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0 FALC – FACULDADE ALDEIA DE CARAPICUÍBA A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL São Paulo 2018 1 FALC – FACULDADE ALDEIA DE CARAPICUÍBA PEDAGOGIA Maria Lúcia Araújo Albuquerque A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA NO EDUCAÇÃO INFANTIL Trabalho apresentado ao curso de Licenciatura em Pedagogia com habilitação em Educação Infantil da FALC - Faculdade Aldeia de Carapicuíba, como requisito parcial para a obtenção de grau em cumprimento as exigências para a obtenção do certificado. São Paulo 2018 1 1 DEDICATÓRIA “Dedico este trabalho primeiramente а Deus, pоr ser essencial еm minha vida, autor dе mеυ destino, mеυ guia, socorro presente nа hora dа angústia. 2 2 RESUMO A cultura afro-brasileira faz parte da nossa identidade e é dever de o educador levá- lo a prática em ambientes infantis é intervir no processo de formação e percepção crítica das crianças contribuindo, assim, para uma relação de respeito e aceitação das diferenças. O presente estudo descreve como identificar a existência de uma abordagem da história e da cultura afro-brasileira com referências didático- pedagógicas alicerçadas na Lei 10.639/03 que obriga o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira visando incluir na Educação Infantil. Conta um pouco da história da luta dos africanos e seus descendentes pela liberdade e por direitos, as bases legais que englobam a temática e o incentivo para se trabalhar o respeito pelas diferenças na sala de aula, com o intuito de mostrar a importância de se conhecer a cultura afro-brasileira no sentido de se ampliar conhecimento e aumentar a auto-estima dos alunos. Palavras-chave: Cultura Afro-Brasileira - Educação Infantil 3 3 ABSTRACT Afro-Brazilian culture is part of our identity and it is the duty of the educator to take it to practice in children's environments and to intervene in the process of formation and critical perception of children, thus contributing to a relationship of respect and acceptance of differences. The present study describes how to identify the existence of an approach to Afro-Brazilian history and culture with didactic-pedagogical references based on Law 10.639 / 03, which obliges the teaching of Afro-Brazilian History and Culture to include in Early Childhood Education. It tells a little of the history of the struggle of Africans and their descendants for freedom and for rights, the legal bases that encompass the theme and the incentive to work for respect for differences in the classroom, in order to show the importance of knowing each other the Afro-Brazilian culture in the sense of expanding knowledge and increasing students' self-esteem. Keywords: Afro-Brazilian Culture - Early Childhood Education 4 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 05 2. CULTURA AFRO BRASILEIRA ........................................................................... 07 2.1. Evolução Histórica ........................................................................................... 07 2.2. A Influência do Negro na Cultura Brasileira .................................................. 08 3. EDUCAÇÃO ÁFRICA E HISTÓRIA CULTURA AFROBRASILEIRA ................. 12 4. A LEI 10639/03 – A CONQUISTA POR DIREITOS .............................................. 14 5. A CULTURA AFROBRASILEIRA NO ÂMBITO ESCOLAR ................................. 18 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÂFICAS ......................................................................... 23 WEBGRAFIAS .......................................................................................................... 25 5 5 1. INTRODUÇÃO O negro chegou ao Brasil predestinado unicamente para servir, sem ter em troca qualquer lucro, afastados da família, do seu país, da cultura, crenças e valores que os moldava. Mesmo diante de tantas fragilidades, os negros não se entregaram passivamente à forma de dominação a que foram submetidos, lutando de diversas maneiras para conseguir livrar-se da dominação escravocrata e da aculturação. A cultura afro-brasileira faz parte da nossa identidade. Este fato em si, já é relevante para se estimular o interesse pelo assunto e levá-lo a prática em ambientes infantis. Sendo os estabelecimentos de ensino multiculturais e raciais, acredita-se que diante de currículos e propostas pedagógicas que valorizem a aprendizagem da história de povos de todo o mundo e da cultura que cerca a sociedade, ter-se-á uma sociedade mais justa, igualitária e comprometida com a disseminação das suas raízes culturais. A história dos africanos é parte da história do povo brasileiro. Desde quando chegaram ao Brasil, os africanos passaram a contribuir para a história do país, suas culturas se intercambiaram com a do povo que já habitava aqui, transformando o Brasil num país multicultural. Muitos de nós brasileiros praticam dessas culturas africanas deixadas e sem saber da sua história ou pelo menos não valorizam. Talvez, uma das soluções para superar o racismo seja a iniciativa de começar a legitimar a cultura afro-brasileira desde as crianças. O objetivo deste estudo é analisar a inclusão da história e da cultura africana das turmas de educação infantil como possibilidade de incentivar o respeito à diversidade cultural e de combate ao racismo com todo o processo histórico sofrido pelo país, a vasta extensão, as diversidades de pensamentos, conhecimentos, estilos de vida. Diante da importância da presença afro-brasileira no cenário nacional e de se ter estudos que abordem a Lei 10.639/03, apresentamos como objetivo deste trabalho mostrar a importância da inserção da História e Cultura Afro-Brasileira no contexto escolar, considerando o que estabelece a Lei 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira 6 6 Nas palavras de Santos (1987, p. 16): É importante considerar a diversidade cultural interna à nossa sociedade; isso é de fato essencial para compreendermos melhor o país em que vivemos. Mesmo porque essa diversidade não é só feita de idéias; ela está também relacionada com as maneiras de atuar na vida social, é um elemento que faz parte das relações sociais no país. A diversidade também se constitui de maneiras diferentes de viver, cujas razões podem ser estudadas, contribuindo dessa forma para eliminar preconceitos e perseguiçõesde que são vítimas grupos e categorias de pessoas. A escola é um dos principais meios de socialização o educador expõe para os seus alunos seus conhecimentos culturais isso deve ser feito de maneira que um respeite a cultura do outro, e a escola deve assumir este papel, para que seus membros transmitam a sua comunidade. 7 7 2. CULTURA AFRO-BRASILEIRA Denomina-se cultura afro-brasileira o conjunto de manifestações culturais do Brasil que sofreram algum grau de influência da cultura africana desde os tempos do Brasil colônia até a atualidade. A cultura da África chegou ao Brasil, em sua maior parte, trazida pelos escravos negros na época do tráfico transatlântico de escravos. No Brasil a cultura africana sofreu também a influência das culturas europeia (principalmente portuguesa) e indígena, de forma que características de origem africana na cultura brasileira encontram-se em geral mescladas a outras referências culturais. Traços fortes da cultura africana podem ser encontrados hoje em variados aspectos da cultura brasileira, como a música popular, a religião, a culinária, o folclore e as festividades populares. Os estados do Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os mais influenciados pela cultura de origem africana, tanto pela quantidade de escravos recebidos durante a época do tráfico como pela migração interna dos escravos após o fim do ciclo da cana-de-açúcar na região Nordeste. Ainda que tradicionalmente desvalorizados na época colonial e no século XIX, os aspectos da cultura brasileira de origem africana passaram por um processo de revalorização a partir do século XX que continua até os dias de hoje. 2.1. Evolução Histórica De maneira geral, tanto na época colonial como durante o século XIX a matriz cultural de origem europeia foi a mais valorizada no Brasil, enquanto que as manifestações culturais afro-brasileiras foram muitas vezes desprezadas, desestimuladas e até proibidas. Assim, as religiões afro-brasileiras e a arte marcial da capoeira foram frequentemente perseguidas pelas autoridades. Por outro lado, algumas manifestações folclóricas, como as congadas e o maracatu, assim como expressões musicais como o lundu, foram toleradas e até estimuladas. 8 8 Entretanto, a partir de meados do século XX, as expressões culturais afro- brasileiras começaram a ser gradualmente mais aceitas e admiradas pelas elites brasileiras como expressões artísticas genuinamente nacionais. Nem todas as manifestações culturais foram aceitas ao mesmo tempo. O samba foi uma das primeiras expressões da cultura afro-brasileira a ser admirada quando ocupou posição de destaque na música popular, no início do século XX. Posteriormente, o governo da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas desenvolveu políticas de incentivo do nacionalismo nas quais a cultura afro- brasileira encontrou caminhos de aceitação oficial. Por exemplo, os desfiles de escolas de samba ganharam nesta época aprovação governamental através da União Geral das Escolas de Samba do Brasil, fundada em 1934. Outras expressões culturais seguiram o mesmo caminho. A capoeira, que era considerada própria de bandidos e marginais, foi apresentada, em 1953, por mestre Bimba ao presidente Vargas, que então a chamou de "único esporte verdadeiramente nacional". A partir da década de 1950 as perseguições às religiões afro- brasileiras diminuíram e a Umbanda passou a ser seguida por parte da classe média carioca. Na década seguinte, as religiões afro-brasileiras passaram a ser celebradas pela elite intelectual branca. Em 2003, foi promulgada a lei nº 10.639 que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), passando-se a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluam no currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira. 2.2. A Influência do Negro na Cultura Brasileira O interesse pela cultura afro-brasileira manifesta-se pelos muitos estudos nos campos da sociologia, antropologia, etnologia, música e linguística, entre outros, centrados na expressão e evolução histórica da cultura afro-brasileira. A comida que degustamos no nosso dia-a-dia mostra a contribuição dos povos africanos e de seus descendentes para a culinária do nosso país, 9 9 especialmente as culinárias da região Nordeste, onde a maioria da população é afro- descendente, e conservam características desta cultura. Na culinária deixada pelos africanos destacam-se pratos saborosos. Culinária A feijoada brasileira, considerada o prato nacional do Brasil, é frequentemente citada como tendo sido criada nas senzalas e ter servido de alimento para os escravos na época colonial. Atualmente, porém, considera-se a feijoada brasileira uma adaptação tropical da feijoada portuguesa que não foi servida normalmente aos escravos. Apesar disso, a cozinha brasileira regional foi muito influenciada pela cozinha africana, mesclada com elementos culinários europeus e indígenas. A culinária baiana é a que mais demonstra a influência africana nos seus pratos típicos como acarajé, caruru, vatapá e moqueca. Estes pratos são preparados com o azeite-de-dendê, extraído de uma palmeira africana trazida ao Brasil em tempos coloniais. Na Bahia existem duas maneiras de se preparar estes pratos "afros". Numa, mais simples, as comidas não levam muito tempero e são feita nos terreiros de candomblé para serem oferecidas aos orixás. Na outra maneira, empregada fora dos terreiros, as comidas são preparadas com muito tempero e são mais saborosas, sendo vendidas pelas baianas do acarajé e degustadas em restaurantes e residências. Os estudantes podem ser estimulados a pesquisar sobre a culinária afro- brasileira, e a partir daí resultar no interesse em descobrir mais sobre a cultura africana. O educador pode utilizar, também, de exposição de ingredientes da culinária afro-brasileira para posteriormente preparar um prato junto com os educandos. Por meio de dinâmicas os alunos aprendem de forma prazerosa, obtendo maiores interesses no assunto, transmitindo o que aprendeu com suas pesquisas e nas aulas práticas a preparar as comidas. Em Abramowiz (2006), vê-se o quanto é simples e produtivo, cognitivamente falando, a confecção de instrumentos de origem afro-brasileira. Ela dá como exemplo 25 situações onde, em sala de aula, o professor pode fazer que seus alunos produzam esses instrumentos e assim conheçam a origem dos mesmos. O atabaque, por exemplo, pode ser improvisado, em sala de aula, utilizando dois vasos plásticos de flores, um bexigão, cola e fita crepe colorida para 10 10 enfeitar da forma que cada um quiser, podendo ser confecciona por crianças de quatro a seis anos. Com simples instrumentos, as crianças têm a capacidade de tocar com pouca técnica, canções educativas, cativando cada vez mais a curiosidade por outros instrumentos e músicas. Música e dança A música criada pelos afro-brasileiros é uma mistura de influências de toda a África subsaariana com elementos da música portuguesa e, em menor grau, ameríndia, que produziu uma grande variedade de estilos. A música popular brasileira é fortemente influenciada pelos ritmos africanos. As expressões de música afro-brasileira mais conhecidas são o samba, maracatu, ijexá, coco, jongo, carimbó, lambada, maxixe, maculelê. Como aconteceu em toda parte do continente americanoonde houve escravos africanos, a música feita pelos afro-descendentes foi inicialmente desprezada e mantida na marginalidade, até que ganhou notoriedade no início do século XX e se tornou a mais popular nos dias atuais. Instrumentos afro-brasileiros: Afoxé Agogô Atabaque Berimbau Tambor. Religiões Na África, há muitas religiões diferentes. Antes de vir para cá, cada um seguia a religião de sua família, clã, ou grupo. Mas quando chegaram aqui, os escravos foram separados de seus parentes e pessoas próximas. Por isso, passaram a se reuniar com pessoas de outras etnias para realizarem os cultos secretamente. Para que todos pudessem participar, essas reuniões eram uma mistura de cada religião, com rituais e cultura unidos e partilhados. Daí surgiu o 11 11 Candomblé. A crença nasceu na Bahia e tem sido sinônimo de tradições religiosas afro-brasileiras em geral. A Umbanda, que também tem origens africanas, une práticas de várias religiões, inclusive a Católica. Ela se originou no Rio de Janeiro, no início do século 20. Arte O Alaká africano, conhecido como pano da costa no Brasil é produzido por tecelãs do terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá em Salvador, no espaço chamado de Casa do Alaká. Mestre Didi, Alapini (sumo sacerdote) do Culto aos Egungun e Assògbá (supremo sacerdote) do culto de Obaluaiyê e Orixás da terra, é também escultor e seu trabalho é voltado inteiramente para a mitologia e arte yorubana. Na pintura foram muitos os pintores e desenhistas que se dedicaram a mostrar a beleza do Candomblé,Umbanda e Batuque em suas telas. Um exemplo é o escultor e pintor argentino Carybéque dedicou boa parte de sua vida no Brasil esculpindo e pintando os Orixás e festas nos mínimos detalhes, suas esculturas podem ser vistas no Museu Afro-Brasileiro e tem alguns livros publicados do seu trabalho. Na fotografia o francês Pierre Fatumbi Verger, que em 1946 conheceu a Bahia e ficou até o último dia de vida, retratou empreto e branco o povo brasileiro e todas as nuances do Candomblé, não satisfeito só em fotografar passou a fazer parte da religião, tanto no Brasil como na África onde foi iniciado como babalawo, ainda em vida iniciou a Fundação Pierre Verger em Salvador, onde se encontra todo seu acervo fotográfico. 12 12 3. EDUCAÇÃO, ÁFRICA E HISTÓRIA E CULTURA AFRO- BRASILEIRA Há muito a se aprender sobre o continente africano e os processos de recriação de suas culturas, presentes em todos os lugares do mundo para os quais as diferentes etnias africanas foram dispersas, seja por processos comerciais, seja pela imigração espontânea, seja pelo movimento violento do tráfico negreiro. É recorrente a afirmação de que as maiores dificuldades em ensinar conteúdos relacionados à história da África se dão em decorrência da escassez de materiais didáticos. No Brasil, são incontáveis os estudos que afirmam essa presença de elementos culturais africanos recriados em nosso contexto histórico, social e cultural. É também notório como tal movimento intercontinental, intercultural e interétnico permeia a vida, os modos de ser, os conhecimentos, as tecnologias, os costumes, a musicalidade e a corporeidade dos outros grupos étnico-raciais que conformam a nossa população. Por mais que esse processo seja uma realidade, também é fato que ele convive, no Brasil, com uma prática e um imaginário racistas. Esse racismo ambíguo se faz presente em nossa estrutura de desigualdade, em nossas ações cotidianas e na produção do conhecimento. Vários de nós, professores e professoras, temos histórias para contar sobre o silenciamento a respeito da África e sobre a questão afro-brasileira em nossos cursos de formação inicial. Desde muito cedo, podemos aprender e conhecer diferentes realidades e compreender que a experiência social do mundo é muito maior do que a nossa experiência local, e que esse mesmo mundo é constituído e formado por civilizações, histórias, grupos sociais e etnias ou raças diversas. É também bem cedo em sua formação que as crianças podem ser reeducadas a lidar com os preconceitos aprendidos no ambiente familiar e nas relações sociais mais amplas. O Brasil é o segundo país de maior população negra do mundo, sendo que, o primeiro é a Nigéria. De acordo com o Censo do IBGE de 2002 constatamos que 45% da população do País é negra. Devemos observar que o Brasil, é um país multi-étnico e pluricultural, portanto todos devem ser incluídos, e ter garantido o direito de aprender e de desenvolver conhecimentos, sem precisar negar a sua identidade, nem a sua ascendência 13 13 étnico/racial. A história dos africanos é parte da história do povo brasileiro. Desde quando chegaram ao Brasil, os africanos passaram a contribuir para a história do país, suas culturas se intercambiaram com a do povo que já habitava aqui, transformando o Brasil num país multicultural. Partindo deste ponto, acredito ter muita importância um brasileiro se desenvolver sem ter uma relação preconceituosa com a sua cultura. O Brasil teve como alicerce da formação de seu povo participação de diversas culturas, especialmente a portuguesa, as indígenas e as africanas, tornando-se um país multicultural. 14 14 4. A LEI 10.639/03 A CONQUISTA POR DIREITOS A abolição da escravatura, ocorrida em 13 de maio de 1888, em torno de 350 anos após sua inserção no país, não significou liberdade para os negros e seus descendentes. Para quem ficava na zona rural, a transferência de senhor barão para coronel proprietário impossibilitou o acesso a terra. Já na zona urbana, a situação do negro era considerada a mesma de quando era escravo: favores, obrigações. Resultado: o preço da liberdade era a miséria. Em 1951 foi reconhecida a existência de discriminação étnico-racial no Brasil, por meio da Lei Afonso Arinos, aprovada sob o número 1.390/51, defendendo a igualdade de tratamentos e direitos comuns independente da cor da pele A partir deste momento, toda instituição de ensino ou estabelecimento comercial que negue seus serviços a outra pessoa, por motivo da cor da pele, estará sujeito a pena de três meses a um ano de reclusão, além de multa. Em 5 de outubro de 1988 foi promulgada a nova Constituição Federal, quando a prática deste preconceito foi transformada em crime. No artigo 5, da mesma Constituição, onde diz que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindose (...) a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”, mais precisamente no inciso VI, o qual defende a inviolabilidade das manifestações culturais, mudando, assim o quadro que havia nas Constituições anteriores, onde as manifestações da cultura negra era considerado um atentado a “ordem pública” e tirando todo seu valor cultural. Em 1970, passou-se praticar atividades voltadas para a valorização da cultura africana, a partir de iniciativas de entidades culturais, a exemplo dos blocos afros. No que tange à educação infantil, pesquisas realizadas a partir da década de 1980 têm demonstrado a existência de comportamentos preconceituosos e de atitudes discriminatórias em relação às crianças pré-escolares e entre elas, além de apontar que o cuidado e a educação destinados às crianças pequenas são desiguais, sendo essas desigualdades relacionadas, em sua maioria, aos seus pertencimentosétnicos- raciais as posturas discriminatórias se evidenciam pela ausência de reconhecimento das diferenças de origem, pelos maus-tratos e principalmente pelo silêncio diante de situações de discriminação vivenciadas pelas crianças negras no espaço escolar com a educação da primeira infância, quanto para os interessados de modo geral em uma educação e em um país justo e 15 15 igualitário, conteúdos sólidos para a formação e o conhecimento sobre a riqueza, as diferenças e a diversidade da história e da cultura africana e suas influências na história e na cultura do povo brasileiro, em especial, da população afro-brasileira é significativo para o desenvolvimento humano, para a formação da personalidade e aprendizagem. Nos primeiros anos de vida, os espaços coletivos educacionais que a criança pequena frequenta são privilegiados para promover a eliminação de toda e qualquer forma de preconceito, discriminação e racismo. As crianças deverão ser estimuladas desde muito pequenas a se envolverem em atividades que conheçam, reconheçam e valorizem a importância dos diferentes grupos étnico-raciais na construção da história e da cultura brasileiras (BRASIL, 2009b). A Constituição Federal de 1988 contempla a questão dos afro-descendentes no Brasil em alguns dos seus Artigos. Por exemplo, quando afirma no Artigo 206 que o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino. Desta forma, todos têm direito a educação, não importando a etnia, crença, classe social entre outros, como mostra o Artigo 210 em que fica explicito que “Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais”. No Brasil, a partir da promulgação da Lei nº 10.639/2003 e das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, foi estabelecido um marco legal, político e pedagógico de reconhecimento e valorização das influências africanas na formação da sociedade brasileira e do protagonismo da população afro- brasileira na formação social, política e econômica do país. 16 16 Para que fossem incluídos no sistema escolar conteúdos/atividades relacionadas à temática da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, em 09 de janeiro de 2003 entrou em vigor a Lei Federal 10.639 que alterou os artigos 26-A e 79-B, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394/96 determinando a obrigatoriedade de estudos relacionados a temática acima, passando a vigorar com as seguintes modificações: Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura AfroBrasileira. § 1° O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinente à História do Brasil. § 2° Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro- Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras. Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’ (BRASIL, 2003. n.p.). Foram criadas, ainda, formas efetivas para o enfrentamento e a eliminação do racismo e da discriminação nos contextos educacional e social. De acordo com o Plano Nacional de Implementação da Lei n° 10.639/2003, o papel da educação infantil é significativo para o desenvolvimento humano, para a formação da personalidade e aprendizagem. Nos primeiros anos de vida, os espaços coletivos educacionais os quais a criança pequena frequenta são privilegiados para promover a eliminação de toda e qualquer forma de preconceito, discriminação e racismo. As crianças deverão ser estimuladas desde muito pequenas a se envolverem em atividades que conheçam, reconheçam, valorizem a importância dos diferentes grupos étnico-raciais na construção da história e da cultura brasileiras (BRASIL. MEC, 2003). 17 17 O papel da professora e do professor da educação infantil nesse processo é importantíssimo. A esses profissionais cabe a realização de práticas pedagógicas que objetivem ampliar o universo sociocultural das crianças e introduzi-las em um contexto no qual o educar e o cuidar não omitam a diversidade. Desde muito cedo, podemos ser educados a reconhecer a diferença como um trunfo e a diversidade como algo fascinante em nossa aventura humana aprender e conhecer diferentes realidades e compreender que a experiência social do mundo é muito maior do que a nossa experiência local, e que esse mesmo mundo é constituído e formado por civilizações, histórias, grupos sociais e etnias ou raças diversas. É também bem cedo em sua formação que as crianças podem ser reeducadas a lidar com os preconceitos aprendidos no ambiente familiar e nas relações sociais mais amplas. Por meio da Resolução Nº 1, de 17 de junho de 2004, visando instituir tais diretrizes. No Art. 2 desta Resolução vê-se que estas Diretrizes trazem (...) orientações, princípios e fundamentos para o planejamento, execução e avaliação da Educação, e têm por meta, promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da sociedade multicultural e pluriétnica do Brasil, buscando relações étnico-sociais positivas (..) Também, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069/ 90, no artigo 58 existe um texto que defende o respeito aos “valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade de criação e o acesso às fontes de cultura”. Nesse contexto, os preconceitos raciais também são aprendidos e nem sempre são alvo de uma séria intervenção pedagógica. Cada vez mais, os profissionais da educação infantil vêm percebendo essa situação, observando que a necessidade de superação dessas práticas tem sido apontada por pesquisas e reconhecida nos documentos oficiais. Porém, ainda se faz presente de forma muito incipiente na formação inicial e continuada dos professores. É nessa realidade que todos nós somos educados, inclusive as crianças pequenas. Sendo assim, “ainda estamos muito distantes de poder dizer que as crianças não atribuem valores superiores aos traços físicos de pessoas brancas e, inversamente, inferiores, aos dos negros” (TRINIDAD, 2011, p. 164). 18 18 5. A CULTURA AFROBRASILEIRA NO ÂMBITO ESCOLAR Os autores Brandão (1996) e Libâneo (2002), ambos conceituam a educação e defendem que em todo grupo social ela está relacionada com sua cultura, com isso eles querem dizer que os costumes de um povo refletem em sua educação. O Brasil em si é um país multicultural, e desta forma se evidencia a necessidade de se trabalhar todas as culturas que contribuíram para a formação cultural do povo brasileiro nas escolas brasileiras. Por estes e outros motivos torna-se necessário trabalhar a multiculturalidade na sala de aula, especialmente na educação infantil. Numa salade aula onde prevalece um ensino que privilegia diversas culturas, incentiva o desenvolvimento da auto-estima dos alunos, fazendo que se percebam como parte integrante da história do Brasil. Segundo Candau (2002), afirma Numa sala de aula onde prevalece um ambiente que favoreça a multiculturalidade, a educação deixa de ser um fator de exclusão para ser um fator de coesão. O racismo é outro dos paradigmas, abrangidos pela autora; nele se busca reduzir o preconceito racial a nível pessoal e institucional no âmbito escolar e na sociedade como todo, vindo acontecer por meio de oficinas anti-racistas e cursos para professores, por exemplo. Só um ambiente que vise uma cultura verdadeiramente cívica, que esteja ao alcance de todos, será capaz de evitar que as diferenças existentes entre os indivíduos gerem desigualdades, e as singularidades reflitam nas aspirações de inimizades. A divisão da humanidade em raças intensifica a prática do racismo, negligenciando as diversidades culturais que apresentam muitas riquezas, alem de repercutir em alguns grupos culturais se sentirem melhores e mais importantes que os outros, acreditando ser portador do direito de menosprezar os valores, crenças, fenótipos, entre outros, que não lhes pertencem, podendo resultar na baixa auto- estima, podendo acarretar na inibição da construção da identidade dos sujeitos. Devemos mostrar para nossas crianças que todos nós somos diferentes em vários sentidos, seja nas características físicas, no modo de pensar, na personalidade, nos gostos entre outros, no entanto, perante as leis do nosso país, e da condição que envolve a todos nós, que é a de ser humano, devemos ter os 19 19 mesmos direitos, sejamos negros ou brancos, ricos ou pobres, homens ou mulheres, apesar de não ser o que acontece de fato. Para isso devemos estimular as crianças a aprender a conviver, fazendo da escola uma mostra do mundo lá fora, mostrando a elas que vivem num país diversificado, construído a partir de várias culturas, que é preciso respeitar as diferenças. É importante que as crianças brasileiras conheçam sobre a história do seu país contada pela visão do oprimido, a história dos seus ancestrais desde sua vida na África a sua trajetória no Brasil, sua luta, conquistas até os dias atuais assim como a herança cultural que nos foi deixada. A cultura afro-brasileira é bastante extensa, sendo que ela predomina em todo o Brasil, especialmente no estado da Bahia, onde se encontra a maior população negra fora da África às heranças culturais deixadas pelos africanos que aqui viveram na época da escravidão estão presentes por toda parte da cidade Existem diversas formas de trazer a cultura afro-brasileira para a escola. A literatura é uma delas. Através da literatura infanto-juvenil podemos oferecer às crianças uma gama de conhecimentos e percepções transmitidas através da linguagem e das imagens devemos ficar atentos para trazer as artes de forma que os educandos possam reconhecer a cultura africana como uma das culturas mais antigas e percussora de outras culturas, contribuindo especialmente para a nossa formação cultural. Existem modalidades específicas em que podemos trabalhar com a cultura afro-brasileira, o respeito às diferenças entre outros assuntos que englobam a temática. Entre as modalidades encontram-se o teatro, as artes visuais, a música e a dança. Para a sala de aula é interessante que sejam realizadas atividades que explorem o respeito pelas diferenças, pelas culturas, o reconhecimento da história e das culturas africanas e afrobrasileiras, através de encenações que retratem a história, a luta, costumes, lendas e outras coisas. As artes visuais são muito importantes para a formação das crianças. Ao trabalhar as artes visuais, deve-se encaminhar o educando a reconhecer à ancestralidade, assim como a atualidade das culturas africanas que fizeram parte da nossa formação cultural, a construção da concepção de estética africana. 20 20 Para isso atividades como confecção de mascarás, desenhos e pinturas representando à temática, a exemplo dos estilos de tatuagem, tecidos fora outras atividades que podem ser usadas com as crianças desde a Educação Infantil. A escolha e o uso dos demais instrumentos seriam ideais que partisse do interesse de cada aluno a aprender. O ritmo está presente em todas as modalidades da arte africana, seja nas pinturas, ou na poesia, na prosa, na música, na dança e em diversas outras situações. É importante que sejam realizadas atividades que possibilitem aos educandos a conhecerem seu próprio corpo, suas capacidades e seus limites, com o objetivo de desenvolver os aspectos cognitivos, motores do corpo, assim como estimular a criatividade e a aprender a conviver. Ter a capoeira como um dos esportes escolares seria um método interessante para a estimulação da curiosidade sobre a sua história, e o interesse de saber como esta surgiu no Brasil. Também, acredita-se que a inserção do ensino da capoeira nas escolas possibilita ao educando um maior interesse pelas aulas de educação física. A capoeira faz parte da história de construção da cultura do povo brasileiro, e por isso não deveria ser descartada do currículo escolar. A importância da capoeira como esporte e arte vêm dar um importante respaldo no processo histórico de marco cultural, que por muitas vezes encontrasse esquecida do nosso sistema educacional, por isso é preciso abrir espaços no currículo escolar para a inserção deste esporte, pois é algo que faz parte da nossa história e não pode ficar desprezada, pois a capoeira além de uma luta (um esporte) é uma arte, e como tal deve ter seu valor respeitado. Todas essas manifestações, se levada ao conhecimento das crianças, podem aguçar seu interesse pela história de seu país, pelos esportes, pela música, pelas artes e outros, educando-as a fim de torná-las cidadãos de boa índole, que respeitam as diversidades encontradas na sociedade. É papel fundamental da educação, capacitar os indivíduos para compreender a si e aos outros, consequentemente respeitando a diversidades, sendo esta a condição necessária para a cidadania Quando se traz para a sala de aula, frequentemente, temáticas que exponham as diversas culturas encontradas no Brasil, dá à criança a idéia de que 21 21 ela vive num ambiente diversificado, e que ele é diferente, em vários pontos, das outras pessoas, e que tanto a cultura que norteia a vida da família dela quanto as que os outros vivenciam tem o seu valor, sua beleza e tem de ser respeitadas 22 22 CONCLUSÃO . Hoje no Brasil temos uma grande diversidade cultural, rica pelas suas formas, cores, texturas, sons e movimentos. Neste sentido, a Arte se faz presente, sendo assim necessário que haja uma valorização para com a mesma. E falando em cultura, temos ainda diversos estilos brasileiros de Arte, onde destacamos a Arte Afro-Brasileira. Sendo assim, a cultura negra é também fundamental para formar a identidade de nossa nação, motivo pelo qual a cultura afro-brasileira se estabelece em todo nosso território. Vale destacar que ela é também o resultado das crenças dos indígenas e dos portugueses, que por muitos anos, nos influenciaram com suas músicas, culinária e religiões. Pela riqueza de suas cores e formas, e principalmente de seu povo, torna-se necessário que façamos um trabalho juntamente a escola para que assim crie-se uma valorização e uma percepçãoda sua Arte através de oficinas e trabalhos que abordem tal temática. Porém, a contribuição do negro para a cultura brasileira vai além da povoação e da prosperidade econômica através do seu trabalho. Vindos de diversas partes da África, os escravos negros trouxeram suas matrizes culturais e transformaram não apenas a sua religião, mas todas as suas raízes em uma cultura de resistência social. De certa maneira, esta será uma das formas de se preparar, tanto docentes quanto alunos, para os conteúdos referentes à emudecida História da África e dos afro-brasileiros. Diante do exposto, podemos inferir que a ação do educador compromissado em levar a cultura e a história da África e do afro-brasileiro ao cotidiano escolar é fundamental no rompimento com práticas não expressivas, bem como para o avanço qualitativo das relações raciais no âmbito educacional. 23 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÂFICAS/WEBGRAFIAS ABRAMOWIZ, A. et al. Trabalhando a diferença na educação infantil: propostas de atividade. São Paulo: Moderna, 2006. BRANDÃO, C. R. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 1996. Disponível em: http://www.uneb.br/salvador/dedc/files/2011/05/A-INSER%C3%87%C3%83O-DA- HIST%C3%93RIA-E-DA-CULTURA-AFRO-BRASILEIRA-NA-EDUCA.pdf BRASIL. Ministério da Educação. 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