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L e g i s l a ç ã o d o S U S C o m p l e t o e G r a t u i t o 
 
Página 0 
 
 
 
Equipe Professor Rômulo Passos | 2015 
 
 
CURSO COMPLETO DE ENFERMAGEM 
P/ CONCURSO – 2015 
AULA Nº XV – HIPERTENSÃO ARTERIAL 
SISTÊMICA 
sandra luiza - 565.067.591-00
 
 
 
 
Aula nº XV – Hipertensão Arterial Sistêmica 
 
Essa aula aborda de forma clara e objetiva o conteúdo referente à Hipertensão Arterial 
Sistêmica. 
Seguindo os mesmos parâmetros utilizados nas aulas anteriores, inicialmente faremos 
uma abordagem teórica sobre o assunto e em seguida passaremos às questões. 
O nosso compromisso é com a sua APROVAÇÃO, por isso nos empenhamos em 
elaborar aulas dinâmicas, de fácil entendimento e com conteúdos atualizados. 
 
 
Boa aula! 
Profº. Rômulo Passos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
sandra luiza - 565.067.591-00
 
 
 
 
1 – Hipertensão Arterial Sistêmica 
 
Pressão arterial sanguínea é a medida da tensão exercida pelo sangue nos vasos durante 
a sístole e a diástole ventricular. 
Débito Cardíaco (DC) é a quantidade de sangue bombeado pelo coração por minuto. 
Os fatores que influenciam no débito cardíaco são a frequência cardíaca (FC) e o volume 
sistólico (VS). Quanto maior for qualquer uma dessas variáveis, maior será o DC. 
DC = FC x VS 
O volume sistólico é a quantidade de sangue que será bombeado pelo coração em uma 
contração. 
De acordo com a SBH, quando houver um aumento no volume de sangue a ser 
ejetado, por exemplo quando os rins não funcionam normalmente ou quando o coração 
contrai de modo insuficiente, ou quando a frequência cardíaca aumenta, isto é, o coração 
bate mais vezes por minuto para ejetar um determinado volume de sangue, ou quando a 
resistência oferecida pelas artérias para a passagem do sangue estiver aumentada, ocorre 
aumento da pressão arterial. 
De acordo com a SBC, a linha demarcatória que define HAS considera valores de PA 
sistólica ≥ 140 mmHg e∕ou de PA diastólica ≥ 90 mmHg em medidas de consultório. O 
diagnóstico deverá ser sempre validado por medidas repetidas, em condições ideais, em, pelo 
menos, três ocasiões. 
A HAS é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Sua prevalência 
no Brasil varia entre 22% e 44% para adultos (32% em média), chegando a mais de 50% para 
indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em indivíduos com mais de 70 anos
1
. 
O Ministério da Saúde
2
 relatou, em 2006, que no Brasil são cerca de 17 milhões de 
portadores de hipertensão arterial, 35% da população de 40 anos e mais. E esse número é 
crescente; seu aparecimento está cada vez mais precoce e estima-se que cerca de 4% das 
crianças e adolescentes também sejam portadoras. A carga de doenças representada pela 
morbimortalidade devida à doença é muito alta e por tudo isso a Hipertensão Arterial é um 
problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo 
 
1
 SBC; SBH; SBN, 2010, p. 1, disponível em: http://goo.gl/88YFD & Brasil, 2013, p. 19, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP. 
2
 Brasil, 2006, p. 7, disponível em: http://goo.gl/8lMK8C 
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Medida da pressão arterial 
 
Em crianças, a largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da 
circunferência do braço, e o comprimento da bolsa deve envolver de 80 a 100% da 
circunferência do braço. 
Em gestantes, recomenda-se que a pressão arterial seja feita na posição sentada, e não 
ortostática (em pé), e a determinação da pressão diastólica deve ser realizada na fase V de 
Korotkoff. 
Na primeira avaliação, as medidas devem ser obtidas em ambos os braços e, em caso de 
diferença, deve-se utilizar como referência sempre o braço com o maior valor para as 
medidas subsequentes. O indivíduo deverá ser investigado para doenças arteriais se apresentar 
diferenças de pressão entre os membros superiores maiores de 20/10 mmHg para as pressões 
sistólica/diastólica respectivamente (SBC; SBH;SBN, 2010, p. 6). 
Todo adulto com 18 anos ou mais de idade, quando vier à Unidade Básica de Saúde 
(UBS) para consulta, atividades educativas, procedimentos, entre outros, e não tiver registro 
no prontuário de ao menos uma verificação da PA nos últimos dois anos, deverá tê-la 
verificada e registrada. 
A primeira verificação deve ser realizada em ambos os braços. Caso haja diferença entre 
os valores, deve ser considerada a medida de maior valor. O braço com o maior valor aferido 
deve ser utilizado como referência nas próximas medidas. O indivíduo deverá ser investigado 
para doenças arteriais se apresentar diferenças de pressão entre os membros superiores 
maiores de 20/10 mmHg para as pressões sistólica/diastólica, respectivamente. Com intervalo 
de um minuto, no mínimo, uma segunda medida dever ser realizada. 
As medidas nas posições ortostática (em pé) e supina (deitada) devem ser feitas pelo 
menos na primeira avaliação em todos os usuários e em todas as avaliações em idosos, 
diabéticos e alcoolistas. 
A pressão arterial (PA) na gestante deve ser obtida com os mesmos equipamentos e com 
a mesma técnica recomendada para adultos (principalmente sentada), entretanto a PA também 
pode ser medida no braço esquerdo na posição de decúbito lateral esquerdo em repouso, e esta 
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não deve diferir da posição sentada. O 5º ruído de Korotkoff deve ser considerado como a 
pressão diastólica
3
. 
Vamos agora aprender e gravar a classificação atual, conforme disposições da SBH 
(2010) e Ministério da Saúde (2013)
4
. 
 
Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no consultório (> 
18 anos) 
Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg) 
Ótima < 120 < 80 
Normal < 130 < 85 
Limítrofe (pré-
hipertensão)* 
130–139 85–89 
Hipertensão estágio 1 140-159 90-99 
Hipertensão estágio 2 160–179 100–109 
Hipertensão estágio 3 >180 >110 
Hipertensão sistólica 
isolada 
≥ 140 < 90 
Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a maior 
deve ser utilizada para classificação da pressão arterial. 
Fonte: (Alterado de SBC; SBH; SBN, 2010, p. 8, disponível em: http://goo.gl/88YFD & 
Brasil, 2013, p. 34, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP). 
* Pressão normal-alta ou pré-hipertensão são termos que se equivalem na literatura. 
 
 
 
 
 
 
 
3
 SBC; SBH; SBN, 2010, p. 5-6, disponível em: http://goo.gl/88YFD & Brasil, 2013, p. 51, disponível em: 
http://goo.gl/FXmjtP. 
4
 SBC; SBH; SBN, 2010, p. 8, disponível em: http://goo.gl/88YFD & Brasil, 2013, p. 34, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP. 
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Vamos visualizar, na tabela abaixo, as recomendações para o seguimento da HAS, 
conforme níveis pressóricos apresentados pelo paciente, durante a consulta. 
Recomendações para o seguimento da HAS: prazos máximos para reavaliação* 
Pressão arterial inicial 
(mmHg)** Seguimento 
Sistólica Diastólica 
 <130 < 85 
 Reavaliar em 1 ano. 
 Estimular mudanças de estilo de vida. 
 130–139 85–89 
 Reavaliar em 6 meses.*** 
 Insistir em mudanças do estilo de vida. 
 140–159 90–99 
 Confirmar em 2 meses.*** 
 Considerar MAPA/MRPA. 
 160–179 100–109 
 Confirmar em 1 mês.*** 
 Considerar MAPA/MRPA. 
 ≥ 180 ≥ 110 
 Intervenção medicamentosa imediata ou 
reavaliar em 1 semana.*** 
Fonte: (Alterado de SBC; SBH; SBN, 2010, p. 6). 
*Modificar o esquema de seguimento de acordo com a condição clínica do paciente. 
** Se as pressões sistólicas ou diastólicas forem de estágios diferentes, o seguimento 
recomendado deve ser definido pelo maior nível de pressão. 
*** Considerar intervenção de acordo com a situação clínica do paciente (fatores de 
risco maiores, doenças associadas e lesão em órgãos-alvo). 
 
 
 
 
 
 
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Vamos descrever os procedimentos, na tabela abaixo, conforme SBC; SBH; SBN, 2010, 
p. 6-8: 
1 - Automedida da pressão arterial (AMPA): 
A AMPA foi definida como a realizada por pacientes ou familiares, não profissionais 
de saúde, fora do consultório, geralmente no domicílio, representando uma importante fonte 
de informação adicional. 
A principal vantagem da AMPA é a possibilidade de obter uma estimativa mais real 
dessa variável, tendo em vista que os valores são obtidos no ambiente onde os pacientes 
passam a maior parte do dia. 
Valores superiores a 130/85 mmHg, pela AMPA, devem ser considerados alterados. 
2 - Monitorização residencial da pressão arterial (MRPA): 
A MRPA é o registro da PA, que pode ser realizado obtendo-se três medidas pela 
manhã, antes do desjejum e da tomada de medicamento, e três à noite, antes do jantar, 
durante cinco dias, ou duas medidas em cada sessão, durante sete dias, realizada pelo 
paciente ou outra pessoa capacitada, durante a vigília, no domicílio ou no trabalho, com 
equipamentos validados. 
Sua maior utilização pode superar muitas limitações da tradicional medida da PA no 
consultório, sendo mais barata e de mais fácil execução que a MAPA, embora com 
limitações, como, por exemplo, a não avaliação da PA durante o período de sono. 
3 - Monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas (MAPA) 
A MAPA é o método que permite o registro indireto e intermitente da pressão arterial 
durante 24 horas ou mais, enquanto o paciente realiza suas atividades habituais durante os 
períodos de vigília e sono. 
Uma das suas características mais específicas é a possibilidade de identificar as 
alterações do ciclo circadiano da PA, sobretudo as alterações durante o sono, que têm 
implicações prognósticas consideráveis. 
 
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A Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) é o método que permite o 
registro indireto e intermitente da PA durante 24 horas, ou mais, enquanto o paciente realiza 
suas atividades habituais na vigília e durante o sono. A MAPA deve fazer parte do 
fluxograma para diagnóstico da hipertensão arterial. 
De acordo com a SBC
5
, devem ser prestadas as seguintes orientações aos pacientes, 
durante a utilização da MAPA: 
• Explicar detalhadamente como será o exame e recomendar a manutenção das 
atividades habituais durante o período em que ele estará sendo realizado; 
• Recomendar o seguimento da orientação médica quanto ao uso das medicações; 
• Orientar para que não sejam realizados exercícios físicos durante a execução do 
exame; 
• Vestir camisa de manga larga para não limitar o movimento dos braços; as mulheres 
devem evitar o uso de vestido; 
• Seguir a orientação do médico-assistente sobre a(s) medicação(ões) de uso crônico; 
• Evitar a execução de exercício físico nas 24 horas que precedem o exame em pacientes 
que não o pratiquem regularmente; 
• Tomar banho antes do exame, pois não será permitido fazê-lo durante o procedimento; 
• Informar que o monitor será fixado na cintura por meio de um cinto. 
Portanto, durante a realização da MAPA, o paciente monitorado não deve realizar 
exercícios físicos, mas pode fazer caminhadas do cotidiano. 
Já caiu em prova! 
De acordo com estudos relatados pela SBC; SBH; SBN (2010, p. 18), o chocolate 
amargo (com alto teor de cacau) pode promover discreta redução da PA, devido às altas 
concentrações de polifenóis. 
A cessação do tabagismo constitui medida fundamental e prioritária na prevenção 
primária e secundária das doenças cardiovasculares e de diversas outras doenças. Não há, 
entretanto, evidências de que, para o controle de PA, haja benefícios (SBC; SBH; SBN, 
2010, p. 20). 
Nos negros, a prevalência e a gravidade da hipertensão arterial são maiores, o que pode 
estar relacionado a fatores étnicos e/ou socioeconômicos. 
 
5
 SBC, 2011, p. 7, disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2011/diretriz_mapa_mrpa.pdf. 
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Na população negra, a prevalência e a gravidade da hipertensão são maiores, o que pode 
estar relacionado a fatores étnicos e/ou socioeconômicos. Em nosso País, predomina a 
população miscigenada, que pode diferir da população negra quanto às características da 
hipertensão
6
. Desta forma, para pacientes negros, desde que não haja contraindicações, o uso 
de diuréticos e bloqueadores de canais de cálcio é a opção mais racional
7
. 
 
De acordo com a SBC; SBH; SBN (2010, p. 5), alterações próprias do envelhecimento 
determinam aspectos diferenciais na PA dessa população como, maior frequência de “hiato 
auscultatório”, que consiste no desaparecimento dos sons durante a deflação do manguito, 
geralmente entre o final da fase I e o início da fase II dos sons de Korotkoff, resultando em 
valores falsamente baixos para a sistólica ou falsamente altos para a diastólica. A grande 
variação da pressão arterial nos idosos, ao longo das 24 horas, torna a MAPA útil. A “pseudo-
hipertensão”, que está associada ao processo aterosclerótico, pode ser detectada pela manobra 
de Osler, ou seja, quando a artéria radial permanece ainda palpável, após a insuflação do 
manguito pelo menos 30 mmHg acima do desaparecimento do pulso radial. 
O aparecimento de hipertensão arterial durante o uso de anticoncepcional oral impõe a 
interrupção imediata da medicação, o que, em geral, normaliza a pressão arterial em alguns 
meses. Deve-se, no entanto, providenciar a substituição por método contraceptivo eficaz. 
Todavia, em 2013, o Ministério da Saúde não fez as recomendações acima na 
atualização do Caderno de Atenção Básica nº 37. Relatou apenas que a substituição de 
anticoncepcionais hormonais orais por outros métodos contraceptivos promove a redução da 
pressão arterial em pacientes hipertensas
8
. 
A maioria dos indivíduos com hipertensão possui a elevação persistente da pressão 
arterial como resultado de uma desregulação do mecanismo de controle homeostático da 
pressão, o que a define como essencial. Já a HAS secundária possui causa definida, que é 
potencialmente tratável e/ou curável, acometendo menos de 3% dos hipertensos. A correta 
avaliação destes pacientes é fundamental, visto que pode determinar a interrupção dos anti-
hipertensivos
9
. 
 
6
 Brasil, 2006, p. 33, disponível em: http://goo.gl/8lMK8C 
7
 Brasil, 2010, p. 251, disponível em: http://goo.gl/Ld5DZ7. 
8
 Brasil, 2013, p. 57, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP. 
9
 Brasil, 2013, p. 47, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP & SBC; SBH; SBN, 2010, p. 47, disponível em: http://goo.gl/88YFD. 
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Por conseguinte, a hipertensão arterial secundária é aquela com causa bem definida 
como a endócrina (acromegalia, hipotireoidismo, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, 
hiperaldosteronismo primário, síndrome Cushing, hiperplasia adrenal, feocromocitoma, uso 
de hormônios exógenos). 
 
 
O escore de Framinghan mede o risco de uma pessoa apresentar angina, infarto do 
miocárdio ou morrer de doença cardíaca em 10 anos. O risco é considerado baixo quando o 
escore éinferior a 10%, intermediário quando está entre 10 e 20% e alto quando é superior a 
20%. 
No escore de Framinghan, são avaliados os fatores: idade, colesterol total e HDL, 
pressão arterial, diabetes e tabagismo. 
O escore de Framinghan é uma ferramenta útil e de fácil aplicação no cotidiano. Ele 
classifica os indivíduos por meio da pontuação nos seguintes graus de risco cardiovascular e 
auxilia na definição de condutas
10
: 
• Baixo Risco – quando existir menos de 10% de chance de um evento cardiovascular 
ocorrer em dez anos. O seguimento dos indivíduos com PA limítrofe poderá ser anual 
após orientá-los sobre estilo de vida saudável; 
• Risco Intermediário – quando existir 10% – 20% de chance de um evento 
cardiovascular ocorrer em dez anos. O seguimento dos indivíduos com PA limítrofe 
poderá ser semestral após orientações sobre estilo de vida saudável e, se disponível na 
UBS ou comunidade e se desejo da pessoa, encaminhamento para ações coletivas de 
educação em Saúde; 
• Alto Risco – quando existir mais de 20% de chance de um evento cardiovascular 
ocorrer em dez anos ou houver a presença de lesão de órgão-alvo, tais como IAM, 
AVC/AIT, hipertrofia ventricular esquerda, retinopatia e nefropatia. O seguimento 
 
10
 Brasil, 2013, p. 39-40, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP. 
HAS 
essencial 
sem causa definida, provocada pela desregulação do 
mecanismo de controle homeostático da pressão. 
secundária provocada por causa bem definida. 
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dos indivíduos com PA limítrofe de alto risco poderá ser trimestral após orientações 
sobre estilo de vida saudável e, se disponível na UBS ou comunidade e, se desejo da 
pessoa, encaminhamento para ações de educação em Saúde coletivas. 
Classificação do risco global, segundo escore de Framingham 
Categoria Evento cardiovascular maior (ECV) 
Baixo <10%/10 anos 
Moderado 10 a 20%/10 anos 
Alto > 20%/10 anos 
 
Na consulta de enfermagem para a estratificação de risco cardiovascular recomenda-se a 
utilização do escore de Framingham. A estratificação tem como objetivo estimar o risco de 
cada indivíduo sofrer uma doença arterial coronariana nos próximos dez anos. Essa estimativa 
se baseia na presença de múltiplos fatores de risco, como sexo, idade, níveis pressóricos, 
tabagismo, níveis de HDLc e LDLc. A partir da estratificação de risco, selecionam-se 
indivíduos com maior probabilidade de complicações, os quais se beneficiarão de 
intervenções mais intensas
11
. 
Após a identificação dos fatores de risco, se o usuário apresenta apenas um fator de 
risco baixo/intermediário, não há necessidade de calcular o escore, pois ele é considerado 
como baixo RCV. Se apresentar ao menos um fator de alto RCV, também não há 
necessidade de calcular o escore, pois esse paciente já é considerado como alto RCV. O 
cálculo será realizado quando o usuário apresentar mais de um fator de risco 
baixo/intermediário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
11
 Brasil, 2013, p. 38, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP. 
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Quadro – Fatores de risco para doença cardiovascular 
Baixo 
risco/Intermediário 
Alto risco 
Tabagismo 
Hipertensão 
Obesidade 
Sedentarismo 
Sexo masculino 
História familiar de evento 
cardiovascular prematuro 
(homens <55 anos e 
mulheres <65 anos) 
Idade >65 anos 
Acidente vascular cerebral (AVC) prévio 
Infarto agudo do miocárdio (IAM) prévio 
Lesão periférica – Lesão de órgão-alvo (LOA) 
Ataque isquêmico transitório (AIT) 
Hipertrofia de ventrículo esquerdo (HVE) 
Nefropatia 
Retinopatia 
Aneurisma de aorta abdominal 
Estenose de carótida sintomática 
Diabetes mellitus 
 
Vejamos agora as questões atualizadas sobre o tema: 
1. (CNEN/IDECAN/2014) A escolha do tamanho do manguito é um procedimento 
recomendado para aferição da pressão arterial (PA). Sabe-se que as dimensões do manguito 
para aferição da PA em um recém-nascido, cuja circunferência do braço é ≤ 10 cm, é de 4 cm 
de largura e 8 cm de comprimento. “O tamanho correto de um manguito para um adulto, cuja 
circunferência do braço varia de 27-34 cm, é _______ cm de largura e _______ cm de 
comprimento.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa 
anterior. 
a) 08 / 19 
b) 10 / 21 
c) 12 / 23 
d) 14 / 25 
e) 16 / 32 
COMENTÁRIOS: 
Vejamos na tabela abaixo as dimensões do manguito para aferição da PA: 
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Após análise da tabela, constatamos que o tamanho correto de um manguito para um 
adulto, cuja circunferência do braço varia de 27-34 cm, é 12 cm de largura e 23 cm de 
comprimento. Por conseguinte, o gabarito é a letra C. 
 
2. (FUMUSA/CAIPIMES/2014) Considerando a pressão arterial, leia as frases abaixo e a 
seguir e assinale a alternativa correta. 
I- Em indivíduo adulto, a pressão arterial é considerada normal quando está inferior a 140 x 
90mmHg. 
II- Os locais mais comuns para verificação da pressão arterial são: artéria braquial nos 
membros superiores e artéria poplítea nos membros inferiores. 
III- O manguito deve ser colocado sobre o braço nu, 2 a 2,5 cm acima da fossa antecubital. 
IV- O diafragma do estetoscópio deve ser colocado embaixo do manguito. 
a) As frases II e III estão corretas 
b) As frases II, III e IV estão corretas 
c) As frases I e III estão corretas 
d) As frases I, II e III estão corretas 
COMENTÁRIOS: 
Vejamos os itens errados. 
Item I. Devemos gravar a classificação da pressão arterial, pois as questões de prova 
exploram detalhes desta classificação. 
 
 
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Ora, em indivíduo adulto, a pressão arterial é considerada normal quando está 
inferior a 130 x 85 mmHg. Abaixo de 140 x 90 mmHg é limítrofe. 
Item IV. O diafragma do estetoscópio deve ser colocado na arteria braquial, na região 
da fossa antecubital, e não embaixo do manguito. 
Nesses termos, o gabarito é a letra A (itens II e III corretos). 
 
3. (Prefeitura de Ituporanga-SC/IOBV/2014) Sobre a classificação da elevação aguda da 
pressão arterial - PA, é considerado uma Emergência hipertensiva: 
a) É a situação caracterizada por PA marcadamente elevada com lesão de órgãos-alvo. 
Requer internação em unidades de cuidado intensivo e uso de medicações intravasculares. 
b) Tem como característica o aumento da PA que não representa risco imediato de vida e 
nem dano agudo a órgãos-alvo e o controle da PA poderá ser feito com a redução gradual em 
24h. 
c) É quando a elevação pressórica não está relacionada ao risco de morte e desenvolvimento 
de disfunção de órgão-alvo. 
d) É a situação caracterizada pelos elevados valores pressóricos da PA em um período 
superior a 10 dias, sem melhora com medicação oral. Não há necessidade de 
comprometimento de órgão-alvos uma vez que a PA eleve a valores superiores a 
150X120mmHg. 
COMENTÁRIOS: 
Vejamos abaixo os conceitos de urgência e emergência hipertensiva, conforme 
disposições das VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão da SBC (2010): 
- Urgências hipertensivas - a elevação crítica da pressão arterial, em geral pressão 
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arterial diastólica ≥ 120mmHg, porém com estabilidade clínica, sem comprometimento 
de órgãos-alvo. 
A pressão arterial, nesses casos, deverá ser tratada com medicamentos por via oral 
buscando-se redução da pressão arterial em até 24 horas 
- Emergências hipertensivas- são condições em que há elevação crítica da pressão 
arterial com quadro clínico grave, progressiva lesão de órgãos-alvo e risco de morte, 
exigindo imediata redução da pressão arterial com agentes aplicados por via parenteral. 
Há elevação abrupta da pressão arterial ocasionando, em território cerebral, perda da 
autorregulação do fluxo sanguíneo e evidências de lesão vascular, com quadro clínico de 
encefalopatia hipertensiva, lesões hemorrágicas dos vasos da retina e papiledema. 
O gabarito é a letra A, pois a emergência hipertensiva é caracterizada por PA 
marcadamente elevada com lesão de órgãos-alvo. Requer internação em unidade de cuidado 
intensivo e uso de medicações intravasculares. 
As alternativas B e C descrevem características da urgência hipertensiva. 
 
4. (HU-UFS/EBSERH/IAOCP/2014) Sobre a Hipertensão arterial, assinale a 
alternativa correta. 
a) Nos negros, a prevalência e a gravidade da hipertensão são maiores, o que pode estar 
relacionado a fatores étnicos e/ou socioeconômicos. 
b) O uso de antiagregantes plaquetários é contraindicado para pacientes que apresentem 
hipertensão e doença cardiovascular manifesta. 
c) O tratamento não-farmacológico é uma medida ineficaz para controle da hipertensão 
arterial, sendo, portanto, pouco recomendado. 
d) Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial diastólica maior ou igual a 130 
mmHg e uma pressão arterial sistólica maior ou igual a 90 mmHg. 
e) Recomenda-se que a medida da pressão arterial em gestante seja feita na posição supina. A 
determinação da pressão diastólica deve ser realizada na fase IV de Korotkoff. 
COMENTÁRIOS: 
Vejamos os itens incorretos: 
Item B. O uso de antiagregantes plaquetários é indicado para pacientes que 
apresentem hipertensão e doença Cardiovascular manisfesta, pois reduze o risco 
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cardiovascular. 
Item C. O tratamento não-farmacológico é uma medida eficaz para controle da 
hipertensão arterial, sendo recomendado quando não há contraindicação em decorrência de 
agravamento da doença. 
Item D. Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial diastólica maior ou igual 
a 140 mmHg e uma pressão arterial diastólica maior ou igual a 90 mmHg. 
Item E. Não se recomenda que a medida da pressão arterial em gestante seja feita na 
posição supina, para não ocasionar a compressão da veia cava. Ademais, a determinação da 
pressão diastólica deve ser realizada na fase V de Korotkoff. 
Nessa tela, o gabarito da questão é o item A. 
 
5. (Prefeitura de Heliodora-MG/IDECAN/2014) Sobre a hipertensão, assinale a afirmativa 
correta. 
a) A hipertensão do avental branco é considerada como hipertensão secundária. 
b) Considera-se hipertensão o valor sustentado de pressão arterial sistólica de ≥ 120 mmHg. 
c) A normotensão verdadeira é considerada quando os valores da PA são de ≤ 130 x 85 
mmHg, monitorados através do MAPA. 
d) O efeito do avental branco é a diferença da pressão obtida após o diagnóstico de uma 
doença e a pressão antes do diagnóstico. 
e) A hipertensão mascarada é caracterizada quando os valores de PA são normais no 
consultório, porém elevados nas situações de estresses. 
COMENTÁRIOS: 
Faremos abaixo a análise de cada alternativa: 
Itens A e D. A maioria dos indivíduos com hipertensão possui a elevação persistente 
da pressão arterial como resultado de uma desregulação do mecanismo de controle 
homeostático da pressão, o que a define como essencial. Já a HAS secundária possui causa 
definida, que é potencialmente tratável e/ou curável, acometendo menos de 3% dos 
hipertensos. A correta avaliação destes pacientes é fundamental, visto que pode determinar a 
interrupção dos anti-hipertensivos. As causas mais comuns de HAS secundária estão 
vinculadas aos rins (parenquimatosa, arterial ou obstrutiva). 
As causas de HAS secundária podem ser divididas em categorias: 
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• Causas renais: rim policístico, doenças parenquimatosas. 
• Causas renovasculares: coarctação da aorta, estenose da artéria renal. 
• Causas endócrinas: feocromocitoma, hiperaldosteronismo primário, síndrome de 
Cushing, hipertireoidismo, hipotireoidismo, acromegalia. 
• Causas exógenas: drogas, álcool, tabagismo (especialmente em grandes quantidades), 
cafeína, intoxicação química por metais pesados. 
O efeito do avental branco (EAB) é a diferença de pressão obtida entre a medida 
conseguida no consultório e fora dele, desde que essa diferença seja igual ou superior a 20 
mmHg na pressão sistólica e/ou de 10 mmHg na pressão diastólica. 
Item B. Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial sistólica ≥ 140 mmHg e 
uma pressão arterial diastólica ≥ 90 mmHg.. 
Item C. A normotensão verdadeira é considerada quando os valores da PA são de ≤ 
130 x 85 mmHg, monitorados através do MAPA. 
A pessoa com PA ótima, menor que 120/80mmHg deverá verificar novamente a PA 
em até dois anos. As pessoas que apresentarem PA entre 130/85mmHg são consideradas 
normotensas e deverão realizar a aferição anualmente. Excetuam-se pacientes portadores 
de diabetes mellitus, quando a PA deverá ser verificada em todas as consultas de rotina. 
Item E. Hipertensão mascarada é definida como a situação clínica caracterizada por 
valores normais de PA no consultório (< 140/90 mmHg), porém com PA elevada pela 
MAPA durante o período de vigília ou na MRPA. 
Portanto, a hipertensão mascarada é caracterizada quando os valores de PA são normais no 
consultório, porém elevados em situações normais fora do consultório. 
Por fim, vejamos os valores abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
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Na suspeita de Hipertensão do Avental Branco (HAB) ou Hipertensão Mascarada 
(HM), sugerida pelas medidas da Ampa, recomenda-se a realização de Monitorização 
Ambulatorial da Pressão Arterial (Mapa) ou Monitorização Residencial de Pressão Arterial 
(MRPA), para confirmar ou excluir o diagnóstico 
A partir do exposto, constatamos que o gabarito é a letra C. 
 
6. (Prefeitura de São Sebastião da Grama-SP/ IPEFAE/2014) Considerando a 
Hipertensão Arterial Sistêmica em populações especiais, assinale a alternativa incorreta: 
a) Em alguns pacientes muito idosos é difícil reduzir a pressão abaixo de 140 mmHg, mesmo 
com boa adesão e múltiplos agentes. Nestes casos, afastada causas secundárias, podem-se 
aceitar reduções menos acentuadas de pressão arterial sistólica (por exemplo 160 mmHg). 
b) É obrigatória a medida anual da pressão arterial a partir dos cinco anos de idade. 
c) O aparecimento de hipertensão arterial durante o uso de anticoncepcional oral impõe a 
interrupção imediata da medicação, o que, em geral, normaliza a pressão arterial em alguns 
meses. 
d) Em razão de uma possível disautonomia, a pressão arterial em diabéticos deve ser medida 
nas posições deitada, sentada e em pé. 
COMENTÁRIOS: 
De acordo com Brasil (2013), a medida da PA em crianças é recomendada em toda 
avaliação clínica após os 3 anos de idade, pelo menos anualmente, como parte do seu 
atendimento pediátrico primário, devendo respeitar as padronizações estabelecidas para os 
adultos. Assim, o gabarito é a letra B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. (Prefeitura de Itacarambi-MG/UNIMONTES-COTEC/2014) A Hipertensão Arterial 
Sistêmica (HAS) é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. 
Sua prevalência no Brasil varia entre 22% e 44% para adultos (32% em média), chegando a 
mais de 50% para indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em indivíduos com mais de 70 anos 
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010). Com relação ao rastreamento e 
aodiagnóstico da HAS, nas Unidades Básicas de Saúde, marque a alternativa CORRETA. 
a) A primeira verificação deve ser realizada em ambos os braços. Caso haja diferença entre 
os valores, deve ser considerada a medida de menor valor 
b) O indivíduo deverá ser investigado para doenças arteriais se apresentar diferenças de 
pressão entre os membros superiores maiores de 18/09 mmHg para as pressões 
sistólica/diastólica, respectivamente 
c) De acordo com a média dos dois valores pressóricos obtidos, a PA deverá ser novamente 
verificada a cada ano, se a PA for menor que 120/80 mmHg 
d) Todo adulto com 18 anos ou mais de idade, quando for à Unidade Básica de Saúde (UBS) 
para consulta, atividades educativas, procedimentos, entre outros, e não tiver registro no 
prontuário de ao menos uma verificação da PA nos últimos dois anos, deverá ser verificada e 
registrada 
COMENTÁRIOS: 
Vamos corrigir os itens errados em relação ao rastreamento da HAS: 
a) A primeira verificação deve ser realizada em ambos os braços. Caso haja diferença entre 
os valores, deve ser considerada a medida de maior valor. O braço com o maior valor 
aferido deve ser utilizado como referência nas próximas medidas. Com intervalo de um 
minuto, no mínimo, uma segunda medida dever ser realizada. 
b) O indivíduo deverá ser investigado para doenças arteriais se apresentar diferenças de 
pressão entre os membros superiores maiores de 20/10 mmHg para as pressões 
sistólica/diastólica, respectivamente. 
c) De acordo com a média dos dois valores pressóricos obtidos, a PA deverá ser novamente 
verificada: 
– a cada dois anos, se PA menor que 120/80 mmHg; 
– a cada ano, se PA entre 120 – 139/80 – 89 mmHg nas pessoas sem outros fatores de risco 
para doença cardiovascular (DCV). 
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra D. 
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8. (HU-UFS/EBSERH/Instituto AOCP/2014) No Acidente Vascular Encefálico, em 
pacientes com hemorragia intracerebral, deve-se evitar que a Pressão Arterial sistólica 
ultrapasse 180 mmHg e que a Pressão Arterial diastólica supere 105 mmHg, sendo mais 
recomendando, nas situações em que tais parâmetros pressóricos forem ultrapassados, a 
utilização intravenosa de 
a) metoprolol. 
b) nifedipina. 
c) furosemida. 
d) ticlopidina. 
e) espironolactona. 
COMENTÁRIOS: 
Em casos de HAS grave (PA sistólica > 220 mmHg ou PA diastólica > 120 mmHg ou 
PA média > 130 mmHg, sendo esta calculada somando-se a PA sistólica ao dobro da PA 
diastólica e dividindo-se por três), a sua redução deve ser feita de maneira bastante cautelosa, 
visto que pode ocorrer piora do quadro neurológico em consequência de resposta hipotensora 
excessiva. Beta-bloqueadores por via intravenosa (metoprolol) e nitroprussiato de sódio em 
infusão contínua são as drogas de eleição. 
Drogas que possam causar queda brusca e imprevisível da pressão arterial, tais como os 
bloqueadores de canais de cálcio por via sublingual (nifedipina) e os diuréticos de alça 
(furosemida, espironolactona) devem ser evitadas. 
Fonte: Tratamento da Fase Aguda do Acidente Vascular Cerebral. 
 O gabarito da questão, portanto, é a letra A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. (Prefeitura de Carandaí-MG/REIS & REIS/2014) Emergência 
hipertensiva corresponde ao aumento abrupto da pressão arterial (PA) com lesão de órgãos-
alvo com risco à vida. Devem ser tratadas imediatamente com drogas de ação rápida, 
administradas por via endovenosa, com monitorização rígida, objetivando redução imediata 
da PA. São consideradas situações que caracterizam emergências hipertensivas: 
a) Edema Agudo de Pulmão, Infarto Agudo do Miocárdio e Encefalopatia Hipertensiva 
b) Edema Agudo de Pulmão 
c) Encefalopatia Hipertensiva, Transplante Renal e Anticoagulação 
d) Abuso de cocaína, Rebote por suspensão de anti-hipertensivos e Anticoagulação 
COMENTÁRIOS: 
De acordo com o Caderno de Atenção Básica nº 15 de 2006 [Hipertensão Arterial 
Sistêmica], a Encefalopatia hipertensiva e Aneurisma dissecante de aorta são classificadas 
como Emergências Hipertensivas, enquanto que a Angina instável e a Pré-eclâmpsia são 
classificadas como Urgências Hipertensivas. 
Segundo o Caderno de Atenção Básica nº 37 de 2013 [Hipertensão Arterial Sistêmica], 
na emergência hipertensiva, há elevação abrupta da pressão arterial ocasionando, em 
território cerebral, perda da autorregulação do fluxo sanguíneo e evidências de lesão 
vascular, com quadro clínico de encefalopatiahipertensiva, lesões hemorrágicas dos vasos 
da retina e papiledema. Habitualmente, apresentam-se com pressão arterial muito elevada 
em pacientes com hipertensão crônica ou menos elevada em pacientes com doença aguda, 
como em eclâmpsia, glomerulonefrite aguda, e em uso de drogas ilícitas, como cocaína. 
Podem estar associadas à acidente vascular encefálico, ao edema agudo dos pulmões, às 
síndromes isquêmicas miocárdicas agudas e à dissecção aguda da aorta. 
De acordo com o Manual de Pré-natal do Ministério da Saúde, a pré-eclâmpsia pode 
ser classificada como urgência e emergência hipertensiva. 
 “Será Urgência quando: a pressão arterial diastólica for maior ou igual a 110mmHg COM 
AUSÊNCIA DE SINTOMATOLOGIA CLÍNICA: o não comprometimento de órgãos-alvo 
permite o controle pressórico em até 24h, se o quadro não se agravar. 
Será Emergência quando: a pressão arterial diastólica for maior ou igual a 110mmHg COM 
PRESENÇA DE SINTOMATOLOGIA CLÍNICA: o controle pressórico deve ser rápido, em 
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até uma ou duas horas. A impossibilidade de previsão na evolução do quadro impõe, como 
medida ideal, o encaminhamento e a internação da paciente para acompanhamento 
hospitalar”. 
De acordo com José F.V. Martin; Afonso A.C. Loureiro; José P. Cipullo, NO ARTIGO 
CIENTÍFICO “Crise hipertensiva: atualização clínico-terapêutica” e Almeida F.A, NO 
ARTIGO CIETÍFICO “Emergências hipertensivas: bases fisiopatológicas para o tratamento”, 
a Encefalopatia Hipertensiva, Discecação Aguda de Aorta e ANGINA INSTÁVEL são 
classificadas como Emergências Hipertensivas e Pré-eclâmpsia é classificada 
como Urgência Hipertensiva. 
Conforme Gilson Soares Feitosa-Filho, Renato Delascio Lopes, Nilson Tavares Poppi, 
Helio Penna Guimaraes, NO ARTIGO CIENTÍFICO “Emergências hipertensivas”, a 
Encefalopatia Hipertensiva, Discecação Aguda de Aorta e ANGINA INSTÁVEL são 
classificadas como Emergências Hipertensivas. 
A classificação apresentada é divergente na literatura especializada, pois deve ser 
levado em consideração a intensidade das alterações e outros aspectos do paciente. O 
gabarito da questão é a letra A, sendo a mais completa. Todavia, a questão deveria ter sito 
anulada, já que outras alternativas também descrevem situações que se caracterizam como 
emergência hipertensiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10. (HU-UFSM/EBSERH/Instituto AOCP/2014) A intensidade das intervenções 
preventivas das doenças cardiovasculares deve ser determinada pelo grau de risco 
cardiovascular estimado para cada indivíduo. Em termos práticos, costuma-se classificar os 
indivíduos em três níveis de risco: baixo, moderado e alto. Qual das alternativas a seguir 
apresenta um indicador de alto risco para doença cardiovascular? 
a) Angina de peito. 
b) Diagnóstico prévio de diabetes mellitus. 
c) História familiar de infarto agudo do miocárdio. 
d) Idade > 55 anos para mulheres. 
e) Idade > 45 anos para homens. 
COMENTÁRIOS 
Vejamos cada uma das alternativas: 
Itens A e B. Angina de peito (doença cardíaca que representalesão de órgão alvo) e 
diagnóstico prévio de diabetes mellitus são fatores de alto risco cardiovascular, conforme 
explicamos nesta aula. 
Itens C e D. História familiar de infarto agudo do miocárdio e idade > 65 anos para 
ambos os sexos são fatores de baixo risco cardiovascular. 
A partir do exposto, verificamos que as alternativa A e B estão corretas, por isso a 
questão foi anulada. 
 
11. (Prefeitura de Camaçari-BA/AOCP/2010) Em relação ao controle da Pressão Arterial 
(PA) de gestantes, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A medida da Pressão Arterial é uma das intervenções mais importantes a serem realizadas 
durante o pré-natal. A hipertensão induzida pela gestação refere-se ao aparecimento da 
hipertensão em consequência da gestação. 
b) Durante a técnica de aferição da pressão arterial o profissional deve certificar-se de que a 
gestante não está com a bexiga cheia; não praticou exercícios físicos; não ingeriu bebidas 
alcoólicas, café, alimentos ou fumou até 30 minutos antes da medida. 
c) O acompanhamento da PA deve ser avaliado em conjunto com o ganho súbito de peso 
e/ou presença de edema, principalmente a partir de 24ª semana. Mulheres com ganho de peso 
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superior a 500g por semana, mesmo sem aumento da pressão arterial, devem ter seus 
retornos antecipados, considerando maior risco de pré-eclâmpsia. 
d) A pressão arterial também poderá ser medida com a mulher em decúbito lateral esquerdo, 
no braço direito e também pode ser aferida com a gestante em posição supina. Estas posições 
são as mais adequadas para mensuração dos níveis pressóricos a partir da 27° semana de 
gestação. 
e) A hipertensão arterial na gestação pode ser conceituada como aumento de 30mmHg ou 
mais na pressão sistólica (máxima) e/ou de 15mmHg ou mais na pressão diastólica (mínima), 
em relação aos níveis tensionais pré-gestacionais e/ou conhecidos até a 16ª semana de 
gestação. Este é um conceito que foi muito utilizado no passado e ainda é utilizado por 
alguns, entretanto, apresenta alto índice de falso positivo. 
COMENTÁRIOS: 
Segundo o Ministério da Saúde, em gestantes recomenda-se que a medida da pressão 
arterial seja feita na posição sentada ou deitada em decúbito lateral esquerdo, e não supina 
(provoca compressão da veia cava inferior). A determinação da pressão diastólica deve ser 
realizada na fase V de Korotkoff. Logo, podemos concluir que a alternativa incorreta é a letra 
D. 
 
 
 
 
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Até nossa próxima aula! 
A disciplina é indispensável para alcançar o resultado almejado. 
 
Profº. Rômulo Passos 
 
 
 
 
 
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Lista de Questões 
 
1. (CNEN/IDECAN/2014) A escolha do tamanho do manguito é um procedimento 
recomendado para aferição da pressão arterial (PA). Sabe-se que as dimensões do manguito 
para aferição da PA em um recém-nascido, cuja circunferência do braço é ≤ 10 cm, é de 4 cm 
de largura e 8 cm de comprimento. “O tamanho correto de um manguito para um adulto, cuja 
circunferência do braço varia de 27-34 cm, é _______ cm de largura e _______ cm de 
comprimento.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa 
anterior. 
a) 08 / 19 
b) 10 / 21 
c) 12 / 23 
d) 14 / 25 
e) 16 / 32 
 
2. (FUMUSA/CAIPIMES/2014) Considerando a pressão arterial, leia as frases abaixo e a 
seguir e assinale a alternativa correta. 
I- Em indivíduo adulto, a pressão arterial é considerada normal quando está inferior a 140 x 
90mmHg. 
II- Os locais mais comuns para verificação da pressão arterial são: artéria braquial nos 
membros superiores e artéria poplítea nos membros inferiores. 
III- O manguito deve ser colocado sobre o braço nu, 2 a 2,5 cm acima da fossa antecubital. 
IV- O diafragma do estetoscópio deve ser colocado embaixo do manguito. 
a) As frases II e III estão corretas 
b) As frases II, III e IV estão corretas 
c) As frases I e III estão corretas 
d) As frases I, II e III estão corretas 
 
 
 
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3. (Prefeitura de Ituporanga-SC/IOBV/2014) Sobre a classificação da elevação aguda da 
pressão arterial - PA, é considerado uma Emergência hipertensiva: 
a) É a situação caracterizada por PA marcadamente elevada com lesão de órgãos-alvo. Requer 
internação em unidades de cuidado intensivo e uso de medicações intravasculares. 
b) Tem como característica o aumento da PA que não representa risco imediato de vida e nem 
dano agudo a órgãos-alvo e o controle da PA poderá ser feito com a redução gradual em 24h. 
c) É quando a elevação pressórica não está relacionada ao risco de morte e desenvolvimento 
de disfunção de órgão-alvo. 
d) É a situação caracterizada pelos elevados valores pressóricos da PA em um período 
superior a 10 dias, sem melhora com medicação oral. Não há necessidade de 
comprometimento de órgão-alvos uma vez que a PA eleve a valores superiores a 
150X120mmHg. 
 
4. (HU-UFS/EBSERH/IAOCP/2014) Sobre a Hipertensão arterial, assinale a 
alternativa correta. 
a) Nos negros, a prevalência e a gravidade da hipertensão são maiores, o que pode estar 
relacionado a fatores étnicos e/ou socioeconômicos. 
b) O uso de antiagregantes plaquetários é contraindicado para pacientes que apresentem 
hipertensão e doença cardiovascular manifesta. 
c) O tratamento não-farmacológico é uma medida ineficaz para controle da hipertensão 
arterial, sendo, portanto, pouco recomendado. 
d) Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial diastólica maior ou igual a 130 
mmHg e uma pressão arterial sistólica maior ou igual a 90 mmHg. 
e) Recomenda-se que a medida da pressão arterial em gestante seja feita na posição supina. A 
determinação da pressão diastólica deve ser realizada na fase IV de Korotkoff. 
 
 
 
 
 
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5. (Prefeitura de Heliodora-MG/IDECAN/2014) Sobre a hipertensão, assinale a afirmativa 
correta. 
a) A hipertensão do avental branco é considerada como hipertensão secundária. 
b) Considera-se hipertensão o valor sustentado de pressão arterial sistólica de ≥ 120 mmHg. 
c) A normotensão verdadeira é considerada quando os valores da PA são de ≤ 130 x 85 
mmHg, monitorados através do MAPA. 
d) O efeito do avental branco é a diferença da pressão obtida após o diagnóstico de uma 
doença e a pressão antes do diagnóstico. 
e) A hipertensão mascarada é caracterizada quando os valores de PA são normais no 
consultório, porém elevados nas situações de estresses. 
 
6. (Prefeitura de São Sebastião da Grama-SP/IPEFAE/2014) Considerando a Hipertensão 
Arterial Sistêmica em populações especiais, assinale a alternativa incorreta: 
a) Em alguns pacientes muito idosos é difícil reduzir a pressão abaixo de 140 mmHg, mesmo 
com boa adesão e múltiplos agentes. Nestes casos, afastada causas secundárias, podem-se 
aceitar reduções menos acentuadas de pressão arterial sistólica (por exemplo 160 mmHg). 
b) É obrigatória a medida anual da pressão arterial a partir dos cinco anos de idade. 
c) O aparecimento de hipertensão arterial durante o uso de anticoncepcional oral impõe a 
interrupção imediata da medicação, o que, em geral, normaliza a pressão arterial em alguns 
meses. 
d) Em razão de uma possível disautonomia, a pressão arterial em diabéticos deve ser medida 
nas posições deitada, sentada e em pé. 
 
7. (Prefeitura de Itacarambi-MG/UNIMONTES-COTEC/2014) A Hipertensão Arterial 
Sistêmica (HAS) é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. 
Sua prevalência no Brasil varia entre 22% e 44% para adultos (32% em média), chegando a 
mais de 50% para indivíduos com 60a 69 anos e 75% em indivíduos com mais de 70 anos 
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010). Com relação ao rastreamento e 
ao diagnóstico da HAS, nas Unidades Básicas de Saúde, marque a alternativa CORRETA. 
a) A primeira verificação deve ser realizada em ambos os braços. Caso haja diferença entre os 
valores, deve ser considerada a medida de menor valor 
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b) O indivíduo deverá ser investigado para doenças arteriais se apresentar diferenças de 
pressão entre os membros superiores maiores de 18/09 mmHg para as pressões 
sistólica/diastólica, respectivamente 
c) De acordo com a média dos dois valores pressóricos obtidos, a PA deverá ser novamente 
verificada a cada ano, se a PA for menor que 120/80 mmHg 
d) Todo adulto com 18 anos ou mais de idade, quando for à Unidade Básica de Saúde (UBS) 
para consulta, atividades educativas, procedimentos, entre outros, e não tiver registro no 
prontuário de ao menos uma verificação da PA nos últimos dois anos, deverá ser verificada e 
registrada 
 
8. (HU-UFS/EBSERH/Instituto AOCP/2014) No Acidente Vascular Encefálico, em 
pacientes com hemorragia intracerebral, deve-se evitar que a Pressão Arterial sistólica 
ultrapasse 180 mmHg e que a Pressão Arterial diastólica supere 105 mmHg, sendo mais 
recomendando, nas situações em que tais parâmetros pressóricos forem ultrapassados, a 
utilização intravenosa de 
a) metoprolol. 
b) nifedipina. 
c) furosemida. 
d) ticlopidina. 
e) espironolactona. 
 
9. (Prefeitura de Carandaí-MG/REIS & REIS/2014) Emergência hipertensiva corresponde 
ao aumento abrupto da pressão arterial (PA) com lesão de órgãos-alvo com risco à vida. 
Devem ser tratadas imediatamente com drogas de ação rápida, administradas por 
via endovenosa, com monitorização rígida, objetivando redução imediata da PA. São 
consideradas situações que caracterizam emergências hipertensivas: 
a) Edema Agudo de Pulmão, Infarto Agudo do Miocárdio e Encefalopatia Hipertensiva 
b) Edema Agudo de Pulmão 
c) Encefalopatia Hipertensiva, Transplante Renal e Anticoagulação 
d) Abuso de cocaína, Rebote por suspensão de anti-hipertensivos e Anticoagulação 
 
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10. (HU-UFSM/EBSERH/Instituto AOCP/2014) A intensidade das intervenções 
preventivas das doenças cardiovasculares deve ser determinada pelo grau de risco 
cardiovascular estimado para cada indivíduo. Em termos práticos, costuma-se classificar os 
indivíduos em três níveis de risco: baixo, moderado e alto. Qual das alternativas a seguir 
apresenta um indicador de alto risco para doença cardiovascular? 
a) Angina de peito. 
b) Diagnóstico prévio de diabetes mellitus. 
c) História familiar de infarto agudo do miocárdio. 
d) Idade > 55 anos para mulheres. 
e) Idade > 45 anos para homens. 
 
11. (Prefeitura de Camaçari-BA/AOCP/2010) Em relação ao controle da Pressão Arterial 
(PA) de gestantes, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A medida da Pressão Arterial é uma das intervenções mais importantes a serem realizadas 
durante o pré-natal. A hipertensão induzida pela gestação refere-se ao aparecimento da 
hipertensão em consequência da gestação. 
b) Durante a técnica de aferição da pressão arterial o profissional deve certificar-se de que a 
gestante não está com a bexiga cheia; não praticou exercícios físicos; não ingeriu bebidas 
alcoólicas, café, alimentos ou fumou até 30 minutos antes da medida. 
c) O acompanhamento da PA deve ser avaliado em conjunto com o ganho súbito de peso e/ou 
presença de edema, principalmente a partir de 24ª semana. Mulheres com ganho de peso 
superior a 500g por semana, mesmo sem aumento da pressão arterial, devem ter seus retornos 
antecipados, considerando maior risco de pré-eclâmpsia. 
d) A pressão arterial também poderá ser medida com a mulher em decúbito lateral esquerdo, 
no braço direito e também pode ser aferida com a gestante em posição supina. Estas posições 
são as mais adequadas para mensuração dos níveis pressóricos a partir da 27° semana de 
gestação. 
e) A hipertensão arterial na gestação pode ser conceituada como aumento de 30mmHg ou 
mais na pressão sistólica (máxima) e/ou de 15mmHg ou mais na pressão diastólica (mínima), 
em relação aos níveis tensionais pré-gestacionais e/ou conhecidos até a 16ª semana de 
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gestação. Este é um conceito que foi muito utilizado no passado e ainda é utilizado por 
alguns, entretanto, apresenta alto índice de falso positivo. 
 
Gabarito 
1. C 
2. A 
3. A 
4. A 
5. C 
6. B 
7. D 
8. A 
9. A 
10. NULA 
11. D 
 
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