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NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
 
 
 
 
NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
Página 1 
 
 
Equipe Professor Rômulo Passos | 2015 
 
CURSO COMPLETO DE ENFERMAGEM 
P/ CONCURSO - 2015 
AULA Nº 43 - PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO 
EM SAÚDE COM VISTAS AO AUTOCUIDADO 
 
sandra luiza - 565.067.591-00
NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
 
 
 
 
NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
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Prezado aluno, 
 
Sou a Professora Poly e irei acompanhá-lo nesse momento de estudo a respeito da 
temática: Planejamento da educação em saúde com vistas ao autocuidado. 
 
Boa aula! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
sandra luiza - 565.067.591-00
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NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
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Planejamento da educação em saúde com vistas ao autocuidado 
 
1. Surgimento da Educação em saúde 
2. Bases conceituais da Educação em Saúde 
3. Conceitos Importantes 
4. Papel do Enfermeiro no processo de educação em 
saúde: importância, métodos, atuação, resultados. 
5. Educação em saúde (comunidade, continuada e permanente) 
6. Assistência integral por meio do trabalho em equipes – 
enfermagem, multiprofissional e interdisciplinar. 
 
1. Surgimento da Educação em saúde 
A educação em saúde tradicional, inicialmente chamada de Educação Sanitária, surge no 
Brasil a partir da necessidade do Estado brasileiro de controlar as epidemias de doenças infecto 
contagiosas que ameaçavam a economia agroexportadora do país durante a República Velha, no 
começo do século XX. Nesse período a população brasileira era atingida por doenças como a 
varíola, febre amarela, tuberculose e sífilis, que estavam relacionadas às péssimas condições 
sanitárias e socio-econômicas em que o povo vivia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Bases Conceituais da Educação em Saúde 
Educação em Saúde – é um processo sistemático, contínuo e permanente que objetiva a 
formação e o desenvolvimento da consciência crítica do cidadão, estimulando a busca de 
soluções coletivas para os problemas vivenciados e a sua “participação real” no exercício do 
controle social. 
 
FIQUE LIGADO NAS PALAVRAS CHAVES DO CONCEITO: 
 
 
 
 
Vamos complementar o conceito através de outros autores: 
“A Educação em Saúde se constitui como um conjunto de práticas pedagógicas e sociais, de 
conteúdo técnico, político e científico, que no âmbito das práticas de atenção à saúde deve ser 
vivenciada e compartilhada pelos trabalhadores da área, pelos setores organizados da população 
e consumidores de bens e serviços de saúde” e de saneamento ambiental; 
A Educação em Saúde é uma prática social, cujo processo contribui para a formação da 
consciência crítica das pessoas a respeito de seus problemas de saúde, a partir da sua realidade, e 
estimula a busca de soluções e organização para a ação individual e coletiva; 
Reafirma a educação como um sistema baseado na participação das pessoas visando à mudança 
(transformação) de determinada situação, rompendo com o paradigma da concepção estática de 
educação como transferência de conhecimentos, habilidades e destrezas; 
 
REFORÇANDO AS PALAVRAS CHAVES DO CONCEITO: 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMÁTICO CONTÍNUO PERMANENTE 
PRÁTICAS 
PEDAGÓGICAS/ 
EDUCATIVA 
PRÁTICAS SOCIAIS 
OBJETIVO DE 
MUDANÇA! 
TRANSFORMAÇÃO! 
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PRÁTICA PEDAGÓGICA/EDUCATIVA 
• A prática de saúde, enquanto prática educativa, tem por base o processo de capacitação de 
indivíduos e grupos para atuarem sobre a realidade e transformá-la; 
“A prática educativa parte do princípio de respeitar o universo cultural das pessoas e as formas 
de organização da comunidade, considera que todas as pessoas acumulam experiências, valores, 
crenças, conhecimentos e são detentoras de um potencial para se organizar e agir.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
• “A dimensão educativa é inerente aos processos de trabalho em saúde, seja ao nível da sua 
formalização nas práticas pedagógicas reconhecidas por sua delimitação ao espaço da escola ou 
dos serviços de assistência à saúde, mas também pela saúde e educação constituírem-se como 
práticas sociais que se articulam na vida de todo ser humano.” 
 
REFORÇANDO  A finalidade da ação de Educação em Saúde é a transformação. Esta ação, 
como área do conhecimento, contribui de forma decisiva para a consolidação dos princípios e 
diretrizes do SUS: universalidade, integralidade, eqüidade, descentralização, participação e 
controle social. A sua clientela compõe-se de profissionais de saúde, grupos sociais e população 
em geral, respeitando as suas formas de organização. 
 
PRÁTICA SOCIAL 
A Educação em Saúde ocorre nas relações que se estabelecem entre os profissionais de 
saúde e saneamento e destes com os serviços na sua organização, gestão participativa e escolha 
dos melhores caminhos a percorrer que suscitem a maior participação da comunidade. Esta 
participação ganha concretude na comunidade na definição de suas necessidades e formas de 
atuar; dentro do próprio serviço na democratização do atendimento e da informação à 
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comunidade e seus grupos sociais; e dela com os serviços, quando de posse da informação e no 
exercício da participação influi nas mudanças necessárias à promoção da saúde e exerce o 
controle social sobre o sistema. 
O reforço da ação comunitária que privilegia o município como local para o 
desenvolvimento de ações intersetoriais e de promoção da saúde, permitindo uma maior 
influência na definição de prioridades; 
 
3. Conceitos Importantes 
Educação Popular – busca promover a participação dos sujeitos 
sociais, incentivando a reflexão, o diálogo e a expressão da 
afetividade, potencializando sua criatividade e sua autonomia. 
Educação popular em saúde – volta-se para a promoção da 
participação social no processo de formulação e gestão da 
política de saúde, direcionando-se para o cumprimento efetivo dos 
princípios ético-políticos do SUS: universalidade, integralidade, eqüidade, descentralização, 
participação e controle social. 
Educação permanente – estratégia de reestruturação dos serviços, a partir da análise dos 
determinantes sociais e econômicos, mas sobretudo de valores e conceitos dos profissionais. 
Propõe transformar o profissional em sujeito, colocando-o no centro do processo ensino-
aprendizagem . 
A Educação Permanente (EP) é uma política do Ministério da Saúde instituída em 13 de 
fevereiro de 2004 pela Portaria Nº 198/GM, e alterada em 20 de agosto de 2007 Portaria 
Nº 1996/GM, como uma estratégia para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS). Esta 
política visa trabalhar, transformar e qualificar as práticas de saúde dentro do quadrilátero 
formado por gestores, acadêmicos, profissionais e representantes sociais. 
 
DICA  Portaria Nº 1996/GM 
 
 
 
 
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O processo de desenvolvimento de um programa de Educação Permanente – EP implica na 
reflexão sobre a conjuntura e as contingências institucionais, sob o ponto de vista ético e político. 
Assim, deve ser concebido dentro das premissas básicas de ser um processo constante de 
promoção e desenvolvimento integral e contextualizado da equipe, centrando-se nas 
circunstâncias e problemas de seu processo de trabalho, de modo crítico e criativo. Em suma, 
saberes, habilidades e valores deverão ser apropriados pela equipe no contexto do trabalho, para 
que ela possa desempenhar suas atividades, de forma satisfatória para todos – profissionais e 
comunidade. A escolha da terminologia Educação Permanente é dada como justificativa para 
integrar as múltiplas abordagens pretendidas. Neste sentido ela abriga, além da educação em 
serviço, a compreensão no âmbito da formação técnica, de graduação e de pós-graduação; da 
organização do trabalho; da interação com as redes de gestão e de serviços de saúde; e do 
controle social no setor. 
Em estudos recentes é possível observar a ampliação do conceito de Educação Permanente 
e uma nova nomenclatura na área da saúde, que passa a chamar este processo de educação em 
saúde como Educação Permanente em Saúde, justificando o uso desta terminologia pelo fato de 
que este processo passou a ser uma política pública formulada para alcançar o desenvolvimento 
dos sistemas de saúde, reconhecendo que só é possível encontrar trabalhadores que se ajustem as 
constantes mudanças ocorridas nos complexos sistemas de saúde por meio da aprendizagem 
significativa, que prevê que o conhecimento deve ser construído, considerando as novidades e o 
que já se têm como consolidado. A Educação Permanente em Saúde vem para aprimorar o 
método educacional em saúde, tendo o processo de trabalho como seu objeto de transformação, 
com o intuito de melhorar a qualidade dos serviços, visando alcançar equidade no cuidado, 
tornando-os mais qualificados para o atendimento das necessidades da população. 
Os conceitos teóricos e metodológicos da Educação Permanente enquanto política pública, 
mesmo não efetivamente compreendida e necessitando de estudos frente a esta temática, tem-se 
através da literatura a conceituação de um sinônimo com a Educação Continuada e é possível 
perceber que a proposta ministerial amplia seu significado, tanto pela inclusão de todos os atores, 
quanto pela eleição de metodologias participativas que partem das experiências vividas, 
problematizando-as e gerando propostas que viabilizem soluções. 
Mobilização social – “a mobilização ocorre quando um grupo de pessoas, uma comunidade, 
uma sociedade decide e age com objetivo comum, buscando, quotidianamente, os resultados 
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desejados por todos. Por isso se diz que Mobilização Social: é convocar vontades para atuar na 
busca de um propósito comum, sob uma interpretação e um sentido também compartilhado (José 
Bernardo Toro, 1996)”. 
Agir educativo – Segundo documentos do Ministério da Saúde, é ação social que se alimenta do 
processo de construção de um substrato teórico metodológico de sustentação, de projetos 
políticos que suscitem a participação da sociedade e de ações capazes de produzirem novos 
sentidos nas relações entre necessidades de saúde da população e organização do cuidado da 
saúde.” 
Promoção da Saúde – é um paradigma que ganhou 
visibilidade com a Carta de Ottawa, ao definir que a melhoria 
da qualidade de vida é “resultante de um conjunto de fatores 
sociais, econômicos, políticos, culturais, ambientais, 
comportamentais e, também, biológicos.” 
Outra estratégia decorrente da promoção da saúde é 
reforçar a ação comunitária, objetivando a formulação local 
de políticas saudáveis e permitindo uma maior influência da 
sociedade na definição de prioridades. Neste sentido, o processo de descentralização e as 
experiências exitosas de diversos sistemas municipais de saúde e comunitários no país são 
fatores favoráveis à adoção do paradigma da promoção da saúde no Brasil. 
As estratégias que podem ser utilizadas num processo contínuo e permanente de educação 
e promoção à saúde para impactar ou melhorar determinada situação devem ser construídas 
levando-se em consideração os direitos de cidadania 
 
4. Papel do Enfermeiro no processo de educação em saúde: importância, métodos, 
atuação, resultados. 
 
A educação em saúde efetiva lança uma base sólida para o bem-estar individual e da 
comunidade. O ensino é um instrumento integrante que todas as enfermeiras empregam para 
ajudar os pacientes e as famílias a desenvolver comportamentos de saúde efetivos e a modificar 
padrões de estilo de vida que predispõem as pessoas a riscos da saúde. 
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A educação em saúde é um fator influenciador diretamente relacionado com os resultados 
positivos dos cuidados ao paciente. 
O atual ambiente de cuidados à saúde exige a utilização de uma abordagem organizada 
para a educação em saúde, de tal modo que os pacientes possam satisfazer suas necessidades de 
saúde específicas. Os fatores significativos para a consideração das enfermeiras quando planejam 
a educação do paciente incluem a disponibilidade do cuidado de saúde fora do ambiente 
hospitalar, a participação de diversos profissionais para realizar as metas do cuidado e o uso 
crescente de estratégias complementares e alternativas em lugar das condutas tradicionais de 
cuidados. A rigorosa consideração desses fatores pode prover os pacientes com a informação 
abrangente que é essencial para tomar decisões informadas a respeito dos cuidados de saúde. As 
demandas dos consumidores de informações abrangentes sobre seus problemas de saúde durante 
todo o ciclo de vida acentuam a necessidade para que aconteça a educação em saúde holística em 
todos os encontros entre o paciente e a enfermeira. 
O ensino, como uma função da enfermagem, está incluído em todas as leis estaduais de 
atuação da enfermeira e no Standards of Clinical Nursing Practice da American Nurses 
Association (ANA, 2004). 
 
 
 
 
 
 
A educação em saúde é uma função independente da prática de enfermagem e é uma 
responsabilidade essencial de enfermagem. 
As enfermeiras que atuam como educadoras são desafiadas a concentrar-se nas 
necessidades educacionais das comunidades e a fornecer a educação específica do paciente e da 
família. A educação em saúde é importante para o cuidado de enfermagem porque ela afeta as 
capacidades das pessoas e das famílias de realizar atividades importantes de AUTOCUIDADO 
Todo contato que determinada enfermeira tem com um consumidor dos cuidados de saúde, 
seja este uma pessoa doente ou que possua uma incapacidade ou não, deve ser considerado como 
uma oportunidade para o ensino sobre saúde. Embora as pessoas tenham o direito de decidir se 
Todo cuidado de enfermagem é direcionado no sentido de promover, manter e 
restaurar a saúde; evitar a doença; e ajudar as pessoas a se adaptar aos efeitos 
residuais da doença. Muitas dessas atividades de enfermagem são realizadas por meio 
da educação em saúde ou do ensino do paciente. 
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aprendem ou não, as enfermeiras têm a responsabilidadede apresentar as informações que 
motivem as pessoas a reconhecer a necessidade de aprender. Portanto, as enfermeiras devem usar 
as oportunidades em todos os ambientes de cuidados à saúde para promover o bem-estar. Os 
ambientes educacionais podem incluir casas, hospitais, centros de saúde comunitários, escolas, 
locais de trabalho, agências de serviço, abrigos e grupos de ação ou apoio ao consumidor. 
Esta ênfase sobre a educação em saúde origina-se, em parte, no direito do público ao 
cuidado de saúde abrangente, o qual inclui informações de saúde atualizadas. Também reflete o 
surgimento de um público informado que está fazendo perguntas mais significativas sobre a 
saúde e o cuidado à saúde. Em razão da importância que a sociedade norte-americana coloca 
sobre a saúde e a responsabilidade que cada pessoa tem de manter e promover sua própria saúde, 
os membros da equipe de saúde, principalmente as enfermeiras, estão obrigados a disponibilizar 
a educação em saúde. Sem o conhecimento e o treinamento adequados nas habilidades de 
autocuidado, os consumidores não podem tomar decisões informadas sobre sua saúde. 
 
ATENÇÃO  As pessoas com doenças crônicas e incapacitantes estão entre aquelas 
com maior necessidade de educação em saúde. 
 
 
 
 
 
À medida que o espectro de vida da população aumenta, também se eleva o número de 
pessoas com essas doenças. As pessoas com doenças crônicas precisam de informações de 
cuidados à saúde para participar ativamente e assumir a responsabilidade pelo 
AUTOCUIDADO. A educação em saúde pode ajudar aqueles com doença crônica a se adaptar 
às suas doenças, evitar complicações, realizar a terapia prescrita e solucionar os problemas 
quando confrontados com novas situações. Ela também pode ajudar a evitar situações de crise e a 
reduzir o potencial para a re-hospitalização decorrente das informações inadequadas sobre o 
autocuidado. 
 
 
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Além do direito e do desejo do público pela educação em saúde, a educação do paciente 
também constitui uma estratégia para promover o AUTOCUIDADO em casa e na comunidade, 
reduzindo os custos dos cuidados à saúde ao evitar a doença, gerenciando efetivamente as 
terapias necessárias, evitando as intervenções médicas dispendiosas, diminuindo as durações das 
internações hospitalares e facilitando a alta mais precoce. Para os serviços de saúde, oferecer 
programas de bem-estar na comunidade é um instrumento de relações públicas para aumentar a 
satisfação do paciente e para desenvolver uma imagem positiva da instituição. A educação do 
paciente também é uma estratégia de redução de custo em que as relações positivas equipe-
paciente podem evitar ações de imperícia. 
 
 
 
 
 
 
Passemos para a resolução de questões: 
 
1. (IF Farroupilha/IF Farroupilha/2014) O gerenciamento dos serviços, seja em instituições 
hospitalares ou na atenção básica, exige dos profissionais competências (cognitivas, técnicas e 
atitudinais) na implementação de estratégias adequadas às atuais tendências administrativas 
contemporâneas. Uma das questões que diz respeito ao enfermeiro que exerce a função de 
gerente, é a Educação Permanente da equipe. O Ministério da Saúde, por meio da Portaria 
GM/MS nº 1.996, de 20 de agosto de 2007, define que “a Política Nacional de Educação 
Permanente em Saúde deve considerar as especificidades regionais, a superação das 
desigualdades regionais, as necessidades de formação e desenvolvimento para o trabalho em 
saúde e a capacidade já instalada de oferta institucional de ações formais de educação na saúde.” 
Analise as alternativas e assinale a que revela o novo enfoque na Educação Permanente. 
Vamos praticar!!! 
A meta da educação em saúde é ensinar as pessoas a viver a vida com saúde 
máxima — isto é, empenhar-se no sentido de atingir seu potencial de saúde máximo. 
 
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a) A Educação Permanente deve incorporar o ensino e o aprendizado à vida cotidiana das 
organizações e às práticas sociais e laborais, no contexto real em que ocorrem. 
b) A Educação Permanente deve modificar substancialmente as estratégias educativas, a partir da 
teoria como fonte de conhecimento e de problemas, definindo o próprio fazer. 
c) Deve colocar as pessoas como construtores do conhecimento e de alternativas de ação e como 
recursos humanos passivos da prática, ao invés de atores. 
d) Deve abordar a equipe e o grupo como estrutura de interação, proporcionando a fragmentação 
disciplinar. 
e) A Educação Permanente deve restringir os espaços educativos fora da aula (na comunidade, 
em clubes e associações, em ações comunitárias) e ampliá-los dentro das organizações. 
COMENTÁRIOS: 
A Educação Permanente é aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se 
incorporam ao cotidiano das organizações e ao trabalho. A educação permanente baseia-se 
na aprendizagem significativa e na possibilidade de transformar as práticas profissionais. A 
educação permanente pode ser entendida como aprendizagem-trabalho, ou seja, ela acontece no 
cotidiano das pessoas e das organizações. Ela é feita a partir dos problemas enfrentados na 
realidade e leva em consideração os conhecimentos e as experiências que as pessoas já têm. 
Propõe que os processos de educação dos trabalhadores da saúde se façam a partir da 
problematização do processo de trabalho, e considera que as necessidades de formação e 
desenvolvimento dos trabalhadores sejam pautadas pelas necessidades de saúde das pessoas e 
populações. Os processos de educação permanente em saúde têm como objetivos a 
transformação das práticas profissionais e da própria organização do trabalho. 
Nesses termos, concluímos que o gabarito da questão é a letra A. 
 
 
 
 
 
 
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2. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IMPARH/2014) A educação em saúde é uma das mais 
importantes estratégias para a promoção da saúde nos diferentes cenários da Estratégia de Saúde 
da Família. Sobre o processo educativo, assinale a alternativa CORRETA: 
a) No processo educativo o uso de metodologias similares pode ser empregado para diferentes 
grupos etários sem restrições. 
b) A educação em saúde permite ao usuário do serviço de saúde participar com mais autonomia 
das decisões relativas à sua saúde. 
c) Dentre as atividades educativas o processo realizado em grupos não alcança resultados tão 
favoráveis quanto o individual. 
d) O grupo desenvolve uma relação vertical entre os participantes e opera a integração do 
conhecimento intelectual com a vivência dos profissionais. 
COMENTÁRIOS: 
A educação em saúde fornece informações de cuidados à saúde possibilitando ao usuário 
participar ativamente das decisões relativas a sua saúde e assumir a responsabilidade pelo 
autocuidado. A educação em saúde pode ajudar aqueles com doença crônica a se adaptar às suas 
doenças, evitar complicações, realizar a terapia prescrita e solucionar os problemas quando 
confrontados com novas situações. Ela também pode ajudar a evitar situações de crise e a reduzir 
o potencial para a re-hospitalização decorrente das informações inadequadas sobre o autocuidado. 
A meta da educação em saúde é ensinar as pessoas a viver a vida com saúde máxima — isto é, 
empenhar-seno sentido de atingir seu potencial de saúde máximo. 
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra B. 
 
5. Assistência integral por meio do trabalho em equipes – enfermagem, 
multiprofissional e interdisciplinar. 
Uma equipe é um grupo de pessoas que geralmente se une para 
alcançar um objetivo em comum. O trabalho em equipe é baseado na 
relação recíproca entre as intervenções técnicas e interação dos agentes. 
As habilidades complementares dos membros possibilitam alcançar 
resultados, os objetivos compartilhados determinam seu propósito e 
direção. Respeito e cooperação são elevadas qualificações. 
Um dos objetivos de integração de uma equipe multiprofissional é 
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diminuir a desigualdade entre os profissionais de diferentes atuações na área de saúde para 
consequentemente ocorrer a maior integração entre a equipe, podendo assim haver maior 
possibilidade de interagirem em situações livres de submissão na busca de consensos acerca da 
finalidade e do modo de executar o trabalho. 
Um dos locais onde a equipe multiprofissional é coloca em prática é na Estratégia de Saúde 
da Família (ESF), que teve início em 1994, e assim é que, dentro do escopo de apoiar à inserção 
da Estratégia de Saúde da Família na rede de serviços e ampliar a abrangência, a resolutividade, 
a territorialização, a regionalização, bem como a ampliação das ações da APS no Brasil, o 
Ministério da Saúde criou os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), mediante a Portaria 
GM nº 154, de 24 de janeiro de 2008. 
Um NASF deve ser constituído por uma equipe, na qual profissionais de diferentes áreas 
de conhecimento atuam em conjunto com os profissionais das equipes de Saúde da Família, 
compartilhando e apoiando as práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade das equipes 
de SF. Tal composição deve ser definida pelos próprios gestores municipais e as equipes de SF, 
mediante critérios de prioridades identificadas a partir das necessidades locais e da 
disponibilidade de profissionais de cada uma das diferentes ocupações. 
Uma equipe multiprofissional tem muitos aspectos positivos, entre eles temos: Articulação 
dos saberes e divisão do trabalho, agir comunicativo, atenção integral à saúde, contato próximo 
com as famílias. 
Quanto à interdisciplinaridade Piaget traduz dizendo que é o grau mais elevado de 
interação entre as disciplinas. Ele defende a não verticalização entre elas e sim a necessidade de 
se compartilhar uma mesma plataforma de trabalho, atuando sobre conceitos em comum e 
esforçando-se para que haja melhor inter-relação profissional. Com isso se efetiva uma nova 
combinação de elementos internos e o estabelecimento de canais de trocas entre os campos em 
torno de uma tarefa a ser desempenhada conjuntamente. 
O conceito de interdisciplinaridade surge no século XX, na França, em meados dos anos 
1960, especificamente, num período marcado pelos movimentos estudantis que, dentre outras 
questões, reivindicavam um ensino mais sintonizado, com maior interação entre as grandes 
questões de ordem social, política e econômica da época, em um movimento contrário ao ensino 
fragmentado e verticalizado. Pode-se considerar interdisciplinaridade uma troca intensa de 
saberes profissionais especializados em diversos campos, exercendo, dentro de um mesmo 
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cenário, uma ação de reciprocidade e mutualidade, que pressupõe uma atitude diferenciada a ser 
assumida diante de um determinado problema, ou seja, é a substituição de uma concepção 
fragmentada e distante por uma visão unitária e abrangente sobre o ser humano. 
 
 
 
 
 
Segundo essa perspectiva, integralidade aproxima-se de uma prática dos profissionais de 
saúde que se distancia da redução do paciente ao aparelho ou sistema biológico que produziu a 
doença ou queixa, produzida e reforçada pela prática hegemônica em saúde. Implica em entender 
o ser humano em sua multidimensionalidade, considerando suas necessidades, desejos, vontades 
e capacidade de interferir em seu processo de vida e adoecimento. Representa a capacidade de 
repensar o trabalho em rede, a assistência à saúde nas diversas esferas de atenção, integrando os 
esforços empreendidos em cada nível e ofertando aos usuários assistência contínua. 
Na enfermagem, tem-se debatido a fragmentação do cuidado a partir do modo de 
organização do trabalho, que, no Brasil, é agravado pelas condições de trabalho e pela 
composição da equipe, composta de profissionais com diferentes níveis de formação e com 
competências diferenciadas para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. 
Tradicionalmente, o trabalho é organizado pela distribuição de tarefas parcelares entre os 
diferentes trabalhadores, considerando a formação e o quadro de pessoal disponível. O 
enfermeiro realiza os cuidados de maior complexidade e coordena, planeja e avalia os cuidados 
prestados pela equipe de enfermagem. Esse modo de organização do trabalho compromete a 
visão do sujeito integral, gerando fragmentação da assistência e afastando-se dos indicativos de 
assistência integral/integralidade. 
 
Bons Estudos! 
 
Profª Poly 
 
sandra luiza - 565.067.591-00

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