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NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
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NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
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Equipe Professor Rômulo Passos | 2015 
 
CURSO COMPLETO DE ENFERMAGEM P/ 
CONCURSO - 2015 
AULA Nº 23 – HANSENÍASE, TUBERCULOSE E 
DENGUE 
 
sandra luiza - 565.067.591-00
 NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
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NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
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Amigo (a)! 
 
 Com muita disciplina e determinação chegamos a mais uma aula do nosso curso. 
 Nessa aula, iremos abordar os conteúdos referentes ao tema Hanseníase, 
Tuberculose e Dengue. 
Primeiramente, faremos uma abordagem teórica do tema proposto e, em seguida 
as questões cobradas em concursos anteriores com os comentários. 
As questões utilizadas nessa aula foram colocadas ao final do arquivo, de modo 
que vocês possam, se preferir, tentar resolvê-las antes de ler os comentários a elas 
referentes. 
 
Boa aula! 
 
Profº. Rômulo Passos 
Profª. Raiane Bezerra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Hanseníase 
 
A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, de grande importância para a 
saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante, atingindo 
principalmente a faixa etária economicamente ativa. 
Acomete principalmente a pele e os nervos periféricos, mas também manifesta-
se como uma doença sistêmica comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios 
e outros órgãos. 
O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado à 
capacidade de penetração do Mycobacterium leprae na célula nervosa e seu poder 
imunogênico. 
O M. leprae é um bacilo álcool-ácido resistente e gram-positivo, em forma de 
bastonete. É um parasita intracelular, sendo a única espécie de micobactéria que infecta 
nervos periféricos, especificamente as células de Schwann. Este bacilo não cresce em 
meios de cultura artificiais, ou seja, não é cultivável in vitro. 
O homem é considerado a única fonte de infecção da hanseníase. A transmissão 
se dá por meio de uma pessoa doente (forma infectante da doença - MB), sem 
tratamento, que elimina o bacilo para o meio exterior infectando outras pessoas 
suscetíveis. 
A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais provável via de 
entrada deste no organismo são as vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe), 
através de contato íntimo e prolongado, muito frequente na convivência domiciliar. Por 
isso, o domicílio é apontado como importante espaço de transmissão da doença. A 
hanseníase não é de transmissão hereditária (congênita) e também não há evidências de 
transmissão nas relações sexuais. 
Devido ao padrão de multiplicação do bacilo, a doença progride lentamente. 
Entre o contato com a pessoa doente e o aparecimento dos primeiros sinais (período de 
incubação) pode levar em média 2 a 5 anos. 
Os principais sinais e sintomas da doença são: 
• Manchas esbranquiçadas (hipocrômicas), acastanhadas ou avermelhadas, com 
alterações de sensibilidade (a pessoa sente formigamentos, choques e câimbras que 
evoluem para dormência – se queima ou machuca sem perceber); 
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• Pápulas, infiltrações, tubérculos e nódulos, normalmente sem sintomas; 
• Diminuição ou queda de pelos, localizada ou difusa, especialmente 
sobrancelhas; 
• Falta ou ausência de sudorese no local - pele seca. 
As lesões da hanseníase geralmente iniciam com hiperestesia - sensação de 
queimação, formigamento e/ou coceira - no local, que evoluem para ausência de 
sensibilidade e, a partir daí, não coçam e o paciente refere dormência - diminuição ou 
perda de sensibilidade ao calor, a dor e/ou ao tato - em qualquer parte do corpo. 
Outros sintomas e sinais que têm sido também observados: 
• Dor e/ou espessamento de nervos periféricos; 
• Diminuição e/ou perda de sensibilidade nas áreas dos nervos afetados, 
principalmente nos olhos, mãos e pés; 
• Diminuição e/ou perda de força nos músculos inervados por estes nervos, 
principalmente nos membros superiores e inferiores e por vezes, pálpebras; 
• Edema de mãos e pés; 
• Febre e artralgia; 
• Entupimento, feridas e ressecamento do nariz; 
• Nódulos eritematosos dolorosos; 
• Mal estar geral; 
• Ressecamento dos olhos. 
Vamos estudar no quadro abaixo as 4 formas de manifestação clínica da 
hanseníase, conforme o Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Classificação das Formas Clínicas da Hanseníase 
Formas 
clínicas 
Características Baciloscópicas Classificação 
operacional 
vigente para a 
rede pública 
Indeterminada 
(HI) 
Áreas de hipo ou anestesia, 
parestesias, manchas hipocrômicas 
e/ou eritemohipocrômicas, com ou 
sem diminuição da sudorese e 
rarefação de pelos. Negativa 
 
 Paucibacilar (PB) 
Tuberculóide 
(HT) 
Placas eritematosas, eritemato-
hipocrômicas, até 5 lesões de pele 
bem delimitadas, hipo ou anestésicas, 
podendo ocorrer comprometimento 
de nervos. 
Negativa 
Dimorfa 
(HD) 
Lesões pré-foveolares (eritematosas 
planas com o centro claro). Lesões 
foveolares (eritematopigmentares de 
tonalidade ferruginosa ou 
pardacenta), apresentando alterações 
de sensibilidade. 
Positiva 
(bacilos e 
globias ou com 
raros bacilos) 
ou negativa. 
Multibacilar 
(MB) mais de 5 
lesões 
 
 
Virchowiana 
(HV) 
Eritema e infiltração 
 difusos, placas 
eritematosas de pele, infiltradas e de 
bordas mal definidas, tubérculos e 
nódulos, madarose, lesões das 
mucosas, com alteração de 
sensibilidade. 
Positiva 
(bacilos 
abundantes e 
globias). 
 
Os principais troncos nervosos periféricos acometidos na hanseníase são: 
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• Face – Trigêmeo e Facial: podem causar alterações na face, nos olhos e 
no nariz. 
• Braços – Radial, Ulnar e Mediano: podem causar alterações nos braços 
e nas mãos. 
• Pernas – Fibular e Tibial: podem causar alterações nas pernas e nos pés. 
 
O diagnóstico de caso de hanseníase na Atenção Básica de Saúde é 
essencialmente clínico por meio do exame dermatoneurológico para identificar lesões 
ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos 
periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico). Os casos com suspeita de 
comprometimento neural sem lesão cutânea (suspeita de hanseníase neural pura) e 
aqueles que apresentam área(s) com alteração sensitiva e/ou autonômica sem lesão 
cutânea evidente deverão ser encaminhados para unidades de saúde de maior 
complexidade para confirmação diagnóstica. 
A avaliação neurológica deverá ser realizada: 
• No inicio do tratamento; 
• Mensalmente, quando possível, ou no mínimo de seis em seis meses; 
• Com maior frequência durante neurites e reações, ou quando houver 
suspeitadestas, durante ou após o tratamento; 
• Na apresentação de queixas; 
• No ato da alta; 
A avaliação neurológica inclui: 
• História; 
• Ocupação e atividades diárias; 
• Queixas do paciente; 
• Inspeção; 
• Palpação dos nervos; 
• Teste de força muscular; 
• Teste de sensibilidade. 
 
Vamos ver quais são os graus de incapacidade da hanseníase: 
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GRAU 
CARACTERÍSTICAS 
0 Nenhum problema com os olhos, mãos e pés devido à hanseníase. 
1 Diminuição ou perda da sensibilidade nos olhos. 
Diminuição ou perda da sensibilidade nas mãos e/ou pés. (não sente 2g ou toque 
da caneta) 
2 Olhos: lagoftalmo e/ou ectrópio; triquíase; opacidade corneana central; acuidade 
visual menor que 0,1 ou não conta dedos a 6m. 
Mãos: lesões tróficas e/ou lesões traumáticas; garras; reabsorção; mão caída. Pés: 
lesões tróficas e/ou traumáticas; garras; reabsorção; pé caído; contratura do 
tornozelo. 
 
Visando o tratamento com o esquema PQT/OMS (poliquimioterapia), a 
classificação operacional do caso de hanseníase é baseada no número de lesões cutâneas 
de acordo com os seguintes critérios: 
• Paucibacilar (PB) – casos com até cinco lesões de pele; 
• Multibacilar (MB) – casos com mais de cinco lesões de pele. 
A baciloscopia de pele (esfregaço dérmico), quando disponível, deve ser utilizada 
como exame complementar para a classificação dos casos em PB ou MB. 
A baciloscopia positiva classifica o caso como MB, independentemente do 
número de lesões. No entanto, o resultado negativo da baciloscopia não exclui o 
diagnóstico de hanseníase. 
O tratamento da hanseníase é a Poliquimioterapia (PQT/OMS), sendo 
constituída por rifampicina, dapsona e clofazimina acondicionados em quatro (quatro) 
tipos de cartelas, com a composição de acordo com a classificação operacional de cada 
caso: Paucibacilar Adulto, Paucibacilar Infantil, Multibacilar Adulto e Multibacilar 
Infantil. 
A equipe da Unidade Básica de Saúde deve realizar o tratamento para hanseníase 
como parte de sua rotina, seguindo esquema terapêutico padronizado de acordo com a 
classificação operacional. 
O tratamento da hanseníase é ambulatorial, utilizando-se os esquemas terapêuticos 
padronizados de acordo com a classificação operacional. 
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Esquema terapêutico para casos PAUCIBACILARES: 6 cartelas 
Adulto 
• Rifampicina (RFM): dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de 300 mg) com 
administração supervisionada na unidade de saúde; 
• Dapsona (DDS): dose mensal de 100 mg supervisionada na unidade de 
saúde e dose diária de 100 mg autoadministrada. 
Criança 
• Rifampicina (RFM): dose mensal de 450 mg (1 cápsula de 150 mg e 1 
cápsula de 300 mg) com administração supervisionada; 
• Dapsona (DDS): dose mensal de 50 mg supervisionada e dose diária de 
50 mg autoadministrada. 
Duração: 6 doses. 
Seguimento dos casos: comparecimento mensal na unidade de saúde para dose 
supervisionada. Critério de alta: o tratamento estará concluído com 6 doses supervisionadas 
em até 9 meses. Na 6ª dose, os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico, à 
avaliação neurológica simplificada e do grau de incapacidade física e receber alta por cura. 
 
Passemos agora para o esquema terapêutico para casos MULTIBACILARES 
(12 cartelas). 
Esquema terapêutico para casos MULTIBACILARES: 12 cartelas 
Adulto 
• Rifampicina (RFM): dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de 300 mg) com 
administração supervisionada na unidade de saúde; 
• Dapsona (DDS): dose mensal de 100 mg supervisionada na unidade de 
saúde e dose diária de 100 mg autoadministrada; 
• Clofazimina (CFZ): dose mensal de 300 mg (3 cápsulas de 100mg) com 
administração supervisionada na unidade de saúde e uma dose diária de 
50 mg autoadministrada. 
Criança 
• Rifampicina (RFM): dose mensal de 450 mg (1 cápsula de 150 mg e 1 
cápsula de 300 mg) com administração supervisionada na unidade de 
saúde; 
• Dapsona (DDS): dose mensal de 50 mg supervisionada na unidade de 
saúde e dose diária de 50 mg autoadministrada. 
• Clofazimina (CFZ): dose mensal de 150 mg (3 cápsulas de 50 mg) com 
administração supervisionada na unidade de saúde e uma dose de 50 mg 
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autoadministrada em dias alternados. 
Duração: 12 doses. 
Seguimento dos casos: comparecimento mensal para dose supervisionada. 
Critério de alta: o tratamento estará concluído com 12 doses supervisionadas em até 18 
meses. Na 12ª dose, os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico, à 
avaliação neurológica simplificada e do grau de incapacidade física e receber alta por cura. 
Os pacientes MB que excepcionalmente não apresentarem melhora clínica, com presença de 
lesões ativas da doença, no final do tratamento preconizado de 12 doses (cartelas) deverão ser 
encaminhados para avaliação em serviço de referência (municipal, regional, estadual ou 
nacional) para verificar a conduta mais adequada para o caso. 
 
Em relação ao seguimento dos portadores de hanseníase, os pacientes devem ser 
agendados de rotina a cada 28 dias para receberem, além das orientações e avaliações, a 
administração da dose supervisionada e nova cartela com os medicamentos para doses 
autoadministradas no domicilio. Nessa consulta, deve-se orientar o paciente sobre a 
importância do exame dos contatos; convocá-los, agendá-los e proceder conforme 
disposições da investigação de contatos intradomiciliares. 
Os procedimentos devem ser registrados em prontuários e formulários específicos. 
No ato do comparecimento à unidade de saúde para receber a medicação específica 
preconizada, supervisionada, o paciente deve ser submetido à revisão sistemática por 
médico e ou enfermeiro responsáveis pelo monitoramento clínico e terapêutico, 
objetivando identificação de estados reacionais, efeitos colaterais ou adversos aos 
medicamentos em uso e surgimento de dano neural. 
Os pacientes que não comparecerem à dose supervisionada por mais de 30 dias 
deverão ser visitados em seus domicílios para pesquisar e intervir nas possíveis causas 
de falta e orientá-los. 
Para fins operacionais considera-se contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa 
que resida ou tenha residido com o doente de hanseníase nos últimos cinco anos. 
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A investigação consiste no exame dermatoneurológico de todos os contatos 
intradomiciliares dos casos detectados. Deverá ser feita a orientação quanto ao período 
de incubação, transmissão, sinais e sintomas precoces da hanseníase. Deve-se ter 
especial atenção na investigação dos contatos de menores de 15 anos, já que esta 
situação de adoecimento mostra que há transmissão recente e ativa que deve ser 
controlada. 
Após a avaliação, se o contato for considerado indene (não doente), avaliar 
cicatriz vacinal de BCG e seguir a recomendação às novas condutas preconizadas, que 
não mais deve fazer aprazamento do contato para a segunda dose. 
Avaliação da cicatriz vacinal de BCG em 
contato intradomiciliar 
OrientaçãoSem cicatriz de BCG Prescrever uma dose de BCG ID 
Com uma cicatriz de BCG Prescrever uma dose de BCG ID 
Com duas cicatrizes de BCG Não prescrever nenhuma dose de BCG 
 
 
 Passemos para a resolução de algumas questões: 
 
1. (HU-UFMT/EBSERH/AOCP/2014) Homem, 52 anos, com diagnóstico de hanseníase, 
com contração muscular sem movimento em membro superior direito, receberá alta da unidade 
hospitalar. Qual orientação para o autocuidado deve constar no plano de alta desse paciente? 
a) Exercícios ativos com resistência. 
b) Exercícios ativos sem resistência. 
c) Alongamento e exercícios ativos, com pouca resistência. 
d) Alongamento e exercícios passivos, com ajuda da mão esquerda. 
e) Alongamento e exercícios passivos, com ajuda da mão direita. 
COMENTÁRIOS
1
: 
Segundo o Ministério da Saúde, o autocuidado é a ação que o indivíduo tem para 
consigo e um dever para com a saúde dele. São procedimentos, técnicas e exercícios que 
podem ser desenvolvidos em casa, trabalho ou qualquer lugar para prevenir as incapacidades 
e/ou seus agravos. 
 
1 Fonte: Autocuidado em Hanseníase face, mãos e pés. Brasil, Ministério da saúde, 2010. 
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Em casos de mãos e braços com fraqueza muscular se deve orientar aos pacientes o 
hábito de fazer os exercícios indicados para evitar incapacidades e deformidades. Se o paciente 
tem “mãos fracas”, podem fazer exercícios de alongamento e fortalecimento de forma passiva 
com ajuda da mão contralateral. Antes de iniciar os exercícios, deve-se preparar a pele de suas 
mãos para alcançar um melhor resultado. 
Procedimento: 
1º Ensina ao paciente a preparar a mão hidratando-a e lubrificando-a 
2º Apoiar a mão na mesa ou colo (desenho abaixo) 
3º Com a outra iniciar o deslizamento desde o cotovelo até o dedo 
4º Ao final segurar o dedo o mais aberto possível e contar até 30 devagar. 
 
Sendo assim, o gabarito da questão é a letra D. 
 
2. (EBSERH/HU-UFC/INSTITUTO AOCP/2014) No Brasil, apesar da redução drástica no 
número de casos, a hanseníase ainda se constitui em um problema de saúde pública que exige 
uma vigilância resolutiva. Com relação a essa doença, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) É uma doença não-contagiosa, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas 
dermatoneurológicos: lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos 
e pés. 
b) O comprometimento dos nervos periféricos é a característica principal da doença, dando-lhe 
um grande potencial para provocar incapacidades físicas que podem, inclusive, evoluir para 
deformidades. 
c) É uma doença curável, e quanto mais precocemente diagnostica e tratada mais rapidamente 
se cura o paciente. 
d) É causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que é um parasita intracelular 
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obrigatório. 
e) O homem é reconhecido como única fonte de infecção (reservatório), embora tenham sido 
identificados animais naturalmente infectados. 
COMENTÁRIOS: 
É claro que a hanseníase é uma doença contagiosa. Logo, a assertiva A apresenta-se 
incorreta. 
 
3. (EBSERH/HU-UFC/INSTITUTO AOCP/2014) Ainda falando sobre a Hanseníase, a 
mesma pode ser diagnosticada através do exame clínico do paciente, no entanto o diagnóstico 
laboratorial é: 
a) a tomografia. 
b) a baciloscopia. 
c) a ressonância magnética. 
d) o raio X de face. 
e) a avaliação das plaquetas. 
COMENTÁRIOS: 
Nenhum exame laboratorial é suficiente para diagnosticar ou classificar a hanseníase. 
Ultrassonografia e ressonância magnética auxiliam no diagnóstico da forma neural pura e 
neurite. Eletroneuromiografia é útil no acompanhamento das reações. Intradermorreação de 
Mitsuda, baciloscopia e histopatologia, geralmente, permitem diagnosticar e classificar a forma 
clínica. Sorologia, inoculação, reação de imunoistoquímica e reação em cadeia da polimerase 
(PCR) são técnicas utilizadas principalmente em pesquisas
2. Nesse sentido, “por eliminação”, 
o gabarito da questão é a letra B. 
 
4. (HU-UFGD/EBSERH/AOCP/2014) Portador de hanseníase multibacilar, com 
quimioterapia iniciada há apenas dois dias, foi internado para tratamento de crise hipertensiva. 
Diante desse caso, é recomendável instituir-se: 
a) precauções padrão. 
b) isolamento respiratório para gotículas. 
c) isolamento respiratório para aerossóis. 
d) isolamento de contato. 
 
2
 Hanseníase: diagnóstico e tratamento, disponível em: http://goo.gl/O0uTPm. 
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e) isolamento protetor. 
COMENTÁRIOS: 
 A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, de grande importância para a saúde 
pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente a 
faixa etária economicamente ativa. Acomete principalmente a pele e os nervos periféricos, mas 
também manifestas se como uma doença sistêmica comprometendo articulações, olhos, 
testículos, gânglios e outros órgãos. O alto potencial incapacitante da hanseníase está 
diretamente relacionado à capacidade de penetração do Mycobacterium leprae na célula 
nervosa e seu poder imunogênico; é considerada uma bactéria de alta infectividade, 
necessitando de um contato íntimo entre o portador do vírus e o candidato a contrair a doença. 
Ambientes fechados, com pouca luz solar, ausente de ventilação e o contato direto e 
prolongado com portadores sem tratamento, são fatores que aumentam as chances de 
infecção. 
De acordo com o Ministério da Saúde, visando o tratamento com o esquema PQT/OMS 
(poliquimioterapia), a classificação operacional do caso de hanseníase é baseada no número de 
lesões cutâneas de acordo com os seguintes critérios: 
• Paucibacilar (PB) – casos com até 5 lesões de pele; 
• Multibacilar (MB) – casos com mais de 5 lesões de pele. 
A Poliquimioterapia (PQT/OMS), é constituída por rifampicina, dapsona e 
clofazimina acondicionados em quatro (quatro) tipos de cartelas, com a composição de acordo 
com a classificação operacional de cada caso: Paucibacilar Adulto, Paucibacilar Infantil, 
Multibacilar Adulto e Multibacilar Infantil. 
O tratamento da hanseníase é ambulatorial, utilizando-se os esquemas terapêuticos 
padronizados de acordo com a classificação operacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Esquema terapêutico para casos PAUCIBACILARES: 6 cartelas 
Adulto • Rifampicina (RFM): dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de 
300 mg) com administração supervisionada na unidade de 
saúde; 
• Dapsona (DDS): dose mensal de 100 mg supervisionada na 
unidade de saúde e dose diária de 100 mg autoadministrada. 
Criança • Rifampicina (RFM): dose mensal de 450 mg (1 cápsula de 
150 mg e 1 cápsula de 300 mg) com administração 
supervisionada; 
• Dapsona (DDS): dose mensal de 50 mg supervisionada e dose 
diária de 50 mg autoadministrada. 
Duração: 6 doses. 
Seguimento dos casos: comparecimento mensal na unidade de saúde para dosesupervisionada. 
Critério de alta: o tratamento estará concluído com 6 doses supervisionadas em até 9 
meses. Na 6ª dose, os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico, à 
avaliação neurológica simplificada e do grau de incapacidade física e receber alta por cura. 
 Passemos agora para o esquema terapêutico dos casos MULTIBACILARES (12 cartelas). 
Esquema terapêutico para casos MULTIBACILARES: 12 cartelas 
Adulto • Rifampicina (RFM): dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de 
300 mg) com administração supervisionada na unidade de 
saúde; 
• Dapsona (DDS): dose mensal de 100 mg supervisionada na 
unidade de saúde e dose diária de 100 mg autoadministrada; 
• Clofazimina (CFZ): dose mensal de 300 mg (3 cápsulas de 
100mg) com administração supervisionada na unidade de 
saúde e uma dose diária de 50 mg autoadministrada. 
Criança • Rifampicina (RFM): dose mensal de 450 mg (1 cápsula de 
150 mg e 1 cápsula de 300 mg) com administração 
supervisionada na unidade de saúde; 
• Dapsona (DDS): dose mensal de 50 mg supervisionada na 
unidade de saúde e dose diária de 50 mg autoadministrada. 
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• Clofazimina (CFZ): dose mensal de 150 mg (3 cápsulas de 
50 mg) com administração supervisionada na unidade de 
saúde e uma dose de 50 mg autoadministrada em dias 
alternados. 
Duração: 12 doses. 
Seguimento dos casos: comparecimento mensal para dose supervisionada. 
Critério de alta: o tratamento estará concluído com 12 doses supervisionadas em até 18 
meses. Na 12ª dose, os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico, à 
avaliação neurológica simplificada e do grau de incapacidade física e receber alta por cura. 
Os pacientes MB que excepcionalmente não apresentarem melhora clínica, com presença 
de lesões ativas da doença, no final do tratamento preconizado de 12 doses (cartelas) 
deverão ser encaminhados para avaliação em serviço de referência (municipal, regional, 
estadual ou nacional) para verificar a conduta mais adequada para o caso. 
 
Após as primeiras doses da medicação o indivíduo deixa de ser transmissor da doença, 
pois os bacilos tornam-se inviáveis, ou seja, incapazes de infectar outras pessoas. Logo, na 
situação apresentada não necessita de nenhuma precaução específica, apenas a padrão que 
consiste: na lavagem higienização das mãos, no uso de EPIs, luvas, aventais, óculos, máscara e 
descarte correto de perfurocortante. 
Portanto, o gabarito da questão é a letra A. 
 
5. (HU-UFS/EBSERH/AOCP/2014) Visando ao tratamento com o esquema de 
Poliquimioterapia, a classificação operacional do caso de Hanseníase é baseada no número de 
lesões cutâneas, sendo a forma Paucibacilar casos que apresentem: 
a) até cinco lesões de pele. 
b) mais de seis lesões de pele. 
c) mais de cinco lesões de pele. 
d) mais de sete lesões de pele. 
e) até sete lesões de pele 
COMENTÁRIOS: 
De acordo com o Ministério da Saúde, visando o tratamento com o esquema PQT/OMS 
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(poliquimioterapia), a classificação operacional do caso de hanseníase é baseada no número de 
lesões cutâneas de acordo com os seguintes critérios: 
• Paucibacilar (PB) – casos com até 5 lesões de pele; 
• Multibacilar (MB) – casos com mais de 5 lesões de pele. 
Antigamente, a classificação proposta pelo Ministério da Saúde era a seguinte: 
 Paucibacilares (PB): casos com até 5 lesões de pele e ou apenas um tronco 
nervoso acometido; 
 Multibacilares (MB): casos com mais de 5 lesões de pele e ou mais de um 
tronco nervoso acometido. 
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A. 
 
6. (HU-UFMA/EBSERH/IBFC/2013) Considera-se um paciente acometido pela hanseníase 
quando apresenta os seguintes sinais cardinais: 
a) Alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas, baciloscopia positiva de esfregaço 
intradérmico e tosse produtiva. 
b) Lesão e/ou área da pele com alteração de sensibilidade, acometimento de nervo(s) 
periférico(s) associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas e baciloscopia 
positiva de esfregaço intradérmico. 
c) Alterações sensitivas e/ou motoras, disfagia, décit motor e baciloscopia positiva de 
esfregaço intradérmico. 
d) Acometimento de nervos periféricos, alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas e 
alteração de pigmentação da pele e tosse produtiva. 
e) Lesão ou área da pele com alteração de sensibilidade, alterações hormonais, baciloscopia 
positiva de esfregaço intradérmico e disgagia. 
COMENTÁRIOS: 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), toda pessoa que apresenta um 
ou mais dos critérios listados a seguir, com ou sem história epidemiológica e que requer 
tratamento quimioterápico especifico, ou seja, possui diagnóstico fechado quando apresenta: 
lesões de pele com alteração de sensibilidade; espessamento de nervo(s) periférico(s), 
acompanhado de alteração de sensibilidade e/ou motora; e baciloscopia positiva para 
bacilo de hansen. 
Visto isto, concluímos que o gabarito da questão é a letra B. 
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7. (HUB/EBSERH/IBFC/2013) A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de evolução 
lenta, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatológicos e 
neurológicos. Considerando os sinais e sintomas dermatológicos mais comuns e suas 
características, correlacione as colunas, enumerando-as de cima para baixo, e a seguir assinale 
a alternativa correta. 
(1) Mancha pigmentar ou 
discrômica. 
(2) Placa 
(3) Infiltração. 
(4) Nódulo. 
( ) aumento da espessura e consistência da pele, 
com menor evidência dos sulcos, limites imprecisos, 
acompanhando-se, às vezes, de eritema discreto. 
Pela vitropressão, surge fundo de cor café com leite. 
( ) lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de 1 a 
3 cm de tamanho. E processo patológico que 
localiza-se na epiderme, derme e/ou hipoderme. 
Pode ser lesão mais palpável que visível. 
( ) é lesão que se estende em superfície por vários 
centímetros. Pode ser individual ou constituir 
aglomerado de lesões. 
( ) resulta da ausência, diminuição ou aumento de 
melanina ou depósito de outros pigmentos ou 
substâncias na pele. 
 
a) 3,4,2,1. 
b) 1,2,3,4. 
c) 4,3,2,1. 
d) 1,2,4,3. 
COMENTÁRIOS: 
Vamos fazer as devidas associações: 
3 - Infiltração - aumento da espessura e consistência da pele, com menor evidência dos 
sulcos, limites imprecisos, acompanhando-se às vezes, de eritema discreto. Pela vitropressão, 
surge fundo de cor café com leite; 
4 - Nódulo - lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de 1 a 3 cm de tamanho. É 
processo patológico que localiza-se na epiderme, derme e/ou hipoderme. Pode ser lesão mais 
palpável que visível; 
2 - Placa - é lesão que se estende em superfície por vários centímetros. Pode ser 
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individual ou constituir aglomerado de lesões; 
1 - Mancha pigmentar ou discrômica - resulta da ausência, diminuição, ou aumentode 
melanina ou depósito de outros pigmentos ou substâncias na pele. 
Meus amigos, esse tipo de questão é resolvido mais facilmente por eliminação. Vejam 
que a letra A é única em que o item 4 (nódulo) está na segunda coluna. 
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A. 
 
8. (HU-UFPI/EBSERH/IADES/2013) As formas de manifestação clínica da hanseníase são 
quatro: indeterminada, tuberculóide, virchowiana e dimorfa. Assinale a alternativa que 
caracteriza corretamente a forma virchowiana da doença. 
a) Caracteriza-se clinicamente por manchas esbranquiçadas na pele (manchas hipocrônicas), 
únicas ou múltiplas, de limites imprecisos e com alteração de sensibilidade. 
b) Caracteriza-se clinicamente pela disseminação de lesões de pele, que podem ser 
eritematosas, infiltrativas, de limites imprecisos, brilhantes e de distribuição simétrica. 
c) Caracteriza-se clinicamente por lesões em placa na pele, com bordas bem delimitadas, 
eritematosas, ou por manchas hipocrômicas nítidas, bem definida. 
d) Clinicamente oscila entre as manifestações da forma tuberculoide e as da forma 
indeterminada. Pode apresentar lesões de pele, bem delimitadas, com pouco ou nenhum bacilo, 
e lesões infiltrativas mal delimitadas, com muitos bacilos. 
e) Caracteriza-se por lesões bem delimitadas, hipercoradas, geralmente localizadas nas 
extremidades. 
COMENTÁRIOS: 
Vamos estudar no quadro abaixo as 4 formas de manifestação clínica da hanseníase, 
conforme o Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, 7ª edição
3
: 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
 Disponível em: http://goo.gl/A6OmuL. 
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 Classificação das Formas Clínicas da Hanseníase 
Formas 
clínicas 
Características Baciloscópicas Classificação 
operacional 
vigente para a 
rede pública 
Indeterminada 
(HI) 
Áreas de hipo ou anestesia, 
parestesias, manchas 
hipocrômicas e/ou 
eritemohipocrômicas, com ou 
sem diminuição Negativa 
 
 da sudorese e rarefação de 
pêlos. 
 Paucibacilar (PB) 
Tuberculóide 
(HT) 
Placas eritematosas, 
eritemato-hipocrômicas, até 5 
lesões de pele bem 
delimitadas, hipo ou 
anestésicas, podendo ocorrer 
comprometimento de nervos. 
Negativa 
Dimorfa 
(HD) 
Lesões pré-foveolares 
(eritematosas planas com o 
centro claro). Lesões 
foveolares 
(eritematopigmentares de 
tonalidade ferruginosa ou 
pardacenta), apresentando 
alterações de sensibilidade. 
Positiva 
(bacilos e 
globias ou com 
raros bacilos) 
ou negativa. 
Multibacilar 
(MB) mais de 
5 lesões 
 
 
Virchowiana 
(HV) 
Eritema e infiltração 
 difusos, placas 
eritematosas de pele, 
infiltradas e de bordas mal 
definidas, tubérculos e 
nódulos, madarose, lesões 
das mucosas, com alteração 
de sensibilidade. 
Positiva 
(bacilos 
abundantes e 
globias). 
 
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Passemos agora para análise das alternativas: 
Item A. Forma indeterminada – caracteriza-se clinicamente por manchas 
esbranquiçadas na pele (manchas hipocrônicas), únicas ou múltiplas, de limites imprecisos e 
com alteração de sensibilidade. Pode ocorrer alteração apenas da sensibilidade térmica com 
preservação das sensibilidades dolorosa e tátil. Não há comprometimento de troncos nervosos 
e, por isso, não ocorrem alterações motoras ou sensitivas que possam causar incapacidades. A 
baciloscopia de raspado intradérmico é quase sempre negativa. 
Item B. Forma virchoviana – caracteriza-se clinicamente pela disseminação de lesões 
de pele que podem ser eritematosas, infiltrativas, de limites imprecisos, brilhantes e de 
distribuição simétrica. Nos locais em que a infiltração for mais acentuada podem se formar 
pápulas, tubérculos, nódulos e placas chamadas genericamente de hansenomas. Pode haver 
infiltração difusa da face e de pavilhões auriculares com perda de cílios e supercílios. Esta 
forma constitui uma doença sistêmica com manifestações viscerais importantes, 
especialmente nos episódios reacionais, onde olhos, testículos e rins, entre outras estruturas, 
podem ser afetados. Existem alterações de sensibilidade das lesões de pele e acometimento dos 
troncos nervosos, porém, não tão precoces e marcantes como na forma tuberculóide. A 
baciloscopia de raspado intradérmico é positiva com grande número de bacilos. 
Item C. Forma tuberculóide – caracteriza-se clinicamente por lesões em placa na pele, 
com bordas bem delimitadas, eritematosas, ou por manchas hipocrômicas nítidas, bem 
definidas. Apresenta queda de pelos e alteração das sensibilidades térmica, dolorosa e tátil. As 
lesões de pele apresentam-se em número reduzido, podendo, também ocorrer cura espontânea. 
O comprometimento de troncos nervosos ocorre, geralmente, de forma assimétrica, sendo, 
algumas vezes, a única manifestação clínica da doença. A baciloscopia de raspado 
intradérmico é negativa. 
Item D. Forma dimorfa - clinicamente oscila entre as manifestações da forma 
tuberculóide e as da forma virchoviana. Pode apresentar lesões de pele, bem delimitadas, com 
pouco ou nenhum bacilo, e lesões infiltrativas mal delimitadas, com muitos bacilos. Uma 
mesma lesão pode apresentar borda interna nítida e externa difusa. O comprometimento 
neurológico troncular e os episódios reacionais são frequentes, podendo esses pacientes 
desenvolver incapacidades e deformidades físicas. A baciloscopia de raspado intradérmico 
pode ser positiva ou negativa. 
Item E. Não descreveu uma forma clínica da hanseníase. 
A partir do exposto, o gabarito é a letra B. 
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Tuberculose 
 
A tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por uma bactéria, 
o Mycobacterium tuberculosis, também denominado de bacilo de koch (bk). O termo 
tuberculose se origina no fato da doença causar lesões chamadas tubérculos. 
A transmissão ocorre por meio de gotículas contendo os bacilos expelidos por um 
doente com tuberculose pulmonar ao tossir, espirrar ou falar. Quando essas gotículas 
são inaladas por pessoas sadias, podem provocar a infecção tuberculosa. 
A propagação do bacilo da tuberculose está associada principalmente às condições 
de vida da população. Prolifera em áreas de grande concentração humana, com 
precários serviços de infra-estrutura urbana, como saneamento e habitação, onde 
coexistem a fome e a miséria. Por isso, a sua incidência é maior nas periferias das 
grandes cidades, podendo, porém, acometer qualquer pessoa, inclusive em áreas rurais. 
A transmissão ocorre geralmente em ambientes fechados, nos quais as partículas 
expelidas pelo doente de Tuberculose (TB) podem permanecer no ar, principalmente em 
locais escuros e pouco ventilados, por longos períodos. 
A ventilação constante e a luz solar direta removem as partículas e matam 
rapidamente os bacilos. 
A infecção pode ocorrer em qualquer idade, mas no Brasil, geralmente acontece 
na infância. Nem todas as pessoas expostas ao bacilo da tuberculose se infectam, assim 
como nem todas as pessoas infectadas desenvolvem a doença. A probabilidade de que a 
TB seja transmitida depende de alguns fatores: 
• O potencialde contágio do caso índice: o doente bacilífero, isto é, com 
baciloscopia direta positiva, é a principal fonte de infecção; 
• A concentração de bacilos no ar contaminado: determinada pelo tipo de 
ambiente em que a exposição ocorreu: ambientes fechados, escuros ou com pouca 
ventilação; 
• Duração da exposição: o tempo que o doente e seus contatos respiram nesse 
ambiente; 
• A suscetibilidade genética ou predisposição dos contatos. 
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Quando uma pessoa inala as gotículas contendo os bacilos, muitos deles ficam 
retidos no trato respiratório superior (garganta e nariz). Se chegarem aos brônquios, os 
bacilos são aprisionados na secreção (catarro) e eliminados pelo movimento ciliar. 
Contudo, quando os bacilos atingem os alvéolos, a infecção pode se estabelecer. 
 
 
A prova tuberculínica (PT) consiste na inoculação intradérmica de um 
derivado proteico do M. tuberculosis para medir a resposta imune celular a estes 
antígenos. É utilizada, em adultos e crianças, para o diagnóstico de infecção latente 
pelo M. tuberculosis (ILTB). Na criança também é muito importante como método 
coadjuvante para o diagnóstico da tuberculose (TB). 
De acordo com o Manual de Tuberculose do Ministério da Saúde
4
 (2011), o 
resultado da PT deve ser registrado em milímetros. A classificação isolada da PT, em 
não reator, reator fraco e reator forte, não está mais recomendada, pois a 
interpretação do teste e seus valores de corte podem variar de acordo com a população 
e o risco de adoecimento. 
De acordo com a regra antiga, no que se refere ao resultado da prova tuberculínica 
(PT), registrado em milímetros, temos a seguinte classificação: 
 
4
 Disponível em: http://goo.gl/6lSCkB. 
A tuberculose pulmonar é definida como positiva quando o paciente apresentar: 
 
 
 
 
I 
• Duas baciloscopias diretas positivas, ou ; 
II 
• Uma baciloscopia direta positiva e cultura positiva, ou ; 
III 
• Uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica sugestiva 
de tuberculose, ou ; 
IV 
• Duas ou mais baciloscopias diretas negativas e cultura positiva . 
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Em 1979, o Brasil preconizou um sistema de tratamento para a TB composto pelo 
Esquema I (2RHZ/4RH) para os casos novos; Esquema I reforçado (2RHZE/4RHE) 
para retratamentos; Esquema II (2RHZ/7RH) para a forma meningoencefálica; e 
Esquema III (3SZEEt/9EEt) para falência. 
Em 2009, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose, juntamente com o 
seu comitê técnico assessor, reviu o sistema de tratamento da TB no Brasil. Com base 
nos resultados preliminares do II Inquérito Nacional de Resistência aos Medicamentos 
antiTB, que mostrou aumento da resistência primaria a isoniazida (de 4,4% para 6,0%), 
introduz o etambutol como quarto fármaco na fase intensiva de tratamento (dois 
primeiros meses) do esquema básico. 
Esquema Básico do Tratamento da Tuberculose: 
 
A apresentação farmacológica da fase intensiva (dois primeiros meses) passa a ser 
em comprimidos de doses fixas combinadas dos quatro medicamentos (R - 
Rifampicina, H - Isoniazida, Z - Pirazinamida, E - Etambutol), na seguinte dosagem: R 
150mg, H 75mg, Z 400mg e E 275mg. 
• indivíduo não infectado pelo M. tuberculosis ou 
com hipersensibilidade reduzida. 0 a 4 mm - não reator 
• indivíduo infectado pelo M. tuberculosis ou por 
outras microbactérias. 5 a 9 mm - reator fraco 
• indivíduo infectado pelo M. tuberculosis, que pode 
estar ou não doente, e indivíduos vacinados com 
BCG nos últimos dois anos. 
10 mm ou mais – 
Reator forte 
tratamento antigo 
2 meses: 
R Rifampicina 
H Isoniazida 
Z Pirazinamida 
4 meses: 
R Rifampicina 
H Isoniazida 
Inserido em 2009: 
o etambutol como 
quarto fármaco na 
fase intensiva de 
tratamento 
(2 primeiros meses). 
tratamento atual 
2 meses: 
R Rifampicina 
H Isoniazida 
Z Pirazinamida 
E Etambutol 
4 meses: 
R Rifampicina 
H Isoniazida 
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A Segunda etapa do esquema básico do tratamento da tuberculose (4 meses) 
continua sendo composta de comprimidos de doses fixas pela administração da 
Rifampicina e Isoniazida (RH). Todavia, esses medicamentos passaram a ser 
administrados em associação na seguinte dosagem: R 300mg e H 200mg ou R 150mg 
e H 100mg. 
Esquema Básico para o Tratamento da TB em Adultos e Adolescentes 
Regime Fármacos Faixa de 
peso 
Unidade/dose Meses 
Fase intensiva 
2 RHZE 
 
R 150mg, H 75mg, Z 
400mg e E 275mg 
comprimido em dose 
fixa combinada. 
20kg a 35kg 2 comprimidos 
2 
36kg a 50kg 3 comprimidos 
> 50kg 4 comprimidos 
Fase de 
manutenção 
4 RH 
R 300mg, H 200mg 
ou R 150mg, H 
100mg. 
20 a 35kg 
1 comprimido ou 
cápsula R 300, H 
200mg 
4 36kg a 50kg 
1 comprimido ou 
cápsula 
R 300, H 200mg + 1 
comprimido ou cápsulas 
R 150, H 100mg 
> 50kg 
2 comprimidos ou 
cápsulas R 300, H 
200mg 
 
Vejamos alguns exemplos para fixarmos o assunto, que é recorrente em provas de 
concurso: 
Atenção! Na fase intensiva de tratamento da doença (dois primeiros meses), 
o esquema básico é composto por apenas um comprimido com a associação 
dos 4 medicamentos na seguinte dosagem: R 150mg, H 75mg, Z 400mg e E 
275mg. 
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Ex.: 1 - Um portador de TB com 30 Kg, maior de 10 anos, deve receber durante 
os primeiros dois meses, uma dose diária de 2 comprimidos da associação de RHZE. 
Após essa primeira etapa do tratamento, deverá receber, durante quatro meses, uma dose 
diária de 1 comprimido ou cápsula da associação de RH (R 300 e H 200mg). 
Ex.: 2 - Um portador de TB com 40 Kg, maior de 10 anos, deve receber durante 
os primeiros dois meses, uma dose diária de 3 comprimidos da associação de RHZE. 
Após essa primeira etapa do tratamento, deverá receber, durante quatro meses, uma dose 
diária de 2 comprimidos ou cápsulas da associação de RH na seguinte proporção (1 
comprimido ou cápsula de R 300 e H 200mg + 1 comprimido ou cápsula de R 150 e H 
100mg). 
Ex.: 3 - Um portador de TB com 85 Kg, maior de 10 anos, deve receber durante 
os primeiros dois meses, uma dose diária de 4 comprimidos da associação de RHZE. 
Após essa primeira etapa do tratamento, deverá receber, durante quatro meses, uma dose 
diária de 2 comprimidos ou cápsulas da associação de RH na seguinte proporção (2 
comprimidos ou cápsulas de R 300 e H 200mg). 
Essa recomendação e a apresentação farmacológica são as preconizadas pela 
Organização Mundial da Saúde e utilizadas na maioria dos países, para adultos e 
adolescentes. 
 
 
Os novos adultos e adolescentes (> 10 anos), de todas as formas de 
tuberculose pulmonar e extrapulmonar (exceto a forma meningoencefalica), 
infectados ou não por HIV; e 
• retratamento: recidiva (independentemente do tempo decorrido do 
primeiro episodio) ou retorno após abandonocom doença ativa em adultos e 
adolescentes (> 10 anos), exceto a forma meningoencefalica. 
 
Gravem isso: Em todos os esquemas de tratamento da tuberculose, a medicação é 
de uso diário e deverá ser administrada em uma única tomada. 
Mas, o esquema básico de tratamento da tuberculose (2RHZ/4RH) é 
indicado para quais grupos? 
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Atenção! Para as crianças (abaixo de 10 anos) permanece a recomendação do 
Esquema antigo: RHZ. 
Outras mudanças no sistema de tratamento da tuberculose são a extinção do 
Esquema I reforçado e do Esquema III. Para todos os casos de retratamento será 
solicitada cultura, identificação e teste de sensibilidade, iniciando-se o tratamento com o 
esquema básico, até o resultado desses exames. 
Os casos que evoluem para falência do tratamento devem ser criteriosamente 
avaliados quanto ao histórico terapêutico, adesão aos tratamentos anteriores e 
comprovação de resistência aos medicamentos. Tais casos receberão o Esquema 
Padronizado para Multirresistência ou Esquemas Especiais individualizados, 
segundo a combinação de resistências apresentadas pelo teste de sensibilidade. 
 
 
 
 
Os medicamentos para tratamento dos pacientes com diagnóstico de TB 
deverão ser administrados preferencialmente em jejum (uma hora antes ou duas 
horas após o café da manhã), em uma única tomada; ou em caso de intolerância 
digestiva, com uma refeição. 
A TB pulmonar e a TB laríngea são classificadas como doenças de transmissão 
aérea e requerem medidas administrativas, ambientais e de proteção individual que 
diminuam o risco de transmissão da doença. 
Esquemas de tratamento da TB (atuais) 
 
- Esquema I (2RHZE/4RH) para os casos 
novos; 
- Esquema I reforçado + Esquema III: 
foram extintos. 
- Esquema II (2RHZE/7RH) para a forma 
meningoencefálica; 
 Atenção! Os casos que evoluem para falência do 
tratamento receberão o Esquema Padronizado para 
Multirresistência ou Esquemas Especiais 
individualizados. 
 
 
 
Esquemas de tratamento da TB 
( anteriores a 2009) 
 - Esquema I (2 RHZ/4RH) para os 
casos novos; 
- Esquema I reforçado 
RHZE/4RHE) para (2 
retratamentos; 
- Esquema II (2 RHZ/7RH) para a 
forma meningoencefálica ; 
- Esquema III (3 SZEEt/9EEt) 
para falência. 
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Todo ambiente onde circulam pacientes que produzam aerossóis contendo 
Mycobacterium tuberculosis oferece algum risco de transmissão. Destacam-se como 
foco das medidas de controle o domicilio do paciente, seu local de trabalho e as 
unidades de saúde nas quais é atendido (em nível ambulatorial, emergencial e 
hospitalar), além de instituições de longa permanência, como prisões, albergues ou 
casas de apoio. Para diminuir o risco de transmissão da TB, é preciso ter em conta 
alguns pressupostos: 
• A transmissão da tuberculose se faz por via respiratória, pela inalação 
de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de um doente com 
tuberculose ativa de vias aéreas, salvo raríssimas exceções; 
• Quanto maior a intensidade da tosse e a concentração de bacilos no 
ambiente e quanto menor a ventilação desse ambiente, maior será a 
probabilidade de infectar os circunstantes; 
• Com o inicio do tratamento adequado e o uso correto de medicamentos 
anti-TB em pacientes infectados com cepas sensíveis, a 
transmissibilidade diminui rapidamente em duas a três semanas. 
Portanto, a prioridade na instituição das ações preventivas deve ser 
dada aos pacientes com maior risco de transmissibilidade, que são 
aqueles não diagnosticados (sintomático respiratório - SR) ou nos 
primeiros dias de tratamento; 
• Ocorrendo infecção pelo bacilo da tuberculose, as pessoas com maior 
risco de adoecer são aquelas com a imunidade comprometida. 
 
O uso de máscaras (respiradores) no atendimento de SR ou pacientes com TB 
deve ser feito de forma criteriosa. Muitos profissionais dedicam a esse item dos 
procedimentos de biossegurança valor prioritário, negligenciando medidas 
administrativas e de controle ambiental que certamente teriam maior impacto na 
sua proteção. 
É recomendado o uso de mascaras tipo PFF2, padrão brasileiro e da União 
Europeia, ou N95, padrão dos Estados Unidos – EUA, para profissionais de saúde ou 
visitantes (acompanhantes) ao entrarem em áreas de alto risco de transmissão (quartos 
Mas, quais são as principais medidas de proteção individual? 
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de isolamento respiratório, ambulatório para atendimento referenciado de SR, 
bacilíferos e portadores de TB com suspeita de ou resistência comprovada aos fármacos 
anti-TB). 
O uso de máscaras cirúrgicas é recomendado para pacientes com TB pulmonar ou 
SR em situação de potencial risco de transmissão, por exemplo: falta de estrutura de 
ventilação adequada em salas de espera e emergências enquanto aguarda definição do 
caso (atendimento, resultado de exames, internação em isolamento) ou deslocamento de 
pacientes do isolamento para exames ou procedimentos (nesse caso, o paciente deve ter 
seu atendimento no outro setor priorizado). 
Em serviços ambulatoriais nos quais é baixa a renovação do ar, recomenda-se o 
uso de máscaras de proteção respiratória (tipo PFF2, padrão brasileiro e da União 
Europeia; ou N95, padrão dos EUA) pelos profissionais que atendam doentes 
referenciados bacilíferos ou potencialmente bacilíferos. O uso de máscaras pelos 
profissionais de saúde somente durante o atendimento seria de pouca utilidade, ainda 
mais que, quando o paciente deixa o local de atendimento, os bacilos permanecem no 
ambiente por ate nove horas, dependendo de sua ventilação e iluminação. 
Deve ser dada especial atenção aos serviços que atendem grande quantidade de 
pacientes bacilíferos para início de tratamento, sobretudo no atendimento de doentes 
com resistência medicamentosa, em que o uso de máscaras tipo PFF2 ou N95 é 
altamente recomendável para os profissionais de saúde. No entanto, utilizar máscaras 
PFF2 indiscriminadamente em ambulatórios com casos bacilíferos esporádicos (menos 
de 50 casos por ano) pode não trazer beneficio. 
Qualquer pessoa (profissional de saúde ou familiar) que entre nas enfermarias de 
isolamento respiratório deve utilizar máscaras do tipo PFF2 ou N95. 
É necessário treinamento especial para uso das mascaras PFF2 ou N95, uma vez 
que devem ser perfeitamente adaptadas ao rosto do funcionário. Essas máscaras podem 
ser reutilizadas desde que estejam integras e secas. 
Verificamos que a transmissão da TB se dá por meio respiratório de aerossóis 
contendo Mycobacterium tuberculosis. Nesse sentido, vocês acham que é necessário a 
utilização de capote/avental como EPI? 
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De acordo com a ANVISA
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, a utilização de avental/capote deve ser feita quando 
houver risco de contato de sangue ou secreções, para proteção da superfície corporal. 
 
A identificação precocemente de pessoas com tosse a mais de três semanas pode 
ser considerada sintomático respiratório (SR).O objetivo da busca ativa de SR é identificar precocemente os casos bacilíferos, 
interromper a cadeia de transmissão e reduzir a incidência da doença a longo prazo. 
 
Fique ligado! Para interromper a cadeia de transmissão da TB é 
fundamental a descoberta precoce dos casos bacilíferos. Sendo assim, a 
busca ativa em pessoas com tosse prolongada deve ser uma estratégia 
priorizada nos serviços de saúde para a descoberta desses casos. É 
importante lembrar que cerca de 90% dos casos de tuberculose são da 
forma pulmonar e, destes, 60% são bacilíferos. 
 
Não esqueçam: Sintomáticos Respiratórios (SR) são indivíduos com tosse por 
tempo igual ou superior a três semanas. 
Para definir o ponto de corte da duração da tosse e a atividade de busca do SR, é 
necessário considerar a sensibilidade e a especificidade que se deseja obter e o tipo de 
população que será investigada. Internacionalmente, vários estudos mostram que o 
ponto de corte de três semanas apresenta um bom equilíbrio entre a sensibilidade e a 
especificidade. 
Ao realizar a busca ativa de SR em populações com alto risco de adoecimento, 
como a população prisional (presidiários), sugere-se que a busca seja realizada em 
 
5Anvisa, disponível em: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/precaucoes_a3.pdf. 
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indivíduos com tosse por tempo igual ou superior a duas semanas, visando aumentar a 
sensibilidade da busca, desde que seja garantido o suporte laboratorial. 
A baciloscopia de escarro deve ser realizada no mínimo com 2 amostras, uma no 
momento da identificação e outra no dia seguinte. Ademais, antes da primeira coleta de 
escarro o paciente deve higienizar a boca com água. 
A fase inicial do exame, que compreende coleta, conservação e transporte do 
escarro, é de responsabilidade da unidade de saúde, que devera seguir as seguintes 
orientações: 
Qualidade e quantidade da amostra – uma boa amostra de escarro e a que 
provem da arvore brônquica, obtida após esforço de tosse, e não a que se obtém da 
faringe ou por aspiração de secreções nasais, nem tampouco a que contem somente 
saliva. O volume ideal é de 5ml a 10ml. 
Recipiente – O material deve ser coletado em potes plásticos com as seguintes 
características: descartáveis, com boca larga (50mm de diâmetro), transparente, com 
tampa de rosca, altura de 40mm, capacidade de 35ml a 50ml. A identificação (nome do 
paciente e data da coleta) deve ser feita no corpo do pote e nunca na tampa, utilizando-
se, para tal, esparadrapo, fita crepe ou caneta com tinta indelével. 
Local da coleta – As amostras devem ser coletadas em local aberto, de 
preferência ao ar livre ou em condições adequadas de biossegurança. 
Momento da coleta e número de amostras – O diagnóstico deve ser feito a 
partir de, pelo menos, duas amostras de escarro, sendo a primeira geralmente 
coletada no momento da consulta, para aproveitar a presença do doente. A segunda 
amostra deve ser coletada no dia seguinte, preferencialmente ao despertar. Esta 
geralmente é abundante porque provem das secreções acumuladas na arvore brônquica 
durante a noite. 
Orientação ao paciente – A unidade de saúde deve ter pessoal capacitado para 
fornecer informações claras e simples ao paciente quanto a coleta do escarro, devendo 
proceder da seguinte forma: 
 Entregar o recipiente ao paciente, verificando se a tampa do pote fecha 
bem e se já está devidamente identificado (nome do paciente e a data da 
coleta no corpo do pote); 
 Orientar o paciente quanto ao procedimento de coleta: ao despertar pela 
manha, lavar bem a boca, inspirar profundamente, prender a respiração 
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por um instante e escarrar após forçar a tosse. Repetir esta operação ate 
obter três eliminações de escarro, evitando que ele escorra pela parede 
externa do pote; 
 Informar que o pote deve ser tampado e colocado em um saco plástico 
com a tampa para cima, cuidando para que permaneça nesta posição; 
 Orientar o paciente a lavar as mãos; 
 Na impossibilidade de envio imediato da amostra para o laboratório ou 
unidade de saúde, esta poderá ser conservada em geladeira comum até 
no máximo sete dias. 
Conservação e transporte – As amostras clínicas devem ser enviadas e 
processadas no laboratório imediatamente após a coleta. As unidades de saúde deverão 
receber, a qualquer hora de seu período de funcionamento, as amostras coletadas no 
domicilio e conservá-las sob refrigeração até o seu processamento. 
Para o transporte de amostras devem-se considerar três condições importantes: 
 refrigeração; 
 proteção contra a luz solar; e 
 acondicionamento adequado para que não haja risco de derramamento. 
Para transportar potes de escarro de uma unidade de saúde para outra, recomenda-
se a utilização de caixas de isopor com gelo reciclável ou cubos de gelo dentro de um 
saco plástico. As requisições dos exames devem ser enviadas com o material, fora do 
recipiente de transporte. 
De acordo com o Ministério da Saúde, quanto maior o número de Unidades 
Básicas de Saúde (UBS) e de profissionais capacitados desenvolvendo ações de controle 
da tuberculose, mais abrangente será a busca, maior será a detecção de casos, mais 
rápido o início do tratamento e mais eficiente a supervisão do tratamento, o que 
favorece a cura e a quebra da cadeia de transmissão. A busca de casos deve ser feita 
principalmente entre: 
• Sintomáticos respiratórios, isto é, portadores de tosse com expectoração 
há pelo menos três semanas. 
• Portadores que apresentem sintomatologia compatível com tuberculose: 
além da tosse com expectoração, febre vespertina, suores noturnos, 
perda de peso, escarro sanguíneo (hemoptóico) e/ou dor torácica. 
• Pacientes com história de tratamento anterior para tuberculose; 
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• Contatos de casos de tuberculose (pessoas parentes ou não que coabitam 
com um paciente de tuberculose); 
• Populações de risco: pessoas privadas de liberdade, asilos, instituições 
psiquiátricas, abrigos; 
• Portadores de doenças debilitantes (diabetes, neoplasias); 
• Imunodeprimidos por uso de medicamentos; 
• Imunodeprimidos por infecções, como o HIV; 
• Usuários de drogas; 
• Moradores de rua; 
• Trabalhadores da área de saúde. 
 
São atribuições do enfermeiro no atendimento do paciente com tuberculose: 
 
• Realizar assistência integral às pessoas e famílias na USF e, quando 
indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços 
comunitários; 
• Identificar os sintomáticos respiratórios; 
• Orientar quanto à coleta de escarro; 
• Aplicar a vacina BCG; 
• Fazer teste tuberculínico. Caso não tenha capacitação para tal, 
encaminhar para a unidade de referência; 
• Realizar consulta de enfermagem, conforme protocolos ou outras 
normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal, observadas as 
disposições legais da profissão; 
• Realizar consultas de enfermagem, solicitar exames complementares e 
prescrever medicações, observadas as disposições legais da profissão e 
conforme os protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas 
pelo Ministério da Saúde, os gestores estaduais,os municipais ou os 
do Distrito Federal; 
• Convocar os comunicantes para investigação; 
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• Orientar pacientes e familiares quanto ao uso da medicação, esclarecer 
dúvidas e desmistificar tabus e estigmas; 
• Convocar o doente faltoso à consulta e o que abandonar o tratamento; 
• Acompanhar a ficha de supervisão do tratamento preenchida pelo 
ACS; 
• Realizar assistência domiciliar, quando necessário; 
• Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos 
ACS; 
• Orientar os Auxiliares/técnicos de enfermagem, ACS e ACE para o 
acompanhamento dos casos em tratamento e/ou tratamento 
supervisionado; 
• Contribuir e participar das atividades de educação permanente dos 
membros da equipe quanto à prevenção, manejo do tratamento, ações 
de vigilância epidemiológica e controle das doenças; 
• Enviar mensalmente ao setor competente as informações 
epidemiológicas referentes à tuberculose da área de atuação da UBS. 
Analisar os dados e planejar as intervenções juntamente à equipe de 
saúde; 
• Notificar os casos confirmados de tuberculose; 
• Encaminhar ao setor competente a ficha de notificação, conforme 
estratégia local. 
 
Após exposição inicial do conteúdo, vamos para a resolução das questões: 
 
9. (HU-UFS/EBSERH/AOCP/2014) Sobre a Tuberculose (TB), informe se é 
verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a 
sequência correta. 
( ) Para fins de busca ativa, Sintomáticos Respiratórios (SR) são considerados os 
indivíduos com tosse por tempo igual ou superior a uma semana. 
( ) O local indicado para identificar os Sintomáticos Respiratórios (SR) é a Estratégia 
Saúde da Família, por isso, não é necessário a busca ativa de casos em Hospitais Gerais. 
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( ) Somente para os casos de tuberculose multiresistente ou não pulmonar deve se 
realizar o tratamento diretamente observado. 
( ) O tratamento dos bacilíferos é a atividade prioritária de controle da tuberculose, uma 
vez que permite interromper a cadeia de transmissão. 
a) F – V – F – V. 
b) V – V – F – F. 
c) F – F – V – V. 
d) F – F – F – V. 
e) V – F – V – F. 
COMENTÁRIOS: 
A tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por uma bactéria, 
o Mycobacterium tuberculosis, também denominado de bacilo de koch (bk). O termo 
tuberculose se origina no fato da doença causar lesões chamadas tubérculos. 
Para melhor compreensão do conteúdo, vamos analisar cada item da questão: 
Item I. Incorreto. Para fins de busca ativa, Sintomáticos Respiratórios (SR) são 
considerados os indivíduos com tosse por tempo igual ou superior a três semanas. 
Item II. Incorreto. O local mais indicado para identificar os Sintomáticos 
Respiratórios (SR) é a Estratégia Saúde da Família. Mesmo assim, é necessário a busca 
ativa de casos em Hospitais Gerais. 
Item III. Incorreto. Para os casos de tuberculose multirresistente ou pulmonar 
em situação de vulnerabilidade para o abandono deve se realizar o tratamento 
diretamente observado (DOTS). 
Item IV. Correto. O tratamento dos bacilíferos é a atividade prioritária de 
controle da tuberculose, uma vez que permite interromper a cadeia de transmissão. 
Dessa forma, o único item verdadeiro é o item IV. Logo, a sequência correta é F, 
F, F, V. Gabarito, portanto, letra D. 
 
10. (HU-UFMA/EBSERH/IBFC/2013) Você é enfermeiro de uma unidade básica de 
saúde e recebe uma paciente do sexo feminino, 10 anos, acompanhada da mãe, que 
refere os seguintes sinais e sintomas: irritação, febre baixa, sudorese noturna e 
inapetência. Com essas queixas, suspeita-se de: 
a) Gripe. 
b) Doença gastrointestinal. 
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c) Bronquite. 
d) Asma crônica. 
e) Tuberculose. 
COMENTÁRIOS: 
Vamos verificar os sintomas presentes nas afecções citadas para chegarmos à 
resposta correta: 
A Gripe é causada pelos vírus da influenza, tem como sintomas: febre (>38ºC), 
dor de cabeça, dor nos músculos, calafrios, prostração, tosse seca, dor de garganta, 
espirros e coriza. Pode também apresentar pele quente e úmida, olhos hiperemiados e 
lacrimejantes. 
As Doenças gastrointestinais são diversas, entre elas: anomalias do 
desenvolvimento, doenças motoras e mecânicas, doenças inflamatórias, doença 
vascular, endócrinas metabólicas, massas tumorais, genética, multifatoriais. Então 
possuem diversidade de sintomas, mas alguns são prodrômicos como: disfagia, perda de 
peso, vômito e/ou diarreia. 
A Bronquite é a inflamação das principais passagens de ar para os pulmões, 
podendo ser aguda ou crônica e tem como sintomas: desconforto no peito, tosse que 
produz muco, fadiga, febre - geralmente baixa, falta de ar, piorada com esforço ou 
atividade leve, ronco ou chiado no peito. 
A Asma crônica é uma inflamação crônica resulta em uma resposta exagerada 
das vias aéreas levando à limitação ao fluxo de ar, que pode ser reversível 
espontaneamente ou com uso de medicamentos específicos. Tem como sintomas: tosse 
com ou sem produção de escarro (muco), retrações intercostais, deficiência respiratória 
que piora com exercício ou atividade, respiração ofegante que. 
A Tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por uma bactéria, 
o Mycobacterium tuberculosis, também denominado de bacilo de koch (bk). O termo 
tuberculose se origina no fato da doença causar lesões chamadas tubérculo. Esta afecção 
atinge a todos os grupos etários, com maior predomínio nos indivíduos economicamente 
ativos (15 - 54 anos) e do sexo masculino. Os pacientes com tuberculose apresentam 
comprometimento do estado geral, irritabilidade, febre baixa vespertina, sudorese 
noturna, inapetência e emagrecimento. Quando a doença atinge os pulmões, o 
individuo pode apresentar dor torácica e tosse produtiva, acompanhada ou não de 
escarros hemoptóicos. Nos menores de 15 anos, este percentual e de 75%, podendo, 
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entretanto, se localizar em outras partes do organismo: rins, ossos e meninges, dentre 
outras, em função das quais se expressara clinicamente. 
Tendo visto isto, concluímos que o gabarito da questão é a letra E. 
 
11. (FUMUSA/CAIPIMES/2014) Considerando a Tuberculose, o método prioritário, 
que permite identificar o doente bacilífero é: 
a) o exame radiológico 
b) a prova tuberculínica 
c) a cultura de escarro 
d) a baciloscopia direta do escarro 
COMENTÁRIOS: 
 O Exame Bacteriológico Direto do Escarro ou baciloscopia direta do escarro 
é o método fundamental para o diagnóstico da tuberculose. Esse exame, quando 
executado corretamente, permite detectar de 70 a 80% dos casos de tuberculose 
pulmonar em uma comunidade. 
 A baciloscopia direta do escarro deve sempre ser solicitada para: 
 pacientes adultos que procurem o serviço de saúde por apresentarem queixas 
respiratórias ou, informarem ter tosse e expectoração há três semanas ou mais; 
 pacientes que apresentem alterações pulmonares na radiografia de tórax; 
 contatos de casos de tuberculose pulmonarbacilíferos que apresentem queixas 
respiratórias. 
Dessa forma, o gabarito da questão é a letra D. 
 
12. (Prefeitura de Capela do Alto-SP/MAKIYAMA/2014) A tuberculose (TB) é uma 
doença infecciosa que afeta principalmente o parênquima pulmonar. O esquema básico 
no tratamento para a tuberculose no Brasil, para adultos e adolescente, preconizada pelo 
Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT)/Ministério da Saúde envolve: 
I. Na fase intensiva regime 2 RHZE - (Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida, 
Etambutol) por dois meses 
II. na fase de manutenção o regime 4 RH - (Rifampicina, Isoniazida) por 4 meses. 
III. na fase de manutenção o regime 4 RH- (Rifampicina, Isoniazida) por 9 meses. 
Está CORRETO apenas o que se afirma em: 
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a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) I e II. 
e) I e III. 
COMENTÁRIOS: 
Em 1979, o Brasil preconizou um sistema de tratamento para a TB composto pelo 
Esquema I (2RHZ/4RH) para os casos novos; Esquema I reforçado (2RHZE/4RHE) 
para retratamentos; Esquema II (2RHZ/7RH) para a forma meningoencefálica; e 
Esquema III (3SZEEt/9EEt) para falência. 
Em 2009, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose, juntamente com o 
seu comitê técnico assessor, reviu o sistema de tratamento da TB no Brasil. Com base 
nos resultados preliminares do II Inquérito Nacional de Resistência aos Medicamentos 
antiTB, que mostrou aumento da resistência primaria a isoniazida (de 4,4% para 6,0%), 
introduz o etambutol como quarto fármaco na fase intensiva de tratamento (dois 
primeiros meses) do esquema básico. 
Esquema Básico do Tratamento da Tuberculose: 
 
A apresentação farmacológica da fase intensiva (dois primeiros meses) passa a ser 
em comprimidos de doses fixas combinadas dos quatro medicamentos (R - 
Rifampicina, H - Isoniazida, Z - Pirazinamida, E - Etambutol), na seguinte dosagem: R 
150mg, H 75mg, Z 400mg e E 275mg. 
 
 
Atenção! Na fase intensiva de tratamento da doença (dois primeiros meses), 
o esquema básico é composto por apenas um comprimido com a associação dos 4 
medicamentos na seguinte dosagem: R 150mg, H 75mg, Z 400mg e E 275mg. 
tratamento 
antigo 
2 meses: 
R Rifampicina 
H Isoniazida 
Z Pirazinamida 
4 meses: 
R Rifampicina 
H Isoniazida 
Inserido em 2009: 
o etambutol 
como quarto 
fármaco na fase 
intensiva de 
tratamento 
(2 primeiros 
meses). 
tratamento atual 
2 meses: 
R Rifampicina 
H Isoniazida 
Z Pirazinamida 
E Etambutol 
4 meses: 
R Rifampicina 
H Isoniazida 
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A segunda etapa do esquema básico do tratamento da tuberculose (4 meses) 
continua sendo composta de comprimidos de doses fixas pela administração da 
Rifampicina e Isoniazida (RH). Todavia, esses medicamentos passaram ser 
administrados em associação na seguinte dosagem: R 300mg e H 200mg ou R 150mg e 
H 100mg. 
Esquema Básico para o Tratamento da TB em Adultos e 
Adolescentes 
 
Regime Fármacos Faixa de 
peso 
Unidade/dose Meses 
Fase 
intensiva 
2 RHZE 
 
R 150mg, H 75mg, 
Z 
400mg e E 275mg 
comprimido em 
dose fixa 
combinada. 
20kg a 
35kg 
2 comprimidos 
2 
36kg a 
50kg 
3 comprimidos 
> 50kg 4 comprimidos 
Fase de 
manutenção 
4 RH 
R 300mg, H 
200mg ou R 
150mg, H 100mg. 
20 a 35kg 
1 comprimido ou 
cápsula R 300, H 
200mg 
4 
36kg a 
50kg 
1 comprimido ou 
cápsula 
R 300, H 200mg + 1 
comprimido ou 
cápsulas R 150, H 
100mg 
> 50kg 
2 comprimidos ou 
cápsulas R 300, H 
200mg 
 
Nesses termos, concluímos que o único item incorreto é o III. Portanto, gabarito 
letra D. 
 
 
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13. (Prefeitura de Ituporanga-SC/IOBV/2014) Em 1993, a OMS declarou a 
tuberculose uma emergência mundial e passou a recomendar a estratégia DOTS – 
estratégia de tratamento diretamente observado (Direct Observed Treatment Strategy) 
como resposta global para o controle da doença. Esta estratégia pode ser entendida 
como um conjunto de boas práticas para o controle de tuberculose e se fundamente em 
cinco componentes (WHO, 2009). Dentre estes fundamentos está INCORRETO: 
a) Tratamento padronizado com a supervisão da tomada da medicação e apoio ao 
paciente. 
b) Fortalecimento e gestão eficaz de medicamentos. 
c) Sistema de monitoramento e avaliação ágil que possibilite o monitoramento dos 
casos, desde a notificação até o encerramento do caso. 
d) Diagnóstico de casos por meio de exames radiológicos de qualidade. 
COMENTÁRIOS: 
O tratamento diretamente observado (TDO) constitui uma mudança na forma 
de administrar os medicamentos, porém sem mudanças no esquema terapêutico: o 
profissional treinado passa observar a tomada da medicação do paciente desde o 
início do tratamento até a sua cura. 
Taxas de cura inferiores à meta preconizada de 85% e de abandono superiores a 
5% demonstram a necessidade de aumentar a qualidade na cobertura do tratamento 
diretamente observado no País. 
Para todo caso de tuberculose (novo ou retratamento) deve-se realizar o 
tratamento diretamente observado, pois não é possível predizer os casos que irão aderir 
ao tratamento (FRIEDEN; SBARBARO, 2007). O tratamento diretamente observado é 
mais que ver a deglutição dos medicamentos. É necessário construir um vínculo entre o 
doente e o profissional de saúde, bem como entre o doente e o serviço de saúde. Torna-
se também necessário remover as barreiras que impedem a adesão, utilizando estratégias 
de reabilitação social, melhora da autoestima, qualificação profissional e outras 
demandas sociais. A escolha da modalidade de TDO a ser adotada deve ser decidida 
conjuntamente entre a equipe de saúde e o paciente, considerando a realidade e a 
estrutura de atenção à saúde existente. É desejável que a tomada observada seja diária, 
de segunda a sexta-feira. No entanto, se para o doente a opção de três vezes por semana 
for a única possível, deve ser exaustivamente a ele explicada a necessidade da tomada 
diária, incluindo os dias em que o tratamento não será observado. O uso de incentivos 
sandra luiza - 565.067.591-00
 NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
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(lanche, auxílio-alimentação e outros) e facilitadores de acesso (vale transporte) está 
recomendado como motivação para o TDO. 
O doente pode ir ao serviço para receber a medicação ou o profissional do 
serviço pode ir ao domicílio. É importante observar que o local de administração do 
medicamento ou a opção por observação não diária deve dizer respeito às dificuldades 
do doente e nunca do serviço. Para fins operacionais, ao final do tratamento, para definir 
se o tratamento foi observado, convenciona-se que este doente deverá ter tido no 
mínimo 24 tomadas observadas na fase de ataque e 48 tomadas observadas na fase de 
manutenção. 
Tendo visto isto, concluímos que a única alternativa que não está de acordo com 
o enunciado da questão é a letra D, pois o TDO não se trata de diagnóstico e sim uma 
mudança na forma de administrar os medicamentos. Portanto, gabarito letra D.

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