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Nesta aula, veremos sobre o importante papel do Iluminismo a partir da segunda metade do século XVIII, caracterizado como um movimento do pensamento europeu basicamente da segunda metade desse século.
O Iluminismo foi um movimento de grande importância a partir da segunda metade do século XVIII.
Abrange não só o pensamento filosófico, mas também as artes, as ciências, a teoria política, as teorias pedagógicas e a doutrina jurídica.
Reflete a necessidade de tornar transparente à razão. O pressuposto básico do iluminismo afirma, que todos os homens são dotados de racionalidade que é uma espécie de luz natural.
Possui caráter pedagógico. O pensamento iluminista é fortemente voltado para o laico e o secular.
Volta-se contra toda autoridade que não esteja submetida à razão e a experiência. O homem poderá atingir o que Kant chama de sua maioridade, quer dizer pensar por si mesmo. Por isso o Iluminismo tem caráter ético e emancipador.
O pano de fundo do Iluminismo é a filosofia crítica, que tem como características três pressupostos básicos: a liberdade; o individualismo e a igualdade jurídica.
Nesse sentido a Revolução Francesa (1789) pode ser considerada uma tentativa de concretização desses ideais: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Os homens nascem e permanecem livres, é o artigo primeiro da Declaração dos Direitos do Homem. 
A Enciclopédia é um projeto monumental pedagógico que pretendeu ser uma espécie de grande síntese do saber da época, sua publicação teve grande influência na Revolução Francesa e contribuiu para a contestação da monarquia absoluta, e do poder da Igreja.
Vamos conhecer as propostas do alemão Immanuel Kant, nosso último expoente deste bloco empírico-racionalista e fazer um amálgama entre as duas correntes.
A obra de Kant pode ser vista como um marco na filosofia moderna e se notabiliza por duas obras clássicas, em especial: a “Crítica da Razão Pura”, na qual desenvolve a crítica do conhecimento, e “Crítica da Razão Prática”, em que analisa a moralidade.
Entre os neo-humanistas, foi o principal que proclamou a saída do homem do estado de incapacidade, em que jazia sob o peso da tradição da autoridade. Ele desafiou o homem a se atrever servir da razão.
Kant define a filosofia como “a ciência da relação de todo conhecimento e de todo uso da razão com o fim último da razão humana”, caracterizando-se pelo tratamento de quatro questões fundamentais.
O QUE POSSO SABER? Diz respeito à metafísica, no sentido kantiano de investigação sobre a possibilidade de legitimidade do conhecimento.
O QUE DEVO FAZER? Cuja resposta é dada pela moral.
O QUE POSSO ESPERAR? O problema da esperança, de que trata a religião.
O QUE É HOMEM? Objeto da antropologia, à qual em última análise se reduzem as outras três e que é na verdade a mais importante das quatro.
Tendo em vista estas questões, o filósofo deve determinar: as fontes do saber humano, a extensão do uso possível e útil de todo saber e os limites da razão.
O pensamento de Kant também se insere dentro do movimento de crítica à educação dogmática, aberto pela ilustração.
Embora não concebesse as normas e os modelos conforme a própria existência concreta e variável (mas de um sujeito universal), nem por isso admite o modelo tradicional de ideal, que se impôs exteriormente ao indivíduo.
Para ele, são as leis inflexíveis e universais da razão pura e da razão prática que constroem o conhecimento e a lei moral, o que significa a valorização definitiva do sujeito como ser autônomo e livre, para o qual tanto o conhecimento como a conduta são obras suas.
É importante que você conheça a educação na concepção de Kant.
A importância atribuída por Kant à educação encontra-se fundamentada nas obras mais clássicas, como a Crítica da Razão Pura e Crítica da Razão Prática. 
A Crítica da Razão Pura, visa investigar as condições de possibilidade do conhecimento, ou seja, o modo pelo qual, na experiência de conhecimento, sujeito e objeto se relacionam e em que condições. Esta relação pode ser considerada legítima, sujeito e objeto são termos relacionais que só podem ser considerados como partes da relação de conhecimento.
Kant elabora uma teoria que investiga o valor dos nossos conhecimentos. Condena os empiristas, para quem tudo o que conhecemos vem dos sentidos e também não concorda com os racionalistas, para quem tudo o que pensamos vem de nós. Para ele, a razão não é capaz de conhecer as realidades que não se oferecem à nossa experiência sensível, tal como Deus.
O filósofo mostra que além do ato do conhecimento, o indivíduo é capaz de outra atividade espiritual, o exercício da consciência moral. Kant concluiu que só o ser humano é moral e agir moralmente é agir pelo dever. Desse raciocínio decorre que a pessoa não realiza espontaneamente a lei moral, mas a moralidade resulta da luta interior. Neste sentido, a verdadeira ação moral tem por fundamento a autonomia e a liberdade.
Para Kant, cabe a educação formar o caráter moral - “o homem só pode tornar-se homem pela educação”, “ele é tão somente o que a educação fez dele”, e ainda “mandamos em primeiro lugar, as crianças à escola, não na intenção de que nela aprenda alguma coisa, mas a fim de que se habitue a observar pontualmente o que se lhes ordena”.
Kant redefine a relação pedagógica, reforçando a atividade do aluno que deve aprender “pensar por si mesmo”. O saber é ato de liberdade. 
O princípio kantiano foi reexaminado no século XX, por diversos autores na área da moral e da educação, como Piaget ou ainda Habermas.

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