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Ciência Política - AA3

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Curso: Administração Pública 
Disciplina: Ciência Política 
Polo: Campo Grande 
 
A última frase da seção I do Manifesto ("Burgueses e Proletários", p. 7-27) afirma: "A 
burguesia produz, sobretudo, seus próprios coveiros. Sua queda e a vitória do 
proletariado são igualmente inevitáveis". Explique a frase acima, abordando os 
seguintes pontos: 
- a relação entre o desenvolvimento dos meios de produção e as formas de dominação; 
- o caráter revolucionário da burguesia; 
- a posição dos trabalhadores na sociedade burguesa. 
 
 No capitalismo, o direito da propriedade dos meios de produção pertence à 
minoria capitalista e o trabalhador é obrigado a vender a sua força de trabalho aos 
membros desta classe em troca de um salário. As relações de produção capitalistas 
baseiam-se na propriedade privada dos meios de produção pela burguesia, que 
substituiu a propriedade feudal, e no trabalho assalariado, que substituiu o trabalho 
servil do feudalismo Trata-se de uma produção essencialmente voltada à acumulação e à 
obtenção de lucros, com base na exploração dos trabalhadores, os quais se encontram 
obrigados, pelas determinações da economia de mercado, a vender sua força de trabalho 
para sobreviver. Portanto, existem basicamente duas classes sociais: a burguesia e os 
trabalhadores assalariados. A crescente competitividade entre as empresas, a 
necessidade permanente de investimento em produtividade e de criação de novas formas 
de dominação sobre os trabalhadores, em decorrência do acirramento da luta de classes, 
foram responsáveis pelo surgimento de sistemas de gerenciamento da produção cada 
vez mais sofisticados. Todas as atividades consideradas veneráveis, como o médico, o 
jurista, o poeta, transformaram-se em servidores assalariados. A burguesia rasgou o véu 
de sentimento que envolvia as relações de socialismo, familiaridade e amizade a simples 
relações monetárias, revolucionando os instrumentos e as relações produtivas, assim 
como todas as relações sociais antigas e cristalizadas, motivadas pela necessidade de 
novos mercados, imprimindo um caráter dominador à produção e ao consumo em todos 
os países. 
 
 Este novo modelo de desenvolvimento dos meios de produção, mostra o caráter 
revolucionário da burguesia. Indústrias são substituídas por outras que não empregam 
mais matérias-primas do próprio lugar. Agora tudo vem de regiões mais distantes e 
cujos produtos se consomem em todas as partes do mundo, criando um intercâmbio 
universal, uma interdependência das nações, tanto na produção material quanto 
intelectual. Deixam de existir a estreiteza e o exclusivismo nacional. Os preços baixos 
tornam-se artilharia pesada, obrigando todas as nações a adotarem o modelo burguês de 
produção e civilização. Criou grandes centros urbanos, aglomerou as populações, e 
concentrou a propriedade em poucas mãos, com uma política centralizada, com um só 
governo, um só interesse. 
 
 Dentro desse contexto, a burguesia produziu homens que manejaram as armas 
ensinadas e introduzidas por ela mesma. Como a essa altura não há mais diferença entre 
idade e sexo para a classe operária, todos podem aprender. A antiga classe média das 
pequenas indústrias, caem nas fileiras do proletariado que vão passando por fases 
distintas, que da luta isolada começa a organizar diferentes grupos e se fortalecer para 
lutar contra o burguês que o explora diretamente, esforçando-se para reconquistar a 
posição perdida. Para atingir seus próprios fins políticos de dominação, a burguesia é 
levada a pôr em movimento todo o proletariado que cresce com sua força e adquire 
maior consciência dela, com os choques entre operários e burgueses tornando-se o 
choque de duas classes. Os operários atuam em defesa de seus salários e a união dos 
trabalhadores é cada vez mais ampla. A burguesia, em sua guerra perpétua, tem que 
apelar para o proletariado, arrastando-o para o movimento político onde cada vez mais 
lhes mostra e ensina a manejar as armas com as quais estes irão lutar cada vez mais 
fortes e preparados, pois o operário moderno desce cada vez mais abaixo das condições 
de sua classe e a burguesia cresce ainda mais rapidamente que a população e a riqueza. 
Assim, a posição do trabalhador só pode ser a de lutar sempre e, portanto, a burguesia 
vem construindo no decorrer da história, um exército que irá destruí-la, pois sua queda 
será inevitável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. Estud. av., São 
Paulo, v. 12, n. 34, p. 7-46, Dec. 1998.

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