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Guyton Cap47 (Sensações somaticas - Organização geral, tato e posição corporal)

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Capítulo 47 – Sensações somáticas I
Os sentidos somáticos são os mecanismos nervosos que coletam informações sensoriais do corpo. São de 3 tipos:
SENTIDOS SOMÁTICOS MECANORRECEPTIVOS: sensações táteis e de posição, que são estimuladas pelo deslocamento mecânico de alguns tecidos do corpo.
SENTIDOS TERMORRECEPTIVOS: que detectam o calor e o frio 
SENTIDO DA DOR: ativado por qualquer fator que lese os tecidos
 Os sentidos táteis incluem: tato, pressão, vibração e cócegas e os sentidos de posição incluem: posição estática e de velocidade dos movimentos.
 
 Outras classificações:
SENSAÇÕES EXTERORRECEPTIVAS : a partir da superfície do corpo.
SENSAÇÕES PROPRIOCEPTIVAS: sensações do equilíbrio, de posição.
SENSAÇÕES VÌCERAIS
SENSAÇÕES PROFUNDAS
 >DETECÇÃO E TRANSMISSÃO DAS SENSAÇÕES TÁTEIS
 	>Inter-relações entre as sensações de tato, pressão e vibração.
São sensações detectadas pelos mesmos tipos de receptores, com algumas diferenças. As sensações de tato resultam de estímulos provenientes dos receptores táteis na pele ou nos tecidos abaixo da pele. As sensações de pressão resultam da deformação dos tecidos mais profundos. E a sensação de vibração resulta de sinais sensoriais repetitivos (receptores de adaptação rápida).
 
RECEPTORES TÁTEIS 
TERMINAÇÕES NERVOSAS LIVRES : encontradas na pele e em alguns tecidos – detecta tato e pressão.
CORPÚSCULO DE MEISSNER: receptor de tato com sensibilidade especial. São encontradas na pele, ponta dos dedos, lábios...
RECEPTORES DE EXTREMIDADES EXPANDIDAS: como os ........... de Merkel. Encontrados em áreas que contém grande número de corpúsculos de Meissner.
ÓRGÃO TERMINAL DO PÊLO
ÓRGÃOS TERMINAIS DE RUFFINI: áreas profundas.
CORPÚSCULO DE PACINI: situados superficial e profundamente. Estimulados apenas pelo movimento rápido dos tecidos.
 
TRANSMISSÕES DAS SENSAÇÕES TÁTEIS NAS FIBRAS NERVOSAS PERIFÉRICAS
	Normalmente, ocorrem por meio de fibras mielinizadas que variam sua velocidade de condução.
	Os tipos mais críticos de sinais sensoriais são transmitidos pelas fibras nervosas que conduzem mais rapidamente. Ao contrário, os tipos mais aposseiros de sinais são transmitidos por fibras muito delgadas e mais lentas.
>VIAS SENSORIAIS PARA A TRANSMISSÃO DOS SINAIS SOMÁTICOS PARA DENTRO DO SNC 
	Quase todas as informações dos segmentos somáticos do corpo entram na medula espinhal pelas raízes dorsais dos nervos espinhais. Do ponto de entrada na medula, e depois, para o cérebro, os sinais sensoriais são conduzidos por meio de duas vias.
O sistema das colunas dorsais-.lemnisco
O sistema ântero-lateral
Esses dois sistemas se reúnem, parcialmente, no nível do tálamo.
O primeiro conduz sinais pelas colunas dorsais da medula espinhal, e depois de fazerem sinapse, os sinais cruzam para o lado oposto no bulbo. Então são transmitidos para cima, pelo tronco encefólico, por meio do limnisco medial, para o tálamo.
Inversamente, o segundo conduz os sinais da medula (entrando pelas raízes espinhais dorsais), estes fazem sinapse nos cornos dorsais e então cruzam para o lado oposto da medula. Ascendem pelas colunas brancas anterior e lateral da medula e terminam em todos os níveis do tronco encefálico e no tálamo.
O 1º sistema possui fibras nervosas grandes e mielinizadas com velocidade de transmissão entre 30-100 m/s. Já o 2º possui fibras mielinizadas muito menores e com velocidade até 40 m/s.
O 1º sistema possui alto grau de orientação espacial das fibras nervosas com respeito à sua origem em relação ao 2º.
SISTEMA COLUNA DORSAL – LEMNISCO MEDIAL > transmite informação sensorial rapidamente e com fidelidade temporal e espacial.
SISTEMA ÂNTERO - LATERAL > transmite informação que não necessita nem de rapidez e nem de fidelidade espacial.
O Sistema ântero - lateral tem uma capacidade de transmitiu amplo espectro de modalidades sensoriais – dor, calor, frio e sensações de tato grosseiro. Já o sistema da coluna dorsal é limitado aos tipos mais discretos de sensações mecanorreceptivas.
 
VER ESQUEMA – RESUMO PG 506 DO GUYTON
TRANSMISSÃO PELO SISTEMA DA COLUNA DORSAL – LEMNISCO MEDIAL 
 Via > as fibras nervosas que entram nas colunas dorsais passam sem interrupção até a porção dorsal ao bulbo, onde fazem sinapse nos núcleos da coluna dorsal (cuneiforme e grácil). A partir daí neurônios de 2º ordem cruzam e depois vão para o tálamo pelas vias bilaterais do tronco encefálico ( lemnisco mediais). Esses lemniscos recebem fibras adicionais dos núcleos sensoriais do nervo trigêmeo.
	No tálamo, as fibras do lemnisco medial terminam no núcleo póstero – lateral ventral, enquanto as fibras dos núcleos trigêminais terminam no núcleo póstero – medial ventral. Esses núcleos formam o complexo ventro - basal e a partir dele fibras nervosas de 3º ordem se, projetam principalmente, para o giro pós – central do córtex cerebral que é também chamado de área sensorial somática I.
Nas colunas dorsais, as fibras das partes inferiores do corpo ficam situadas em direção ao centro da medula espinhal, enquanto as que entram na medula espinhal nos níveis segmentares progressivamente mais altos formam camadas sucessivas espacial das fibras nervosas.
Devido ao cruzamento dos lemniscos mediais no bulbo, o lado esquerdo do corpo é representado no lado direito do tálamo e vice – versa.
CÓRTEX SÔMATO – SENSORIAL 
Em geral, os sinais sensoriais de todas as modalidades terminam no córtex cerebral posterior à fissura central e, de modo geral, a metade anterior do lado parietal está comprometida com a recepção da interpretação dos sinais sômato – sensoriais e a metade posterior com níveis ainda mais superiores de interpretação.
Já a porção do córtex anterior à fissura central se refere ao controle das contrações musculares e aos movimentos corporais.
ÁREAS SÔMATO – SENSORIAIS I e II
Existe orientação espacial distinta e separada das diferentes partes do corpo em cada uma dessas áreas.
A área I tem alto grau de localização das diferentes partes do corpo e na II a localização é menos nítida.
ÁREA SÔMATO – SENSORIAL I
Localiza-se atrás da fissuracentral, localizada no giro pós – central do córtex cerebral.
Possui orientação espacial nítida para a recepção dos sinais nervosos sômato – sensoriais, a partir das diferentes áreas do corpo. Lado a lado do córtex recebe informações sensoriais exclusivamente do lado opostodo corpo (com exceção de quantidade muito pequena de informação sensorial do mesmo lado da face).
Determinadas áreas do corpo são representadas por grandes áreas no córtex somático. O tamanho dessas áreas é diretamente proporcional ao número de receptores sensoriais especializados em cada área periférica respectiva do corpo – Ex: î nº de terminações nervosas especializadas é encontrado nos lábios e no polegar, enquanto algumas são encontradas na pele do tronco.
O córtex cerebral possui 6 camadas de neurônios desempenhando funções diferentes. Os neurônios do córtex sômato – sensorial estão dispostos em colunas verticais que se estendem por estas 6 camadas . Cada uma das colunas serve a modalidade sensorial específica única.
Na porção anterior do giro pós – central a maioria das colunas responde a receptores dos músculos, tendões e de estiramentos das articulações. Na porção posterior as colunas respondem aos receptores cutâneos de adaptação lenta e também à pressão profunda. No córtex parietal mais posterior está a área de associação sômato – sensorial caracterizada por um processo mais complexo de interpretação.
FUNÇÕES DA ÁREA SÔMATO – SENSORIAL II
A retirada bilateral ampla da área causa perdas como:
capacidade de localizar separadamente as diferentes sensações nas diversas partes do corpo.
capacidade de avaliar graus críticos de pressão contra o corpo.
capacidade de reconhecer as formas dos objetos 
capacidade de discernir a textura dos objetos ( que dependede sensações críticas)
As sensações de dor e temperatura não são alteradas nesse caso já que são mal – localizadas.
ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO SÔMATO – SENSORIAL > combina informações provenientes de múltiplos pontos da área sômato – sensorial primária para decifrar seu significado. Quando essa área é removida de um lado do cérebro ocorre um déficit sensorial chamado AMORFOSSÍNTESE – perda da capacidade de reconhecer formas e objetos complexos sobre o lado oposto do corpo e também perde o sentido da forma do seu próprio corpo, do lado oposto.
CIRCUITO NEURONAL BÁSICO DO SIST. COLUNA DORSAL – LEMNISCO MEDIAL (FIG 47.9- PAG 510)
Os neurônios corticais que descarregam em maior grau são os situados na parte central do “campo” cortical para cada respectivo receptor.
EFEITO DA INIBIÇÃO LATERAL ( INIBIÇÃO DO CONTORNO) NO AUMENTO DO GRAU DE CONTRASTE DO PADRÃO ESPACIAL PERCEBIDO.
Praticamente todas as vias sensoriais, quando excitadas dão origem a sinais inibitórios laterais; estes se espalham para os lados dos sinais excitatórios e exibem os neurônios adjacentes. A importância da inibição lateral é que ela bloqueia a dispersão lateral dos sinais excitatórios e, portanto, aumenta o grau de contraste do padrão sensorial percebido no córtex cerebral. No sistema da coluna dorsal esses sinais inibitórios ocorrem: nos núcleos da coluna dorsal no bulbo, nos núcleos ventro – basais no tálamo e no próprio córtex.
TRANSMISSÃO DE SENSAÇÕES
O sistema coluna dorsal é importante para informar o sensório sobre as condições periféricas rapidamente variáveis.
A sensação vibratória é transmitida por este sistema da coluna dorsal.
INTERPRETAÇÃO DA INTENSIDADE DO ESTÍMULO SENSORIAL
Com baixa intensidade do estímulo, pequenas alterações do estímulo aumentam bastante o potencial, enquanto com altos níveis de intensidade os aumentos adicionais do potencial receptor são muitos pequenos. Assim, o corpúsculo de Pacini é capaz de medir alterações extremamente diminutivas do estímulo nos baixos níveis de intensidade, masnos altos níveis a alteração do estímulotem que ser muito maior, para causar a mesma quantidade de alteração do potencialreceptor.
PRINCÍPIO DE WEBER – FECHNER > DETECÇAO DA “PROPORÇÃO” DA FORÇA DO ESTÍMULO
“As gradações da força do estímulo são discriminadas, aproximadamente, em proporções ao logarítimo da força do estímulo.”
Esse princípio é quantitativamente exato apenas para as intensidades mais altas das experiências visuais, auditivas e cutâneas, e se aplica mal aos outros tipos de experiência sensorial.
Ele enfatiza que: quanto maior a intensidade de sensorial de fundo, maior tem que ser a alteração adicional do estímulo para que o psiquismo detecte a alteração.
LEI DA POTÊNCIA > não é satisfatória para as forças muito altas ou muito baixas do estímulo.
SENTIDOS PROPRICEPTIVOS (OU DE POSIÇÃO)
Divididos em 2 grupos:
SENTIDO DE POSIÇÃO ESTÁTICA: percepção consciente da orientação das diferentes partes do corpo umas em relação às outras.
SENTIDO DA VELOCIDADE DO MOVIMENTO: chamadas cinestesia ou propriocepção dinâmica.
Receptores Sensoriais de Posição:
		O conhecimento da posição depende de saber o grau de angulação de todas as articulações, em todos os planos, e sua velocidade de alteração. Essa angulação é determinada por receptores tanto táteis cutâneos quanto profundos, próximos às articulações.
Para as angulações articulares nas faixas médias os fusos neuromusculares são os receptores mais importantes. Os tipos de terminações sensoriais usados os corpúsculos de Ruffini e receptores semelhantes aos receptores tendinosos de Golgi encontrados nos tendões musculares.
Os corp. Pacini e os fusos neuromusculares são adaptados para detectar velocidades rápidas das alterações – detecção da velocidade do movimento.
TRANSMISSÃO DOS SINAIS SENSORIAIS MENOS CRÍTICOS PELA VIA ÂNTERO – LATERAL
Essa via transmite sinais sensoriais que não requerem localização muito separada e não necessitam de discreminação fina das gradações da intensidade. Os sinais transmitidos incluem dor, calor, frio, tato aposseiro, cócegas, prurido e sensações sexuais.
As fibras ântero – laterais originam-se na medula espinhal e cruzam imediatamente pela comissura anterior da medula para as colunas brancas anterior e lateral do lado oposto. Aí se curvam pra cima, em direção ao encéfalo, por meio deo tato espino – talâmico anterior e do tato espino – talâmico lateral. Esses 2 tatos terminam nos núcleos reticulares do tronco encefálico, no complexo ventro – basal nos núcleos intralaminares.
Características da Transmissão:
as velocidades de transmissão são, apenas, de 113 até a metade da do sistema coluna dorsal – lemnisco medial, variando entre 8 e 40 m/s.
o grau de localização espacial dos sinais é pouco preciso .
as gradações de intensidade são muito menos acuradas e a maioria das sensações é reconhecida em 10 e 20 gradações de intensidade.
A capacidade de transmitir sinais rapidamente variáveis ou rapidamente repetitivos é precária.
Assim, fica claro que o sistema ântero – lateral é um tipo menos requentado de sistema de transmissão que o sistema da coluna dorsal. 
ASPECTOS ESPECIAIS DA FUNÇÃO SÔMATO – SENSORIAL
Quando o córtex sômato – sensorial é destruído, a pessoa perde a maior parte da sensibilidade tátil grosseira torna a se estabelecer.
O tálamo tem capacidade discreta de diserminar sensações táteis e de retransmitir esse tipo de informações ao córtex.
Inversamente, a perda do córtex sômato – sensorial tem um pouco de efeito sobre a nossa percepção da sensação de dor e efeito apenas moduado sobre a percepção da temperatura.
Sinais “Corticofugais” > são transmitidos em direção contrária, a partir do córtex para as estações de retransmissão sensorial do tálamo, do bulbo e da medula espinhal, eles controlam a sensibilidade da entrada sensorial. Esses sinais são inibitórios e quando a intensidade da entrada sensorial fica tão grande que os sinais diminuem a transmissão pelos núcleos de retransmissão.
Dermátomos : campos segmentares da sensação:
Cada nervo espinhal inerva um campo segmentar da pele, chamado dermátomo. Pode se usar um mapa dos dermátomos para determinar o nível da medula espinhal no qual tenha ocorrido lesão medular, quando as sensações periféricas são perturbadas pela lesão.

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