
  a	
  todos	
  os	
  meios	
  necessários	
  de	
  atingir	
  os	
  objetivos	
  culturais	
  (qualidade	
  de	
  vida,	
  sucesso	
  –	
  sonho	
  americano).	
  Estas	
  
pessoas	
   tendem	
   a	
   delinquir.	
   Assim,	
   crime	
   nasce	
   no	
   cotidiano	
   (normalidade	
   do	
   delito).	
   É	
   normal	
   desobedecer	
   regras,	
   não	
   é	
  
normal	
  cometer	
  crimes.	
  	
  	
  
	
  
TEORIA	
  DA	
  FRUSTRAÇÃO	
  DE	
  MERTON:	
  	
  	
  
Conformismo:	
  	
  mantém	
  seus	
  objetivos	
  culturais	
  e	
  se	
  adequa	
  as	
  normas,	
  conformando-­‐se	
  com	
  o	
  que	
  consegue.	
  
Inovação:	
  também	
  mantém	
  seus	
  objetivos	
  culturais.	
  Porém,	
  renúncia	
  as	
  normas	
  pois	
  quer	
  tudo	
  a	
  qualquer	
  preço.	
  	
  
Ritualismo:	
  para	
  fugir	
  da	
  frustração,	
  se	
  conforma	
  com	
  as	
  normas	
  mas	
  renúncia	
  os	
  objetivos	
  culturais	
  pois	
  desistiu	
  de	
  mudar	
  de	
  
vida.	
  Conduta	
  comum	
  na	
  classe	
  média.	
  
Evasão	
  ou	
  fuga	
  do	
  mundo:	
  pessoas	
  que,	
  apesar	
  de	
  viver	
  na	
  sociedade,	
  não	
  fazem	
  parte	
  dela.	
  Houve	
  uma	
  renúncia	
  aos	
  objetivos	
  
culturais	
  e	
  as	
  normas.	
  São	
  os	
  alcoólatras,	
  os	
  drogados.	
  	
  
Rebelião:	
  indivíduo	
  rejeita	
  normas	
  e	
  objetivos	
  culturais.	
  Ele	
  vai	
  buscar	
  outro	
  tipo	
  de	
  sistema.	
  	
  
	
  
TEORIAS	
  DE	
  CONSENSO	
  X	
  TEORIAS	
  DE	
  CONFLITO	
  
 
Juliana de Toledo Romero 	
   2	
  
TEORIAS	
  DE	
  CONFLITO:	
  	
  
• O	
  que	
  mantém	
  o	
  sistema	
  social	
  é	
  o	
  conflito,	
  que	
  até	
  certo	
  ponto	
  é	
  benéfico,	
  pois	
  gera	
  mudanças.	
  
• O	
  conflito	
  não	
  é	
  patológico.	
  
• Pressupõem	
  a	
  existência	
  de	
  vários	
  grupos	
  e	
  subgrupos	
  na	
  sociedade,	
  portadores	
  de	
  valores	
  diferentes.	
  
• Fazem	
  parte	
  a	
  Teoria	
  do	
  Etiquetamento	
  e	
  as	
  Teorias	
  de	
  Conflito.	
  
• O	
  comportamento	
  delitivo	
  e	
  o	
  não	
  delitivo	
  têm	
  a	
  mesma	
  origem,	
  isto	
  é,	
  em	
  normas,	
  mas	
  normas	
  diferentes.	
  
• Rechaçam	
  a	
  Escola	
  de	
  Chicago	
  e	
  afrontam	
  as	
  Teorias	
  Estruturais	
  Funcionalistas	
  (Teoria	
  de	
  Consenso).	
  
• As	
  teorias	
  que	
  buscam	
  as	
  causas	
  do	
  delito	
  são	
  chamadasetiológicas.	
  	
  
	
  
⇒ Teorias	
   de	
   Conflito	
   Cultural:	
  O	
  conflito	
   entre	
   as	
   culturas	
   levaria	
   à	
   crise	
  moral	
   pela	
   impossibilidade	
  de	
   adoção	
  de	
  
valores	
  comuns,	
  levando	
  a	
  criminalidade.	
  
⇒ Teorias	
  de	
  Conflito	
  Sociais:	
  Se	
  baseiam	
  na	
  evolução	
  histórica	
  de	
  acordo	
  com	
  as	
  classes	
  dominantes	
  e	
  no	
  fato	
  de	
  que	
  
as	
  leis	
  e	
  o	
  direito	
  se	
  conduzem	
  de	
  acordo	
  com	
  estas	
  classes.	
  	
  
♦ Teorias	
   de	
   Conflito	
   Social	
   NÃO	
   MARXISTAS:	
   distribuição	
   desigual	
   de	
   autoridade,	
   comportamento	
  
discriminatório	
   da	
   justiça	
   penal.	
   Haveria	
   uma	
   classe	
   subjugada.	
   Pluralidade	
   de	
   grupos	
   disputando	
   o	
  
poder	
  sem	
  chegar	
  à	
  monopolização.	
  	
  
♦ Teorias	
  de	
  Conflito	
  Social	
  MARXISTAS:	
  Compõem	
  a	
  Criminologia	
  Crítica,	
  Radical	
  ou	
  Nova	
  Criminologia.	
  
Oposição	
   ao	
   positivismo.	
   A	
   criminalidade	
   resultaria	
   da	
   luta	
   entre	
   classes	
   consequente	
   ao	
   modo	
   de	
  
produção	
  capitalista.	
  A	
  classe	
  que	
  se	
  sobrepõe	
  exploraria	
  a	
  outra.	
  O	
  delito	
  seria	
  produto	
  da	
  sociedade	
  
capitalista.	
  	
  
o Postulados	
  da	
  Criminologia	
  Crítica	
  segundo	
  Roldan	
  Barbero:	
  	
  
-­‐ Relevância	
  do	
  etiquetamento	
  ou	
  estigmatização	
  do	
  infrator;	
  
-­‐ Criminalidade	
  nas	
  classes	
  baixas;	
  
-­‐ Atitude	
  empática,	
  de	
  apreço	
  em	
  relação	
  ao	
  desvio;	
  
-­‐ Abolicionismo	
   penal:	
   eliminação	
   da	
   penas,	
   das	
   prisões	
   e	
   a	
  
introdução	
   de	
   outros	
   tipos	
   de	
   punições.	
   Enquanto	
   isso	
   não	
   é	
  
possível,	
   deve-­‐se	
   acatar	
   o	
   minimalismo	
   penal,	
   ou	
   seja,	
   o	
   direito	
  
penal	
   mínimo.	
   É	
   uma	
   mudança	
   utópica	
   pois	
   nem	
   todo	
  
comportamento	
  desviado	
  tem	
  origem	
  no	
  conflito.	
  	
  
	
  
TEORIAS	
  DE	
  CONSENSO:	
  O	
  sistema	
  se	
  mantém	
  baseado	
  em	
  valores	
  comuns	
  a	
  todos.	
   	
  O	
  crime	
  afrontaria	
  esses	
  valores.	
  Fazem	
  
parte	
  a	
  Escola	
  de	
  Chicago,	
  Teorias	
  Estruturais	
  Funcionalistas	
  (explicada	
  anteriormente),	
  Teorias	
  Subculturais	
  (continuam	
  sendo	
  
etiológicas	
  e	
  epidemiológicas),	
  Teoria	
  da	
  Aprendizagem.	
  	
  
	
  
⇒ Teorias	
  Subculturais:	
  	
  
• O	
  comportamento	
  delitivo	
  seria	
  uma	
  espécie	
  de	
  rebeldia	
  (delinquência	
  juvenil).	
  	
  
• O	
  conflito	
  surgiria	
  quando	
  os	
  jovens	
  da	
  classe	
  baixa	
  se	
  identificassem	
  com	
  a	
  classe	
  média	
  e,	
  ao	
  mesmo	
  tempo,	
  
interiorizassem	
  os	
  valores	
  da	
  classe	
  a	
  que	
  pertenciam,	
  sofrendo	
  problemas	
  de	
  adaptação	
  (Estudado	
  por	
  Cohen).	
  
• Outros	
  autores	
  entendem	
  que	
  os	
  bandos	
  se	
  formam	
  na	
  classe	
  média	
  refletindo	
  os	
  valores	
  baixos	
  dessa	
  classe	
  
(Matza	
  e	
  Sykes).	
  
• Para	
  Miller,	
  a	
   subcultura	
  criminal	
   seria	
  um	
  subproduto	
  das	
  próprias	
  classes	
   sociais	
  baixas,	
  dos	
   seus	
  valores	
  e	
  
padrões.	
  
• Outros	
  autores	
  acreditam	
  que	
  os	
  bandos	
  seriam	
  um	
  fenômeno	
  de	
  todas	
  as	
  classes,	
  pois	
  enquanto	
  alguns	
  jovens	
  
têm	
  conduta	
  delitiva,	
  outros	
  estimulam	
  e	
  apoiam.	
  
• Surgiram	
  talvez	
  em	
  resposta	
  ao	
  problema	
  das	
  minorias	
  e	
  têm	
  interesse	
  pela	
  origem	
  dos	
  bandos	
  e	
  organizações	
  
vinculadas	
  à	
  estratificação	
  social.	
  
• Não	
  há	
  desorganização,	
  nem	
  ausência	
  de	
  valores,	
  mas	
  diversos	
  sistemas	
  de	
  valores	
  divergentes	
  em	
  torno	
  dos	
  
quais	
  se	
  organizam	
  os	
  grupos	
  desviados.	
  
• O	
  delito	
  seria	
  consequência	
  dos	
  valores	
  de	
  cada	
  subcultura,	
  diferentes	
  dos	
  valores	
  oficiais.	
  	
  
• As	
  teorias	
  subculturais	
  são	
  criticadas	
  porque	
  não	
  explicam	
  os	
  comportamentos	
  regulares	
  dentro	
  da	
  subcultura,	
  
nem	
  os	
  comportamentos	
  delitivos	
  que	
  se	
  produzem	
  fora	
  dela.	
  
• Teoria	
  Geral	
  Da	
  Frustração	
  De	
  Agnew:	
  diferentemente	
  de	
  Merton,	
  Agnew	
  afirma	
  que	
  existem	
  outras	
  fontes	
  de	
  
frustração	
  além	
  da	
  econômica,	
  em	
  especial	
  os	
  estados	
  afetivos	
  negativos	
  repetitivos.	
  	
  
	
  
	
  
 
Juliana de Toledo Romero 	
   3	
  
⇒ Teorias	
  do	
  Processo	
  Social:	
  	
  
• São	
  teorias	
  psicossociológicas	
  baseadas	
  na	
  relação	
  entre	
  o	
  indivíduo	
  e	
  o	
  meio.	
  	
  
• Todas	
   as	
   pessoas	
   teriam	
   potencial	
   para	
   delinquir,	
   sendo	
   maiores	
   as	
   chances	
   nas	
   classes	
   sociais	
   baixas	
   em	
  
decorrência	
  das	
  carências.	
  
• Teorias	
  Da	
  Aprendizagem	
  Social:	
  entendem	
  que	
  a	
  conduta	
  delitiva	
  é	
  algo	
  que	
  se	
  aprende	
  desde	
  as	
  técnicas	
  até	
  
a	
  forma	
  de	
  justificação.	
  as	
  condutas	
  lícitas,	
  como	
  as	
  ilícitas,	
  seriam	
  aprendidas	
  no	
  contato	
  com	
  outras	
  pessoas,	
  por	
  processo	
  
de	
  comunicação.	
  Assim,	
  o	
  crime	
  seria	
  um	
  comportamento	
  ou	
  hábito	
  adquirido,	
  um	
  tipo	
  de	
  resposta	
  às	
  situações.	
  
♦ Teoria	
  da	
  Associação	
  Diferencial	
  de	
  Sutherland:	
  	
  
• Não	
  é	
  Imitação,	
  é	
  aprendizagem.	
  	
  
• O	
  primeiro	
  passo	
  para	
   a	
   conduta	
  delitiva	
   seria	
   a	
   associação.	
   Existem	
  grupos	
  e	
   subgrupos	
  em	
  
torno	
  de	
  metas	
  e	
  objetivos	
  e	
  pode	
  ser	
  que	
  um	
  desse	
  grupos	
  respalde	
  condutas	
  delitivas.	
  
• Não	
   basta	
   pertencer	
   ao	
   grupo	
   que	
   respalde	
   condutas	
   delitivas,	
   deve	
   haver	
   uma	
   convivência	
  
íntima	
  do	
  indivíduo	
  com	
  seus	
  familiares	
  ou	
  componentes	
  do	
  grupo.	
  	
  
• Crítica	
   a	
   essa	
   teoria:	
   	
   associação	
   não	
   seria	
   a	
   causa,	
  mas	
   a	
   consequência	
   do	
   comportamento	
  
delitivo,	
  uma	
  vez	
  que	
  o	
  individuo	
  selecionaria	
  as	
  pessoas	
  que	
  comungassem	
  das	
  mesmas	
  ideias,	
  
atitudes	
  e	
  condutas	
  para	
  se	
   relacionar.	
  Outros	
  alegam	
  que	
  varias	
  condutas	
   teriam	
  origem	
  em	
  
fatores	
  inconscientes,	
  não	
  sendo	
  aprendidas.	
  
	
  
♦ Teoria	
  da	
  Identificação	
  de	
  Glaser:	
  	
  
• O	
   indivíduo	
  baseia	
   sua	
  conduta	
  delitiva	
  na	
  conduta	
  delitiva	
  ou	
  não	
  de	
  pessoas	
   reais	
  ou	
  
fictícias,	
  como	
  forma	
  de	
  justificação.	
  	
  
	
  
♦ Teoria	
  da	
  Neutralização	
  de	
  Sykes	
  e	
  Matza	
  
• Entende	
  que	
  o	
  delinquente	
  compartilha	
  dos	
  valores	
  convencionaisda	
  sociedade,	
  baseando-­‐se	
  
a	
  aprendizagem	
  nas	
  técnicas	
  capazes	
  de	
  neutralizá-­‐los	
  e	
  de	
  justificar	
  a	
  sua	
  conduta	
  desviada.	
  
• Essas	
   técnicas	
  diminuem	
  o	
   sentimento	
  de	
  culpa	
  e	
  permitem	
  que	
  o	
   infrator	
   crie	
   justificações	
  
que	
  diminuam	
  a	
  reação	
  social.	
  
	
  
• Teorias	
  do	
  Controle:	
  Afirmam	
  que	
  todos	
  são	
  criminosos	
  potenciais,	
  porém	
  o	
  indivíduo	
  não	
  delinque	
  porque	
  é	
  o	
  
maior	
   interessado	
   em	
  manter	
   seu	
   comportamento	
   de	
   acordo	
   com	
   padrões	
   sociais,	
   em	
   virtude	
   de	
   um	
  motivo	
   real	
   efetivo	
  
lógico	
  para	
  não	
  delinquir,	
  de	
  forma	
  que	
  o	
  delito	
  traria	
  mais	
  desvantagens	
  do	
  que	
  vantagens.	
  A	
  família,	
  a	
  escola,	
  a	
  religião	
  e	
  os	
  
amigos	
  teriam	
  importância	
  na	
  socialização	
  dos	
  jovens	
  e	
  na	
  vigilância.	
  
♦ Teoria	
  do	
  enraizamento	
  social	
  de	
  Hirch:	
  o	
  medo	
  de	
  danos	
  irreparáveis	
  em	
  suas	
  relações	
  interpessoais	
  
o	
  impedem	
  de	
  delinquir,	
  a	
  não	
  ser	
  que	
  se	
  enfraqueçam	
  os	
  laços	
  que	
  mantém	
  com	
  a	
  sociedade.	
  
♦ Teorias	
  do	
  auto	
  controle	
  (self	
  control):	
  vêm	
  o	
  criminoso	
  como	
  individuo	
  com	
  baixo	
  autocontrole	
  e	
  
o	
  delito	
  como	
  aproveitamento	
  de	
  uma	
  oportunidade,	
  ocupando	
  papel	
  secundário.	
  
	
  
• Teoria	
  do	
  Etiquetamento:	
  	
  
• Representa	
  mudança	
  no	
  paradigma	
  da	
  criminologia.	
  	
  
• Baseia-­‐se	
  no	
  interacionismo	
  simbólico,	
  isto	
  é,	
  a	
  sociedade	
  se	
  conduz	
  por	
  símbolos.	
  
• O	
  contrato	
  (controle)	
  social	
  criaria	
  a	
  criminalidade.	
  	
  
• O	
  caráter	
  delitivo	
  do	
  autor	
  e	
  de	
  sua	
  conduta	
  dependeria:	
  da	
  definição	
  da	
  sociedade	
  com	
  a	
  qual	
   interage,	
  que	
  
lhe	
  atribui	
  tal	
  caráter;	
  da	
  seleção	
  que	
  etiqueta	
  o	
  autor	
  como	
  delinquente.	
  
• As	
   instâncias	
   de	
   controle	
   social	
   como	
   polícia	
   e	
   juízes	
   gerariam	
   a	
   criminalidade	
   ao	
   etiquetar	
   o	
   autor	
   como	
  
delinquente,	
  decorrendo	
  daí	
  o	
  caráter	
  constitutivo	
  do	
  controle	
  social.	
  	
  
• Mesmo	
  pagando	
  sua	
  dívida,	
  o	
  indivíduo	
  que	
  cometeu	
  o	
  crime	
  continua	
  a	
  ser	
  visto	
  como	
  criminoso,	
  afetando	
  a	
  
sua	
  personalidade,	
  perpetuando	
  a	
  conduta	
  delitiva.	
  	
  
• O	
  etiquetamento	
  não	
  se	
  interessa	
  pela	
  causa	
  do	
  primeiro	
  delito,	
  mas	
  pela	
  criminalidade	
  secundária	
  que	
  ocorre	
  
à	
  partir	
  dela.	
  
• As	
  chances	
  ou	
  riscos	
  de	
  etiquetamento	
  não	
  dependeriam	
  tanto	
  da	
  conduta	
  realizada,	
  mas	
  da	
  posição	
  do	
  autor	
  
na	
  pirâmide	
  social.

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